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Alice se levantou da banheira, e se enrolou no pano que Lucia o havia deixado. Ela foi até a pequena bancada presa a parede, e pegou as roupas limpas que fora colocada para ela, então se vestiu. Era um vestido azul escuro, com mangas longas. Felizmente era quente, já que o clima naquela casa era sempre gelado demais, cobertos de neve, e o vento gelado. Ela caminhou até a porta, e começou a tentar acompanhar a conversa. Lucia estava falando dela, com Asher Harrison. “Precisa alimentá-la Lucia, ou ela nunca vai ficar forte o suficiente para a viagem!” Asher pelo tom de voz parecia irritado. Impaciente até. Alice se concentrou mais para ouvir a conversa, era dela que estavam falando. “E você acha que não estou a alimentando? eu me esforço naquela cozinha cozinhando algo delicioso e ela simplesmente não come, age como se estivesse sendo torturada!” Alice se afastou da porta, não queria mais ouvir aquela discussão. Minutos depois a porta se abriu, e Lucia apareceu. A
Ela viu o olhar profundo de Asher, e soube no instante que ele disse “meu sangue” que ele nunca a deixaria partir. Aquele macho acreditava que era para eles estarem juntos, que ela fazia parte de seu clã, como uma última sobrevivente. Alice não queria aquele destino, queria retornar para Jamie, mesmo sabendo que ele não a amava como ela o amava, e muito provavelmente se casaria em breve com alguma loba de um bom clã. Contudo, aquela era a única vida que conhecia. Sua partida foi cedo demais, nem conseguiu se despedir dele. Não estava certo ela está ali, com aqueles lobos. — Você pode ainda não enxergar isso, mas seu lugar é com seu povo. Ao meu lado. — Insistiu Asher. — É uma perda de tempo, chefe. Olhe para ela, a única coisa que pensa é em voltar para sua coleira, você pode libertar a todos de suas correntes, mas sua mente não. Ela se virou para o macho, que comia que bebia sua cerveja do outro lado na mesa, Alice encarou aqueles olhos cinzas tão hostis e se perguntou porqu
Alice observou a cena pavorosa se desenrolava a seguir. A fêmea em questão, parecia ser uma serva do lobo, que havia deixado algo precioso para ele cair. Quando ela tentou se abaixar para pegar, ele simplesmente a acertou com um chute nas costelas, que a fez gritar. Seu grito cortou o ar gelado, fazendo o corpo de Alice estremecer sobre o animal, ela se inclinou para frente, seus dedos segurando firme as rédeas do cavalo. Ela olhou em volta, percebendo que todos estavam notando aquela crueldade, mas ninguém se movia para impedir aquilo. A fêmea estava agora no chão, se contorcendo de dor enquanto seu algoz a puxava para se levantar, a machucando ainda mais. Henrique nem sequer olhou para Alice no cavalo, partindo na direção daquela cena, e talvez tenha sido isso que a fez hesitar. Ela o viu se dirigir a passos largos até o macho que agredia a serva, e Henrique não hesitou em acertá-lo no rosto. Uma briga entre os dois se iniciou, e Alice viu o que aconteceria a seguir. Viu tu
Não era uma pergunta fácil. Ela realmente havia feito aquilo? Se colocado entre Henrique e aqueles lobos literalmente? Alice olhou naqueles olhos cinza, profundos e confusos que exigiam uma resposta dela. Sua expressão era de confusão, seus cabelos estavam caindo um pouco sobre sua fronte e ele estava tão perto de seu rosto que era possível sentir sua respiração, e o calor que emanava dele. Aquilo a fez recuar um pouco, mais para a pedra gelada se afastando dele. Seu gesto o fez recuar um pouco, ela viu como seu olhar seguiu acima de sua cabeça, para a estrada e de repente ele se afastou e se sentou em um canto. Henrique possuía ombros largos, seus músculos eram avantajados sobre o casaco escuro que usava. Ela respirou aliviada quando ele se afastou, e abraçou seus joelhos sentindo a corrente gélida soprar novamente. Alice olhou para o céu branco, escondido pelas copas das arvores, todas com gelos em suas folhas. A grama verdejante já não era mais tão visível quanto
Suas palavras eram apressadas e cruéis, mais uma vez ele estava julgando-a sem ao menos conhecê-la, e a fêmea viu em seus olhos cinza toda a profundidade de um macho ferido. Ele a atacava, mas um dia havia sido atacado. Ela podia entender aquilo, podia ver aquilo em sua expressão equivocada e no cinismo de suas palavras, mas nada disso importou naquele momento. Pelo fato que ele estava falando de James, que ele não conhecia, mas ela sim. Apenas o som de escárnio em sua voz ao se referir a ele já foi o suficiente para suas mãos tremerem, e seu coração queimasse em seu peito, não aceitava que ninguém o ofendesse. Alice deu alguns passos na neve silenciosa, e disse entredentes: — Não sabe nada sobre ele. Nada. O macho era bem mais alto que ela, e ao contrário dela ele não tremia no frio daquela floresta, aquilo era o resultado da resistência muito superior dos machos, mesmo que ambos os sexos carregassem o fardo da maldição. Os deuses decidiram daquela forma, colocando os ma
Alice sentia suas pálpebras pesadas, e lentamente começou a abrir os olhos. Ao longe ela ouvia ainda uma voz, gritando um nome como se fosse uma súplica. Ela olhou ao redor e viu que estava agora bem no fundo da caverna, sem qualquer luz próxima e não conseguia ver onde estava. Quando ela tentou se levantar, sentiu sua cabeça dolorida, sua visão ainda estava turva e se sentia confusa. Novamente ouviu aquela voz, tão familiar para ela. Seu estomago se embrulhou, e quando ela tentou se levantar sua visão se tornou mais nítida. A poucos metros de onde ela estava, ela viu a silhueta de um macho, escondido na penumbra, completamente parado. O cheiro dele invadiu seu nariz, e novamente ela ouviu os gritos ao longe, vindos de fora da caverna. Nesse instante a realidade de onde estava e o que estava acontecendo a golpeou com força total. Ela se levantou com suas pernas tremulas, e seu coração batendo como um louco. Todo o mundo ao seu redor pareceu entrar em uma espécie de pesadelo
Ela estava paralisada, vendo aquele macho avançar em sua direção. O mundo parecia ter entrado em pausa, tudo se tornou terrivelmente silencioso, apenas a respiração daquele lobo avançando. Ela podia ouvir o bater de seu coração, disparado. Alice não conseguia se arrepender de suas palavras, mesmo tendo em vista que ele a machucaria por aquilo. Mas não conseguia se arrepender, porque desejava que ele sentisse ao menos um pouco da dor que ela sentia, da desolação. Ele continuou avançando até ela, seu olhar cinza era quase negro na meia luz, sua expressão era transtornada. Suas mãos estavam levantadas, e ela podia ver suas garras se alongando, seus dentes arreganhados. Ela não temia a morte nas mãos dele, mas sentia por tudo que não fora dito entre ela e Jamie. Alice fechou os olhos, e imagens dela e de James lhe surgiram a mente. Ela sentiu novamente o toque dos lábios dele contra os seus, ela sentia o seu cheiro invadindo o seu nariz. O toque quente de suas mãos, e a
James encarou a caverna escondida por galhos de arvore, completamente encoberta pela neve. Passara toda a noite passada caminhando a esmo pela escuridão daquela floresta. Quando chegara no povoado não muito longe dali, estava acontecendo uma confusão. Viu machos e fêmeas sendo colocados contra uma parede. Ele estava em seu cavalo, segurando o retrato de Alice, quando olhou para todos aqueles lobos sendo enfileirados na parede de uma taberna, ele se aproximou devagar com seu cavalo. Guiou o animal até o grupo de machos que pareciam os responsáveis por intimidar todas aquelas fêmeas e machos. — Você, como ousa levantar as mãos para o filho do clã desse lugar? O mesmo clã que foi abençoado com o propósito de cuidar dessas terras, pelo próprio Supremo Alfa na divisão da ilha! Nossos ancestrais que lutaram por esse lugar, e você chegou aqui depois com seu sangue mestiço! O macho que falava era alto, e além de falar segurava o chicote. Ele apontava para um outro macho, e Jame