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Carina acordou com a irmã chamando um pouco impaciente, levou um susto ao perceber que todos o sol já estava forte do lado de fora.

"Que horas são? Não vai me dizer que estou atrasada e…" Ela tentou procurar o celular mas desistiu, deveria ter guardado junto com as roupas.

"Não queria dizer nada, mas seu príncipe encantado está lá fora te esperando para vocês irem para o tal castelo em frente ao central Park, e ele parece que não está com cara de bons amigos."

"Merda! Ele me falou que não gostava de atrasos. Mas também, não sei porque justo hoje deixei o celular nao sei aonde." Ela levantou correndo, vestiu a mesma roupa do dia anterior, quando se deu conta que precisava de um banho. Mas isso teria que esperar. Ela passou o primeiro perfume que encontrou. E foi pegando as malas, quando foi interrompida pela irmã.

"Não espero que eu te ajude a descer tudo isso. Aquele cara lá embaixo é forte o suficiente pra carregar todas de uma vez só. Porque não pede ajuda para ele? Aí você se faz de mulher frágil, homens adoram isso."

Carina percebeu que sua irmã falava sério, mas não queria se entregar assim. Ela nunca precisou de ninguém para resolver suas coisas.

"Vou descer com uma, já que ele vai perceber que vou ter que voltar, talvez ele se ofereça." Ela saiu na porta quando ouviu a irmã resmungar.

"Ele abriu a porta do carro pra você. Quantos homens fazem isso hoje em dia? Tem que aproveitar enquanto pode, ou outro rapidinho toma o seu lugar.

Carina apenas ignorou, mas teve a terrível lembrança do número ligando no celular dele no dia anterior. "Na verdade outra já chegou antes de mim. Não dá pra fazer nada."

Ele realmente estava com cara de poucos amigos. Estava encostado no carro assistindo algumas crianças jogarem bola no campo ao lado do orfanato. Quando ele viu que ela estava se aproximando, não conseguiu segurar o sorriso e antes que ele pudesse falar ou reclamar alguma coisa, ela já se adiantou.

"Sei que estou atrasada mas peço desculpas, não costumo me atrasar, mas não sei onde coloquei meu celular. Mas pelo visto, ao contrário do que me disseram, você até está com um bom humor."

Ele deu uma risada esticando os braços para pegar na mão de Carina. Ela percebeu e sem pensar muito esticou para ele. Ao pegar ele a olhou nos olhos.

"Espero que esteja de bom humor também. Já que passou tempo demais na cama. Acho que não levou a sério quando eu disse que não gostava de atrasos. "

Ela tirou a mão com delicadeza das mãos dele, mas não pôde deixar de perceber o quanto eram grandes. A pequena mão dela se encaixava perfeitamente na dele, ela realmente se sentiu frágil por um momento.

"Você estava com um sorriso tão lindo, não vamos mudar isso está bem? Prefiro ver você sorrindo. " Ela disse um pouco sem graça.

Ele abaixou o olhar e sorriu mais uma vez. "É difícil controlar minha boca quando te vejo, não sei porquê. "

Ela não esperava por essa resposta, se sentiu retraída mas estava sentindo que ele também sentia a atração que ela tinha. Apesar de achar que ele era muito mais bonito do que ela. Por um segundo ela achou que talvez pudesse ter alguma chance. Mas o celular dele tocou mais uma vez, a faz voltar para a realidade. "Ele tem uma mulher." Ela pensou sozinha enquanto retornava para pegar as outras malas.

De longe Carina escutou ele xingando algumas palavras, e após escutar passos pesados em sua direção, olhou para trás. Ele estava lá correndo, tentando alcançar já na escadaria.

"Me desculpe por isso. Estou com alguns problemas…. Mas, porque está voltando? Não me diga que já desistiu? " Ele falou enquanto terminava de chegar perto.

"Tenho que pegar mais algumas malas e me despedir da irmã Telma. Eu devo muito a ela."

Ele assentiu e a acompanhou. Enquanto estavam chegando ao quarto ele respirou um pouco pesado. O que fez com que Carina olhasse em sua direção.

"Eu sinto muito por você ter morado aqui. Acho que ninguém merecia abandono e pelo que eu sei, você ainda era uma criança. "

"Não precisa se preocupar. Me acostumei com isso. Na verdade quase não penso sobre isso, acho que um dia eu consigo esquecer. " Ela mentiu. Ela pensava todos os dias na mãe e quais os possíveis motivos para ela ter ficado naquela situação. Mas ela também achou agradável ele se importar com ela.

Antes que ela pudesse abrir a porta ele colocou a mão por cima da dela na maçaneta.

"Tenho um problema com organização. Espero que seja organizada querida. Se não for, eu sinto muito, vai ter que aprender. " Ele deu uma singela risada, mas alguma coisa dentro da Carina dizia que ele falava sério.

Quando o assunto era sobre organização ela não poderia falar nada. Era extremamente desorganizada, diferente de Bella.

"Eu estava começando a gostar de você. Mas agora vejo que podemos ter alguns problemas." Ela apenas abriu a porta.

Bella ainda estava na cama. Era dia de folga e escutou toda a conversa atentamente, até o momento em que a porta foi aberta. Disfarçou ao colocar o fone de ouvido no volume mais alto.

Ela apenas fingiu que se assustou quando sua irmã entrou com o jovem visitante. Tirou o fone e deu um sorriso indecente para a direção do Bruno.

"Acho que minha irmã falava sério.. Você é realmente apai…"

Carina quando percebeu o que sua irmã estava prestes a dizer ela a interrompeu. Ela não precisava passar uma vergonha dessas. Já não bastava a bagunça que estava ao seu lado do quarto.

"Essa é a minha irmã Bella. " a voz dela soou um pouco mais alta do que deveria. Mas o suficiente para a sua irmã calar a boca.

"Acho que nós vimos um pouco mais cedo. Mas vejo que a beleza é surpreendente nessa família. Eu sou o Bruno. "

Ele esticou a mão para ela. Mas Carina sentiu uma leve pontada de ciúmes. "Porque eu estou sentindo isso? Não deveria." Ela pensava enquanto tentava esconder algumas roupas que tinha ficado para fora da mala.

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