O coração de Beatriz deu um pulo.Ele queria torná-la sua esposa de verdade, protegê-la e cuidar dela por toda a vida?Ele estava com pena dela, ou era por obrigação? Ou será que ele sabia que ele e Bruna nunca dariam certo, por isso escolheu passar a vida com ela?Por um momento, muitos pensamentos passaram por sua mente.Ela quase concordou, mas ao pensar na situação atual, imediatamente voltou a si.— Não, eu não quero que você seja responsável por mim para sempre. Minha vida, eu me responsabilizo, não preciso que ninguém carregue fardos por mim.— Eu faço isso de bom grado, desde o momento que te salvei, eu decidi que seria responsável por você.— Seu senso de dever é demasiadamente forte, não vale a pena.— Não, você vale a pena. — Ele encontrou o olhar dela, falando com firmeza. Cada palavra era dita com seriedade.— Você não vai dormir? Se não for, melhor ir embora, estou com sono, quero dormir. — Ela bocejou, fingindo estar muito cansada.Daniel apoiava-se em seu braço, ainda s
Daniel questionou friamente.Afonso ficou sem resposta, de fato, foi ele quem contou a Débora. Mas ele nunca pensou em usar isso para machucá-la.— Então, estou disposto a fazer Débora pedir desculpas publicamente, isso não é suficiente? Daniel, você deve entender, se essa situação escalar, nossas famílias serão afetadas, realmente não precisamos disso. Não podemos chegar a um meio-termo? Além disso, se nossas famílias se unirem, ninguém ousará falar, a menos que não queiram mais se estabelecer na Capital.— Não posso decidir isso sozinho, vou consultar a opinião da Beatriz.— Daniel! Nós dois podemos decidir isso, por que precisamos da opinião de outra pessoa?— Porque a Beatriz é a parte interessada, a vítima! — Ele enfatizou cada palavra: — Por causa do seu egoísmo, ela acabou assim, você deveria se envergonhar. Afonso, o sofrimento que ela passou contigo, eu vou compensá-la.— Daniel, me diga a verdade, quando você começou a ter sentimentos diferentes por ela? Você é meu amigo, por
Naquele instante, a palavra ‘segurança’ parecia se materializar, e era Daniel.Beatriz sentiu seu coração apertar, esqueceu-se de respirar. Ela pensou que Daniel teria ido para o grupo, ou que se não tivesse ido, não estaria apenas esperando na porta.Jamais imaginou que ele estaria ali, esperando por sua decisão. Ela não conseguiu se conter e avançou, abraçando-o fortemente.As mãos de Daniel, que estavam ao lado do corpo, hesitaram por um longo tempo antes de finalmente acariciar suas costas de forma rígida.— O que foi? — Ele perguntou suavemente.— Eu decidi... — Ela fechou os olhos e expirou profundamente.— Eu não vou tornar público... Vou dar a esse casal uma chance de escapar!Originalmente, ela estava determinada, querendo destruir tudo junto. Ela não temia seguir esse caminho até o fim, sem se preocupar com as consequências, estava pronta para tudo.Mas agora, vendo Daniel naquele momento, ela de repente sentiu que não deveria ser tão egoísta, deveria considerar ele também.E
Se não fosse pela estupidez de Débora, nada disso teria acontecido. Bastava se desculpar publicamente, mas ela teve que revelar algo tão íntimo sobre Beatriz, tornando a situação irreversível.Agora, com Débora se desculpando publicamente e Afonso sabendo que estava errado, eles concordaram. Mas ajoelhar-se era demais.Débora agora era a legítima Sra. Silva, ajoelhar-se em público seria uma humilhação.— Isso é impossível. — Afonso recusou categoricamente.Beatriz não se surpreendeu com isso, afinal, um casal é uma unidade, compartilhando a glória e a vergonha juntos.— Então não temos mais nada a discutir, prepare-se para a derrota de ambos.— Beatriz, você realmente não está pensando em si mesma? Não teme pela sua reputação?— Você deveria se preocupar com a sua própria reputação. Para dar uma festa de aniversário para sua amante, você permitiu que sua namorada atual fosse violada. — Ela disse com desdém, deixando Afonso sem palavras.— De qualquer forma, ajoelhar-se em público está
Beatriz apenas o olhou indiferente por um momento antes de desviar o olhar. Débora estava com uma expressão muito interessante agora, e ela não queria perder isso.Débora estava pálida como papel, seus lábios sem cor, olhando fixamente para Afonso, incapaz de se recuperar.Ela achou isso um pouco engraçado.Débora realmente se valorizava demais. Antes de tocar nos interesses centrais, Afonso naturalmente a colocaria em primeiro lugar.Mas assim que se tratava do Grupo Silva como um todo, Afonso não hesitaria em abandoná-la.Ela estava com Afonso há três anos e entendia isso, mas Débora, aparentemente, não entendia, provavelmente pensando que, sendo o primeiro amor, teria um lugar especial no coração de Afonso, que ninguém mais poderia tocar nessa linha de fundo, ela seria uma exceção.Mas a verdade provou que não havia exceções.Pensando nisso, ela involuntariamente olhou para Daniel.Por que Afonso priorizaria os interesses do Grupo Silva, enquanto Daniel estava disposto a arriscar tu
Beatriz lentamente retirou o pé: — Você se desculpou, mas eu nunca vou te perdoar. Débora, lembre-se, este homem não é sobre uma luta até a morte entre mim e você; ele é o lixo que eu não quis e joguei para você.— Beatriz! — Afonso apertou os punhos. Se não fosse por Daniel estar ali, provavelmente ele já teria perdido a paciência.— Ah, ainda não te dei os parabéns no casamento, não é? Afonso, desejo que você seja infértil, mas com muitos descendentes. Débora, felicidades no seu segundo casamento, e já deixo meus votos para o terceiro e quartos casamentos!Afonso finalmente perdeu a paciência, jogando seu café com força. Daniel, já prevenido, puxou Beatriz para seus braços.Ela, pega de surpresa, não se manteve firme, mas felizmente caiu nos braços de Daniel, evitando uma queda.Ainda assim, algumas gotas atingiram o dorso de sua mão, deixando a pele delicada rapidamente avermelhada, mas, felizmente, sem maiores danos.Daniel, com os olhos perigosamente estreitos, estava prestes a co
Ouvindo isso, Daniel começou a desabotoar seu pijama...Por baixo, ela vestia apenas lingerie de renda branca pura.Ele aplicou álcool nas articulações para dissipar o calor. Depois de aplicar na frente, ela se deitou, se sentindo preguiçosa e sem se importar com a vergonha.Sua mente estava quase desligando, incapaz de se preocupar com mais nada.Ele também aplicou um pouco nas suas costas. Era frio e confortável.De repente, ele parou seus movimentos, acariciando gentilmente uma cicatriz ao lado da coluna dela.— De onde veio isso? — ele perguntou baixinho.Beatriz, um pouco atordoada, pensou por um momento: — Acho que... foi quando eu era criança.— Como aconteceu?— Não me lembro. Eu bati a cabeça quando era pequena, não me lembro do que aconteceu naquele ano. Minha mãe disse que eu era travessa, caí de um lugar alto, bati a cabeça... e fui cortada por alguma chapa de metal nas costas. O médico disse que se fosse um pouco mais para o lado, poderia ter lesionado a coluna, e eu poder
O líquido amargo deslizou goela abaixo rapidamente. Ela tossiu por reflexo, as lágrimas quase saindo, parecendo ainda mais miserável.Daniel então tomou outro gole, usando este método, habilmente forçou a abertura da mandíbula e lentamente passou o remédio.Meio delirante, Beatriz não pôde deixar de murmurar. — Tão amargo...Depois de Daniel terminar de dar o remédio e gentilmente limpar, até que o gosto na boca dela desaparecesse. Finalmente, o remédio foi dado, e a febre alta pela manhã finalmente diminuiu, mas ela ainda não tinha acordado.O tempo foi passando, segundo a segundo, e havia outro medicamento a ser tomado antes do café da manhã. Ele usou o mesmo método para lentamente administrá-lo.Desta vez, Beatriz estava mais consciente, sentindo alguém segurando seus lábios, um líquido quente fluindo lentamente em sua boca.Ela franziu a testa instintivamente, abrindo os olhos confusamente, caindo nos olhos profundos de Daniel. Ela os observou atentamente.Daniel continuou a admini