Na Capital, eles sofreram uma grande derrota, ridicularizados, preferiram morrer a voltar.Até ela foi abandonada, como se a mera lembrança dela trouxesse o escárnio de seus amigos.— Hugo, você tem uma filha maravilhosa, ouvi dizer que ela se vendeu num clube noturno e teve a sorte de encontrar o Sr. Silva! Parabéns, com a preferência do Sr. Silva, você está feito.Seu pai a desprezava por envergonhá-lo, talvez desde aquele momento ele pensou em abandoná-la.Seus pensamentos voltaram ao presente, o celular ainda tocando. Ela reuniu coragem para atender.— Pai...— Não me chame de pai! Você sabe o que as pessoas dizem sobre você lá fora? Dizem que você é a reencarnação de uma mulher sem vergonha, que seduziu Afonso e agora está tentando seduzir Daniel! Você já tinha perdido a dignidade quando decidiu ficar com Afonso, deveria ter sido fiel a ele e não causar mais escândalos, fazendo com que todos falassem de você!— Uma mulher decente não serve a dois maridos, você entende isso ou não?
Ao ouvir isso, Afonso foi imediatamente transportado de volta a três anos atrás.Beatriz se encolhia entre a multidão, seus olhos negros e brilhantes como os de um cervo recém-nascido, inocente e temerosa do que estava por vir.Ele a viu primeiro.E depois sentiu que ela se parecia com Débora, muito, mas não exatamente.Isso despertou nele um sentimento de compaixão.— Como você pode ser comparada a ele, você me encontrou na primeira vez.— Não, nós somos iguais. Se eu não tivesse a ajuda de Daniel, para você, eu não seria diferente de Samuel, você poderia facilmente resolver! Eu não vou deixar isso passar assim.Ela falou cada palavra claramente.Afonso também parecia incomodado: — Por que você tem que se envolver no assunto de um modelo masculino, só porque vocês dois tiveram algo? Você ajudando-o assim, Daniel não vai ficar irritado? Você não pode parar de ser teimosa, para não acabar perdendo Daniel, seu último apoio?— Eu também não queria envolver seus tios, mas eu sei como você
Ao ver sua aparição, Afonso ficou pálido.— Beatriz, você vê que eu não estava errado, agora você está apenas se aproveitando do poder de Daniel!— E o Sr. Silva, em nome de que poder está se apoiando? Você apenas nasceu em berço de ouro, teve a sorte de nascer na família Silva. Agora você se apoia apenas na sombra deixada pelos seus antepassados, é assim que age com arrogância?— Daniel! Não esqueça, nossa origem é a mesma, que direito você tem de falar assim comigo?— Não, eu e você não somos iguais, sem o Grupo Dias, eu ainda tenho minha carreira. E você, sem o Grupo Silva, o que pode fazer? Pode começar do zero como uma pessoa comum? Sem o brilho da fama, o que você é?— Você também é alguém que abusa do poder, que direito tem de falar dos outros. Eu te digo, ela nunca se apoiou no meu poder, fui eu que ofereci tudo a ela de bandeja. Bia me dar uma olhada já é uma grande sorte para mim! Isso também não é um talento, poder me fazer devotado!— Afonso, se você não sabe falar, eu não
— Você é o presidente do Grupo Dias, Daniel Dias?— Exatamente.— Você gosta da Beatriz?— Gosto.— E você tem coragem de falar assim comigo, sendo ela minha filha? Ela faz o que eu digo, não é você quem deve opinar! Passe o telefone para ela, quero falar com ela!Beatriz arrancou o telefone de sua mão: — Não quero falar com você agora! Daniel está certo, a dívida é da família Rocha, não minha! Se alguém deve pagar, é você!Após dizer isso, ela desligou furiosa, bloqueando Hugo para evitar mais ligações.Eles nunca se importaram com ela, sempre preocupados apenas com o irmão e a reputação da família Rocha, considerando-a uma vergonha.Três anos sem contato.Então, ela também não precisava mais da família Rocha. Não era grande coisa.— Deixe comigo, não tenho medo de enfrentar as consequências. — Daniel a olhou com compaixão.— Teremos que enfrentar isso de qualquer forma.Ela baixou a cabeça, brincando com os dedos, tentando conter-se, mas sua voz ainda era nasalada.Lágrimas caíam em
— Você realmente não acredita em mim? — Daniel retrucou, com um olhar intenso.Beatriz mordeu o lábio, sabendo que seu comentário havia sido desnecessário.— Daniel... como você pode ser tão bom?— Foi você quem me ensinou bem.Beatriz, incapaz de se conter, beijou-o profundamente.Pela primeira vez, ela dominou Daniel com força, beijando-o desordenadamente, enquanto suas mãos exploravam seu corpo, rasgando suas roupas e revelando seu torso perfeitamente esculpido.No início, a luta foi intensa, mas conforme o tempo passava, Beatriz recuava, da mesma forma que um homem impotente...Ela simplesmente não conseguia...Mas Daniel já estava visivelmente excitado, seu desejo era palpável e ele estava pronto para agir.— Então... eu estou com fome...Daniel percebeu o que estava acontecendo, mas optou por não comentar.— Sim, vamos comer então. Você desce primeiro, eu já desço.Ele precisava de um momento para se acalmar.Beatriz fugiu em uma situação embaraçosa.Ela correu sem olhar para on
— Você acha que, porque eu sou mais tolerante, basta eu me desculpar para manter nossa família unida, certo? Eloy, essa é a sua família, não a minha. Mesmo que eles venham para a Capital, não irei encontrá-los. Diga a eles para irem embora. Não temos mais nada para falar.Beatriz desligou o telefone.Durante esses três anos, apenas Eloy manteve contato com ela, perguntando se ela e Afonso estavam bem.Beatriz raramente prestava atenção nele, e com o passar do tempo, Eloy também perdeu o interesse em procurá-la, limitando-se a enviar mensagens de felicitações simbólicas durante as festividades.Às vezes, Eloy sabia que seus pais eram parciais, que isso estava errado.Mas ele apenas falava, nunca realmente se opôs, pois desde o início era beneficiário dessas situações.Por exemplo, quando havia apenas um último pedaço de bolo em casa.— Deixe para o seu irmão, ele é mais novo, você é a irmã mais velha, deve ceder um pouco.— Mãe, que tal dar metade para a irmã também?— Com tão pouco, o
【Claramente você que não quer falar comigo, e ainda quer impedir que outros o façam? O cunhado te mima demais, é por isso que você está tão temperamental, você costumava ser tão gentil!】Eloy enviou várias mensagens, cada uma desafiando os limites de Beatriz.Ela estava furiosa, querendo virar a mesa onde eles estavam jantando.Mas ela se conteve.Já que não querem ouvir, então que seja, eles que façam o que quiserem.Beatriz até bloqueou o número de Eloy, se necessário, ela iria publicar um anúncio no jornal, cortando relações com a família Rocha.Afinal, ela já havia transferido seu registro para a Capital três anos atrás, sob a tutela do estúdio.Naquele momento, no restaurante.— Cunhado... agora devo parar de te chamar assim, não posso mais, certo?Quando Afonso ouviu isso, um amargor se espalhou em seu coração, incontrolável.— Você ainda é como antes para mim, de qualquer forma, eu sempre te considerei como um irmão.— Cunhado... você é realmente incrível.— O que eu tenho de bo
— Bia, eu tenho uma viagem de negócios amanhã, você quer vir comigo?Daniel sugeriu uma viagem.Beatriz sabia que ele queria que ela se afastasse por um tempo, desde que a família Rocha não pudesse encontrá-la, eles estariam sem recursos.Mas ela sabia que poderia evitar por um momento, mas não para sempre.— Não precisa, eu quero enfrentá-los. — Beatriz soltou um suspiro pesado, olhando firmemente para ele. — É um assunto da minha família, eu deveria resolvê-lo.— Bom, então, aconteça o que acontecer, eu estarei ao seu lado.Daniel segurou firmemente a mão dela, o calor dos dedos passando continuamente, fazendo seu coração, que estava quase congelado, derreter lentamente.Ela ligou para a avó, esperando que Afonso não interferisse mais nos assuntos da sua família.A avó também achou um pouco vergonhoso. — Fique tranquila, eu vou dar um jeito de avisá-lo.Depois de desligar o telefone, a avó foi até Vila Silva.Afonso acabava de voltar de ver Eloy e havia bebido um pouco, estando lige