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10. Laços de desconfiança e decepção
O alvorecer do novo dia trouxe uma atmosfera tensa e agitada no castelo de Eldoria. A notícia do ataque das tropas estrangeiras se espalhara rapidamente, lançando uma sombra de inquietação sobre todos. O casamento entre Adrian e Elara, que até então era visto como uma simples formalidade, agora se tornara uma questão de urgência.Adrian, ainda abalado pelo ataque, passou a manhã em reuniões com seus conselheiros, organizando a segurança para os próximos dias. As ordens eram claras: os preparativos para o casamento deveriam ser concluídos o mais rápido possível, e a segurança do castelo reforçada.Elara, por sua vez, observava tudo com um olhar calculista. Seu plano estava avançando conforme planejado, mas a sensação de controle que antes possuía começava a escapar por entre seus dedos, pois seus pensamentos sempre a levavam a Adrian. Ela obviamente estava começando a se envolver de forma sentimental e a pressão de seu pai e a proximidade do casamento pesavam sobre ela, mas ela sabia
11. União
O sol nascente banhava o reino de Eldoria em tons suaves de dourado, trazendo consigo a promessa de um novo começo. Aquele era o dia do casamento entre o príncipe Adrian e a princesa Elara, uma união que prometia selar a paz entre Eldoria e Valoria. Mas, sob a superfície de alegria e celebração, havia uma tensão silenciosa, quase imperceptível, que pairava sobre o castelo. Nos aposentos da princesa, Elara observava seu reflexo no espelho. O vestido de noiva que ela usava era de uma beleza inigualável, feito de seda branca com bordados delicados em ouro. Mas, por mais deslumbrante que fosse, o vestido não conseguia esconder a batalha interna que se travava dentro dela. O plano de seu pai ecoava em sua mente, misturado com a crescente confusão de seus sentimentos por Adrian. “Senhora, o príncipe Adrian deseja vê-la antes da cerimônia,” informou a criada, interrompendo seus pensamentos. Elara assentiu, respirando fundo para se recompor. Ela precisava manter o foco, lembrando a si m
12. Confissões
Parte 1: As Sombras da GuerraA noite havia caído sobre Eldoria, trazendo com ela um ar de calma aparente. O castelo, iluminado por tochas e velas, parecia um refúgio de paz em meio ao caos que ainda assolava os reinos ao redor. Mas, por trás das muralhas, as tensões continuavam a crescer. As notícias de que países estrangeiros estavam inquietos com a aliança entre Eldoria e Valoria começaram a chegar, provocando preocupações tanto no príncipe Adrian quanto na princesa Elara.Adrian estava sentado em sua mesa, olhando para um mapa espalhado à sua frente. Seus pensamentos estavam nublados pelas últimas mensagens que recebera. As fronteiras de Eldoria estavam sendo constantemente testadas por tropas estrangeiras, e a paz, que tanto desejava, parecia mais frágil do que nunca. Ele suspirou profundamente, passando a mão pelo cabelo, enquanto tentava encontrar uma solução.Foi nesse momento que Elara entrou no aposento, seus passos suaves, mas determinados. Ela havia sentido a tensão de Adr
13. O Preço da Guerra e do Amor
O sol ainda não havia nascido, e o castelo de Eldoria já estava em alvoroço. Um mensageiro chegara na calada da noite, trazendo notícias alarmantes das fronteiras do reino. Um exército estrangeiro havia avançado sobre as terras de Eldoria, atacando vilas e destruindo plantações. Era um movimento ousado e inesperado, que pegou todos de surpresa.Adrian estava reunido com seus conselheiros e generais na sala de guerra. O mapa da região estava estendido sobre a mesa, e os olhos de todos estavam fixos nos relatórios detalhando o ataque.“Eles estão testando nossa aliança com Valoria,” disse Sir Edgar, sua voz grave e cheia de preocupação. “Eles querem ver até onde estamos dispostos a ir para proteger nossas terras.”Adrian apertou os punhos, sua mandíbula tensa. “Nós não podemos deixar esse ataque passar impune. Se permitirmos que eles avancem, perderemos mais do que apenas território. Perderemos nossa credibilidade.”“Você está certo, Vossa Alteza,” disse outro conselheiro. “Precisamos r
14. Sangue no trono
As semanas se arrastaram com a ferocidade de uma tempestade. Na fronteira de Eldoria, a guerra continuava seu jogo cruel, colocando vidas em risco e espalhando destruição. Adrian liderava suas tropas com coragem e estratégia, mantendo os inimigos afastados das terras do reino. Os homens olhavam para ele com respeito e confiança; sua presença era inspiradora, e sua liderança firme fazia toda a diferença no combate.A decisão do rei de Valoria de enviar tropas para ajudar Eldoria, embora relutante, havia se mostrado um fator crucial para virar a maré da batalha. Os soldados de Valoria, lutando ao lado dos de Eldoria, uniram forças contra o inimigo comum, e a colaboração tensa, mas eficiente, resultou em vitórias importantes nos campos de batalha. A aliança temporária parecia estar funcionando, pelo menos por enquanto.Ainda assim, a guerra cobrava seu preço. O cansaço estava estampado no rosto de cada soldado, incluindo Adrian. Ele havia passado semanas no front, longe de Elara, e as sa
15. O peso da coroa
O castelo de Eldoria estava envolto em um luto pesado. As bandeiras tremulavam a meio mastro, e o ar parecia denso com o pesar. No grande salão, transformado em um santuário improvisado, o corpo do rei repousava em um caixão adornado com os símbolos reais de Eldoria. Flores brancas e vermelhas foram espalhadas ao redor, e uma vela solitária queimava ao lado do caixão, representando a chama da linhagem real que agora passava para o príncipe Adrian.O povo de Eldoria desfilava em silêncio pelo salão, prestando suas últimas homenagens ao rei que havia guiado o reino por tantos anos. Adrian estava ao lado do corpo de seu pai, suas vestes de luto marcadas pelo brasão dourado de Eldoria. Elara estava ao seu lado, com um véu negro sobre os cabelos, respeitando as tradições do luto, sua presença oferecendo apoio silencioso ao homem que agora carregava o peso de uma coroa.Adrian permaneceu ali, recebendo as condolências dos nobres, dos cavaleiros e do povo comum. Cada rosto que passava carreg
16. Revelações
As sombras das árvores altas de Eldoria se alongavam, enquanto o sol começava a descer no horizonte, banhando a floresta em um brilho dourado. Adrian, montado em seu cavalo negro, liderava seu exército pelo caminho denso e estreito. Ao seu lado estava Sir Edgar, sempre vigilante, os olhos examinando cada movimento entre as folhagens. Os batedores haviam trazido a notícia de um acampamento inimigo escondido nas profundezas da floresta, possivelmente soldados do reino de Kaldor. Era uma ameaça que Adrian não podia ignorar.O vento soprava levemente entre as árvores, carregando consigo o som distante de vozes. Adrian levantou a mão, sinalizando para seus homens diminuírem o passo. Eles desmontaram em silêncio, se movendo como sombras entre as árvores, até que avistaram o acampamento inimigo à frente. Era pequeno, talvez uma dezena de homens, mas claramente armados e em guarda.Adrian fez um sinal para seus homens avançarem. Com um movimento rápido e preciso, o exército de Eldoria cercou
17. alianças e confrontos
O sol começava a subir no horizonte, tingindo o céu de tons alaranjados e rosados, quando Elara passou pelos portões de Eldoria. Seu rosto estava marcado pela viagem noturna; seus olhos, cheios de determinação, traziam uma nova resolução que não estava ali quando partiu. O vento frio da manhã a envolveu, como se quisesse absorver todas as perguntas não ditas que flutuavam no ar. Assim que chegou ao palácio, encontrou os corredores ainda silenciosos, mas não desocupados. Guardas a observaram de canto de olho, murmurando entre si, e criados apressaram-se para fora de seu caminho. Elara sabia que suas ações haviam levantado suspeitas; era incomum que uma princesa desaparecesse sem explicações durante a noite, especialmente com a tensão crescente entre os reinos. Ao atravessar as portas do salão principal, viu Adrian debruçado sobre uma mesa coberta de mapas e documentos. Ele ergueu o olhar no instante em que ela entrou, e um misto de alívio e preocupação tomou conta de seu rosto. "