Emanuel desligou o telefone e imediatamente ligou para Fabiano.- Prepare o helicóptero... - Ordenou Emanuel.Inês estava sentada no sofá, fitando intensamente Emanuel, que estava ao telefone perto da janela, sentindo um vazio no coração.Se ela não estivesse enganada, aquela chamada deveria ser sobre o paradeiro de Dora.Ele teve notícias.Sem perder um momento, Emanuel instruiu Fabiano a preparar o helicóptero e rapidamente voltou ao seu quarto para trocar de roupa.- Tenho que sair para tratar de um assunto, fique em casa e me ligue se precisar. - Disse Emanuel, parecendo que havia se lembrado que Inês ainda estava no escritório. Inês acenou com a cabeça, rígida.- Sua mão... - Disse Inês, tentando aconselhar Emanuel a não molhar o ferimento na mão, mas antes que pudesse falar, o telefone de Emanuel tocou novamente.Ele atendeu e desceu as escadas rapidamente.Inês observou sua silhueta desaparecer, sentindo uma pontada de tristeza. Em pouco tempo, o som das hélices do helicóptero
Hugo realmente teve a audácia de fazer um pedido, sem temer que o Sr. Emanuel o mate imediatamente.- Só quando ela morrer, eu poderei me tornar o legítimo chefe da família Ribeiro. - Concluiu Hugo, sorrindo com uma expressão sinistra em seu rosto.Além disso, se Eliana não morrer, aquele homem também não o deixará em paz.A última tentativa de assassinar Eliana não foi bem-sucedida, mas isso o fez descobrir que Emanuel e ela eram casados.Ele investigou especificamente e descobriu que o relacionamento deles não era bom.Portanto, Hugo tinha muita confiança de que Emanuel o ajudaria.Um brilho assassino passou pelos olhos de Emanuel, seu olhar era enigmático.- O que te faz pensar que eu aceitaria? - Indagou Emanuel.- Sr. Emanuel, você não quer saber onde está a pessoa que vem procurando há tantos anos? Este objeto na foto, deve ser familiar. - Disse Hugo, rindo baixo, tirado uma foto do bolso e entregando pra ele. Emanuel pegou a foto e seus olhos se estreitaram subitamente, como se
Enquanto isso, no Estreito do Caribe, um luxuoso cruzeiro navegava sobre as águas prestes a enfrentar uma tempestade. A estação meteorológica previu a ocorrência de grandes ondas no mar nesta noite. Um homem vestindo um roupão branco se apoiava no parapeito do convés, seus olhos azul-pálidos fixados na pessoa pendurada não muito longe, com um brilho gélido em seu olhar. - A pessoa foi sequestrada por Cauã a meu pedido. - Ecoou uma voz masculina. A cada palavra que o homem pronunciava, a aura assassina em seus olhos se intensificava. - Por quê? Você... - Perguntava Inês, do outro lado da linha. - Sem motivo. Simplesmente não suporto ele, quero ver ele morto! - Respondeu o homem. - Hugo... - Tentou adivinhar Inês.- Está morto. Fui eu quem o matou. - O homem disse, em um tom cheio de orgulho. Se não fosse por uma investigação, ele ainda estaria no escuro sobre o atentado sofrido por Inês há dois anos, que a deixou com amnésia. A esposa que ele treinou tão arduamente só pode ser
O mal no sangue dela atacou novamente.Inês respirou fundo várias vezes, pressionando fortemente partes do seu corpo, na esperança de aliviar a dor.No entanto, a dor se espalhou pelo corpo em poucos minutos, como se fosse uma inundação que rompeu a barragem, fazendo cada pedaço de sua pele parecer estar sendo devorado por formigas venenosas, uma dor insuportável.Inês, exausta, caiu no sofá, sem conseguir reunir forças em todo o corpo.Nesse momento, ouviu passos vindos do andar de cima.- Inês? - Chamou Valentina.Valentina havia sido acordada pelo barulho lá embaixo. Ela se levantou, fez sua higiene matinal e só então saiu.Quem diria que ao chegar à escada, veria Inês encolhida no sofá, com uma expressão de dor no rosto.- Inês, o que aconteceu com você? Não me assuste! - Disse Valentina, descendo as escadas às pressas. Ao tocar Inês, foi surpreendida pela sua frieza de seu corpo e continuou: - Inês, aguente firme, vou te levar para o hospital agora... - Não, não vou hospital. - D
Matheus passou a noite inteira se divertindo no bar que ele tinha recém-inaugurado e só voltou para casa às cinco da manhã. Antes mesmo de conseguir pegar no sono, o telefone tocou.Ao atender, ouviu a voz gelada de Emanuel.- Vamos beber! - Exclamou Emanuel. Matheus, confuso, despertou quase que completamente."Emanuel parece estranho hoje."Sem fazer muitas perguntas, Matheus se levantou, trocou de roupa e foi lentamente para o bar. A essa hora, o bar já estava fechado, apenas os garçons limpavam o salão no térreo. Emanuel estava em um salão privado no segundo andar.Ao entrar, Matheus viu imediatamente várias garrafas vazias espalhadas sobre a mesa.- Sr. Emanuel, o que aconteceu com você? Por que começou a beber tão cedo? - Indagou Matheus, sem estender muito bem o que estava acontecendo. Em seguida, se sentou no sofá em frente e se serviu um copo de vinho.Emanuel não respondeu, apenas ergueu o copo em um brinde silencioso e bebeu tudo de uma vez.- O que aconteceu? - Insistiu Ma
- Percebo que o amor dela por mim não é mais o mesmo. - Expressou Emanuel, sorrindo amargamente e balançando a cabeça.Foi a primeira vez que Emanuel se sentiu tão impotente sobre isso.Inês o amava antes mas agora ela resistia ao amor dele por ela.- Bem feito! Quem mandou você machucar os outros antes? - Disse Matheus, rindo com um ar de schadenfreude.Emanuel o lançou um olhar e abriu outra garrafa de vinho.Deixando as brincadeiras de lado, Matheus finalmente adotou uma expressão séria. - Já que a pista da Dora sumiu, o que você planeja fazer agora? - Indagou Matheus. Emanuel segurou o copo de vinho por um momento, sua expressão habitualmente indiferente mostrava uma luta interna.- Tem alguma notícia recente da África do Sul? - Indagou Emanuel.- Sem notícias. Você sabe como é, lá está um caos, com todos os conflitos, todos têm sido cautelosos desde aquele incidente há cinco anos, sem ousar fazer grandes movimentos. - Respondeu Matheus, dando de ombros.Emanuel assentiu, sem mai
Emanuel agiu rapidamente ao receber a ligação de Valentina e voltou correndo para a mansão em Monte Vista. Ao ver Emanuel, a governanta Nina, começou a chorar sem parar.- Sr. Emanuel, finalmente o senhor voltou. Vá ver a senhora, ela não está bem. - Disse Nina, tentando conter as lágrimas. Emanuel sentiu o coração apertado, como se fosse saltar pela garganta.Ele subiu as escadas às pressas e, ao abrir a porta do quarto, viu Inês deitada na cama, pálida e convulsionando. Nesse momento, Túlio estava preparando uma seringa para aplicar outro analgésico em Inês.- Inês! - Exclamou Emanuel, correndo para a cama, seus olhos transbordavam ansiedade e dor.“Por que ela estava tão pálida? Por que seu corpo estava assim tão fraco? Naquela manhã, quando ele partiu, ela estava bem. O que havia acontecido em tão poucas horas?”- O que aconteceu com ela? - Indagou Emanuel, com os olhos vermelhos, fixando o olhar em Valentina e Túlio ao seu lado. - Eu não sei, desci pela manhã e vi Inês caída n
Valentina e Túlio se retiram, deixando Inês e Emanuel sozinhos no quarto. Emanuel, com o olhar baixo, contemplou a pequena mulher em seus braços. Seus dedos esguios e bem definidos tocavam suavemente o rosto pálido dela, enxugando o suor de sua testa. Seus olhos escuros estão baixos, transbordando de remorso, culpa e arrependimento.- Inês, como você está se sentindo? Melhorou? - Pergunta Emanuel.Inês se apoia fracamente em seu ombro.- Emanuel, estou com tanta dor... Parece que vou morrer. Dói demais. É insuportável. - Murmura Inês.- Onde dói, Inês? Me diga, onde você sente dor? - Pergunta Emanuel, com os olhos fixos nela. Um lampejo de pânico brilha nos olhos de Emanuel, e ele relaxa os braços em volta da cintura dela. Inês abre a boca, mas não consegue falar uma palavra.- Inês... - Insiste Emanuel, com os olhos marejados. Ao ver Inês sofrer tanto, Emanuel sente seu coração se despedaçar. Inês, com dificuldade, se vira para o encarar, suas mãos trêmulas agarram o colarinho dele,