Havia uma caixa de remédios no apartamento de Valentina, e Inês, preocupada com a garota, mediu sua temperatura. 38,5 graus. Agindo prontamente, Inês preparou uma canja para Valentina e, após alimentá-la, deu um medicamento para baixar a febre.- Valentina, você chorou? - Perguntou Inês, sentada ao lado da cama, observando os olhos inchados e vermelhos de Valentina, cuja expressão habitualmente alegre e sorridente estava agora obscurecida.- Não, é apenas um resfriado. Meus olhos estão irritados, por isso estou com aspecto de choro. Mas não é nada demais. – Ela respondeu. - Seus olhos estão bastante inchados. Você que eu não ia perceber que você chorou? – Inês disse acariciando a cabeça de Valentina. Valentina apertou os lábios, se sentindo ainda mais triste por dentro. - Aconteceu alguma coisa? - Inês segurou a mão de Valentina.Valentina sabia que não podia esconder de Inês e falou baixinho: - Na verdade, não é nada sério. Aproveitei que estava embriagada e me declarei para Luca
Na última frase, Pedro havia pronunciado cada palavra com muita força, enquanto Emanuel não havia demonstrado nenhuma emoção no rosto.- O avô também sabia da sua identidade? – Depois de uma pausa, Emanuel pergunta. Pedro deu uma risada.- Claro que o avô sabia. Se não fosse por ele não me reconhecer, meus pais não teriam recorrido a tal artifício, me fazendo viver como um filho ilegítimo por tantos anos. – Ele respondeu. Emanuel franziu a testa; ele realmente não havia se enganado, o avô sabia de tudo. Ele, de repente, entendeu o por que, antes de falecer, o avô havia segurado firmemente sua mão, pedindo desculpas. Naquele momento, Emanuel havia pensado que era delírio de um homem à beira da morte. Mas agora, ele entendeu tudo.Pedro não perdeu nenhum detalhe sutil na expressão de Emanuel. Com um sorriso sarcástico, ele disse:- Irmão, de qualquer forma, você é filho do papai. Ele não vai te tratar mal, mas você sabe como são as coisas, a família Antunes dificilmente será passada pa
Emanuel olhou para o casal que chamara de pai e mãe por mais de vinte anos, com um olhar cada vez mais distante e indiferente. Parecia que eles não tinham a intenção de contar a Emanuel sobre sua origem. Eles queriam esconder a verdade de Emanuel, mas ironicamente, Pedro havia feito um grande esforço para revelar isso a ele.“Que interessante,” Emanuel pensou. Então, decidiu que não ia mais tocar nesse assunto. Já que eles não queriam falar agora, ele também não precisava expor a verdade. Afinal, ainda não era a hora.- Pai, eu gostaria de te perguntar uma coisa. - Emanuel fez uma pausa e então falou. - Você trouxe Pedro de volta porque eu tenho um histórico de doença mental hereditária e você acha que não sou capaz de assumir grandes responsabilidades, então está preparando ele para me substituir?- Já que você sabe, vou falar claramente hoje. Sua condição não é adequada para liderar a empresa. Agora que Pedro voltou, vou deixá-lo se familiarizar lentamente com os negócios da empresa.
Pedro acenou pensativamente com a cabeça.- Alguma pista sobre aquela mulher chamada Dora? – Ele perguntou novamente. Ao mencionar Dora, Miguel se lembrou do que seus subordinados haviam relatado anteriormente.- Há uma pequena pista sobre Dora, mas......Depois de deixar a família Antunes, Emanuel recebeu uma mensagem de Inês perguntando se ele já estava em casa."Estou a caminho de casa, você não está lá?" Emanuel enviou uma mensagem para Inês."Estou na casa da Valentina, ela está com febre, e eu quero ficar aqui esta noite para cuidar dela, tudo bem?" – Ela respondeu."É grave?" - Emanuel franziu a testa ao ler a mensagem de Inês."Dei a ela um remédio para baixar a febre, não deve ser nada sério, não se preocupe." – Inês tentou não preocupar o amado. "Vou passar aí em breve." - Após enviar a mensagem para Inês, Emanuel ligou para Bryan. Ele estava no País Y, onde ainda era dia. - Alô. - Não demorou muito, e a ligação foi atendida.- Amanhã vá à sede e convoque uma reunião com
Inês, incrédula, olhava para Valentina, apertando firmemente a toalha em suas mãos, tremendo de raiva. A empregada disse que foi Lucas quem levou Valentina para casa ontem à tarde, então essas marcas no corpo dela...Ela e Lucas...O som da porta se abrindo ecoou na sala de estar.Era Emanuel chegando. Então, Inês rapidamente abotoou a camisa de Valentina e a cobriu com o cobertor. Inês respirou fundo, reprimindo a ira que sentia, e saiu.Na sala de estar, Emanuel estava trocando de sapatos no hall de entrada.- Você voltou. - Inês disse com um sorriso se aproximando.- Como está a Valentina? - Emanuel estendeu os braços e a abraçou.- Ela pegou um resfriado, já tomou remédio e está dormindo. – Inês respondeu. Emanuel assentiu, e juntos foram ao quarto ver Valentina, que não parecia dormir tranquilamente, na verdade, parecia como se estivesse presa em um pesadelo, murmurando algo incessantemente.Inês se aproximou para ouvir, ela estava chamando pelo nome de Lucas.- Vamos sair para dei
Embora Inês e Emanuel já estivessem divorciados, todos os empregados sabiam que, pelo carinho que o Sr. Emanuel tinha por ela, era apenas uma questão de tempo até que se reconciliassem.Por isso, os seguranças e empregados só podiam observar, sem intervir, enquanto Lucas era espancado por Inês, como se fosse um saco de pancadas.Não demorou muito para que Lucas ficasse com o nariz ensanguentado e o rosto inchado.Cansada, Inês agarrou a gola da camisa de Lucas e o prensou contra uma árvore. - Lucas, já que você não gosta da Valentina, então fique longe dela! – Inês o advertiu, antes de soltá-lo com força.Lucas, com a cabeça baixa, limpou o sangue do canto da boca com a mão, sem dizer uma palavra.Inês subiu para arrumar os pijamas dela e de Emanuel e depois partiu da mansão em Monte Vista.No caminho de volta para a Mansão Riacho Belo, ela passou na farmácia e comprou alguns remédios para gripe.Ao chegar na Mansão Riacho Belo, Inês abriu a porta e viu Emanuel sentado no sofá da sala
Valentina, ao ouvir isso, se levantou subitamente, com o rosto cheio de ansiedade.- Você bateu no Lucas, por quê? Como ele está agora? – Ela perguntou.- Por que eu bati nele, você não tem ideia? - Inês olhou para Valentina com um olhar severo.- Só porque ele rejeitou minha declaração de amor? Você bateu nele, então... - Valentina, com as bochechas inchadas, se mostrava insatisfeita, sem conseguir continuar. - Ontem à noite, quando eu estava passando loção no seu corpo, vi as marcas em você. - Inês disse com um tom incisivo.- Inês, eu... - Valentina ficou tensa, agarrando instintivamente a gola de sua camisa.- Valentina, me diga, naquela noite, vocês estavam bêbados e se deixaram levar, ou ele te forçou? O que aconteceu? - Inês segurava os ombros de Valentina firmemente, perguntando seriamente.- Inês, você está entendendo errado, Lucas não me forçou, nós dois estávamos bêbados e não sei como... - Valentina baixou a cabeça, com a voz abatida.- Ele disse alguma coisa? Como, ele va
- O quê? - Pedro se levantou subitamente. - Por que não soube disso antes?Miguel disse:- Isto...Pedro havia se informado especificamente sobre as empresas concorrentes, e entre elas não estava o Grupo Ribeiro. Agora parecia que Inês deliberadamente havia escondido as informações.Antes, Pedro não considerava o Grupo Ribeiro uma ameaça, mas com a relação entre Inês e Emanuel, sua participação na licitação poderia significar uma reviravolta.Pedro pensou por um momento e se dirigiu a Inês:- Srta. Inês, não esperava que o Grupo Ribeiro estivesse interessado neste projeto.- Se é algo bom, a família Ribeiro, claro, está interessada. - Inês olhou para Pedro friamente.- Então pode se decepcionar, porque este projeto já do Grupo Antunes! - Pedro apertou os olhos, com um sorriso frio no rosto.- Vamos ver então. - Inês olhou para o relógio.As propostas já haviam sido enviadas, e o resultado seria anunciado em meia hora.Inês não estava preocupada, pois sabia que Emanuel nunca entrava em