Capítulo 29Jack foi até o escritório para ligar para o funileiro vir pegar o carro e consertar. Enquanto isso, Charlotte, toda sorridente com o episódio na sala de estar com o marido, decide ir até o quarto tomar banho. Ela liga o chuveiro e deixa a água quente escorrer pelo corpo, relaxando os músculos tensos e revivendo mentalmente os momentos apaixonados com Jack. Após o banho, veste um roupão macio e se deita na cama, sentindo o efeito dos remédios que a deixou sonolenta. Sem perceber, acaba cochilando o restante da tarde.Enquanto Charlotte dorme, Jack finaliza a ligação com o funileiro, que promete enviar um reboque para buscar o BMW na manhã seguinte. Com isso resolvido, Jack decide verificar se Charlotte está bem antes do jantar. Quando ele entra no quarto, vê ela dormindo tranquilamente. Ele sorri, aliviado por vê-la mais calma e serena. Sem fazer barulho, ele sai do quarto e vai para a cozinha, onde encontra Julieta deixando o jantar deles.- Julieta, Charlotte está dormi
Capítulo 30Clayton agarrou novamente o braço de Charlotte com força, seus dedos se cravando em sua pele. Ele a puxou, arrastando-a em direção à porta. Charlotte lutou, tentando se desvencilhar.- Pai, pare! Me solte! - ela gritou, desesperada.Julieta correu para tentar impedir Clayton, mas ele a empurrou para o lado, fazendo-a tropeçar e cair.- Clayton, por favor, não faça isso! - Julieta implorou, tentando se levantar apesar da dor da queda.- Fique fora disso! Isso é entre eu e minha filha! - Clayton rosnou, puxando Charlotte para fora da casa pelos cabelos.- Ahh! - Charlotte gritou de dor pelo puxão do pai.Ela olhou para Julieta com os olhos cheios de pavor, mas não desistiu de lutar. Arranhou a mão de Clayton, tentando forçá-lo a soltá-la.- Você não tem o direito de fazer isso! - gritou Charlotte.Clayton ignorou as súplicas de Julieta e continuou a arrastar Charlotte pelos cabelos em direção ao carro. Finalmente, Julieta conseguiu se levantar e correu atrás deles.- Solte-a
Capítulo 31Clayton ficou respirando rápido e de joelhos na entrada da fazenda Houston observando Jack indo embora.O trajeto de volta para casa foi silencioso, com Charlotte tentando controlar suas emoções enquanto Jack mantinha os olhos fixos na estrada e seus pensamentos a mil.Quando chegaram à fazenda, Jack ajudou Charlotte a descer do carro e a conduziu para dentro da casa. Julieta os esperava na varanda, ansiosa.- Graças a Deus, vocês estão bem! - disse Julieta, abraçando Charlotte com força. - Ah, minha querida...- Ele nunca mais vai machucá-la, prometo - Jack disse, olhando para Julieta e depois para Charlotte, que ainda tremia. - Vou dar a ele minha parte do acordo e se mesmo assim voltar, sofrerá as consequências.Julieta ajudou Charlotte a se acomodar no sofá da sala. Jack foi até a cozinha e trouxe um copo de água com açúcar para Charlotte, entregando-o com um olhar preocupado.- Está tudo bem agora, meu amor. Estou aqui com você - ele disse, segurando a mão dela.Charl
Capítulo 32Ao descerem para a área gourmet, Jack e Charlotte encontraram Victoria Colt, prima de Jack, conversando animadamente com Julieta. A risada contagiante de Victoria ecoava pela cozinha da área gourmet.- Jack! Charlotte! - exclamou Victoria ao vê-los se aproximar, levantando-se para abraçá-los. - É tão bom ver vocês! Espero não estar atrapalhando.- De jeito nenhum, Victoria. Fico feliz que tenha vindo - respondeu Jack, sorrindo. Charlotte deu um sorriso tímido, ainda um pouco abalada pelos eventos do dia, mas grata pela presença da prima do marido.- Sente-se, por favor. Estávamos prestes a começar o jantar - disse Julieta, gesticulando para que todos se acomodassem à mesa.- Obrigada, Julieta. O cheiro está maravilhoso - elogiou Victoria, sentando-se ao lado de Charlotte.Enquanto todos se acomodavam, Jack olhou para Charlotte, segurando sua mão sob a mesa. A presença da família e dos funcionários no jantar, ajudavam a aliviar a tensão.Enquanto jantavam, Victoria tocou n
Capítulo 33No sábado pela manhã, Jack foi o primeiro a acordar. Ele se vestiu rapidamente e desceu até o escritório, pegando a maleta com o dinheiro para Clayton.Infelizmente, não conseguiu entregar a quantia na sexta-feira como havia planejado. Tivera que sair às pressas com Charlotte para a cidade mais próxima, a fim de convencer um de seus melhores clientes de que a colheita e a entrega do algodão seriam feitas na data prevista.Além disso, havia outros compromissos que o mantiveram ocupado. Como chegou tarde na noite anterior, achou melhor deixar a entrega do dinheiro para sábado de manhã.Jack colocou a maleta no banco do passageiro e, sem esquecer sua proteção, pegou seu coldre e suas pistolas."Talvez Clayton queira dançar mais um pouco", pensou com um sorriso de canto.Ele dirigiu até a fazenda Houston, o sol começando a se erguer no horizonte, banhando os campos de algodão em um brilho dourado. Estava indo por seu terreno por ser mais perto, quer se livrar logo desse compro
Capítulo 34Pedro havia acordado bem cedo naquele sábado. O calor do Texas já começava a mostrar sua força, mas isso não abalava seu entusiasmo. Após semanas de busca e algumas entrevistas, ele finalmente tinha conseguido um emprego em seu ramo: cozinheiro, para melhorar na fazenda mais famosa do Texas.Pedro era brasileiro, carioca, sua paixão é a culinária desde garoto. Sua paixão pela culinária era evidente em cada prato que preparava, e agora teria a oportunidade de mostrar suas habilidades em um lugar tão distinto.Dirigindo sua velha caminhonete, Pedro admirava a paisagem ao redor com um sorriso nos lábios. Os vastos campos de algodão se estendiam até onde seus olhos podiam ver, um contraste com as praias e a vegetação de sua terra natal. Ele sorriu, pensando nas delícias que poderia preparar com os ingredientes locais e como poderia introduzir algumas receitas brasileiras aos patrões e aos trabalhadores da fazenda.Ao chegar à entrada da Fazenda de Jack, Pedro sentiu um frio na
Capítulo 35Clayton estava desesperado. Os trezentos mil dólares que Jack lhe deu mal chegaram em suas mãos e o agiota, Lourenço, apareceu para cobrar a dívida, sem se importar que havia roubado o próprio devedor. Lourenço argumentou que tudo o que tinha pegado de Clayton cobria apenas os juros acumulados dos dois anos de dívida. Agora, sem saber o que fazer, Clayton sentia o peso do desespero esmagando-o. Vender a fazenda parecia ser a única solução viável, mas aceitar isso era difícil. Praticamente impossível!No entanto, Clayton tinha uma carta na manga: Marcus Delgado. Da última vez, Marcus havia lhe ajudado, e agora parecia ser a única esperança.Decidido, Clayton pegou um casaco, vestiu-o e saiu da casa vazia que um dia fora um lar próspero. Cada passo que dava até o carro, sentia a dor de suas feridas recentes. Mesmo com o corpo machucado, a determinação em seus olhos era inabalável.Dirigiu até a cidade com o coração acelerado, pensando em como pediria mais uma vez a ajuda de
Capítulo 36Clayton havia acordado cedo, suas dores ainda mais intensas após a surra do agiota e a humilhação de ter sua casa saqueada. Sem outra opção, ele dirigiu-se à casa de Marcus Delgado.Ao chegar, foi recebido por um dos capangas de Marcus, que o levou diretamente ao escritório. Marcus, um homem imponente de meia-idade, estava sentado atrás de uma mesa de mogno, observando Clayton com olhos avaliadores.- Clayton, quanto você precisa para levantar sua fazenda? - perguntou Marcus, indo direto ao ponto.Clayton hesitou por um momento, tentando calcular a quantia necessária.- Preciso de pelo menos seiscentos mil dólares para recomeçar. Minha fazenda foi devastada, e preciso de tudo para começar de novo - respondeu ele, tentando não parecer desesperado.Marcus ficou em silêncio por alguns momentos, considerando a proposta. Finalmente, ele se levantou, caminhando até um cofre no canto da sala. Após alguns segundos, voltou com alguns envelopes grossos e o entregou a Clayton.- Aqui