Nate Turner caminhou até a cama que um dia Katherine se deitou.Ele se sentou na cama macia, e lamentou profundamente que não tivesse mais o cheiro dela. Que não pudesse mais tocá-la.Seu coração ainda se partia toda vez que pensava em Kat.Todos aqueles anos com ela, e não conseguiu lhe contar a verdade sobre a morte de seu pai e irmão... E da razão de não conseguir olhar para ela.De sua desconfiança sobre ela e seu irmão... Tudo parecia sem sentido agora.Nate tinha vergonha de si mesmo.O macho levou a mão ao bolso, e pegou a carta envelhecida e amassada de Kat, ele a abriu novamente e releu as palavras de sua fêmea.Katherine havia enviado aquela carta para Amice Coltraine, contudo, teve o cuidado de não citar seu nome na carta. Mas Nate sabia que era para ela.Ele ficou olhando para as palavras, e novamente foi arrebatado por tais lembranças.Passado.Nate já estava quase sem forças quando os gritos de Kat o revigoraram, ele voltou o seu olhar para aqueles olhos ensandecidos e c
Katherine não acreditava que Nate estava dizendo aquilo após tudo que ela passou, via agora em seus olhos cheios de rancor e desconfiança que ele ainda acreditava que ela havia mentido no passado, sua vontade era de desferir um tapa no rosto e fazê-lo sentir ao menos um resquício de dor. Jamais poderia bater tão forte quantos as palavras dele, isso era um fato. Mas quando olhou para o bebê se obrigou a se acalmar e mudar seu tom de voz, precisava saber o que ele pretendia fazer com aquela criança. — Nate... por favor o que será daquela criança sem o pai e a mãe? Nate Turner viu a mudança drástica na expressão e no tom de voz de Kat, ele sabia que ela estava terrivelmente ofendida com o que ele dissera antes. Ainda assim havia se acalmado e perguntado novamente do destino do recém-nascido, ele respirou pesadamente e massageou as têmporas pensando no que faria, após alguns segundos disse: — Vou contar o que aconteceu aqui para o Clã Coltrane e lhes entregar o bebê. A expr
Vlad caminhou de um lado para o outro. Horas haviam se passado e Alice não aparecera, ele tinha a certeza de que quando ela soubesse quem eram seus pais, viria até querendo mais informações. Ela devia estar curiosa sobre o macho que invadiu seu quarto... Então porque não havia aparecido ainda? Ele se perguntava, cansado da demora, ele decidiu ir até ela. Vlad caminhou pelo corredor até chegar no quarto de Alice, no momento que chegou à porta sentiu um cheiro muito familiar. O macho arrombou a porta, e se deparou com a cena. Alice estava nos ombros de Asher, que se encaminhava para a janela. Quando viu Vlad parado, o encarou. — Não posso deixar que a leve. Asher a colocou no chão com cuidado, então voltou seu olhar para Vlad. — Nosso acordo acaba aqui, você já cumpriu com seu propósito. — disse o macho. Vlad estava havia arriscado tudo, concordando em trabalhar com Asher para que ele matasse James, em troca, contaria a Alice sobre suas origens. — Você não o ma
John viu nos olhos verde-musgo de James que ele não cederia. Estava categórico em sua decisão de permanecer cego, sobre as evidências claras sobre a fêmea, cujo coração dele havia arrebatado. Ele suspirou, e se levantou. Antes que pudesse deixar o quarto, James o segurou pelo braço, fazendo um grande esforço e disse, quase em um rosnado: — Guarde suas suspeitas para você. John puxou o braço de seu aperto de ferro, e não disse nada. James estava brincando com a própria segurança, e ele não permitiria aquilo. O macho viu seu melhor amigo deixar o quarto com passos largos, James sabia que ele faria algo com suas suspeitas, e precisava impedi-lo daquilo. Ele tentou se levantar, mas seus ferimentos ainda estavam se curando, ele gemeu de dor e foi nesse momento que o curandeiro entrou no quarto. — Não pode se levantar ainda, Oriedreh. Não está totalmente recuperado. James arfou e voltou a e teve que se apoiar na cama, sentindo a dor subindo através de seu ferimento e se e
— Ele a sequestrou. — Corrigiu James. John franziu o cenho e balançou a cabeça discordando. — Não seja tolo James, ele esteve aqui antes no quarto dela. Ela não o denunciou, e no rio sabia que você corria perigo. Veja os fatos, os dois estão juntos. James avançou, e com brusquidão empurrou John contra a parede do quarto, próximo a janela. Chase bateu com força na parede de pedra, e seu rosto ficou marcado pela raiva. Seus olhos negros flamejaram, e sua voz quando falou foi cortante. — Está completamente cego. James sabia que não devia ter feito aquilo, John era o Oriedreh do Supremo Alfa, e um dia seria o comandante de toda a ilha, e de todas as alcateias. Devia respeito e obediência a ele, mas nada disso pareceram razões suficientes para fazê-lo parar. Ao contrário, ele estava perdendo cada vez mais o controle. — Não dirá sobre suas suspeitas para ninguém, não dirá isso em voz alta! Não sabe o que pode causar a ela com isso. James se lembrou do sonho, e teve a certeza de q
John entrou na reunião do conselho do Alfa Turner no amanhecer do dia seguinte. Ele estava sujo, havia passado a noite caçando, e aquela reunião ele já sabia para o que era. John Chase estava sujo, e cansado depois de caçar nas áreas ao redor do território do castelo Turner a noite toda. O Natanael Turner estava no centro de sua sala, a mesa longa entre eles, o Alfa estava sentado no centro enquanto outros lobos, assim como John entravam. O alfa Turner se levantou, ao seu lado James estava de pé e não olhou para John. Quando todos se sentaram a reunião do conselho se iniciou. Ficaram horas falando dos recentes ataques a propriedades de lobos com um grande nome e clã. Dezenas de plantações sendo queimadas por lobos rebeldes, em sua maioria plebeus. Não só lobos, mas outras espécies na ilha. — Está claro que é um ataque contra os clãs de lobos nobres. — Disse um dos lobos ao lado do alfa. Após ele dizer toda uma discussão se iniciou, e durante aquele tempo John e James apenas
Samanta piscou. James Turner em um primeiro momento estava parado olhando para a janela, seus punhos estavam cerrados e ele estava de costas para a porta. Ela tentou recuar, de volta ao corredor de início, mas no instante que abrira a porta ele se voltara para ela. James pareceu surpreso ao vê-la ali, e não era para menos. Normalmente ela chamaria Alice através de alguma serva, mas estava tensa demais. — Ludov? Ela olhou para os lados, constatando mais uma vez que o quarto estava vazio. Alice não estava ali. — Oriedreh Turner. Ele fechou as janelas e se aproximou alguns passos dela. — Você está bem? Parece tão pálida... Ela não percebeu que poderia estar com uma aparência doentia, mas aquilo era bem possível. Não sabia nada daquele macho do clã que seu pai escolhera, apenas que seu pai queria um acordo com aqueles lobos. Não confiava em ninguém ali, e estranhamente sentiu que poderia confiar em Alice, mesmo tendo pouco tempo com ela. Pedira ao próprio Alfa para que ela f
James se desvencilhou da fêmea e encarou o outro macho. Vlad estava parado na porta, havia a aberto sem que James percebesse. Ele estava vestido com roupas escuras, e com sua espada ao lado. Vlad também encararia sua primeira lua logo, se lembrou James. Teria que resolver aquilo naquele momento, a noite se aproximava e com ela a lua cheia. — Samanta, deixe-nos. — disse James. A fêmea olhou entre os dois machos e lentamente saiu do quarto. James encarou o macho a sua frente, Vlad exibia um sorriso cínico em seu rosto. Vlad fechou a porta após a saída da fêmea e caminhou a passos lentos pelo quarto, olhando para os livros de Alice e cada metro quadrado daquele cômodo. James se sentiu indignado pelo modo que ele andava, como se pertencesse àquele lugar, como se tivesse intimidade para estar ali. — Nunca imaginei que ela fosse abandonar esse lugar — começou Vlad e se virou para encarar James, seu olhar cínico queimando. — Abandonar você. — Completou. James sabia que ele estava