Lucas esperou por quase meia hora na sala de estar, até que a porta do quarto se abriu. Valentina surgiu usando um moletom de manga comprida, caminhando lentamente para fora do quarto. Seu rosto estava vermelho enquanto olhava para Lucas. Na mesa de centro da sala, ainda havia garrafas de vinho da noite anterior, inacabadas. Lucas, com a cabeça baixa, parecia perdido em pensamentos, e sua expressão não era das melhores.Ao ver Valentina, Lucas se levantou. Ela o olhou, nervosa, torcendo os dedos, mordendo o lábio inferior, sem saber o que dizer. Seus olhares se encontraram, e por um momento, nenhum dos dois falou. O silêncio entre eles era palpável e constrangedor.Finalmente, Lucas quebrou o silêncio:- Srta. Valentina, me desculpe, eu bebi demais ontem à noite.Valentina ficou tensa, seus olhos cheios de emoções complexas, se fixaram em Lucas. Desde que ela pediu para ele não a chamar mais de Srta. Valentina, ele sempre se dirigia a ela pelo primeiro nome. Agora, ele voltou a usar o
Ouvindo o som da porta se fechando, Valentina cobriu o rosto com as mãos e finalmente começa a chorar.- Lucas, eu realmente gosto muito de você, por que você simplesmente não pode tentar gostar de mim? Em que eu sou inferior à pessoa que você gosta? - Valentina falava com sigo mesmo, abraçando seus braços firmemente. Consumida pela tristeza, ela se agachou lentamente e permaneceu ali por horas a fio. ...Em Monte Vista, a pedido de Inês, Emanuel finalmente decidiu dedicar uma tarde para descanso em casa. Depois de um cochilo, Emanuel acordou se sentindo muito mais revigorado para retornar à Mansão da família Antunes. Inês sabia que ele desejava ir à Mansão da família Antunes para investigar sobre sua origem, e como forma de auxiliá-lo nesse momento, ela se ofereceu para acompanha-lo, mas ele recursou com gentileza. - Eu não ficarei muito tempo na Mansão da família Antunes, espere por mim em casa, tá bom? Daqui a pouco estou de volta. – Ele disse. Inês hesitou em responder.- Fique
Havia uma caixa de remédios no apartamento de Valentina, e Inês, preocupada com a garota, mediu sua temperatura. 38,5 graus. Agindo prontamente, Inês preparou uma canja para Valentina e, após alimentá-la, deu um medicamento para baixar a febre.- Valentina, você chorou? - Perguntou Inês, sentada ao lado da cama, observando os olhos inchados e vermelhos de Valentina, cuja expressão habitualmente alegre e sorridente estava agora obscurecida.- Não, é apenas um resfriado. Meus olhos estão irritados, por isso estou com aspecto de choro. Mas não é nada demais. – Ela respondeu. - Seus olhos estão bastante inchados. Você que eu não ia perceber que você chorou? – Inês disse acariciando a cabeça de Valentina. Valentina apertou os lábios, se sentindo ainda mais triste por dentro. - Aconteceu alguma coisa? - Inês segurou a mão de Valentina.Valentina sabia que não podia esconder de Inês e falou baixinho: - Na verdade, não é nada sério. Aproveitei que estava embriagada e me declarei para Luca
Na última frase, Pedro havia pronunciado cada palavra com muita força, enquanto Emanuel não havia demonstrado nenhuma emoção no rosto.- O avô também sabia da sua identidade? – Depois de uma pausa, Emanuel pergunta. Pedro deu uma risada.- Claro que o avô sabia. Se não fosse por ele não me reconhecer, meus pais não teriam recorrido a tal artifício, me fazendo viver como um filho ilegítimo por tantos anos. – Ele respondeu. Emanuel franziu a testa; ele realmente não havia se enganado, o avô sabia de tudo. Ele, de repente, entendeu o por que, antes de falecer, o avô havia segurado firmemente sua mão, pedindo desculpas. Naquele momento, Emanuel havia pensado que era delírio de um homem à beira da morte. Mas agora, ele entendeu tudo.Pedro não perdeu nenhum detalhe sutil na expressão de Emanuel. Com um sorriso sarcástico, ele disse:- Irmão, de qualquer forma, você é filho do papai. Ele não vai te tratar mal, mas você sabe como são as coisas, a família Antunes dificilmente será passada pa
Emanuel olhou para o casal que chamara de pai e mãe por mais de vinte anos, com um olhar cada vez mais distante e indiferente. Parecia que eles não tinham a intenção de contar a Emanuel sobre sua origem. Eles queriam esconder a verdade de Emanuel, mas ironicamente, Pedro havia feito um grande esforço para revelar isso a ele.“Que interessante,” Emanuel pensou. Então, decidiu que não ia mais tocar nesse assunto. Já que eles não queriam falar agora, ele também não precisava expor a verdade. Afinal, ainda não era a hora.- Pai, eu gostaria de te perguntar uma coisa. - Emanuel fez uma pausa e então falou. - Você trouxe Pedro de volta porque eu tenho um histórico de doença mental hereditária e você acha que não sou capaz de assumir grandes responsabilidades, então está preparando ele para me substituir?- Já que você sabe, vou falar claramente hoje. Sua condição não é adequada para liderar a empresa. Agora que Pedro voltou, vou deixá-lo se familiarizar lentamente com os negócios da empresa.
Pedro acenou pensativamente com a cabeça.- Alguma pista sobre aquela mulher chamada Dora? – Ele perguntou novamente. Ao mencionar Dora, Miguel se lembrou do que seus subordinados haviam relatado anteriormente.- Há uma pequena pista sobre Dora, mas......Depois de deixar a família Antunes, Emanuel recebeu uma mensagem de Inês perguntando se ele já estava em casa."Estou a caminho de casa, você não está lá?" Emanuel enviou uma mensagem para Inês."Estou na casa da Valentina, ela está com febre, e eu quero ficar aqui esta noite para cuidar dela, tudo bem?" – Ela respondeu."É grave?" - Emanuel franziu a testa ao ler a mensagem de Inês."Dei a ela um remédio para baixar a febre, não deve ser nada sério, não se preocupe." – Inês tentou não preocupar o amado. "Vou passar aí em breve." - Após enviar a mensagem para Inês, Emanuel ligou para Bryan. Ele estava no País Y, onde ainda era dia. - Alô. - Não demorou muito, e a ligação foi atendida.- Amanhã vá à sede e convoque uma reunião com
Inês, incrédula, olhava para Valentina, apertando firmemente a toalha em suas mãos, tremendo de raiva. A empregada disse que foi Lucas quem levou Valentina para casa ontem à tarde, então essas marcas no corpo dela...Ela e Lucas...O som da porta se abrindo ecoou na sala de estar.Era Emanuel chegando. Então, Inês rapidamente abotoou a camisa de Valentina e a cobriu com o cobertor. Inês respirou fundo, reprimindo a ira que sentia, e saiu.Na sala de estar, Emanuel estava trocando de sapatos no hall de entrada.- Você voltou. - Inês disse com um sorriso se aproximando.- Como está a Valentina? - Emanuel estendeu os braços e a abraçou.- Ela pegou um resfriado, já tomou remédio e está dormindo. – Inês respondeu. Emanuel assentiu, e juntos foram ao quarto ver Valentina, que não parecia dormir tranquilamente, na verdade, parecia como se estivesse presa em um pesadelo, murmurando algo incessantemente.Inês se aproximou para ouvir, ela estava chamando pelo nome de Lucas.- Vamos sair para dei
Embora Inês e Emanuel já estivessem divorciados, todos os empregados sabiam que, pelo carinho que o Sr. Emanuel tinha por ela, era apenas uma questão de tempo até que se reconciliassem.Por isso, os seguranças e empregados só podiam observar, sem intervir, enquanto Lucas era espancado por Inês, como se fosse um saco de pancadas.Não demorou muito para que Lucas ficasse com o nariz ensanguentado e o rosto inchado.Cansada, Inês agarrou a gola da camisa de Lucas e o prensou contra uma árvore. - Lucas, já que você não gosta da Valentina, então fique longe dela! – Inês o advertiu, antes de soltá-lo com força.Lucas, com a cabeça baixa, limpou o sangue do canto da boca com a mão, sem dizer uma palavra.Inês subiu para arrumar os pijamas dela e de Emanuel e depois partiu da mansão em Monte Vista.No caminho de volta para a Mansão Riacho Belo, ela passou na farmácia e comprou alguns remédios para gripe.Ao chegar na Mansão Riacho Belo, Inês abriu a porta e viu Emanuel sentado no sofá da sala