olá queridos leitores, peço para que avalie se está gostando do livro, isso me ajuda muito. Obrigada por acompanhar.
Henrique sentia o coração bater tão forte que parecia que ia saltar do peito. Cada batida parecia ecoar em seus ouvidos, lembrando-o de que ele havia deixado para trás Alice, seu coração se contorcia ao pensar nela lutando sozinha. Ele começou a ter esperanças de chegar a tempo no castelo e conseguir mais lobos para ajudá-la, mas o movimento do cavalo fazia sua ferida latejar ainda mais. A dor aguda o estava consumindo. Henrique rangia os dentes, forçando-se a se concentrar na estrada à frente. Mas nem sequer ele conseguia conduzir o cavalo sozinho, o lobo atrás dele estava com os braços estreitos ao seu redor, além de estar conduzindo o animal, ainda o segurava firme para que não tombasse para os lados. — Estamos quase lá senhor! Aguente firme! — exclamou o lobo atrás dele. Henrique ergueu seu olhar para frente. A vista era desoladora. O céu estava cinzento, por causa da tempestade. As árvores se curvavam sob a força do vento, como se estivessem tentando se proteger da fúria da n
A loba segurava o bebê em seus braços, correndo o mais rápido que podia em direção ao bosque profundo. Anna usava a escuridão da noite como um aliado, e o bebê permanecia em silencio em seus braços, como se o pequeno estivesse ciente do perigo se fizesse barulho. A fêmea corria o máximo que podia, havia escapado do castelo Turner pelos túneis secretos, tendo a certeza do que aconteceria com o menino caso permanecesse. Não podia deixá-lo morrer nas mãos de Asher, afinal, era culpa sua que ele estava em perigo. Anna parou perto de uma arvore, completamente ofegante, enquanto as lembranças de Asher caindo de joelhos quando sentiu a morte de Alice, naquele instante ela sabia o que viria. O alfa atacaria com tudo, eles perderam sua maior arma, e Asher olharia para o pequeno Noah como o último recurso para fazer Natanael sofrer. Anna sabia que precisava encontrar um lugar seguro para o bebê, onde Asher não pudesse encontrá-lo. Ela olhou em volta e viu uma caverna próxima que parecia ofer
A voz alta e grave do Alfa continuava a chamá-lo, de modo feroz e impaciente, ecoando pelo pátio. Seus músculos já estavam tensos, mas agora se retesaram ainda mais, enquanto Asher apertava o cabo de sua espada com força, sentindo a madeira ceder sob seus dedos. A raiva o invadia como o veneno mais poderoso para um macho, consumindo-o por inteiro. Ele mal podia suportar a ideia de que aquela voz pertencia ao Alfa Turner, o mesmo que tirou tudo dele. Mas a voz do Alfa não era inconfundível para ele e se destacava em meio ao caos. Uma outra voz, essa mais profunda e em sua própria mente parecia puxá-lo para a insanidade, sua própria dizendo para esquecer tudo a sua volta, e avançar em direção ao Alfa. Uma voz movida pela fúria, que dizia que era melhor morrer tentando matá-lo, do que sobreviver como um perdedor. Asher tentou ignorá-la, focando apenas no objetivo da sua vida, trazer paz aos lobos de sua alcateia, mas algo dentro dele o impelia a olhar naquela direção. E então, em
Enquanto o sol começa a surgir no horizonte, as primeiras luzes da manhã iluminam a clareira, banhando o local em um brilho suave. O silêncio é quase ensurdecedor, apenas interrompido pelo som das folhas e galhos sob os pés dos animais da floresta que começam a se movimentar. James mantém Alice em seus braços, sentindo a frieza de seu corpo ainda presente. A cor lentamente abandonou seu rosto, deixando-o pálido como a neve. Seus lábios entreabertos e seus olhos fechados deixam evidente sua partida. John observa de longe, tentando se manter forte diante da tristeza que o envolve. Ele se questiona se James está respirando, já que o amigo parece tão imóvel e distante. A todo momento, John se pergunta o que pode fazer para ajudar, mas fica parado, sem ação diante do desespero do amigo. James continua segurando o corpo morto de Alice, segurando tão perto de si que parece que ele está tentando aquecê-la. John e Henry se entreolham, eles estão observando-o na mesma posição durante toda
Uma brisa gélida e cortante tocou em seu rosto, fazendo com que Sam encolhesse os ombros em busca de um pouco de calor. Enquanto seu olhar se perdia no horizonte, a propriedade Villin parecia ainda mais sombria e silenciosa do que o usual. O ambiente estava impregnado com uma aura pesada, resultado da recente guerra contra os rebeldes que finalmente havia terminado. Apesar da sensação de alívio que todos sentiam por terem vencido a batalha, o coração de Sam estava despedaçado pela perda de Alice. Mesmo tendo convivido com a fêmea por um período relativamente curto, Sam conseguia entender os motivos pelos quais ela lutava. A força e determinação que Alice demonstrou durante a guerra eram impressionantes, e Sam não conseguia deixar de sentir uma profunda admiração por ela. Mas ao se pensar em como ela havia sido enganada, acreditando que iria ao seu casamento... Como o Oriedreh poderia trair ela daquela forma tão cruel? Enquanto tocava seu ventre, Sam sentiu um aperto em se
O macho podia sentir o olhar de John sobre ele, enquanto cavalgava em silencio. James mantinha seu olhar na estrada principal, que logo os levaria para o castelo Chase. Henry cavalgava em silencio, mas James sabia que ele também o observava, mesmo que ele fosse bem mais discreto que John. James pigarreou e passou uma de suas mãos sobre o pelo macio do garanhão. Alguns minutos depois eles chegaram à subida sinuosa e estreita para o grande castelo Chase. O vento estava cortante sobre o seu rosto e o cheiro do mar salgado entrava por suas narinas, algo que ele havia sentido falta no Norte. Daquela brisa vinda do mar, ele olhou para seus companheiros e reconheceu em seus olhares que estavam pensando a mesma coisa. Os três subiram por todo aquele caminho, até chegarem nos grandes portões escuros do castelo do Supremo comandante. James olhou para o majestoso castelo que se estendia quase até as nuvens, com o mar parecendo infinito ao seu redor. Ele respirou fundo sentindo aquela brisa
— Vamos logo Julian! Esqueça você já o perdeu! — exclamou o macho de olhos negros para o lobo que estava caminhando de modo determinado a sua frente. Julian estava cansado da voz irritante de seu irmão mais novo, Vincent estava há horas o criticando por ter perdido o cervo há duas horas atrás. O jovem macho segurou bem seu arco, e apurou seus ouvidos. Ele sentiu a brisa suave batendo contra seu rosto, sentiu os cheiros diversos da floresta ao seu redor e a luz do sol iluminando seu caminho. O macho pisava de modo suave, sem fazer qualquer som que pudesse assustar algum animal, quando de repente a barriga de Vincent roncou atrás dele. Estavam desde a primeira luz do sol caçando para levar comida para sua família, mas o cervo havia fugido quando Julian errou a flecha. — Eu estou com fome. — Murmurou Vincent. Julian olhou de esguelha para o seu irmão mais novo, ele possuía apenas dez anos e era compreensível. Julian puxou um pão seco de seu bolso e o entregou a ele. O jovem agrad
Dimitri observava o ambiente silencioso da floresta, onde apenas os sons noturnos da natureza podiam ser ouvidos. A luz da lua iluminava fracamente a clareira onde ele e César tinham acampado, dando a cena uma aparência etérea. César dormia profundamente, sua respiração suave e regular evidenciava o cansaço de uma longa caminhada. Dimitri olhou para o amigo, sentindo um nó em seu estômago. Ele sabia que a hora havia chegado. Dimitri precisava seguir em frente sozinho e deixar César para trás. O coração de Dimitri se apertou com a ideia de deixar para trás seu amigo fiel, aquele que o tinha salvado inúmeras vezes em suas jornadas. No entanto, ele também sabia que, ao continuar a jornada juntos, colocaria em risco a vida de César. Dimitri tinha muitos inimigos e sabia que, cedo ou tarde, eles os encontrariam. Dimitri levantou-se devagar, tentando não acordar César. Ele pegou sua mochila e acomodou-a nas costas. Dimitri olhou para César, que dormia pacificamente, e se lembrou de toda