No final, Emanuel ganhou a corrida. Ao cruzar a linha de chegada, ele saiu do carro e se dirigiu aos carros que vinham atrás.- Por que diminuiu a velocidade? - Ele perguntou.Ele não poderia ter vencido alguém no nível dela. - Meu namorado não está feliz, então tentei deixar ele mais animado. - Inês tirou o capacete, sacudiu os cabelos longos e sorriu radiante.Emanuel ficou surpreso, aquecido por dentro. - E aí, vencer a corrida melhorou seu humor? - Inês colocou o capacete de volta, se aproximou dele e levantou o rosto.- Inês, obrigado. - Emanuel a abraçou fortemente. - De nada, se você está feliz, eu estou feliz. - Inês deu tapinhas nas costas dele.Embora não soubesse exatamente o que o estava incomodando, Inês não queria que ele ficasse triste.- Emanuel, se tiver algo em sua mente, pode me contar. Não guarde tudo para si. Se for algo que não pode resolver, fale comigo. Talvez eu possa ajudar.- Inês, ainda não decidi, me dê um tempo. Eu vou te contar. - Emanuel beijou a test
Num subúrbio silencioso durante a noite, com poucos carros na estrada, um carro sedan prateado parou na beira da estrada com os piscas alerta ligados. A luz amarelada dos postes de rua se filtrava através das folhas, derramando manchas de luz nas janelas do carro.Inês encarava o homem que estava acima dela, estendendo a mão para acariciar seus cabelos macios. Seus dedos longos se moviam entre as mechas de cabelo, proporcionando uma sensação agradável.- Fala logo! - Emanuel rosnou, olhando furioso para ela.Ouvindo a voz zangada de Emanuel misturada com um toque de resignação, Inês não conseguiu se conter e soltou uma risadinha.- Emanuel, desse jeito, você parece uma esposa que foi largada. - Inês não pôde deixar de dizer.Se não fosse pelo medo de deixar ele zangado, Inês realmente teria pegado o celular e tirado uma foto dele.Muito bonito! Ela gostava tanto dele assim.- Estou prestes a ser abandonado pela minha esposa! - Emanuel murmurou baixinho.- Eu não sou sua esposa! - Inês
Inês não tinha muita coisa para arrumar, apenas um laptop, alguns documentos em papel, e o resto ela não precisava levar. Emanuel a levou para o aeroporto e, depois que ela fez o check-in, foi para a empresa.Inês chegou na Cidade P por volta das duas da tarde, ainda cedo, então ela foi até o Grupo Ribeiro. Como ela estava ausente recentemente, as coisas na empresa estavam sendo cuidadas por alguns colaboradores de confiança que ela havia promovido. Qualquer assunto importante era relatado a ela imediatamente.Ela trabalhou até o final da tarde e só depois retornou à mansão. Inês tinha enviado uma mensagem antecipada para o avô, informando que voltaria hoje, então Gustavo instruiu a cozinha a preparar muitos pratos que ela gostava.Durante o jantar, Inês contou ao avô sobre o projeto na periferia norte.- Emanuel realmente está disposto a nos ceder o projeto? - Gustavo perguntou.Isso era algo valioso, muitas pessoas estavam de olho nisso, e ele simplesmente o entregou assim?- No Grup
Na Cidade J, no escritório do Presidente do Grupo Antunes. Emanuel estava em uma videochamada com Inês quando Matheus apareceu de repente com documentos.Inês ouviu a voz de Matheus e percebeu que Emanuel poderia ficar ocupado, então disse: - Então você se ocupa, não vou te atrapalhar, vá descansar assim que terminar. Emanuel olhou para Inês na tela e concordou: - Certo, vá descansar cedo. Boa noite. Matheus, segurando documentos, ficou ao lado, ouvindo a conversa suave entre Emanuel e Inês, e sentiu arrepios nos braços. "Essa voz tão suave, que Sr. Emanuel era esse que estava falando?" Nunca vi tão meloso. Ele pensou para si mesmo.No próximo momento, Emanuel encerrou a videochamada, olhou para Matheus, e seu tom ficou repentinamente frio: - Descobriu algo?- Dê uma olhada você mesmo. - Matheus entregou os documentos para ele.Emanuel pegou, abriu e começou a ler. Matheus se sentou no sofá do outro lado e comentou: - Quando Pedro nasceu, a mãe dele teve complicações, mas pela m
Ele se aproximou e deu uma olhada mais de perto. Teste de paternidade!Caraca! Isso era para testar quem e quem?Pedro e Ângelo, ou ele mesmo e Ângelo...Matheus rapidamente passou os olhos pelas primeiras fileiras de palavras e percebeu que não haviam nomes marcados lá, apenas escrito "Amostra A, Amostra B, Amostra C".Na última coluna dos resultados estava escrito: Com base nos resultados do teste de sequenciamento genético acima mencionados, é evidente que as amostras A e B não atendem às condições genéticas hereditárias, com uma probabilidade de relação pai-filho calculada em 11,03%...Os resultados de outro teste diziam: Com base nos resultados do teste de sequenciamento genético acima mencionados, é evidente que as amostras A e C atendem às condições genéticas hereditárias, com uma probabilidade de relação pai-filho calculada em 99,9999%...- Sr. Emanuel, isso é... - Matheus ficou chocado.- Encontre um lugar, me acompanhe para algumas bebidas. - Emanuel fechou o arquivo. Seu ol
Inês tinha planejado voltar para a Cidade J na tarde do dia seguinte, mas depois de terminar a ligação com Matheus, ela imediatamente comprou o voo mais próximo para a Cidade J.O voo das cinco e meia a trouxe a Cidade J, chegando lá já eram sete e meia. Assim que desembarcou, Inês correu para o endereço que Matheus tinha enviado a ela.Um bar privativo.Assim que entrou, alguém a guiou diretamente para o salão no último andar. Ao sair do elevador, ela viu Matheus segurando a barriga, balançando e prestes a cair, parecia muito mal.- Inês, você chegou! - Ao ver Inês, Matheus parecia ter encontrado uma salvadora, ficou tão feliz que quase caiu de joelhos. Fabiano ao lado rapidamente o segurou.- Como isso aconteceu, e onde está o Emanuel? - Inês se aproximou, com uma expressão ansiosa no rosto.- O Sr. Emanuel está na... Naquele quarto. - Matheus apontou para o final do corredor.Desde a noite passada até agora, Matheus havia ficado bêbado duas vezes e agora estava se sentindo terrível,
Um homem rosnou baixinho, sua voz cheia de agressividade.Mesmo que a sua voz se assemelhasse à da Inês, o que isso importava? Ela não era a Inês.Mesmo bêbado como estava, ele sabia que a Inês estava então na Cidade P e ainda não tinha voltado.Inês ficou surpresa, olhando para as costas da mão que ele bateu, se sentindo ao mesmo tempo injustiçada e irritada.Estava dando uma de louco com a bebida, é isso? Todo mundo fazia isso!Quando o mau humor da Inês apareceu, ela empurrou o Emanuel para o sofá e se sentou em cima dele. Falando sério, o Emanuel não era páreo para ela, e além disso, ele estava completamente bêbado naquele momento. Vendo uma gravata ao lado do sofá, Inês a pegou e, em um instante, amarrou as mãos de Emanuel.- Solta isso! - Disse ele. Mesmo bêbado, o Emanuel ainda não estava fora de si a ponto de ser completamente manipulado. Com as mãos amarradas, seus olhos instantaneamente se tornaram afiados. A Inês se inclinou, testa contra testa, com um sorriso na voz: - E
- Fale, estou ouvindo. – Inês disse enquanto abraçava firmemente o homem ao seu lado.Emanuel ficou em silêncio por um momento antes de começar a falar lentamente:- Desde que me lembro, vivi com meu avô. As primeiras palavras que as outras crianças falam geralmente são 'papai' ou 'mamãe', mas a minha primeira palavra foi 'vovô'. Quando eu era pequeno, meu pai acabara de assumir o Grupo Antunes e estava sempre ocupado. Eu mal o via uma vez por mês. E quando via, ele sempre estava com uma expressão fria, indiferente comigo. Minha mãe, segundo consta, teve um problema durante o meu nascimento e ficou reclusa em casa até eu completar cinco anos, se recuperando. Até os meus oito anos, eu só os via nos feriados. Nas reuniões de pais na escola, era sempre meu avô quem ia. Me lembro de uma vez, no inverno, quando fiquei resfriado e delirava chamando por 'papai' e 'mamãe'. Meu avô, preocupado com a minha febre alta, ligou para meu pai, pedindo que eles viessem me ver. Mas eles não vieram. Eu t