James se desvencilhou da fêmea e encarou o outro macho. Vlad estava parado na porta, havia a aberto sem que James percebesse. Ele estava vestido com roupas escuras, e com sua espada ao lado. Vlad também encararia sua primeira lua logo, se lembrou James. Teria que resolver aquilo naquele momento, a noite se aproximava e com ela a lua cheia. — Samanta, deixe-nos. — disse James. A fêmea olhou entre os dois machos e lentamente saiu do quarto. James encarou o macho a sua frente, Vlad exibia um sorriso cínico em seu rosto. Vlad fechou a porta após a saída da fêmea e caminhou a passos lentos pelo quarto, olhando para os livros de Alice e cada metro quadrado daquele cômodo. James se sentiu indignado pelo modo que ele andava, como se pertencesse àquele lugar, como se tivesse intimidade para estar ali. — Nunca imaginei que ela fosse abandonar esse lugar — começou Vlad e se virou para encarar James, seu olhar cínico queimando. — Abandonar você. — Completou. James sabia que ele estava
Novamente a carroça parou. Alice ficou alarmada quando viu sua jaula ser aberta, e a luz da noite entrar. Junto ela uma figura masculina estava a sua frente, ela recuou do macho que a olhava, indo o mais distante possível dele. — Saia! — esbravejou o lobo. Ela não se mexeu, e o lobo pareceu furioso. Ele começou a subir na jaula, seus gritos poderiam ser ouvidos de longe, estava completamente sem paciência. Ela conseguia parcialmente seu rosto, que estava contra a luz da noite. Quando ele segurou sua perna ela o chutou no peito, e o macho ficou ainda mais possesso, e a acertou um golpe na perna que a fez sufocar de tanto querer gritar. Ela se debateu contra ele, mas foi inútil. Alice foi arrastada para fora, e viu estar em um lugar ermo sem qualquer casa a vista, exceto uma construção, no meio de uma montanha de gelo. Ela percebeu o quanto distante estava. O vento gelado atingiu seu rosto, enquanto o homem a puxava até mais a frente, onde estava um grupo de machos
Seus olhos azuis intensos pareciam tão cálidos e sinceros, que Alice pensava que não combinavam em nada com o que ele dizia. Ele a sequestrou, e agora tentava mentir dizendo que não? Aquilo era uma sandice. Ela abriu e fechou a boca, sem saber ao certo se era sábio discutir com seu captor, afinal, era sua prisioneira e estava a sua mercê. O macho pareceu perceber suas intenções, e muito provavelmente podia ouvir o som de seu coração, martelando como um louco em seu peito. Alice desejou nunca ter entrado em seu quarto naquele momento, e pensou se Jamie estaria procurando por ela, ou deduzira que ela simplesmente partiu, como havia dito há tanto tempo que faria. A segunda opção era a mais provável. Ela respirou fundo, e aqueles olhos azuis continuavam a observá-la. De repente, o macho se levantou e foi até uma mesinha, então alcançou uma jarra e encheu uma taça com o que parecia ser vinho. Ele caminhou devagar até ela e ofereceu a taça. A fêmea hesitou em aceitar, não
Asher olhou os lobos atravessando a porta do da casa Geller. Estavam caçando a alguns dias, e trouxeram esquilos e cervos. Ele cumprimentou seus irmãos e os mandou entrar. Havia uma garotinha com eles, de cabelos escuros e olhos castanhos. A casa Geller era um ponto de parada dos lobos da alcateia Harrison. Asher se sentou perto da lareira junto a seus irmãos enquanto os ouvia contar histórias de Astal, onde corria a notícia que o próprio filho do Supremo estava visitando o castelo Turner, e como o herdeiro dos Turner e dos Chase eram próximos. Mas logo essas notícias pareceram irrelevantes, quando Don começou a falar das queimadas as plantações. — Seguimos na surdina, em uma lua nova. Suas plantações eram cuidadas por clãs menores, e quando chegamos perto o suficiente conseguimos ver suas casas pequenas e decrépitas, enquanto eles viviam em castelos gigantescos cercados de servos obedecendo todas as suas ordens. Enquanto estávamos colocando fogo nas plantações, ouvimos
James olhou nos olhos verdes do alfa, e viu que não havia nenhuma compreensão ali, ele estava irritado. O alfa passou por ele, e James sabia que devia segui-lo, sem olhar para trás ele o acompanhou até a torre do alfa. Havia uma tensão no ar, cortante e fria. Quando o alfa abriu a porta da torre James entrou logo atrás dele. Ambos ficaram sozinhos, e Natanael Turner olhou para seu herdeiro. De modo direto ele perguntou: — Alice foi sequestrada? James assentiu, e caminhou até o alfa. Natanael bufou. — Por que me disse que ela foi embora? Aquela pergunta era difícil, e James se perguntou em como ele havia descoberto aquilo. Naquele momento seu coração disparou, enquanto sua mente dava uma guinada, seu corpo estremeceu ao perceber como ele era burro. Se o seu pai estava sabendo que ela fora sequestrada, então aquele lobo tinha informações sobre seu paradeiro. Como ele deixara isso passar? Ele avançou, mas o Alfa o segurou. pelo ombro e James olho
A voz dele era calma, quase suave. Contudo, ela não desejava vê-lo. Mesmo sabendo que tinha que confrontá-lo, afinal ele a havia arrastado até ali. Seu coração martelava em seu peito, enquanto sentia o nó se formando em sua garganta, o choro que desejava se libertar. A coceira em seu nariz, que começava a formigar, suas mãos trêmulas e como tudo aquilo não parecia real. O pássaro devia ser uma alucinação de sua mente, assim como as palavras daquele lobo. — Alice, vamos conversar. Pediu Asher. Ela estava ainda com as costas encostadas na porta, tentando inutilmente impedir que ele entrasse, se aquele lobo realmente quisesse entrar, não teria que pedir. A porta não estava trancada, e a força dela não poderia se equiparar a dele. Mas por alguma razão, ele estava pedindo sua permissão para entrar, e talvez tenha sido isso que a fez se sentir confiante para se levantar. Ela limpou as lágrimas que haviam escapado, então se virou lentamente e girou a maçaneta. Alice olhou nos olho
James observou um macho grande, com roupas desgastadas segurando um machado ameaçadoramente. Ele estava com seus olhos vermelhos e todo o seu rosto também, seus cabelos estavam desgrenhados, e quando falava cuspia no outro macho. — Ela jamais ficaria com alguém como você! Ela apenas se interessaria por um lobo decente, e nem isso você é! O outro macho estava parcialmente escondido na penumbra, e quando ele se levantou James o reconheceu imediatamente. Ele estava vestindo um casaco azul-escuro, e calças pretas com botas desgastadas. O homem olhou para o outro macho e com voz parecendo entediado, respondeu: — Sua irmã quis. Não a obriguei, Len. O outro ao ouvir aquilo, enlouqueceu brandindo seu machado agressivamente contra o outro, que se esquivou dos golpes. James se levantou, e correu até o foco da briga conseguindo puxar o machado das mãos do macho, que ficou furioso. — Me devolva meu machado, vou matar aquele infeliz que deflorou minha irmã! Vou matá-lo! — berrava
Samanta olhou para o macho que estava diante deles. Ele era alto, com ombros largos e cabelos negros presos com uma trança que se alongava por seu peito, a ponta dela estava presa por uma joia que cintilava. Ele um casaco grande vermelho-escuro, com calças negras. Seus olhos eram castanhos assim como os de Vlad, mas havia algo neles que Samanta não conseguiu parar de olhar. Uma luminosidade, algo magnético e envolvente. O macho possuía um rosto quadrado com um nariz aquilino, e uma barba farta. Ele estendeu sua mão para que ela pudesse segurar, e a fêmea viu a pulseira de ouro que ele usava. — Deve perdoar a grosseria do meu irmão, sou Axel Villin. Ele segurou em sua mão, e imediatamente ela sentiu o calor vindo dele. Samanta foi delicadamente puxada por Axel para longe de Vlad, que com gentileza a conduziu para o interior do salão. Não era preciso dizer que Vlad os seguiu, sua expressão demonstrando toda sua indignação. Samanta se deixou conduzir até uma mesa, on