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Perigo narrandoEu começo atirar em todos que vinha na minha frente para ir correndo até a Marcela, não poderia deixar Roberto entrar no carro e pegar ela.- Merda – eu falo me jogando ao lado de Plutão.- Tá em apuros? – ele pergunta.- Aquele filho da puta vai pegar a Marcela – eu falo nervoso e atirando nos policiais.- Vai lá, eu te dou cobertura – ele fala e eu o encaro.- Vai arriscar a tua vida por ela? – eu pergunto.- Se tem uma coisa que eu faço é proteger os inocentes, dá para ver na cara dessa garota que ela não tem culpa de nada – ele fala – agora vai e não deixa ele chegar nela.Eu vejo que ele abre a porta do carro.Eu começo atirar e Plutão vem atrás de mim, eu me viro para ele.- obrigado – eu falo.- Até que enfim você foi humilde – ele fala sorrindo – agora vai de uma vez.Ele começa atirar para que eu passe e eu vou atirando e passando em direção ao carro, era muitos tiros indo e vindo, se não tomar cuidado acertaria em cheio, eu pensava em Joana a cada tiro que pa
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Perigo narrandoApós a morte do Roberto, os policiais se renderam e a gente deixou eles irem. Eu me aproximo de Marcela que tinha jogado a arma encima do corpo dele, tinha lagrimas descendo pelo seu rosto, eu me aproximo dela.- O meu pesadelo acabou – ela fala e eu a encaro. – eu quero ir embora, me tira daqui – ela fala me olhando – por favor, me tira daqui - ela começa a tremer - eu preciso ir embora daqui.Eu me aproximo dela lentamente e eu abraço ela, ela me abraça , seu corpo todo tremia, ela estava entrando em choque.- Calma – eu falo – calma, é apenas o choque. Vamos sair daqui.- Eu sempre pensei de uma forma de eu me matar, mas nunca de matar ele, de matar alguém – ela fala e eu passo a mão pelo seu rosto – eu matei uma pessoa e isso me torna ser que nem ele.- Você não é que nem ele – eu falo – você não é, não é que nem ele, nem a mim e nem a ninguém que está aqui, você só lutou pela sua própria liberdade e reagiu depois de tanto sofrimento. – ela me encara e eu passo nov
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24Marcela narrandoEu saio do banho e encontro Perigo sentado na cama.- porque você voltou? – eu pergunto para ele.- Eu não deveria ter te deixado aqui – ele fala. – eu fui otário.- Vai embora , eu não preciso que você venha aqui – eu respondo.- Por favor me escuta – ele fala.- Eu quero que você vá embora – eu respondo – eu não quero nunca mais olhar na sua cara, você mentiu, você me enganou e me abandonou me deixando aqui, depois de eu ter matado uma pessoa e mesmo você sabendo que eu nunca tinha mataod alguém ou pensado em matar.Ele tenta se aproximar e eu me afasto.- Não encosta em mim – eu falo para ele chorando – a vida toda eu fui usada pelas pessoas, eu perdi minha mãe cedo, eu nunca tive alguém que me amasse de verdade depois disso, meu pai sempre bebendo, chegando em casa bêbado e eu tendo que me proteger dele, depois um dia chega aquele velho e me leva embora com ele, me obrigando as piores coisas do mundo, toda vez que eu fecho a porcaria dos meus olhos, eu vejo ele
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25Marcela narrandoEu sai antes de amanhecer o dia e fui em direção a rodoviária, a cidade onde eu morava ficava na divisa de São Paulo com Rio de Janeiro, era interior e uma cidade bem pequena, onde eu nasci e vivi até os meus 15 anos de idade. Parecia loucura eu querer voltar lá, semdo que só vivi o inferno na minha vida ao lado de Roberto porque meu pai deixou, só que eu também vivi a melhor fase da minha vida nessa cidade, naquela casa ao lado da minha mãe.Quando a minha mãe era viva, tudo era muito bom, meu pai trabalhava, a gente era uma família feliz, pelo menos parecia ser, na verdade eu quero acreditar que a gente era e deixar apenas as coisas boas na minha cabeça. Quando a minha mãe morreu tudo deslanchou na minha vida, meu pai caiu nas bebidas, perdeu seu cargo e o começo do inferno começou mas eu nem imaginava que o pior eu iria viver fora daquela casa.Meu pai chegava quase todas as noites bêbados, chamando por minha mãe, entrava no quarto a dentro e dizia que eu era el
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26Marcela narrandoEu Tinha ficado tão nervosa mas tão nervosa que eu tinha passado mal, desmaiado, perdido o ar e tinha passado a noite em observação no hospital, tinha sido levada a uma clínica de exames para fazer alguns exames para ver como eu estava, estava esperando o resultado no lado de fora, quando vejo vozes conhecidas.- Marcela? – Malu fala me encarando – o que você faz aqui?- Eu não passei muito bem, desmaiei e o hospital me enviou para fazer uns exames, estou esperando o resultado – eu falo.- Mas você está bem? – ela pergunta – eu fiquei preocupada com você.- Estou – eu respondo e ela me encara.Julia se aproxima.- Marcela – ela fala sorrindo.O médico chama Malu com as crianças e Malu entra e Julia fica comigo do lado de fora.- Você não parece nada bem – ela fala.- Eu não estou mesmo – eu respondo – ontem eu descobri que meu pai morreu após colocar fogo na casa em que a gente morava.- Eu sinto muito – ela fala – eu imagino como deve ser a dor que você está senti
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27Perigo narrandoEu fui até o morro da alemão para resolver umas coisas sobre o morro da fé e eles resolveram resolver isso dentro do baile que estava acontecendo essa noite.- Não acho que devemos revidar – eu falo – Plutão morreu tentando proteger a gente.- Era uma guerra nossa, eu concorod com Perigo – Rd fala.- O fim do mundo mesmo, quando vocês dois concordam um com o outro – Bn fala.- Mas é a real cara – eu falo – Plutão não tinha nada com essa guerra e morreu tentando defender os nossos, deixou filho pequeno, Moret vai ficar nessa onda uma hora cansa, porque não vamos revidar.- E se a gente começar a perder carga ? – Ph pergunta – porque as rotas são lá.- Podemos mudar as rotas – Jn fala – passar por outro lado, gasta um pouco mais, mas mneos dor de cabeça. Ele vai interferir nas que passa lá.- A gente joga uma esmola indo por lá para ele não achar que estamos sabendo do plano dele – Rd fala.Depois de muita discussão, Bn acaba cedendo em deixar o morro da fé na deles,
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28Perigo narrandoEu Abro os meus olhos e vejo que estou em um quarto desconhecido, quando eu olho para o lado eu vejo Marcela acordando, ela me encara.- Bom dia – ela fala.- Como eu vim parar aqui? – eu pergunto- Você não lembra de nada? – ela pergunta.- Pouca coisa – eu falo - Você chegou aqui, pulou a janela, quase quebrou a porta da sacada, se declarou para mim e depois vomitou tudo em mim – eu arregalo os olhos – meus cabelos, meu corpo, meus peitos, o chão, ai eu te dei um banho gelado e você deitou na cama e capotou.Eu passo a mão pela cabeça e ela abre um pequeno sorriso me encarando.- Estamos kits, eu bebi e fiz escândalo, depois você bebeu e vomitou o quarto todo – ela fala.- Minha cabeça está explodindo – eu falo.- Eu imagino que esteja – ela responde – não foi pouca coisa não, viu. Esse quarto ficou horrível.- Me perdoa – eu respondo para ela.- Você precisa pedir perdão aos dono da casa e naõ a mim – ela fala – por mais que você tenha vomitado em mim.- Estou p
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29Marcela narrandoMalu se aproxima de mim assustada.- Ele matou a Mayara? A esposa dele? – eu pergunto- Eu não consigo falar com ninguém – Rd fala – eu vou até o alemão. - Isso e a gente fica com esse assassino aqui? – Malu pergunta.- Calma – Rd fala – não acho que ele tenha matado Mayara.- Ele tá todo coberto de sangue tio rd – Joana fala – ele matou sim, eu sinto que ele matou.- Joana vbem cá meu amor – eu falo e ela se aproxima de mim.- Você e o papai voltaram? – ela pergunta - Voltaram? – eu pergunto para ela.- Vocês sempre tiveram junto – ela diz rindo - Joana – Rd fala – você acha que é fácil ser padrasto dela? É não – ele diz a ela .- Você não ia atrás do corpo? – Joana pergunta.- Vai lá – Malu fala para ele.- Porque eu matei ela , eu matei – Bn dizia desesperado.- Quem você matou? – Miguel pergunta.- Eu quero morrer também – ele fala – eu quero morrer – Ph entra pela porta junto de Julia.- Que que está acontecendo aqui? – Julia pergunta.- Ele matou uma pesso