Família AntunesValentina sabia que, sozinha, era impossível tirar Emanuel da casa da família Antunes. Dessa forma, ela decidiu que deveria ligar para Matheus. Enquanto isso, Ângelo estava observando de longe enquanto cada um dos seguranças eram nocauteados por seu filho. Seu olhar se tornava cada vez mais sombrio e profundo, enquanto decidia fazer algo extremo.Levantando a mão, um guardas-costas se aproximou. Não se sabe que ordem foi dada pelo chefe da casa, mas o serviçal apenas assentiu e entrou na casa, voltando com um rifle de precisão em mãos. Não demorou para que a arma estivesse apontada para a fera descontralada que era Emanuel naquele momento.Valentina, com os olhos arregalados, começou a chorar e gritou:- Pai, não faça isso!"Eles vão matar meu irmão? Como ele pode ser tão cruel?" A irmã quis correr para impedir o guarda-costas, mas foi segurada por dois outros, não conseguindo se aproximar. Antes que o tiro de tranquilizante pudesse ser feito, um disparo soou primeiro.
- Não é nada, deixe que ele durma um pouco.Valentina também veio correndo e disse:- Vamos embora daqui primeiro.Ângelo tentou deter eles, mas as pessoas trazidas por Matheus eram demais, e os seguranças, todos feridos, não puderam fazer nada para impedir a saída dos meliantes. O chefe da família assistiu, impotente, enquanto levavam Emanuel, e, furioso, chutou a mesa de centro da sala, exclamando:- Esse desgraçado! Justo no dia do meu aniversário ele faz isso, ele está tentando me matar de raiva? Como está o Pedro? - Ângelo perguntou ao mordomo.- O médico ainda está lá em cima examinando o Pedro. - Respondeu o funcionário.Ângelo subiu as escadas e, ao entrar no quarto, viu sua esposa sentada na beira da cama, enxugando as lágrimas. Em seu lamento, perguntou:- Ângelo, e o Emanuel?Ângelo respondeu com voz fria:- Foi levado por Matheus e Inês.Kayra apertava o lenço com força.- Ângelo, você não pode deixar aquele monstro escapar! Olha o que ele fez com o Pedro!Vendo o filho dei
Inês e Matheus juntos levaram Emanuel de volta à Mansão em Monte Vista. Após ajudar ele a voltar ao seu quarto, sua antiga amada removeu as agulhas de prata de sua cabeça.- Ele ainda vai dormir um pouco antes de acordar.Inês, observando as manchas de sangue nas mãos e no corpo de Emanuel, franziu a testa e perguntou a Valentina:- Não era o aniversário do seu pai esta noite? Como começou a briga?Valentina, olhando para as pontas dos próprios pés e com um olhar evasivo, respondeu:- Eu também não sei o que aconteceu. Só sei que meu irmão feriu Pedro e minha mãe, e então meu pai mandou os seguranças prenderem ele.Enquanto tratava as feridas nas mãos de Emanuel, Inês perguntou:- Por que Emanuel perdeu o controle?Valentina, mordendo o lábio inferior, disse:- Eu não sei.Matheus olhou para Valentina, mas permaneceu em silêncio. Já Inês não fez mais perguntas. Após tratar as feridas nas mãos de Emanuel e fazer um exame, descobriu que ele não tinha outros ferimentos. Só então ela se se
O vidro da janela era golpeado com força pela chuva urgente. Inês saiu da cama para fechar a abertura, e de repente, ela viu uma silhueta no jardim lá embaixo. Esfregou os olhos e percebeu que era Emanuel, que deveria estar deitado na cama, inconsciente. "Quando ele acordou? Por que ele foi lá fora se molhar na chuva?"Fabiano, segurando um guarda-chuva, estava perto de Emanuel. Ele tentou se aproximar para proteger Emanuel com o guarda-chuva, mas Emanuel o empurrou com força. - Vá embora! - A voz de Emanuel era como o rugido de um animal encurralado.Ele ficou lá parado na chuva, com os punhos cerrados. A atadura no dorso de sua mão já estava molhada pela chuva, revelando manchas de sangue. Um trovão soou estrondosamente, clareando o céu chuvoso.Inês correu escada abaixo sem pegar um guarda-chuva e entrou na chuva.- Srta. Inês! Fabiano tentou passar o guarda-chuva para ela, mas ela não aceitou e correu diretamente para Emanuel, que caiu de joelhos no chão e rugiu para o céu: - Ah
Ao ouvir aquilo, Emanuel baixou a cabeça e encontrou o olhar cheio de ternura de Inês.- Por que pedir desculpas? - Ele raramente a via com essa expressão."Quem deveria pedir desculpas sou eu."- Naquela noite, você disse que nunca usaria seus sentimentos como moeda de troca.Emanuel ficou surpreso por um momento, lembrando daquela noite que fora mencionada.Inconscientemente, ele abraçou Inês mais forte.- Inês, eu...Se é uma troca, que seja. Desde que ela fique ao seu lado, mesmo que seja uma troca, ele aceitaria.Antes que Emanuel pudesse terminar, no entanto, Inês o interrompia:- Deixe eu terminar. - Inês piscou. - Naquela hora, não reagi, mas depois entendi. Logo que começamos a namorar, falei sobre o projeto periferia norte para você, sem considerar seus sentimentos, e causei um mal-entendido. Emanuel, eu queria dizer que, assim como você, jamais usaria sentimentos como moeda de troca. Naquela noite, quando disse que tinha decidido ser sua namorada, era de coração. Queria esta
Inês tinha um sorriso nos lábios vermelhos, percebendo que ele havia parado repentinamente por essa razão. Ela entrelaçou seus dedos com os de Emanuel e o beijou nos lábios, sussurrando em seu ouvido:- Minha menstruação acabou!Uma noite em claro.Lá fora, o trovão e a chuva continuavam incessantes, os galhos das árvores balançando na chuva noturna, assim como os dois, entrelaçados sem fim dentro da casa....Quando Inês acordou novamente, já estava claro. A janela estava entreaberta, e as cortinas balançando ao vento. A cama ao seu lado estava vazia, e não havia barulho vindo do banheiro, indicando que Emanuel provavelmente não estava no quarto. Ela então se sentou, esfregando a cintura dolorida. Não parando por aí, pressionou suas têmporas, cada vez mais convencida de que algo tinha acontecido com Emanuel na noite passada. Ele sempre fora uma pessoa tão controlada, como seria capaz de perder o controle daquela maneira?Inês se vestiu e, depois de se arrumar, saiu do quarto, logo ven
Inês se encontrou com o olhar de Emanuel, recordando o acerto de contas da noite anterior. Suas bochechas coraram involuntariamente, e ela disse, cheia de manha:- E você, o que acha?- Me deixe te massagear. - Emanuel acariciou suavemente a cintura de Inês.Inês segurou o rosto de Emanuel. Ele quase não descansou na noite passada, com olheiras profundas e uma barba por fazer.- Emanuel. - Inês o chamou, pensou por um momento e disse. - Embora a forma como você fuma seja atraente, fumar é prejudicial à saúde. Eu não quero que você tenha uma vida curta.O tanto que ele fuma certamente afetará sua saúde.Emanuel olhou para Inês, ficou em silêncio por dois segundos. - Eu prometo a você, a partir de hoje, vou parar de fumar. - Ele disse.- Você não pode me enganar. - Os olhos de Inês brilharam.- Com certeza. - Emanuel assentiu.- Recompensa para você! - Inês deu um leve beijo nos lábios dele.- Apenas um beijo? - Emanuel arqueou a sobrancelha.- Então, um beijo a cada dia. - Inês sorriu
Ele sabia que Emanuel tinha um histórico familiar de doenças mentais, mas também sabia que Emanuel nunca havia tido um surto. Anteriormente, devido a Inês, suas emoções eram instáveis, mas nunca foram tão fora de controle como na noite passada.- Me ajude a marcar um horário com o Paul, pergunte a ele quando ele pode, preciso que ele faça um exame detalhado para entender o que se passa na minha cabeça. - Emanuel sabia o que Matheus queria dizer e, após uma pausa, disse.- Ok, vou entrar em contato com ele em breve. - Respondeu Matheus.Paul era o melhor especialista em doenças mentais do planeta, e Emanuel já tinha ajudado ele antes. Paul tinha prometido a Emanuel que faria o possível para retribuir se ele precisasse de algo nessa área.Antes, Emanuel não tinha dado muita importância à doença hereditária, afinal, ele ainda era jovem e não esperava que isso acontecesse tão cedo. No entanto, após esse incidente, ele teve que reconsiderar.- E mais... - Emanuel olhou para Matheus. - Sobr