John entrou na reunião do conselho do Alfa Turner no amanhecer do dia seguinte. Ele estava sujo, havia passado a noite caçando, e aquela reunião ele já sabia para o que era. John Chase estava sujo, e cansado depois de caçar nas áreas ao redor do território do castelo Turner a noite toda. O Natanael Turner estava no centro de sua sala, a mesa longa entre eles, o Alfa estava sentado no centro enquanto outros lobos, assim como John entravam. O alfa Turner se levantou, ao seu lado James estava de pé e não olhou para John. Quando todos se sentaram a reunião do conselho se iniciou. Ficaram horas falando dos recentes ataques a propriedades de lobos com um grande nome e clã. Dezenas de plantações sendo queimadas por lobos rebeldes, em sua maioria plebeus. Não só lobos, mas outras espécies na ilha. — Está claro que é um ataque contra os clãs de lobos nobres. — Disse um dos lobos ao lado do alfa. Após ele dizer toda uma discussão se iniciou, e durante aquele tempo John e James apenas
Samanta piscou. James Turner em um primeiro momento estava parado olhando para a janela, seus punhos estavam cerrados e ele estava de costas para a porta. Ela tentou recuar, de volta ao corredor de início, mas no instante que abrira a porta ele se voltara para ela. James pareceu surpreso ao vê-la ali, e não era para menos. Normalmente ela chamaria Alice através de alguma serva, mas estava tensa demais. — Ludov? Ela olhou para os lados, constatando mais uma vez que o quarto estava vazio. Alice não estava ali. — Oriedreh Turner. Ele fechou as janelas e se aproximou alguns passos dela. — Você está bem? Parece tão pálida... Ela não percebeu que poderia estar com uma aparência doentia, mas aquilo era bem possível. Não sabia nada daquele macho do clã que seu pai escolhera, apenas que seu pai queria um acordo com aqueles lobos. Não confiava em ninguém ali, e estranhamente sentiu que poderia confiar em Alice, mesmo tendo pouco tempo com ela. Pedira ao próprio Alfa para que ela f
James se desvencilhou da fêmea e encarou o outro macho. Vlad estava parado na porta, havia a aberto sem que James percebesse. Ele estava vestido com roupas escuras, e com sua espada ao lado. Vlad também encararia sua primeira lua logo, se lembrou James. Teria que resolver aquilo naquele momento, a noite se aproximava e com ela a lua cheia. — Samanta, deixe-nos. — disse James. A fêmea olhou entre os dois machos e lentamente saiu do quarto. James encarou o macho a sua frente, Vlad exibia um sorriso cínico em seu rosto. Vlad fechou a porta após a saída da fêmea e caminhou a passos lentos pelo quarto, olhando para os livros de Alice e cada metro quadrado daquele cômodo. James se sentiu indignado pelo modo que ele andava, como se pertencesse àquele lugar, como se tivesse intimidade para estar ali. — Nunca imaginei que ela fosse abandonar esse lugar — começou Vlad e se virou para encarar James, seu olhar cínico queimando. — Abandonar você. — Completou. James sabia que ele estava
Novamente a carroça parou. Alice ficou alarmada quando viu sua jaula ser aberta, e a luz da noite entrar. Junto ela uma figura masculina estava a sua frente, ela recuou do macho que a olhava, indo o mais distante possível dele. — Saia! — esbravejou o lobo. Ela não se mexeu, e o lobo pareceu furioso. Ele começou a subir na jaula, seus gritos poderiam ser ouvidos de longe, estava completamente sem paciência. Ela conseguia parcialmente seu rosto, que estava contra a luz da noite. Quando ele segurou sua perna ela o chutou no peito, e o macho ficou ainda mais possesso, e a acertou um golpe na perna que a fez sufocar de tanto querer gritar. Ela se debateu contra ele, mas foi inútil. Alice foi arrastada para fora, e viu estar em um lugar ermo sem qualquer casa a vista, exceto uma construção, no meio de uma montanha de gelo. Ela percebeu o quanto distante estava. O vento gelado atingiu seu rosto, enquanto o homem a puxava até mais a frente, onde estava um grupo de machos
Seus olhos azuis intensos pareciam tão cálidos e sinceros, que Alice pensava que não combinavam em nada com o que ele dizia. Ele a sequestrou, e agora tentava mentir dizendo que não? Aquilo era uma sandice. Ela abriu e fechou a boca, sem saber ao certo se era sábio discutir com seu captor, afinal, era sua prisioneira e estava a sua mercê. O macho pareceu perceber suas intenções, e muito provavelmente podia ouvir o som de seu coração, martelando como um louco em seu peito. Alice desejou nunca ter entrado em seu quarto naquele momento, e pensou se Jamie estaria procurando por ela, ou deduzira que ela simplesmente partiu, como havia dito há tanto tempo que faria. A segunda opção era a mais provável. Ela respirou fundo, e aqueles olhos azuis continuavam a observá-la. De repente, o macho se levantou e foi até uma mesinha, então alcançou uma jarra e encheu uma taça com o que parecia ser vinho. Ele caminhou devagar até ela e ofereceu a taça. A fêmea hesitou em aceitar, não
Asher olhou os lobos atravessando a porta do da casa Geller. Estavam caçando a alguns dias, e trouxeram esquilos e cervos. Ele cumprimentou seus irmãos e os mandou entrar. Havia uma garotinha com eles, de cabelos escuros e olhos castanhos. A casa Geller era um ponto de parada dos lobos da alcateia Harrison. Asher se sentou perto da lareira junto a seus irmãos enquanto os ouvia contar histórias de Astal, onde corria a notícia que o próprio filho do Supremo estava visitando o castelo Turner, e como o herdeiro dos Turner e dos Chase eram próximos. Mas logo essas notícias pareceram irrelevantes, quando Don começou a falar das queimadas as plantações. — Seguimos na surdina, em uma lua nova. Suas plantações eram cuidadas por clãs menores, e quando chegamos perto o suficiente conseguimos ver suas casas pequenas e decrépitas, enquanto eles viviam em castelos gigantescos cercados de servos obedecendo todas as suas ordens. Enquanto estávamos colocando fogo nas plantações, ouvimos
James olhou nos olhos verdes do alfa, e viu que não havia nenhuma compreensão ali, ele estava irritado. O alfa passou por ele, e James sabia que devia segui-lo, sem olhar para trás ele o acompanhou até a torre do alfa. Havia uma tensão no ar, cortante e fria. Quando o alfa abriu a porta da torre James entrou logo atrás dele. Ambos ficaram sozinhos, e Natanael Turner olhou para seu herdeiro. De modo direto ele perguntou: — Alice foi sequestrada? James assentiu, e caminhou até o alfa. Natanael bufou. — Por que me disse que ela foi embora? Aquela pergunta era difícil, e James se perguntou em como ele havia descoberto aquilo. Naquele momento seu coração disparou, enquanto sua mente dava uma guinada, seu corpo estremeceu ao perceber como ele era burro. Se o seu pai estava sabendo que ela fora sequestrada, então aquele lobo tinha informações sobre seu paradeiro. Como ele deixara isso passar? Ele avançou, mas o Alfa o segurou. pelo ombro e James olho
A voz dele era calma, quase suave. Contudo, ela não desejava vê-lo. Mesmo sabendo que tinha que confrontá-lo, afinal ele a havia arrastado até ali. Seu coração martelava em seu peito, enquanto sentia o nó se formando em sua garganta, o choro que desejava se libertar. A coceira em seu nariz, que começava a formigar, suas mãos trêmulas e como tudo aquilo não parecia real. O pássaro devia ser uma alucinação de sua mente, assim como as palavras daquele lobo. — Alice, vamos conversar. Pediu Asher. Ela estava ainda com as costas encostadas na porta, tentando inutilmente impedir que ele entrasse, se aquele lobo realmente quisesse entrar, não teria que pedir. A porta não estava trancada, e a força dela não poderia se equiparar a dele. Mas por alguma razão, ele estava pedindo sua permissão para entrar, e talvez tenha sido isso que a fez se sentir confiante para se levantar. Ela limpou as lágrimas que haviam escapado, então se virou lentamente e girou a maçaneta. Alice olhou nos olho