- Vamos. – Eu disse entrando no carro.
Levei Pamela para casa e fui buscar minha irmã, depois de pega-la fui para a faculdade de Isa para ver se ela viria comigo, chegando lá eu parei saí do carro, um tempo depois ela saiu pela porta sozinha, ela olhou para mim e virou a cara, ela foi para o outro lado, onde Ian a esperava com o carro dele, ele olhou para mim depois que ela embarcou e pareceu dizer, “Toma essa!”, eu apertei as chaves na minha mão, entrei no carro e fui para casa. Eu bati a porta com força depois que a Cíntia entrou.
- AAAAAAAH! – Gritei. – Essa é a pior semana da minha vida!
- Acalme-se. – Cíntia disse tranquila.
- Me acalmar? – Eu indaguei irritado. – Eu saio para um jantar, sou tratado como lixo, sem querer beijo uma garota e por causa disso minha melhor amiga acha que eu sou um traste... E você que eu me acalme?!
- Eu sei que é difícil, mas fique calmo, quebrar tudo não vai ajudar nada. – Cíntia disse.
Cíntia estava certa, mas eu não conseguia deixar de me preocupar, e se Isa nunca mais falasse comigo? Eu não podia suportar.
- Certo eu só preciso arejar a cabeça. – Falei pegando a chave do carro.
- Aonde você vai? – Cíntia perguntou.
- Não sei, mas eu volto, pode ter certeza. – Eu disse e fechei a porta.
Primeiro parei num posto de gasolina, por que eu não iria a lugar algum com o carro parado, depois dei uma volta por New York, era grande e bela, eu ainda não havia me acostumado com o transito e com o volante do carro, na Inglaterra a faixa para transitar era da esquerda e o volante ficava do lado direito do carro, na América era tudo ao contrario, meu Iphone tocou, como ele estava ligado no sistema do carro Jarvis me avisou.
- É a senhorita Pamela, senhor. – Ele disse.
- De novo? – Pensei alto. – Estou começando a concordar com Isa, essa mulher é um saco.
- Devo atender? – Jarvis perguntou.
- Sim. – Respondi.
- Oi gato. – Ela disse.
- Oi gatinha, tudo bem? – Perguntei.
- Tudo, você poderia passar aqui? Eu queria jantar em um lugar mais agradável do que aquela cafeteria hoje. – Ela pediu.
- Ah claro, eu passo aí, beijo. – Falei.
- To te esperando. – Ela disse e desligou.
- Caramba, ela só quer saber de sair? O que ela quer afinal? – Falei sozinho.
Eu parei na casa da Pamela e ela entrou no carro.
- Oi gatinho, sentiu minha falta? – Ela disse e me beijou.
- Você sabe que sim. – Falei, apesar de não ter certeza se o que eu disse era verdade.
Eu guiei até o restaurante que ela pediu, o terceiro mais caro de toda New York.
- Esse lugar é lindo não é? – Ela disse para mim.
- Por esse preço era bom ser mesmo. – Falei olhando em volta.
Eu me sentia como se estivesse em um dos restaurantes do meu pai, com decoração e comidas impecáveis, comemos até ficarmos satisfeitos.
- Eu imagino onde sua amiga está agora, provavelmente comendo pão e ovo em casa. – Pamela me disse.
Eu iria dizer que se eu não a tivesse trazido ali ela provavelmente estaria na mesma situação, mas decidi ser cortês.
- Agora deixa eu te dar um presentinho. – Pamela disse e apertou a minha bunda quando saímos do restaurante.
O clima ficou quente no carro, digamos que ela virou criança brincou um pouco com o meu “Chocalho”, realmente, ela era muito assanhada, tenho certeza que Isa iria explodir se descobrisse isso, depois de Pamela terminar eu a deixei em casa e voltei para o meu AP.
- Conseguiu arejar a cabeça? – Minha irmã perguntou.
- Uma delas sim. – Falei descontraído.
- O que quer dizer? – Ela perguntou.
- Ahn... Nada não. – Menti.
Milagrosamente ela engoliu, achei que dessa eu não passava, eu fui me deitar. Quarta de manha eu acordei disposto, levei minha irmã para o trabalho, quando voltei para o prédio vi Isa descendo as escadas, quando me viu ela fechou a cara e não me olhou nos olhos, ela passou direto por mim, eu queria puxa-la pelo braço e lhe dar um abraço forte, mas duvido que ela fosse querer. Entrei no meu AP me sentindo um lixo, fui tomar um banho, enquanto eu estava lá o celular começou a tocar, eu nem me preocupei em atender, já imaginava quem era.
- Oi gato, por que demorou tanto pra atender. – Ela perguntou.
- Eu estava no banho. – Falei.
- Hmmm, eu adoraria estar aí para tomar um também. – Ela disse com uma voz depravada.
Eu não pude deixar de rir, se eu não iria namora-la pelo menos iria aproveita-la o quanto podia.
- Eu adoraria ter você aqui, mas já acabei o banho, o que você quer? – Perguntei.
- Eu queria perguntar se você pode me pegar aqui em casa hoje outra vez, e também perguntar se poderíamos pegar um cineminha hoje. – Ela falou.
- Eu te pego aí sim, e podemos ir para o cinema hoje a noite. – Eu respondi.
- Perfeito, você é um doce. – Ela disse como se fosse uma garotinha.
- Te vejo depois do meio dia. – Falei a ela e desliguei o celular.
Eu revirei os olhos, estava zangado comigo mesmo, “Por que eu sou tão legal para os outros?”, indaguei para mim mesmo, então me lembrei de algo, no outro dia teria uma feira oriental no nosso bairro, desde pequenos eu e Isa adorávamos animes e Isa tinha comprado um uniforme japonês lindo na Inglaterra, com certeza ela iria usa-lo para ir à feira, “Tenho que fazer as pazes com ela amanha”, pensei. Depois de almoçar fui buscar Pamela, aquela mesma coisa, ela me beijou até o lábio doer, depois que cheguei ao trabalho Carter me achou.
- Cara você tá horrível. – Ele disse.
- Nem me fale. – Eu respondi melancólico.
Ele reparou que Pamela me mandou um beijo no ar e piscou um olho para mim.
- Espera aí, você tá saindo com aquela gata? – Ele perguntou.
- Sim. – Respondi como se fosse morrer de depressão.
- Você é gay? Se eu namorasse aquela gata eu viveria feliz pra sempre. – Ele falou.
- Ah é? – Perguntei a ele. – Experimenta ter que carregar ela o dia todo pra lá e pra cá.
- Mas isso tem alguma recompensa né? – Ele perguntou com malicia.
- Bem, ela lustrou o meu “Amigo” – Eu disse no mesmo tom.
Carter riu isso não podia ser menos engraçado.
- Mas vocês já... Você sabe. – Ele perguntou.
- Não, mas quem sabe eu não faço isso hoje. – Eu falei a ele.
- Cara tenta, é o mínimo que ela pode fazer, já que você quem está entediado, e do jeito que ela parece safada ela não vai recusar. – Ele disse.
- Você está certo, eu preciso de um pouco de diversão. – Concordei com ele.
- É isso aí tigrão, agora vamos trabalhar. – Ele disse.
Terminamos nosso herói, agora só faltava o arqui-inimigo, isso era mais complicado, mas tinha certeza que estaria pronto, depois de sair, levei Pamela para casa busquei minha irmã.
- Você vai com Isa amanha para a feira? – Perguntei a ela enquanto dirigia.
- Vou, mas como sabe? – Ela perguntou.
- Já que ela não me convidou, era natural que ela convidasse você. – Eu falei.
- Olha... Deixe-a esfriar a cabeça, ela vai voltar a falar com você. – Cíntia disse para me confortar.
- Espero que esteja certa... – Falei sério.
Eu cheguei em casa e entrei com Cíntia, depois de trocar de roupa eu peguei a chave do carro outra vez.
- Aonde você vai? – Ela perguntou.
- Me divertir. – Falei com um sorriso no rosto.
- Legal posso ir com você? – Ela perguntou.Eu fiz o que pude para não ficar vermelho ou começar a rir.- Ahn... Vou sair com... – Eu comecei a falar.- Com Pamela. – Ela completou meio melancólica.Eu não via motivo para continuar ali então fechei a porta e fui para a casa de Pamela, chegando lá ela me atendeu.- Oi gato, vamos para o...Ela não conseguiu terminar porque eu a abracei e lhe dei um beijo longo.- Nossa! – Ela disse pegando folego. – Que atitude! Posso saber do que se trata?- Digamos que precisamos de um pouco de diversão hoje a noite. – Eu disse passando a mão nas coxas dela.- Hmmm eu concordo. – Ela disse desabotoando minha camisa.Eu a peguei no colo e a levei para o quarto dela, fechei a porta com o pé e a tranquei, eu a coloquei no chão e ela me empurrou para a cama. El
Isa estava de calcinha e sutiã abraçada comigo e parecia colada em mim como um imã, ela abriu os olhos e sorriu quando viu Pamela ali.- Oi meu lindo. – Ela disse beijando o meu pescoço. – Dormiu bem?- Agora você não tem como explicar. – Pamela disse me olhando furiosa.Ela saiu, eu não me preocupei em ir atrás, depois dessa até eu iria embora.- Mas por que diabos você fez isso? – Perguntei a Isa.- Ora, eu só queria lembrar os tempos que dormíamos na sua casa. – Ela disse se fazendo de inocente e passando o dedo indicador no meu peito.- Eu tinha cinco anos naquela época. – Eu disse me sentando.- Ah K, eu só quero te livrar daquela vadia, se conheceram há uma semana e você já transa com ela? – Isa perguntou.Ela estava certa, mas eu só queria me divertir um pouc
- Agora vamos pra casa tomar um banho e curtir a noite. – Falei a ela.Ela sorriu para mim e nós entramos no carro. Depois de chegarmos em casa cada um foi para o seu AP, eu tomei banho e me arrumei para a noite, um show de Nickelback ia rolar naquela noite, e nada podia me impedir de ir.- Você está pronto? – Isa perguntou.- Sim. – Falei.Cíntia iria com agente então entramos no carro e chegamos no show, tinha bastante gente, mas conseguimos pegar um ótimo lugar na frente já que pagamos extra, os show começou, eu nunca havia escutado Nickelback, mas Isa era fã roxa ela cantava todas as musicas com absoluta perfeição, o show durou até a madrugada, quando eram 2:00h da manha todos voltamos para casa.- Essa foi uma das melhores noites da minha vida. – Isa me disse. – Obrigado por me levar K.- De nada, agora vá dormir, temo
Nós bebemos tudo uma vez, incrivelmente depois de cada copo ela pedia mais, e mais incrível ainda, ela tinha ficado só alegrinha quando acabamos a garrafa, o fígado dela devia ser de ferro.- Agora vamos dormir. – Eu disse piscando os olhos.Isa foi para o quarto da Cíntia que ainda não tinha chegado, eu fui para o meu, me estarrei na cama e comecei a dormir, como na noite de quinta eu senti algo se mexendo na minha cama, e outra vez eu não liguei para isso, dormi profundamente. Quando acordei meu braço estava um pouco dormente, eu senti algo me espetando o rosto no lado esquerdo, e tinha cheiro do shampoo da minha irmã, eu olhei para o lado e Isa estava dormindo ali usando somente calcinha e sutiã, mas ela estava mais grudada que da ultima vez, os braços estavam envoltos no meu pescoço, a cabeça pousada no meu ombro e a perna esquerda estava por cima de mim, para acorda-la
- Você veio da Inglaterra só pra me dar uma bronca? – Perguntei.- Sim, você precisa aprender as coisas na marra, nunca iria me obedecer se não falasse pessoalmente com você.– Ele falou.Eu o deixei no aeroporto e me despedi dele, eu ainda tinha o domingo para aproveitar.- Você ainda não me disse o que nosso pai falou. – Cíntia disse.Eu falei da minha conversa com nosso pai.- Entendo, não foi tão ruim. – Ela disse.- Mas agora acabaram os jantares. – Eu disse.Isa entrou no apartamento e se sentou no meu colo.- Tem mais lugares aqui. – Eu disse.- E quem disse que eu me importo? – Ela perguntou.- Você parece alegre, por quê? – Perguntei.- Amanha vou pegar um estagio de um mês de psicóloga na... – Ela parou.- Onde? – Perguntei.- N
- Olá Sr. Kayque, sou Isabel Sousa, serei sua psicóloga hoje. – Isa disse pra mim sentada em uma cadeira a minha espera.- Você deve tá de brincadeira comigo... – Eu disse revirando os olhos. – Isa, era essa a surpresa?- Por favor, esta é uma consulta completamente formal, por isso enquanto estou nesta sala, vamos esquecer que já conversamos alguma vez.Eu a encarei e percebi que ela não estava brincando, e eu percebia por que, Matt a observava, ele na certa iria avaliar o desempenho dela.- Ok, prazer em conhecê-la Isabel. – Eu disse.Deitei-me no sofá ao lado dela.- Então quais são os seus problemas? – Ela perguntou. – Sua família, trabalho, amigos... – Ela quase riu quando disse “Amigos”, talvez por que só tivesse ela nesse posto.“Ok, se você quer brincar, então vamos b
- Estou te esperando. – Eu disse e desliguei.Isa se despediu de Matt e deu de cara comigo na porta.- Estava aí o tempo todo? Por que não entrou? – Isa me perguntou.- Não queria atrapalhar nada. – Eu disse secamente fazendo menção para o consultório.- Você acha que... – Isa foi interrompia por Matt.- Acho que esqueceu isso. – Ele disse com o celular dela na mão.- O que é esse papel? – Isa perguntou.- Meu telefone, depois eu te ligo. - Matt disse piscando um olho.Aquilo me fez explodir por dentro, mas eu escondia a raiva o máximo que podia. Isa se despediu de Matt e nós entramos no meu carro.- Qual é o problema K? – Isa me perguntou.- Nenhum. – Respondi secamente, mas duvido que ela tenha engolido isso.- Mas você está... Espera aí, eu conheço
- Que ótimo agora posso dormir tranquilamente com você. – Isa disse deitando a cabeça no meu peito.Eu comecei a acariciar a cabeça dela.- Sabe... Por um momento achei que fosse te perder. – Falei a ela.- Por que diz isso? – Isa perguntou ainda deitada no meu peito.- Por que Matt parecia o cara perfeito pra você. – Eu respondi.Isa levantou a cabeça e me deu um pequeno beijo.- O cara perfeito pra mim é você seu bobo. – Ela disse. – Agora já que eu não jantei eu vou fazer alguma coisa para comermos. – Ela disse se levantando.- Eu vou pro meu AP pegar algumas roupas. – Eu disse.Desci as escadas quase pulando de alegria, era bom demais para ser verdade, cheguei ao AP e Cíntia notou minha felicidade.- Que sorriso é esse? – Ela perguntou.- Pergunte pra Isa. – Eu respondi.<