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Uma brisa gélida e cortante tocou em seu rosto, fazendo com que Sam encolhesse os ombros em busca de um pouco de calor. Enquanto seu olhar se perdia no horizonte, a propriedade Villin parecia ainda mais sombria e silenciosa do que o usual. O ambiente estava impregnado com uma aura pesada, resultado da recente guerra contra os rebeldes que finalmente havia terminado. Apesar da sensação de alívio que todos sentiam por terem vencido a batalha, o coração de Sam estava despedaçado pela perda de Alice. Mesmo tendo convivido com a fêmea por um período relativamente curto, Sam conseguia entender os motivos pelos quais ela lutava. A força e determinação que Alice demonstrou durante a guerra eram impressionantes, e Sam não conseguia deixar de sentir uma profunda admiração por ela. Mas ao se pensar em como ela havia sido enganada, acreditando que iria ao seu casamento... Como o Oriedreh poderia trair ela daquela forma tão cruel? Enquanto tocava seu ventre, Sam sentiu um aperto em se
O macho podia sentir o olhar de John sobre ele, enquanto cavalgava em silencio. James mantinha seu olhar na estrada principal, que logo os levaria para o castelo Chase. Henry cavalgava em silencio, mas James sabia que ele também o observava, mesmo que ele fosse bem mais discreto que John. James pigarreou e passou uma de suas mãos sobre o pelo macio do garanhão. Alguns minutos depois eles chegaram à subida sinuosa e estreita para o grande castelo Chase. O vento estava cortante sobre o seu rosto e o cheiro do mar salgado entrava por suas narinas, algo que ele havia sentido falta no Norte. Daquela brisa vinda do mar, ele olhou para seus companheiros e reconheceu em seus olhares que estavam pensando a mesma coisa. Os três subiram por todo aquele caminho, até chegarem nos grandes portões escuros do castelo do Supremo comandante. James olhou para o majestoso castelo que se estendia quase até as nuvens, com o mar parecendo infinito ao seu redor. Ele respirou fundo sentindo aquela brisa
— Vamos logo Julian! Esqueça você já o perdeu! — exclamou o macho de olhos negros para o lobo que estava caminhando de modo determinado a sua frente. Julian estava cansado da voz irritante de seu irmão mais novo, Vincent estava há horas o criticando por ter perdido o cervo há duas horas atrás. O jovem macho segurou bem seu arco, e apurou seus ouvidos. Ele sentiu a brisa suave batendo contra seu rosto, sentiu os cheiros diversos da floresta ao seu redor e a luz do sol iluminando seu caminho. O macho pisava de modo suave, sem fazer qualquer som que pudesse assustar algum animal, quando de repente a barriga de Vincent roncou atrás dele. Estavam desde a primeira luz do sol caçando para levar comida para sua família, mas o cervo havia fugido quando Julian errou a flecha. — Eu estou com fome. — Murmurou Vincent. Julian olhou de esguelha para o seu irmão mais novo, ele possuía apenas dez anos e era compreensível. Julian puxou um pão seco de seu bolso e o entregou a ele. O jovem agrad
Dimitri observava o ambiente silencioso da floresta, onde apenas os sons noturnos da natureza podiam ser ouvidos. A luz da lua iluminava fracamente a clareira onde ele e César tinham acampado, dando a cena uma aparência etérea. César dormia profundamente, sua respiração suave e regular evidenciava o cansaço de uma longa caminhada. Dimitri olhou para o amigo, sentindo um nó em seu estômago. Ele sabia que a hora havia chegado. Dimitri precisava seguir em frente sozinho e deixar César para trás. O coração de Dimitri se apertou com a ideia de deixar para trás seu amigo fiel, aquele que o tinha salvado inúmeras vezes em suas jornadas. No entanto, ele também sabia que, ao continuar a jornada juntos, colocaria em risco a vida de César. Dimitri tinha muitos inimigos e sabia que, cedo ou tarde, eles os encontrariam. Dimitri levantou-se devagar, tentando não acordar César. Ele pegou sua mochila e acomodou-a nas costas. Dimitri olhou para César, que dormia pacificamente, e se lembrou de toda
A fêmea sentia o calor em sua pele, mas aquele calor não a machucava. Era como se estivesse sendo abraçada por um fogo que a aquecia por dentro, enquanto ouvia o bater de asas gigantes acima de sua cabeça. Ela se sentia em transe, sua mente em um enorme vazio, incapaz de processar o que estava acontecendo. Só conseguia sentir e ouvir. O vento contra seu rosto, o calor... Quando finalmente abriu os olhos, viu o mundo abaixo dela. O curso do rio, as florestas mergulhadas no fogo. E quando levantou seu olhar, viu Fenícia a carregando. A loba estava paralisada tentando entender, incapaz de se mover, ou proferir qualquer palavra. O vento contra seu rosto era cortante, seus cabelos voavam em todas as direções, mas ela não conseguia se concentrar em nada. Seus sentidos estavam embotados, como se ela estivesse sonhando. Ela não entendia como aquilo era possível. Mesmo confusa, sentia que não devia estar ali. Fenícia a levou para uma montanha muito alta, coberta de neve. A fême
Cinquenta anos depois. Castelo do Supremo Alfa, Sul. O macho caminhou depressa pelos corredores do castelo do supremo Alfa. James não tinha certeza de para onde iria, mas sabia que se continuasse no castelo, John certamente o forçaria a se casar. Ele cerrou os punhos, enquanto passava pelos guardas e descia a escadaria principal. Naquele momento, ele não quis se colocar no lugar de John, era verdade que desejava Helena, mas ele sabia de seu lugar. Talvez seu tempo ao lado de John tivesse chegado ao seu fim, afinal. Como John poderia querer que ele se casasse, sabendo que ele jamais poderia fazer isso? A loba que o fez desejar essa vida estava morta. Nem mesmo com Helena, que ele desejou com tanto afinco, ele se sentia capaz de tal coisa. E desejar outra não era uma justificativa para se casar. James passou apressado pelo pátio central, se dirigiu até os estábulos e selou seu garanhão de pelagem marrom. Ele colocou sua bagagem e montou no animal. Ele imaginou que, àquela alt
As mãos de James tremeram incontrolavelmente enquanto seu coração pulsava como um tambor em seus ouvidos. Seu irmão acabara de mencionar o nome dela - aquela que ele havia tentado esquecer por tanto tempo. James tentou manter a calma, mas sentiu a emoção se espalhar por todo o seu corpo como uma onda. Ele fechou os olhos por um momento, tentando controlar aquela onda sinistra que ameaçava deixá-lo de joelhos. Quando finalmente abriu os olhos, viu que Noah estava olhando para ele com preocupação. James suspirou profundamente e disse com uma tremula: — Alice está morta, há cinquenta anos. Noah suspirou e pesadamente e diminuiu a distância entre eles, James ouvia atentamente o som do coração de Noah. Ele estava regular, apesar de ver nitidamente o suor que descia pela testa do macho. Ele esfregou as mãos uma na outra e disse: — Ela está viva, não sei como, mas está. James não queria acreditar. Ele tinha passado anos sofrendo a perda de Alice, e agora seu irmão vinha dizer que
James sentiu o ar gelado da noite em seu rosto enquanto cavalgava em direção ao castelo no Norte. A chuva caía forte, fazendo com que seus cabelos se grudassem em seu rosto. Ao seu lado, seu irmão Noah cavalgava em silêncio, acompanhando-o. Os guardas seguiam atrás, estavam muito próximos agora. À medida que se aproximavam do castelo, a escuridão parecia engoli-lo. James sentiu como se estivesse sendo tragado pelo abismo de suas próprias lembranças, tão sombrias quanto o clima que os rodeava. Ele estremeceu, tentando afastar as lembranças da mente. Finalmente, chegaram ao castelo e Noah o levou direto para o Alfa. Um rosto que James pensou que nunca mais veria, no momento que viu aqueles olhos verdes frios a sua frente, sentiu um aperto no coração, um ódio que estava adormecido agora despertando. James se lembrava bem demais de tudo, quando Natanael Turner levantou o olhar da mesa com os mapas de Armeni, o clima na sala ficou sombrio. — Essa não é mais sua casa. — pronunciou