Naquele instante, a palavra ‘segurança’ parecia se materializar, e era Daniel.Beatriz sentiu seu coração apertar, esqueceu-se de respirar. Ela pensou que Daniel teria ido para o grupo, ou que se não tivesse ido, não estaria apenas esperando na porta.Jamais imaginou que ele estaria ali, esperando por sua decisão. Ela não conseguiu se conter e avançou, abraçando-o fortemente.As mãos de Daniel, que estavam ao lado do corpo, hesitaram por um longo tempo antes de finalmente acariciar suas costas de forma rígida.— O que foi? — Ele perguntou suavemente.— Eu decidi... — Ela fechou os olhos e expirou profundamente.— Eu não vou tornar público... Vou dar a esse casal uma chance de escapar!Originalmente, ela estava determinada, querendo destruir tudo junto. Ela não temia seguir esse caminho até o fim, sem se preocupar com as consequências, estava pronta para tudo.Mas agora, vendo Daniel naquele momento, ela de repente sentiu que não deveria ser tão egoísta, deveria considerar ele também.E
Se não fosse pela estupidez de Débora, nada disso teria acontecido. Bastava se desculpar publicamente, mas ela teve que revelar algo tão íntimo sobre Beatriz, tornando a situação irreversível.Agora, com Débora se desculpando publicamente e Afonso sabendo que estava errado, eles concordaram. Mas ajoelhar-se era demais.Débora agora era a legítima Sra. Silva, ajoelhar-se em público seria uma humilhação.— Isso é impossível. — Afonso recusou categoricamente.Beatriz não se surpreendeu com isso, afinal, um casal é uma unidade, compartilhando a glória e a vergonha juntos.— Então não temos mais nada a discutir, prepare-se para a derrota de ambos.— Beatriz, você realmente não está pensando em si mesma? Não teme pela sua reputação?— Você deveria se preocupar com a sua própria reputação. Para dar uma festa de aniversário para sua amante, você permitiu que sua namorada atual fosse violada. — Ela disse com desdém, deixando Afonso sem palavras.— De qualquer forma, ajoelhar-se em público está
Beatriz apenas o olhou indiferente por um momento antes de desviar o olhar. Débora estava com uma expressão muito interessante agora, e ela não queria perder isso.Débora estava pálida como papel, seus lábios sem cor, olhando fixamente para Afonso, incapaz de se recuperar.Ela achou isso um pouco engraçado.Débora realmente se valorizava demais. Antes de tocar nos interesses centrais, Afonso naturalmente a colocaria em primeiro lugar.Mas assim que se tratava do Grupo Silva como um todo, Afonso não hesitaria em abandoná-la.Ela estava com Afonso há três anos e entendia isso, mas Débora, aparentemente, não entendia, provavelmente pensando que, sendo o primeiro amor, teria um lugar especial no coração de Afonso, que ninguém mais poderia tocar nessa linha de fundo, ela seria uma exceção.Mas a verdade provou que não havia exceções.Pensando nisso, ela involuntariamente olhou para Daniel.Por que Afonso priorizaria os interesses do Grupo Silva, enquanto Daniel estava disposto a arriscar tu
Beatriz lentamente retirou o pé: — Você se desculpou, mas eu nunca vou te perdoar. Débora, lembre-se, este homem não é sobre uma luta até a morte entre mim e você; ele é o lixo que eu não quis e joguei para você.— Beatriz! — Afonso apertou os punhos. Se não fosse por Daniel estar ali, provavelmente ele já teria perdido a paciência.— Ah, ainda não te dei os parabéns no casamento, não é? Afonso, desejo que você seja infértil, mas com muitos descendentes. Débora, felicidades no seu segundo casamento, e já deixo meus votos para o terceiro e quartos casamentos!Afonso finalmente perdeu a paciência, jogando seu café com força. Daniel, já prevenido, puxou Beatriz para seus braços.Ela, pega de surpresa, não se manteve firme, mas felizmente caiu nos braços de Daniel, evitando uma queda.Ainda assim, algumas gotas atingiram o dorso de sua mão, deixando a pele delicada rapidamente avermelhada, mas, felizmente, sem maiores danos.Daniel, com os olhos perigosamente estreitos, estava prestes a co
Ouvindo isso, Daniel começou a desabotoar seu pijama...Por baixo, ela vestia apenas lingerie de renda branca pura.Ele aplicou álcool nas articulações para dissipar o calor. Depois de aplicar na frente, ela se deitou, se sentindo preguiçosa e sem se importar com a vergonha.Sua mente estava quase desligando, incapaz de se preocupar com mais nada.Ele também aplicou um pouco nas suas costas. Era frio e confortável.De repente, ele parou seus movimentos, acariciando gentilmente uma cicatriz ao lado da coluna dela.— De onde veio isso? — ele perguntou baixinho.Beatriz, um pouco atordoada, pensou por um momento: — Acho que... foi quando eu era criança.— Como aconteceu?— Não me lembro. Eu bati a cabeça quando era pequena, não me lembro do que aconteceu naquele ano. Minha mãe disse que eu era travessa, caí de um lugar alto, bati a cabeça... e fui cortada por alguma chapa de metal nas costas. O médico disse que se fosse um pouco mais para o lado, poderia ter lesionado a coluna, e eu poder
O líquido amargo deslizou goela abaixo rapidamente. Ela tossiu por reflexo, as lágrimas quase saindo, parecendo ainda mais miserável.Daniel então tomou outro gole, usando este método, habilmente forçou a abertura da mandíbula e lentamente passou o remédio.Meio delirante, Beatriz não pôde deixar de murmurar. — Tão amargo...Depois de Daniel terminar de dar o remédio e gentilmente limpar, até que o gosto na boca dela desaparecesse. Finalmente, o remédio foi dado, e a febre alta pela manhã finalmente diminuiu, mas ela ainda não tinha acordado.O tempo foi passando, segundo a segundo, e havia outro medicamento a ser tomado antes do café da manhã. Ele usou o mesmo método para lentamente administrá-lo.Desta vez, Beatriz estava mais consciente, sentindo alguém segurando seus lábios, um líquido quente fluindo lentamente em sua boca.Ela franziu a testa instintivamente, abrindo os olhos confusamente, caindo nos olhos profundos de Daniel. Ela os observou atentamente.Daniel continuou a admini
Daniel enrolava seu cabelo, dando-lhe cachos nas pontas, que combinados com seu vestido azul a deixavam ainda mais sofisticada e elegante, somado a sua beleza inquestionável, ela estava simplesmente perfeita.Ele se concentrou em fazer o penteado, escolhendo um par de brincos de pérola para ela. Mesmo sem maquiagem e um pouco pálida, ela estava linda.— Bruna foi criada comigo, ela sempre gostou de mexer em seu próprio cabelo, mas como não tem jeito para isso, sempre acabava me pedindo ajuda. Com o tempo, acabei aprendendo.— Entendi.Beatriz sentiu um amargor inexplicável ao ouvir isso.Logo, o maquiador chegou, aplicando a maquiagem e o batom, o que melhorou significativamente sua aparência.Como ela estava fraca, Daniel providenciou uma cadeira de rodas para ela. Ao descerem, ele a carregou nos braços. Bruna também os acompanhou.— Irmão, sendo você um homem, tem algumas inconveniências, o que faremos se a cunhada precisar usar o banheiro?Daniel ponderou sobre isso, reconhecendo a
Naquele momento, Bruna tinha os olhos repletos de pânico, mas rapidamente se recompôs.Era surpreendente que Beatriz soubesse de sua origem, mas além de sua própria família, ninguém mais estava a par.Daniel não queria que ninguém soubesse que ela era adotada. Se a notícia se espalhasse, certamente haveria quem falasse mal sobre a origem de Bruna, temendo que isso afetasse sua saúde mental.Portanto, ela era a filha da família Dias.Essa era também a razão pela qual ela gostava de Daniel, mas não podia expressar seus sentimentos.Ela tinha certeza de que Daniel não contaria a Beatriz. Assim, Beatriz não passava de uma faladeira, e ela não podia ser enganada por suas palavras.Bruna rapidamente se estabilizou. — Cunhada, o que você está dizendo? Eu sou a irmã de sangue dele, ele naturalmente cuidará de mim por toda a vida. Mas com você é diferente, se um dia vocês se divorciarem, quem sabe o que pode acontecer?Enquanto conversavam, alguns estranhos invadiram o banheiro.— Quem são você