Capítulo 169
Emanuel não esperava que Inês entrasse de repente. Ele tentou parar, mas já era tarde demais. A adaga penetrou a ferida que ainda não havia cicatrizado, e o sangue jorrou imediatamente.

Inês entrou correndo e arrancou a adaga das mãos de Emanuel.

- Emanuel, o que você está fazendo?!

Uma sombra escura passou pelos olhos de Emanuel, ele cobriu a ferida que sangrava e disse:

- Nada.

Inês gritou furiosamente:

- Nada? Você se esfaqueia por nada?!

Emanuel ficou em silêncio por alguns segundos e disse:

- Foi um acidente, não foi de propósito.

- Você está mentindo como uma criança!

Inês estava louca de raiva. Nem uma criança acreditaria naquela desculpa esfarrapada.

Emanuel baixou os olhos, encarando o braço ensanguentado, sem dizer uma palavra.

Inês mordeu os dentes com força, pressionou a adaga contra o peito dele e disse:

- Se você quer morrer, vá logo! Ninguém vai te impedir!

Emanuel arqueou uma sobrancelha, encarando os olhos vermelhos da mulher à sua frente, e disse:

- Inês, eu não quer
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