Capitulo 38Marcela narrando- Eu vou subir – eu falo para ele e ele me encara.- Espera – ele fala. – o que foi que a Maria Luiza te disse? – ele fala se aproximando de mim.- Se afasta – eu falo para ele – eu tenho tanto medo de você, como eu tenho do Roberto. Para mim, você não é nada diferente dele.- Isso foi passado e eu me arrependi por tudo que eu fiz com ela – ele fala me encarando – eu a machuquei, eu a fiz sofrer e perdi o amor da minha vida, perdi o direito de formar uma família ao lado dela, de poder está 24h junto da minha filha e eu aprendi, aprendi da pior forma.Eu encaro ele.- Me deixa subir – eu falo – eu sou sua refém e não devo me sentir a vontade ao seu lado.- Eu fiquei nervoso, meu braço direito foi morto pelo seu marido – ele fala. – vocês dois sempre foram um casal perfeito aos olhos de todos.- Eu fui obrigada – eu falo – quantas vezes preciso dizer isso a você? Que meu pai era um policial expulso da corporação, devia dinheiro a ele, eu tinha apenas 15 anos
21Roberto narrandoEu tinha conseguido fazer com que alguns vapores aceitasse dinheiro para ser meus informantes, mas Perigo está jogando.- Três pistas diferentes. – Rodriguez que era um dos meus homens fala.- Dentro do morro, em um lugar isolado ou fugindo do Brasil em um caminhão com carga – eu falo – precisamos ser mais esperto que eles.- O que você está falando? – ele pergunta.- Ele não colocaria Marcela em um caminhão e muito menos tiraria do morro dele, até porque ele teria que ficar indo e vindo e isso poderia trazer risco a ele – eu falo – então, ela está no morro e lá eles estão preparados para tudo.Ele me encara e eu fico pensando, ele acha que eu sou idiota, ele jamais colocaria Marcela em um caminhão, Perigo pode ser esperto mas eu tenho anos de experiencia e sei como marginais que nem ele pensa.- Então? – Rodriguez pergunta.- Vamos ir até o encontro do caminhão, fazer ele achar que estão ganhando – eu falo – ao mesmo tempo vamos invadir a casa isolada que ele jogo
22Perigo narrandoEu saio do carro com os meus homens, e outros carros estaciona atrás e vou em direção onde Plutão estava com Marcela, ele encostava em seu braço.- Parou de sangrar – ele fala para ela.- Obrigada – ela fala dando um leve sorriso e quando me encara ela desmancha ele. – Perigo. – Plutão se vira.- Grande Perigo, salvei sua donzela em – ele fala.- Filho da puta – eu falo – foi você que armou isso?- Você que mexe com o delegado e coloca a culpa em mim? Olha ai você me trazendo problema, policia desviando perto da minha área – ele fala.- o mínimo que você deveria fazer era me agradecer, sua refém está viva.Eu olho para ele e lembro do que ele disse do Yuri, eu vou até a cabine e encontro o corpo dele, ele estava morto. Eu fecho os olhos por alguns segundos e não consigo acreditar no que tinha acontecido , não conseguia acreditar que ele estava morto, meu plano deu errado e ele morreu.Eu falhei na porcaria do meu plano e perdi meu amigo.- Eu espero você me dizer obr
Perigo narrandoEu começo atirar em todos que vinha na minha frente para ir correndo até a Marcela, não poderia deixar Roberto entrar no carro e pegar ela.- Merda – eu falo me jogando ao lado de Plutão.- Tá em apuros? – ele pergunta.- Aquele filho da puta vai pegar a Marcela – eu falo nervoso e atirando nos policiais.- Vai lá, eu te dou cobertura – ele fala e eu o encaro.- Vai arriscar a tua vida por ela? – eu pergunto.- Se tem uma coisa que eu faço é proteger os inocentes, dá para ver na cara dessa garota que ela não tem culpa de nada – ele fala – agora vai e não deixa ele chegar nela.Eu vejo que ele abre a porta do carro.Eu começo atirar e Plutão vem atrás de mim, eu me viro para ele.- obrigado – eu falo.- Até que enfim você foi humilde – ele fala sorrindo – agora vai de uma vez.Ele começa atirar para que eu passe e eu vou atirando e passando em direção ao carro, era muitos tiros indo e vindo, se não tomar cuidado acertaria em cheio, eu pensava em Joana a cada tiro que pa
Perigo narrandoApós a morte do Roberto, os policiais se renderam e a gente deixou eles irem. Eu me aproximo de Marcela que tinha jogado a arma encima do corpo dele, tinha lagrimas descendo pelo seu rosto, eu me aproximo dela.- O meu pesadelo acabou – ela fala e eu a encaro. – eu quero ir embora, me tira daqui – ela fala me olhando – por favor, me tira daqui - ela começa a tremer - eu preciso ir embora daqui.Eu me aproximo dela lentamente e eu abraço ela, ela me abraça , seu corpo todo tremia, ela estava entrando em choque.- Calma – eu falo – calma, é apenas o choque. Vamos sair daqui.- Eu sempre pensei de uma forma de eu me matar, mas nunca de matar ele, de matar alguém – ela fala e eu passo a mão pelo seu rosto – eu matei uma pessoa e isso me torna ser que nem ele.- Você não é que nem ele – eu falo – você não é, não é que nem ele, nem a mim e nem a ninguém que está aqui, você só lutou pela sua própria liberdade e reagiu depois de tanto sofrimento. – ela me encara e eu passo nov
24Marcela narrandoEu saio do banho e encontro Perigo sentado na cama.- porque você voltou? – eu pergunto para ele.- Eu não deveria ter te deixado aqui – ele fala. – eu fui otário.- Vai embora , eu não preciso que você venha aqui – eu respondo.- Por favor me escuta – ele fala.- Eu quero que você vá embora – eu respondo – eu não quero nunca mais olhar na sua cara, você mentiu, você me enganou e me abandonou me deixando aqui, depois de eu ter matado uma pessoa e mesmo você sabendo que eu nunca tinha mataod alguém ou pensado em matar.Ele tenta se aproximar e eu me afasto.- Não encosta em mim – eu falo para ele chorando – a vida toda eu fui usada pelas pessoas, eu perdi minha mãe cedo, eu nunca tive alguém que me amasse de verdade depois disso, meu pai sempre bebendo, chegando em casa bêbado e eu tendo que me proteger dele, depois um dia chega aquele velho e me leva embora com ele, me obrigando as piores coisas do mundo, toda vez que eu fecho a porcaria dos meus olhos, eu vejo ele
25Marcela narrandoEu sai antes de amanhecer o dia e fui em direção a rodoviária, a cidade onde eu morava ficava na divisa de São Paulo com Rio de Janeiro, era interior e uma cidade bem pequena, onde eu nasci e vivi até os meus 15 anos de idade. Parecia loucura eu querer voltar lá, semdo que só vivi o inferno na minha vida ao lado de Roberto porque meu pai deixou, só que eu também vivi a melhor fase da minha vida nessa cidade, naquela casa ao lado da minha mãe.Quando a minha mãe era viva, tudo era muito bom, meu pai trabalhava, a gente era uma família feliz, pelo menos parecia ser, na verdade eu quero acreditar que a gente era e deixar apenas as coisas boas na minha cabeça. Quando a minha mãe morreu tudo deslanchou na minha vida, meu pai caiu nas bebidas, perdeu seu cargo e o começo do inferno começou mas eu nem imaginava que o pior eu iria viver fora daquela casa.Meu pai chegava quase todas as noites bêbados, chamando por minha mãe, entrava no quarto a dentro e dizia que eu era el
26Marcela narrandoEu Tinha ficado tão nervosa mas tão nervosa que eu tinha passado mal, desmaiado, perdido o ar e tinha passado a noite em observação no hospital, tinha sido levada a uma clínica de exames para fazer alguns exames para ver como eu estava, estava esperando o resultado no lado de fora, quando vejo vozes conhecidas.- Marcela? – Malu fala me encarando – o que você faz aqui?- Eu não passei muito bem, desmaiei e o hospital me enviou para fazer uns exames, estou esperando o resultado – eu falo.- Mas você está bem? – ela pergunta – eu fiquei preocupada com você.- Estou – eu respondo e ela me encara.Julia se aproxima.- Marcela – ela fala sorrindo.O médico chama Malu com as crianças e Malu entra e Julia fica comigo do lado de fora.- Você não parece nada bem – ela fala.- Eu não estou mesmo – eu respondo – ontem eu descobri que meu pai morreu após colocar fogo na casa em que a gente morava.- Eu sinto muito – ela fala – eu imagino como deve ser a dor que você está senti