Ao Inês ouvir o que Emanuel disse, percebeu imediatamente que ele estava seguindo ela. Qual seria a outra razão dele saber que ela estava jantando com Joaquim agora? Inês apertou o celular com força e seu rosto ficou pálido de raiva. Como aquele desgraçado havia ousado seguir ela!- O que houve? - Perguntou Joaquim, com os olhos fixos em Inês. Após a ligação ele percebeu que havia algo de errado.Ela desligou o telefone.- Nada. - Respondeu Inês, friamente.Por que ela deveria sair? Só porque ele mandou? Ela não pretendia ceder! Inês e Joaquim pediram mais dois pratos, decidindo saborear a refeição. Pouco depois, os pratos que eles pediram foram servidos.- Srta. Inês, você ainda mora com o Sr. Emanuel? - Perguntou Joaquim, com os olhos fixos nela, de modo inesperado.- Você pode parar de falar dele? - Respondeu Inês, dando pouca importância ao que havia sido perguntado.Só de mencionar Emanuel, Inês ficava furiosa. Joaquim abriu um sorriso sarcástico e serviu um chá para Inês. E então
Vinte minutos depois, na mansão em Monte Vista. Inês e Emanuel chegaram quase simultaneamente. Ao descer do carro, Inês, ao avistar Emanuel se aproximando, começou a ferver de raiva, se preparando para repreender ele severamente. Porém, no segundo seguinte, ele a ergueu sobre o ombro a levou rapidamente para dentro da casa.- Emanuel, me solte! - Exclamou Inês, furiosa e desesperada, batendo nas costas de Emanuel.Ele, imperturbável, rapidamente a levou de volta ao quarto. Com um estrondo, a porta do quarto se fechou violentamente. No momento seguinte, Inês foi jogada na cama. Antes que pudesse reagir, ele segurou seu rosto com força e se inclinou dominadoramente sobre ela.O calor de sua respiração a envolveu completamente, sem dar a ela um momento de respiro. Era uma loucura, uma urgência que quase a consumia.- Emanuel! - Exclamou Inês, com fúria, tentando o afastar.Como alguém podia beijar de forma tão bruta e arrogante? Era como se ele quisesse devorar ela.Inês sentiu seus lábio
Imediatamente, Inês ligou para Fabiano a fim de entender a razão dos acontecimentos. Descobriu que Emanuel não a estava seguindo, ele tinha ido ao hospital levar o almoço para ela e a encontrou com Joaquim no estacionamento, e só então os seguiu até o restaurante. Ao chegar na cozinha, Inês viu duas marmitas que Fabiano tinha trazido. Ao abrir uma, ela encontrou arroz com um ovo frito em formato de coração em cima. A outra marmita tinha dois compartimentos, com três pratos. Dois de carne e um vegetariano. A comida parecia simples, mas a apresentação era caprichada.- Inês, você nem imagina, até para fritar um ovo, Emanuel falhou quatro ou cinco vezes. E esse refogado de vegetais, que parece tão simples, ele queimou uma vez por deixar o fogo alto demais e outra vez salgou demais. O único prato que não falhou tanto foi esse camarão cozido. Olha só, ele até descascou os camarões cuidadosamente para você... - Disse Nina. - Quando Emanuel estava cozinhando, ele se queimou e nem teve tem
Ao se virar, Inês se deparou com os olhos escuros e profundos de Emanuel.Emanuel apagou a ponta do cigarro, seu rosto duro e frio não revelava emoção alguma.- Saia! - Ordenou Emanuel.- Você quer que eu me retire só porque você mandou, e assim comprometa minha dignidade? - Retrucou Inês, de modo ousado. Inês caminhou até ele, se sentou ao seu lado, e logo notou uma bolha de queimadura inchada e vermelha no dorso da mão esquerda dele.- Você se machucou e nem sequer cuidou disso. - Disse Inês, se preparando para tratar a ferida.Porém, Emanuel enfiou a mão no bolso.- O que está fazendo, não mexa! Se não tratar isso, pode infeccionar. - Disse Inês, arregalando os olhos e agarrando o pulso dele com firmeza. Ela pegou iodo, cotonetes e outros itens do kit de primeiros socorros.Emanuel olhava fixamente para Inês, deixando ela tratar a ferida em sua mão.Ela perfurou a bolha com uma agulha fina, desinfetou a área e aplicou o medicamento, depois enfaixou a mão dele com gaze respirável.
Emanuel desligou o telefone e imediatamente ligou para Fabiano.- Prepare o helicóptero... - Ordenou Emanuel.Inês estava sentada no sofá, fitando intensamente Emanuel, que estava ao telefone perto da janela, sentindo um vazio no coração.Se ela não estivesse enganada, aquela chamada deveria ser sobre o paradeiro de Dora.Ele teve notícias.Sem perder um momento, Emanuel instruiu Fabiano a preparar o helicóptero e rapidamente voltou ao seu quarto para trocar de roupa.- Tenho que sair para tratar de um assunto, fique em casa e me ligue se precisar. - Disse Emanuel, parecendo que havia se lembrado que Inês ainda estava no escritório. Inês acenou com a cabeça, rígida.- Sua mão... - Disse Inês, tentando aconselhar Emanuel a não molhar o ferimento na mão, mas antes que pudesse falar, o telefone de Emanuel tocou novamente.Ele atendeu e desceu as escadas rapidamente.Inês observou sua silhueta desaparecer, sentindo uma pontada de tristeza. Em pouco tempo, o som das hélices do helicóptero
Hugo realmente teve a audácia de fazer um pedido, sem temer que o Sr. Emanuel o mate imediatamente.- Só quando ela morrer, eu poderei me tornar o legítimo chefe da família Ribeiro. - Concluiu Hugo, sorrindo com uma expressão sinistra em seu rosto.Além disso, se Eliana não morrer, aquele homem também não o deixará em paz.A última tentativa de assassinar Eliana não foi bem-sucedida, mas isso o fez descobrir que Emanuel e ela eram casados.Ele investigou especificamente e descobriu que o relacionamento deles não era bom.Portanto, Hugo tinha muita confiança de que Emanuel o ajudaria.Um brilho assassino passou pelos olhos de Emanuel, seu olhar era enigmático.- O que te faz pensar que eu aceitaria? - Indagou Emanuel.- Sr. Emanuel, você não quer saber onde está a pessoa que vem procurando há tantos anos? Este objeto na foto, deve ser familiar. - Disse Hugo, rindo baixo, tirado uma foto do bolso e entregando pra ele. Emanuel pegou a foto e seus olhos se estreitaram subitamente, como se
Enquanto isso, no Estreito do Caribe, um luxuoso cruzeiro navegava sobre as águas prestes a enfrentar uma tempestade. A estação meteorológica previu a ocorrência de grandes ondas no mar nesta noite. Um homem vestindo um roupão branco se apoiava no parapeito do convés, seus olhos azul-pálidos fixados na pessoa pendurada não muito longe, com um brilho gélido em seu olhar. - A pessoa foi sequestrada por Cauã a meu pedido. - Ecoou uma voz masculina. A cada palavra que o homem pronunciava, a aura assassina em seus olhos se intensificava. - Por quê? Você... - Perguntava Inês, do outro lado da linha. - Sem motivo. Simplesmente não suporto ele, quero ver ele morto! - Respondeu o homem. - Hugo... - Tentou adivinhar Inês.- Está morto. Fui eu quem o matou. - O homem disse, em um tom cheio de orgulho. Se não fosse por uma investigação, ele ainda estaria no escuro sobre o atentado sofrido por Inês há dois anos, que a deixou com amnésia. A esposa que ele treinou tão arduamente só pode ser
O mal no sangue dela atacou novamente.Inês respirou fundo várias vezes, pressionando fortemente partes do seu corpo, na esperança de aliviar a dor.No entanto, a dor se espalhou pelo corpo em poucos minutos, como se fosse uma inundação que rompeu a barragem, fazendo cada pedaço de sua pele parecer estar sendo devorado por formigas venenosas, uma dor insuportável.Inês, exausta, caiu no sofá, sem conseguir reunir forças em todo o corpo.Nesse momento, ouviu passos vindos do andar de cima.- Inês? - Chamou Valentina.Valentina havia sido acordada pelo barulho lá embaixo. Ela se levantou, fez sua higiene matinal e só então saiu.Quem diria que ao chegar à escada, veria Inês encolhida no sofá, com uma expressão de dor no rosto.- Inês, o que aconteceu com você? Não me assuste! - Disse Valentina, descendo as escadas às pressas. Ao tocar Inês, foi surpreendida pela sua frieza de seu corpo e continuou: - Inês, aguente firme, vou te levar para o hospital agora... - Não, não vou hospital. - D