— Quer saber? Aquilo é meu esconderijo secreto, depois que você me der um filho, eu te levo lá.Os olhos de Daniel brilharam de um jeito diferente.Quando Beatriz ouviu a parte sobre ter um filho, suas orelhas ficaram vermelhas de repente.— Sonha, não estou interessada no seu esconderijo secreto. Vou ver se sua refeição nutritiva já está pronta na cozinha.Beatriz fugiu.Daniel assistiu ela se afastar, seus pensamentos se aprofundando.Daniel ficou em casa mais meio mês, agora podendo andar, e a ferida já havia cicatrizado com nova carne rosa.O médico veio remover os pontos, e ele estava praticamente curado, mas ainda precisava ter cuidado para não fazer exercícios muito intensos, ainda precisava se recuperar.Era difícil imaginar que, em pouco mais de um mês, Daniel já estava recuperado, pulando e agindo como se nada tivesse acontecido.Durante esse mês, Daniel mal havia tomado banho, apenas se lavando com água.Quando estava incapacitado, Lucas era quem trocava suas roupas.Daniel
Beatriz, confusa, assentiu, e Daniel, como uma criança que recebeu a aprovação do professor, beijou-a com mais fervor, começando a tirar suas roupas.Suas mãos continuaram a explorar mais abaixo...Por algum motivo, Beatriz, que inicialmente estava desfrutando, começou a se sentir cada vez mais rígida.O medo daquele dia no barco voltou.Insultos, humilhações, sendo amarrada como um animal.Ela estava vendada, não podia ver, todos os toques eram intensificados.Aquela mão grande percorrendo seu corpo.Ele estava aliviando sua solidão.Mas naquele momento, ela era namorada de Afonso, ainda assim foi forçada a se deleitar com outro homem.Ela pensou em morrer...Num instante, o medo atingiu seu auge.— Não...Beatriz subitamente ficou pálida, coberta de suor frio, e com uma força que não sabia de onde veio, deu-lhe um tapa forte.A mão doía.Os dedos tremiam, a palma estava vermelha e inchada, mostrando a força que ela usou.Ela se sentia totalmente exausta, retrocedendo até bater na por
Enquanto Daniel dava instruções, Beatriz levou sua outra mão ao rosto dele.— Deve doer bastante, desculpe, eu... não controlei minha força.Daniel estendeu a mão, segurando suavemente a dela.Ele abriu a boca, querendo perguntar se estar com ele era difícil, sabendo que era uma pessoa complicada e contraditória. Ela tinha que superar seus medos para estar com ele, será que por dentro ela estava sofrendo?Mas ele não ousou perguntar, com medo de que, ao fazê-lo, Beatriz enfrentasse essa questão e decidisse não ficar com ele.Ele não podia suportar a ideia de perdê-la.Mantê-la em seu coração por tanto tempo, que era impossível se desfazer dela facilmente.O olhar complexo de Daniel fez o coração de Beatriz tremer.O que ele estaria pensando naquele momento?— Daniel, você pode me dizer o que está pensando, não guarde tudo para si, por favor?— Está bem.E então, não houve mais nada.Beatriz, um tanto quanto frustrada.Daniel se recuperou e teve que ir para o Grupo Dias tratar de assunt
Beatriz não esperava que Débora também estivesse lá, o que foi uma surpresa.A tia insistiu para que ela ficasse para o jantar e não a deixou ir.Beatriz, sem escolha e preocupada com sua avó, desceu do carro. A tia a abraçou como se ela fosse da família.Elas nem entraram na casa, a tia parecia ter um monte de coisas para desabafar.— Estou cansada da esposa do Afonso, cansada mesmo! Você sabe por que ela veio?— Por quê?— Veio pedir minha receita secreta para ter filhos. Eu tinha problemas de saúde na juventude e usei a Medicina Tradicional para me tratar. Naquela época, havia uma política rigorosa de natalidade, e eu só podia ter um filho, então queria um menino. Por sorte, realmente tive um. Débora sofreu um aborto, agora quer engravidar logo, e quer um menino. Ela ouviu que eu tinha uma receita secreta que era muito eficaz e veio me pedir. Se eu tivesse, até daria para ela, mas não tenho. Não aguento mais ficar em casa, inventei uma desculpa para sair comprar algumas coisas.— Pe
— Não era uma receita para ter filhos? Como agora é para recuperar a saúde? — A tia fingiu confusão com malícia.Débora ficou imediatamente paralisada.— Vou ver como está a sogra, vocês, jovens, conversem. Somos todos da mesma família, sem cerimônias.A tia usou isso como desculpa para sair, deixando apenas as duas no salão.Beatriz estava tranquila e aberta, enquanto Débora se sentia culpada e extremamente desconfortável.— Beatriz, você não sabe evitar conflitos? Afinal, este é a casa da avó de Afonso, por que você vem aqui tão frequentemente? Você diz que não está interessada em Afonso, mas o que mais você faz? Usa de todos os meios para chamar sua atenção! Você só finge ser generosa, mas na verdade é mais mesquinha que qualquer um. Você sabe que não pode tirar Afonso de mim, então usa esses métodos para nos provocar, certo?Ao ouvir isso, Beatriz quase riu de indignação.Esse casal sempre tão confiante em si mesmo.— Eu estou visitando a Vila Silva, por acaso? Eu vim visitar a fa
Beatriz olhou friamente para Afonso.— Você já me acusou injustamente uma vez, vai fazer isso de novo?Afonso estava prestes a dizer algo quando, de repente, ao ouvir essas palavras, toda a sua fala se calou na profundeza de sua garganta.Débora, com raiva, apontava para o seu nariz.— Desta vez, foi claramente você quem me empurrou de propósito.— E por qual razão, eu te empurraria? O celular é algo privado, por que você estava com o meu celular?— Você estava enviando mensagens para o meu marido, que descaramento!— Afonso, você ouviu, ela pegou meu celular sem permissão, querendo ver nossas conversas. Ela pode querer me monitorar, mas que não mexa no meu celular, que mexa no dela. Eu não tenho nada a esconder, Afonso, no fundo você sabe se eu alguma vez te seduzi!Após dizer isso, ela subiu as escadas sem olhar sequer para Afonso.Quando ela passou por ele, Afonso quase que instintivamente tentou segurar sua mão.Mas ele não fez nada, pois a Beatriz de agora não tinha mais nada a ve
Uma mulher nas mãos de sequestradores, qual será o seu destino? Beatriz Rocha estava vivenciando esse pesadelo. Aquele grupo queria transformá-la em uma prostituta.Ela estava vendada e com a boca selada por fita adesiva, amarrada em um canto como um animal. Seu corpo estava coberto de cicatrizes, sem um pedaço de pele intacto. A corda que a prendia era curta, tinha menos de um metro. Se ela se movesse um pouco mais para a frente, a corda apertaria seu pescoço. Várias vezes, Beatriz lutou inutilmente, ficando sem ar, o rosto roxo, a voz sufocada.Ela não podia escapar...Do lado de fora, ela ouvia os sequestradores xingando furiosamente. Eles tentaram violentá-la, mas ela reagiu mordendo a garganta de um deles. Se tivesse um pouco mais de força, teria quebrado sua traqueia, matando-o.Por isso, Beatriz foi brutalmente espancada e amarrada ali. Drogada, sua resistência foi reduzida a quase nada.De repente, lá fora, algo aconteceu. O barco em que estavam colidiu violentamente, e ela cai
Aquele era um clube que Afonso frequentava, onde ele costumava beber com os amigos.A razão dizia para Beatriz não acreditar nas palavras do chefe dos sequestradores, que tudo era mentira. Mas seu corpo, fora de controle, queria verificar. Ela esteve ao lado de Afonso por três anos e sabia o número da sala privativa que ele frequentava. Foi diretamente para lá.— Afonso perdeu, o que vai ser, verdade ou desafio?— Verdade.— Então, quem é a mulher que você mais ama no seu coração?— Isso ainda é uma pergunta? Claro que é Débora.Beatriz estava do lado de fora, ficando cada vez mais pálida. Suas pernas ficaram pesadas como chumbo, e suas mãos pairaram no ar, incapazes de bater na porta por um longo tempo. Depois, parece que eles começaram outra rodada do jogo. Desta vez, Débora foi quem perdeu.— Cunhada perdeu, então, você escolhe verdade ou desafio?— Desafio.A voz da mulher era suave como água.— Então beije um dos homens aqui por três minutos.— Ah, não brinque assim.Débora estava