Afonso percebeu isso e se sentiu profundamente perturbado. Ele não queria esse resultado de maneira alguma.Por que ela não podia ser como a Débora, que após terminar o relacionamento, foi para o exterior e, mesmo casando-se com outro, ainda mantinha seu coração e seus olhos voltados para si mesmo?Débora frequentemente ligava, chorando, dizendo o quanto ainda o amava e o quanto detestava o toque do seu atual marido. Dizia sentir-se suja e que, se não fosse pelo desejo de vê-lo mais uma vez, preferiria estar morta.Ele, incapaz de suportar tal dor, foi ao encontro de Débora. Após vê-lo, ela, satisfeita, tentou suicidar-se no mar. Felizmente, ele percebeu a tempo e conseguiu salvá-la.Na praia, trocaram olhares intensos, que logo se transformaram em um amor ardente e, contra todos os princípios morais, se entregaram um ao outro.Ele achava que o tormento emocional de Débora era justificado. Por que Beatriz não podia ser assim?Ele sentia que Beatriz havia perdido o controle. A doce meni
No entanto, não só não houve adiamento, como o casamento foi adiantado. As pessoas comentavam que apenas após enfrentar a morte é que se percebe o verdadeiro valor do ser amado.Beatriz, ao ver tais comentários, pensava que Afonso estava por trás de tudo, criando uma imagem de si mesmo como um homem profundamente apaixonado.Na verdade, ele era o homem mais hipócrita e infiel do mundo.Beatriz também se beneficiou dessa situação. Ela não precisava mais suportar o desgosto de desenhar o vestido de noiva para Débora e ainda ganhava uma boa quantidade de dinheiro.Mas havia desvantagens, como o fato de que as pessoas não sabiam que ela havia desenhado o vestido de noiva para Débora, perdendo uma oportunidade de aumentar sua fama.Mas isso não importava. Afonso havia lhe dado cinquenta milhões, uma quantia que exigiria inúmeros pedidos para acumular. Então, no final das contas, ela não perdia nada.Além disso, o Grupo Silva também vai colaborar com o Grupo Dias.Anteriormente, o Grupo Silv
Beatriz já estava preparada, desde que soube do casamento, ela começou a desenhar seu próprio vestido.Ela adorava vermelho, vibrante e luminoso. Um corte único, caimento perfeito, uma saia sereia que abraçava as curvas e um decote profundo nas costas, exibindo sua pele.Ela também reservou um estilista caríssimo, mudando completamente seu estilo usual para algo mais ousado. O vestido precisava de alguns ajustes, então ela o levou para casa.Após apertar um pouco a cintura, estava perfeito. Ela experimentou e ficou muito satisfeita. Foi nesse momento que Daniel bateu na porta e entrou.Ela precisava da opinião de alguém.— O que você acha? Está bonito?Ela andou alguns passos, e a cada passo, o tecido do vestido ondulava graciosamente, como se florescessem lírios a cada passo.Daniel assentiu, sinalizando aprovação, mas quando ela se virou, ele viu a extensão do decote nas costas e franziu o cenho imediatamente.— Não está bonito. — Ele negou categoricamente.— Ah? Não está bonito?Ela
Parecia que a temperatura do quarto também estava caindo lentamente. Ela se sentia tão observada que mal conseguia respirar.— Você quer tanto ir, e se arrumar tão bem, é para Afonso ver, não é?— Hm?Beatriz finalmente entendeu por que ele estava tão irritado, pensando que ela estava se arrumando para outro homem.Espera, ele estava com ciúmes?— Você está parecendo realmente ciumento. — Ela perguntou cautelosamente.Ao ouvir isso, Daniel franziu a testa severamente, com uma voz áspera: — Você está pensando demais, você agora é a Sra. Dias, vestir-se assim para chamar a atenção do ex-namorado, onde isso me deixa? Beatriz, não exagere, minha paciência com você também tem limites.— Tudo bem, e se eu adicionar um xale, pode ser? — Ela fez uma concessão.— Você realmente tem que ir? — Sua voz estava rouca.Quer testemunhar o casamento dele?— Ele não te ama, e você aceita sem ressentimentos? Ainda quer ir desesperadamente ao casamento dele?Ele achava que Beatriz sofreria, especialmente
Naquele momento, o telefone de Débora tocou, era a pessoa encarregada de buscar alguém no aeroporto. Nara disse que chegaria hoje na Capital, e ela já havia enviado alguém para buscá-la.— Como está indo, o convidado especial foi recebido? Espero que não haja nenhum imprevisto.— Senhora, esperamos por muito tempo, mas Desenhista Nara não apareceu, e como não temos uma foto, fica difícil de encontrá-la.— Vocês levaram uma placa com o nome?— Levamos, até cansamos de segurar, mas não vimos ninguém.Ouvindo isso, Débora se sentiu inquieta e imediatamente tentou entrar em contato com Nara, mas não obteve resposta. Esperava que nada desse errado hoje.Hoje era o dia em que ela se orgulhava mais, humilhar Beatriz e vê-la sem chances de reverter a situação era extremamente gratificante.Nenhum outro momento poderia superar o impacto deste dia.Ela enviou mais algumas mensagens, mas continuou sem resposta, até que o estilista sussurrou em seu ouvido.— Beatriz veio me ver? O que ela quer aqu
— Como você pode ser tão inconstante? — Beatriz franziu a testa, fingindo estar irritada.— Nós assinamos algum contrato? Temos testemunhas? Com que base você diz que estou sendo inconstante? Eu te digo, o desafio continua!— O que você ganha continuando? Você também não conseguiu trazer ninguém, um empate não me faria parecer tão mal.— Isso é diferente.— Você quer dizer... que conseguiu convidar alguém? Isso é impossível...Beatriz exagerou na atuação, mostrando-se ansiosa e com medo, implorando novamente para Débora cancelar a aposta. Ao ver a reação dela, Débora ficou ainda menos inclinada a cancelar.Ela ajustou sua saia com um ar de superioridade: — Ainda preciso me arrumar, não tenho tempo para ficar aqui te ouvindo me implorar.Ela chamou de volta seus maquiadores.— Pode ir, vou me maquiar agora.— Débora... eu não acredito que você realmente conseguiu convidar alguém! — Ela lançou essa fala antes de se virar para sair.Beatriz deixou o camarim, soltando um suspiro de alívio.
Beatriz sentiu um arrepio por todo o corpo, uma sensação indescritível de formigamento e dor, deixando seus olhos marejados de lágrimas. Seus ouvidos ficaram vermelhos, as bochechas quentes, e seus olhos nublados.Ela pediu em um sussurro: — Pare... isso dói... Daniel, me solte.Daniel, percebendo sua dor, pareceu relutante, afrouxando o aperto e mudando para a ponta da língua. Ela quase desabou, mas foi prontamente segurada por ele pela cintura.Ele sabia o que estava fazendo? Ele estava louco, como poderia encurralá-la no corredor de segurança e fazer essas coisas loucas e vergonhosas!Ela mordeu os lábios com força, evitando fazer qualquer som que pudesse envergonhá-la ainda mais. Sua mente estava um caos, lutando para manter a razão, tentando controlar-se para não gritar.Foi então que Daniel sussurrou em seu ouvido, com a voz rouca. — Você tem medo que o Afonso ouça?— Ah? — Ela respondeu confusa, apenas então percebendo que o quarto de Afonso ficava exatamente em frente à porta d
Daniel ficou parado, seu desejo foi extinguido como se tivesse sido jogado um balde de água fria do cabeça aos pés.— Você foi procurar a Débora? — Sua voz teve uma pausa, soando um pouco desconfortável.Beatriz queria morrer naquele momento.Esse idiota! Se não fosse por causa do casamento mais tarde, ela realmente teria gostado de dar um tapa nele.Embora agora fossem marido e mulher, Daniel se machucar implicaria em uma má aparência para a dignidade dela, talvez até mesmo sujeitando-a às zombarias de Afonso e Débora, razão pela qual ela se conteve.— Me coloque no chão! — Ela disse, após recuperar suas forças e conseguir caminhar sozinha.Ela reprimiu sua raiva, parecendo uma pequena fera furiosa. — Desculpe, vou te ajudar a arrumar a roupa.Daniel, ciente de seu erro, não a soltou, mas a levou para o descanso. Ela correu para o banheiro, tentando ajustar o enchimento do sutiã e amarrar as alças do vestido.Retirando o blazer, ela viu seu reflexo desalinhado no espelho.O vestido es