Capítulo 78Clayton estava bebendo desde cedo. Não havia tomado café da manhã nem almoçado, e agora estava completamente embriagado. Seu último plano de eliminar Jack havia falhado, e ele sabia que teria que resolver isso com suas próprias mãos. Mas precisava de um plano, pois seu genro era muito sagaz e difícil de enganar.Ele estava sentado na varanda de sua casa, olhando fixamente para o horizonte enquanto seus pensamentos embaralhados tentavam se organizar. O álcool nublava sua mente, mas também lhe dava uma falsa sensação de clareza. Sentia que estava à beira de ter uma ideia brilhante, uma maneira infalível de se livrar de Jack de uma vez por todas.- Maldito Jack... sempre se metendo no meu caminho... - murmurou para si mesmo, sua voz arrastada pelo álcool.De repente, uma ideia começou a tomar forma em sua mente embriagada. Ele sabia que não poderia enfrentar Jack diretamente; precisava ser astuto, mais esperto do que nunca. Então, decidiu que a melhor maneira de pegá-lo de su
Capítulo 79Clayton riu enquanto dava uma tragada no cigarro. O olhar em seus olhos era de puro deleite ao ver seu inimigo pendurado e impotente.- Sabe, Jack, eu sempre soube que um dia a gente ia resolver as coisas assim - disse Clayton, soltando a fumaça devagar. - Você estragou tudo na minha vida, sempre no meu caminho, sempre com essa sua cara de bom moço.- Você está acabado, Clayton. Isso não vai ficar assim - disse Jack, tentando se soltar da armadilha.- Ah, vai sim, Jack. Porque você não vai sair daqui vivo para contar a história - Clayton respondeu, aproximando-se lentamente.Nesse momento, o som de um carro se aproximando fez Clayton parar. Ele olhou para fora, vendo os faróis de um veículo se aproximando rapidamente. Era Austin e Joseph, que Charlotte havia alertado.- Droga! - Clayton murmurou, olhando para Jack com ódio. - Isso ainda não acabou, Jack. Mas vai acabar hoje.Clayton, em um último ato desesperado, retirou o isqueiro do bolso e jogou-o aceso sobre um monte d
Capítulo 80A captura de Clayton foi um alívio para todos na fazenda Colt. Victoria, a xerife, não perdeu tempo e, logo após a captura, ordenou que Clayton fosse levado à delegacia para ser formalmente preso e acusado.As algemas apertavam os pulsos de Clayton enquanto ele era levado para dentro da viatura. A expressão no rosto de Victoria era séria, mas havia um brilho de satisfação em seus olhos. Ela sabia o quanto Jack e sua família tinham sofrido nas mãos de Clayton, e vê-lo ser levado para a prisão era um passo importante para garantir a paz na região.— Você finalmente vai pagar por tudo, Clayton — disse Victoria enquanto fechava a porta da viatura.Clayton não respondeu, mas seus olhos estavam cheios de ódio. Ele sabia que estava em apuros, mas sua mente já começava a trabalhar em um plano para sair dessa situação.Dias depois, Clayton foi transferido para uma prisão de segurança máxima. As grades de ferro, os corredores escuros e as patrulhas constantes deixavam claro que esse
Capítulo 81Com o passar das semanas, Clayton soube por meio de Marcus que sua neta havia nascido. Embora ele preferisse netos homens, a ideia de ter uma neta não lhe pareceu tão ruim. Afinal, pensou, o destino dela poderia ser semelhante ao da mãe.Alguns dias depois, uma ideia surgiu em sua mente. Ele começou a planejar como poderia recuperar sua filha e agora também sua neta, com a intenção de vendê-las por um bom preço. Estava confiante de que não demoraria muito para sair da cadeia. O advogado de Marcus estava preparando um novo processo, alegando que Clayton não havia matado ninguém para justificar uma sentença tão longa.Clayton não conseguia pensar em outra coisa além de seu plano sombrio. Ele passava os dias na prisão arquitetando cada detalhe, convencido de que sua liberdade estava próxima. A confiança em seu advogado, contratado por Marcus, lhe dava a certeza de que em breve estaria do lado de fora, pronto para executar suas novas intenções.Enquanto isso, fora dos muros da
Capítulo 82Certo dia, Charlotte saiu com Emma, que agora estava noiva de Austin, seu cunhado. As duas estavam levando os bebês para as consultas de rotina. Ao chegarem ao posto de saúde e estacionarem o carro, Charlotte percebeu três veículos pretos com insulfilm escuro se aproximando. Um dos carros parou atrás do dela, outro à frente, e o terceiro se posicionou ao lado. Cinco homens saíram dos veículos e se aproximaram rapidamente.Matthew, que estava caminhando devagar ao lado de Emma, parou e olhou para os homens, ainda equilibrando-se. Ao perceber a ameaça, Emma correu até Charlotte, que segurava Maddie firmemente.Charlotte, tentando proteger as crianças, empurrou Emma para que pegasse Matthew e corresse, mas os homens foram mais rápidos. Eles agarraram Charlotte antes que ela pudesse reagir. Em um ato de desespero, Charlotte conseguiu entregar Maddie para Emma antes de ser puxada à força em direção ao carro preto.— Charlotte! Não! Ah, Deus!Os homens sumiram com Charlotte, dei
Capítulo 83A dor na casa Colt era quase palpável. Jack estava arrasado, ainda nos braços do irmão, enquanto Austin tentava de todas as maneiras possíveis ser uma rocha firme em meio ao caos que havia se instalado. Porém, o peso do desespero parecia demais para suportar, até mesmo para ele.No andar de cima, no quarto de Maddie, a cena não era menos angustiante. Emma estava abraçada a Julieta, tentando, de alguma forma, encontrar conforto em seu abraço. Ela soluçava, suas lágrimas encharcando a blusa dela enquanto repetia a mesma frase, sem parar:- Isso não podia ter acontecido... Não podia... Charlotte, por favor, volta pra gente... Por favor...Ela tremia, sua voz embargada e carregada de uma emoção que ela não conseguia controlar. A realidade do que havia acontecido, o sequestro brutal e repentino, esmagava seus pensamentos, deixando-a em um estado de completo desespero. Era como se o chão tivesse sido arrancado debaixo de seus pés.Ronald, havia visto o estado em que Emma se enco
Capítulo 84Charlotte permanecia no quarto onde havia sido mantida prisioneira. Sentada no chão, encostada na cama, ela olhava fixamente para a janela. A luz suave do entardecer pintava sombras pelo quarto, mas tudo que Charlotte conseguia ver era o vazio. O vazio de não ter sua filha nos braços, de não saber se Jack estava bem, de sentir sua vida desmoronar lentamente.Ela tentou ser forte, tentou manter a esperança viva, mas a dor em seu peito era esmagadora. A cada minuto que passava, a desesperança se enraizava mais profundamente, corroendo o que restava de sua resistência. Finalmente, o muro que ela havia erguido para se proteger desmoronou, e Charlotte se entregou às lágrimas. Elas vinham em torrentes, soluços intensos que sacudiam seu corpo enquanto o lamento silencioso se transformava em gritos sufocados.Chorou por tudo: pela filha que ela não sabia se voltaria a ver, pelo marido, por si mesma, que estava presa em um pesadelo sem fim. As horas passaram, e a exaustão finalment
Capítulo 85Uma corrida contra o tempo se iniciou. O capanga encarregado de buscar o médico pegou sua arma mais confiável e convocou o motorista para irem rapidamente até a casa do melhor médico da cidade. Eles precisavam agir depressa. O médico estava descansando após um plantão exaustivo de doze horas, mas seu descanso seria bruscamente interrompido.O carro derrapou na frente da casa do médico, os faróis altos iluminando tudo. O barulho dos pneus e dos freios fez o médico saltar da cama, pensando que um carro havia perdido o controle e invadido sua casa.Sem esperar, os capangas chutaram a porta com força, quebrando o batente e invadindo o local. A mãe do médico, que estava lavando a louça do jantar, soltou um grito de desespero ao ver os homens armados entrarem.— O que vocês querem? Vão embora! — ela gritou, a voz trêmula de medo.— Onde está o doutor? — um dos capangas perguntou, o olhar frio e impiedoso.— O meu filho? — ela perguntou, o olhar fixo na arma que agora apontava pa