No dia seguinte. Pela manhã, Lorena levou Durval ao Restaurante Glicínia. — Irmã, você disse que a Noemi viria? — Durval perguntou. — Sim, ela deve chegar a qualquer momento. Na saída de hoje, Inês os acompanhou o tempo todo. Além disso, devido à mobilidade limitada de Lorena, era essencial que tivesse alguém ao seu lado. Logo, o gerente do Restaurante Glicínia chegou acompanhado de duas pessoas. A porta do Salão Nobre foi aberta. — Por favor, entrem. — O gerente ficou respeitosamente ao lado, indicando o caminho com um gesto. Uma das pessoas, uma mulher usando boné preto e máscara preta, entrou primeiro. — Querida, cheguei. Se ouviu a voz, mas o rosto ainda estava coberto. Inês observou enquanto ela tirava o boné e a máscara, ficando surpresa com a beleza dela: cabelo castanho cacheado, rosto oval perfeito, olhos grandes e escuros, nariz delicado e lábios vermelhos. No canto do olho, havia uma pequena pinta charmosa. Ela parecia familiar, como se já tivesse v
Os olhos negros e brilhantes de Noemi brilharam levemente.— O que aconteceu antes ficou no passado, agora é diferente, cada um de nós tem sua própria vida. — Ela mudou de assunto. — Não vamos mais falar dele.Ela olhou para Durval e perguntou:— Durval, o que você está fazendo aqui na Cidade B?Quanto mais Noemi evitava o assunto, mais Lorena achava estranho."Esses dois sempre se deram bem, por que parece que estão brigados? O que ela quer dizer com 'cada um tem sua própria vida'?"Ela lançou um olhar para Malena, que estava do outro lado.Malena era a agente de Noemi e cuidava exclusivamente dela.Malena balançou a cabeça, indicando que também não sabia o que estava acontecendo....Onze e meia.Guilherme, Pietro e João também chegaram.Noemi ficou um pouco confusa ao ver três homens extremamente bonitos aparecerem de repente no salão privado.— Querida, quem são eles?Noemi não conhecia aqueles três homens, e o mais impressionante era que todos tinham uma presença marcante. O homem
Pouco depois do almoço, Noemi foi levada embora por Malena. Elas tinham uma agenda muito apertada. Lorena queria levá-las pessoalmente ao aeroporto, mas Noemi recusou. Sua justificativa foi que sua mobilidade estava limitada. O tempo passou rapidamente e, num piscar de olhos, já era meados do mês. O lançamento da nova música de Durval foi um sucesso, e sua lesão no pé estava quase totalmente recuperada. Ela também tinha algumas pendências para resolver. Faltando apenas três dias para o dia dezoito, Joaquim enviou alguém para buscar Durval. Depois de se despedir dele, ela fez uma breve visita ao Grupo X. No escritório, Lorena chamou Henrique para entrar. — Vou deixar Cidade B por um tempo. A empresa está operando normalmente e, daqui para frente, tudo ficará sob sua responsabilidade. Henrique ficou surpreso. Em teoria, ainda não era a vez dele assumir esse papel. — Presidente Lorena, eu… Lorena sabia o que o preocupava. — Eu confio apenas em você, Assistente He
Embora todos tivessem ambições ocultas, naquele momento, ninguém ousava causar problemas na frente de Davi. A família Santos se envolvia em várias áreas, e seu poder era tão imenso que era impossível de se medir. Naturalmente, todos desejavam ocupar a posição de chefe da família, mas na família Santos, o título de patriarca era passado apenas para o filho primogênito. Nesse momento, uma voz feminina surgiu por atrás do grupo. — Já que todos os tios estão tão ansiosos para ver meu marido, por que não foram diretamente à empresa encontrá-lo? De que adianta vir até a velha mansão? Lorena apareceu na entrada do salão com sua figura alta e esbelta. Estava vestida de maneira casual, com uma calça preta de cintura alta e pernas largas, e um suéter branco de tricô. Porém, sua presença por si só já emanava uma aura imponente. Conforme ela avançava pelo salão, uma atmosfera de tensão começava a tomar conta do ambiente. Seu porte pequeno, no entanto, conseguia liberar uma energia qu
— Lorena, por que você veio? — Assim que os membros da família Santos se retiraram, Michele pegou Lorena pela mão e perguntou com gentileza.A postura de Lorena há pouco fez com que Davi e o casal Nicolas a olhassem com ainda mais respeito. Sua atitude calma, confiante e equilibrada realmente mostrava que ela era adequada para ser a dona da família Santos. Guilherme, aquele garoto, definitivamente não escolheu a pessoa errada.Quando Guilherme retornou à velha mansão da família Santos, já eram três horas da tarde. Ele já havia escutado de Heitor sobre o que acontecera com Lorena na velha mansão.No Quarto dos Sonhos.— Você vai para o País M?Guilherme semicerrava seus profundos olhos de fênix enquanto observava a mulher meio deitada em seus braços.Lorena segurava os longos dedos dele, os apreciava cuidadosamente, e depois assentiu.— O tio Ademir me contou o endereço do apartamento onde minha mãe morava antes, e eu queria dar uma olhada. Hoje voltei à velha mansão também para pergunt
Logo em seguida, ela ousadamente se lançou sobre o homem, e os dois caíram no sofá, um sobre o outro.Guilherme não sabia o que ela pretendia fazer, e quando estava prestes a abrir a boca para falar, seus lábios finos foram cobertos pelos lábios macios e rubros dela.Era a segunda vez que ela tomava a iniciativa.Ele não se mexeu, deixando que ela continuasse.Seu jeito de beijar havia sido treinado por ele por cerca de um mês e meio, e de fato havia melhorado bastante, mesmo que ainda não fosse perfeito.Além disso, a posição dos dois agora era um tanto ambígua, uma postura que facilmente poderia levar a algo mais.Guilherme estava há tanto tempo em abstinência.Sendo provocado por sua esposa, a quem ele mimava e amava, seria anormal se ele não ficasse excitado.Em relação a ela, ele já não tinha mais muita resistência.Ainda mais agora, com ela sendo tão proativa.Lorena provavelmente percebeu a mudança nele e, quando tentou se afastar, o homem, com seus braços fortes, envolveu sua c
No dia seguinte.Lorena partiu para o País M.Guilherme precisou ficar na Cidade B para resolver alguns assuntos, então não pôde acompanhá-la.Mas ele mandou Inês com ela.Ela não conseguiu convencê-lo do contrário e teve que levar Inês.Quando Lorena chegou ao País M, já eram sete da noite.Assim que ela e Inês desembarcaram, alguém já as esperava.Um homem vestido de preto estava à frente do grupo e, ao vê-la, se adiantou e disse respeitosamente:— Sra. Santos, sou Ethan. O Sr. Guilherme me enviou para levá-la ao hotel.Lorena não sabia que Guilherme tinha organizado isso, mas Inês sabia.No carro.Ethan falou:— Sra. Santos, se precisar de algo durante a sua estadia no País M, estou à disposição.Lorena respondeu calmamente:— Certo, obrigada.Ethan ficou surpreso. Era a primeira vez que ouvia um "obrigada" de alguém da família dos seus patrões, e isso o deixou um pouco emocionado.A Sra. Santos não tinha nenhuma arrogância.— Sra. Santos, isso faz parte do meu trabalho.Lorena se v
A madrugada era o melhor horário para o funcionamento oficial da Cidade Fantasma Subterrânea. Lorena trocou de roupa, vestindo calças e camiseta pretas, um boné preto e uma máscara preta, deixando à mostra apenas seus olhos escuros e sombrios. Esse tipo de traje era o mais comum na Cidade Fantasma Subterrânea. Afinal, quem frequentava esse lugar não queria ser reconhecido. No entanto, entrar na Cidade Fantasma Subterrânea não era tarefa fácil; sem uma insígnia especial, era impossível. Isso porque, na superfície, a Cidade Fantasma Subterrânea era apenas um bar comum. Lorena abaixou um pouco o boné com a mão e foi sozinha até o balcão do bar. — Três taças de "Tarde da Morte". Uma voz fria soou nos ouvidos do barman. Instintivamente, o barman lançou um olhar para a pessoa à sua frente e discretamente pressionou um botão preto escondido no balcão. Logo, um homem se aproximou do balcão, trocando olhares com o barman, que então olhou para Lorena, que mantinha a cabeça ba