Eles chegaram ao Restaurante Glicínia antes do casal da família Junqueira e do pai e filho da família Amorim. Agora, as duas famílias também haviam acabado de chegar. Melissa, por já ter um grande plano em mente, estava de ótimo humor. Só de pensar nisso, se sentia feliz, e o sorriso em seu rosto, neste momento, era genuíno. O casal da família Junqueira estava preocupado durante o caminho, imaginando se o filho deles ficaria desconfortável ao passar um tempo a sós com Melissa. Mas, pelo que parecia agora, os dois estavam sorrindo. Aparentemente, eles estavam se dando muito bem. No passado, o casal já havia apresentado muitas pretendentes a Américo, tentando arranjar um casamento para ele, mas nenhuma das candidatas havia conseguido manter o relacionamento. Além disso, Américo nunca gostou de nenhuma delas. Melissa era a única com quem ele parecia satisfeito. Por isso, o casal entrou em contato com a família Amorim. Embora algumas coisas tivessem acontecido com Melissa, para
— Norberto, você quer perguntar por que ela descobriu a verdade, mas não veio me procurar, não é? — Stéphanie falou, antecipando a dúvida dele. Norberto respondeu: — Srta. Stéphanie, dê um pouco mais de tempo para a Srta. Lorena digerir isso. Ela provavelmente só está tendo dificuldade em aceitar. Stéphanie olhou pelas janelas panorâmicas para a vegetação do lado de fora, como se já tivesse previsto aquele desfecho. Um sorriso amargo e breve passou por seu rosto: — Eu já devia ter imaginado. Não seria fácil para ela aceitar essa verdade. Norberto disse: — Mas, ao longo desses anos, a Srta. Lorena nunca desistiu de buscar a verdade. Isso mostra que ela se importa com você, Srta. Stéphanie. Stéphanie respondeu: — Às vezes, não saber a verdade e descobrir a verdade são dois estados completamente opostos. Norberto não soube o que dizer por um momento. — Afinal, eu escondi muitas coisas dela. — Stéphanie sabia bem qual era o ponto que deixava Lorena tão conflituosa ago
Guilherme estreitou levemente os olhos, e um som grave e monossilábico escapou de sua garganta: — Está bem. Lorena acenou para ele com o dedo, exibindo uma expressão misteriosa: — Venha aqui, vou te contar. Guilherme a acompanhou, caminhando em sua direção. Então, ela ordenou: — Se curve, se abaixe. Mais uma vez, o homem obedeceu sem questionar. Lorena aproximou o rosto do ouvido dele e murmurou algumas palavras. Imediatamente, o corpo do homem ficou visivelmente mais rígido. A mulher travessa rapidamente recuou, mantendo distância. Antes mesmo que ela pudesse se acomodar no lugar, Guilherme já estava sobre ela, se movendo como uma sombra escura, envolvendo ela completamente. — Ficou corajosa, foi? A voz rouca e magnética do homem tinha um tom baixo e levemente abafado. Com braços fortes, ele se apoiou de ambos os lados do corpo dela, olhando para ela de cima com uma postura dominante. — Eu sou uma paciente agora. — Disse Lorena com firmeza, como se tivesse
A porta do banheiro se abriu por dentro. Lorena engasgou com a própria saliva, cobrindo a boca com a mão enquanto tossia várias vezes. Ela olhou para a cena à sua frente: parecia um clipe em câmera lenta de um deus saindo do banho. Que situação! Ele usava apenas uma toalha branca enrolada na cintura musculosa. Que visão! Ela sabia que o corpo dele era espetacular, mas... mas... nunca se cansava de olhar para ele. Na verdade, quanto mais olhava, mais se apaixonava. Era a típica figura de ombros largos e cintura estreita, um corpo magro quando vestido, mas irresistivelmente atraente sem roupa. O abdômen era perfeitamente esculpido, com oito gomos. Lorena não conseguia entender como ele arranjava tempo para se exercitar, já que estava sempre tão ocupado. De qualquer forma, ela nunca o viu treinando. Seu porte era imponente. A pele clara, os traços faciais marcantes e profundos. Seus olhos sombrios e enigmáticos tinham um ar selvagem e despreocupado, além de um charme perigo
— Quando foi que eu... — Ela instintivamente começou a se defender. Guilherme rapidamente a interrompeu: — Além disso, ela tem um hábito bem ruim... Lorena franziu levemente as sobrancelhas, sentindo que o que ele diria a seguir não era algo bom. Guilherme sorriu e continuou: — Ela adora dormir segurando meus músculos abdominais. — Ele disse isso e depois soltou uma risada baixa perto do ouvido dela. Ela quis dizer "Isso não é verdade!", mas o que saiu de sua boca foi um gemido suave e encantador: — Ah... dói. Ele a retribuiu na mesma moeda! Coincidentemente, Heitor abriu a porta e entrou. Ele ouviu aquele som. Pensou: "Droga! Não é possível! Será que vim na hora errada? Mas a porta não estava trancada... Isso... não é de seadmirar que, no meio do dia, o Sr. Guilherme tenha me pedido para trazer uma troca de roupas para ele." Embora o Sr. Guilherme estivesse hospedado com a Sra. Santos ali, geralmente as roupas limpas eram enviadas diariamente. No final, para ev
Mansão da família Amorim.— Socorro! Socorro! A Melissa tentou suicídio!Um grito de terror ecoou por toda a mansão.O pessoal todo, reunido na sala, correu para o segundo andar.Lorena, com seus olhos frios e altivos, olhou na direção daquele quarto no segundo andar e subiu com passos preguiçosos.O quarto estava repleto de pessoas, mas era grande o suficiente.Lorena levantou os olhos e examinou o quarto. A decoração e a disposição dos móveis mostravam uma opulência dourada, revelando o quanto a pessoa que morava ali era mimada.Um traço de escárnio frio passou por seus olhos.— O que está acontecendo? — Uma voz furiosa soou.Um empregado, ajoelhado no chão com a cabeça baixa, tremendo, disse:— Sr. Daniel, acabamos de chamar na porta da Melissa e encontramos ela deitada, sem se mexer. Vimos uma carta de despedida e uma garrafa de pílulas para dormir ao lado da cama."Carta de suicídio? Pílulas para dormir?"Os rostos de todos estavam chocados e aterrorizados.Lorena ficou um pouco s
Lorena sorriu e não respondeu à pergunta dele. Em vez disso, se virou e caminhou em direção ao elevador. Depois de dar alguns passos, parou, girou suavemente sobre os calcanhares e disse, num tom preguiçoso: — A propósito, tudo o que eu disse sempre será para valer. — Terminando a frase, entrou no elevador sem olhar para trás. Felipe ficou parado, franzindo a testa, observando ela desaparecer de vista. Naquele momento. No jardim dos fundos do Hospital Esperança. Ao lado de um portão arqueado, em um banco de pedra sob uma grande figueira. Se sentavam um senhor idoso de cabelos brancos e um homem de aparência nobre e elegante. — Guilherme, você já tem vinte e oito anos e ainda não tem uma mulher. Estou começando a me envergonhar de você. — Disse o velho com uma voz cheia de energia. O homem, encostado no banco, ouviu sem alterar a expressão. Suas longas pernas estavam cruzadas, as mãos repousavam sobre os joelhos, exibindo uma postura de nobreza e elegância. Ele possu
Heitor voltou para a empresa intrigado. "Sr. Guilherme, que nunca se mete em assuntos alheios, hoje resolveu intervir?""Será que o Sr. Guilherme, sempre tão reservado, está prestes a se apaixonar?""Amor à primeira vista?"A mulher de hoje era realmente muito bonita, talvez até bonita demais."Mas aqueles que se apaixonam à primeira vista geralmente são atraídos pela aparência. Será que a reserva do Sr. Guilherme nos últimos anos era apenas fachada?"Heitor sentiu que havia descoberto um grande segredo.Ele olhou humildemente para o Guilherme, que emanava uma aura fria, e disse cautelosamente:— Sr. Guilherme, sobre o ocorrido hoje, prometo manter segredo.Guilherme estreitou os olhos com desconfiança, olhou para ele friamente e disse:— Está sem trabalho ultimamente?Heitor sentiu um arrepio na espinha e rapidamente negou:— Não, não.Aprender a não comentar o que se descobre é uma habilidade que Heitor desenvolveu ao longo dos anos ao lado do Sr. Guilherme, uma espécie de ferramenta