— Se fosse eu que tivesse ofendido Débora, e Afonso pedisse que eu me desculpasse, mesmo que tivesse que me ajoelhar para pedir desculpas, pela empresa, pelo meu irmão, eu faria!— Fique tranquila, se esse dia chegar, também vou te proteger, não vou deixar ninguém te intimidar. A pessoa que eu quiser proteger, mesmo que o céu desabe, eu vou proteger. — Daniel falou sem sequer levantar os olhos, suas palavras saíram espontaneamente.O coração de Bruna batia forte. Então, ela era tão importante assim no coração de seu irmão! Mas por que Beatriz, aquela mulher, teria o mesmo tratamento que ela?— Irmão...Bruna ainda queria falar algo mais, mas foi interrompida por Daniel. — Sai daqui, não me perturbe, estou ocupado.— E sobre pedir desculpas…— A menos que eu esteja morto, isso jamais acontecerá. — A voz de Daniel era fria e cortante.Bruna sabia de sua determinação e só pôde sair desapontada.Beatriz desta vez não conseguiu sair a tempo e foi pega por Bruna.Ela ouviu as palavras de Dan
Ele riu debochadamente antes mesmo dela falar, com desdém e escárnio, como se estivesse certo de que ela ligaria.— Senhorita Rocha, ao que devo o prazer? — Sua fala era sarcástica.— Então você quer que eu peça desculpas, certo? Eu peço desculpas…— Sério? Você acha que é só ligar e dizer umas palavrinhas de desculpa, sem mais nem menos? Eu quero que você venha e se ajoelhe para pedir desculpas a Débora, e que ela te devolva dez tapas para acalmar minha raiva.— Então você está com raiva de mim por ter batido em Débora ou por ter te enganado?Afonso ficou em silêncio.— Afonso, eu já tinha te dito que tinha um namorado, você que não acreditou. Eu também disse que desejava felicidades a você e Débora, você que estava confiante demais, achando que eu estava jogando um jogo de conquista. Você podia aceitar eu ser amante de Daniel, você achava que eu estava me rebaixando. Mas ser esposa dele não pode, porque a família de Daniel é influente, e você não tem mais direito de ter pena de mim,
— Você está mentindo, você fez isso para se vingar de mim! — Afonso gritou, claramente à beira do colapso.Beatriz olhou para ele como se estivesse observando um palhaço performático. Ele estava fazendo esse espetáculo para quem, afinal?Homens, que criaturas estranhas. Alguns, após o divórcio, ainda pensam que suas ex-esposas lhes pertencem. Que tolice.— Eu não quero falar sobre isso contigo. Quando devo ir me desculpar?— Agora, venha imediatamente para a Vila Silva! — ele rugiu.— Está bem, é melhor você cumprir sua palavra.Desta vez, Beatriz foi mais esperta, temendo que ele voltasse atrás em sua palavra, preparou um contrato, com tudo claramente estabelecido no papel, para evitar que ele depois negasse ou tentasse usar o incidente como uma desculpa para atacar o Grupo Dias.Ela chegou à Vila Silva e viu Afonso descendo ao seu encontro.— Débora está onde? — ela perguntou, confusa.— Ela está lá em cima, vá procurá-la no quarto principal, você sabe onde é.Afinal, ela havia vivid
Beatriz recuou tanto quanto pôde, suas mãos amarradas limitando seus movimentos de luta. Ela estava furiosa e aflita.— Afonso, se você ousar me tocar, eu juro que te mato!Afonso riu ao ouvir isso. — Você está com medo? Medo de que, depois que eu fizer o que quero, Daniel te despreze?— Não, ele não me desprezaria!— É mesmo? Ser violada antes do casamento é uma coisa, mas depois é outra completamente diferente. Os homens podem ignorar o passado de uma mulher antes do casamento, mas depois, nem tanto.Assim como ele, não importava se Débora era casada antes. Contanto que ela fosse completamente dele após o casamento. Todos os homens são assim, ele não acredita que Daniel seja diferente.— Afonso! Não faça besteira, senão eu vou fazer sua vida um inferno. Eu vou contar para Débora...— Eu vou dizer que foi você quem me seduziu.— Você... como você pode se tornar isso?Beatriz estava chocada, Afonso já foi uma pessoa tão boa, mas agora se tornou sinistro e assustador.— Foi você quem me
— O que você acha? Homem e mulher sozinhos em um quarto, o que você diz que eu fiz?— Vou te matar.Daniel acertou Afonso com golpes fortes, fazendo-o cuspir um bom tanto de sangue.Os empregados, assustados, correram para intervir, não podiam simplesmente assistir Afonso ser morto.Alguém, em um momento de clareza, sugeriu, — Sr. Daniel, talvez você devesse ver a Srta. Rocha primeiro.Ao ouvir isso, o coração de Daniel tremeu.Beatriz, Beatriz... ele repetia o nome dela em sua mente enquanto corria para o segundo andar.Ele arrombou quantas portas fosse necessário, procurando de quarto em quarto, até encontrar o quarto principal. A porta estava trancada por dentro.Frustrado, chutou a porta várias vezes até a fechadura ceder.Entrou e viu uma pequena figura à beira do parapeito da varanda, prestes a cair.O primeiro andar era um vão livre, e da varanda até o chão havia mais de quatro metros. Uma queda daquela altura poderia resultar em fraturas graves, ou pior, lesões em nervos vitais
Ao ouvir isso, Beatriz sentiu seu coração tremer violentamente.O que ele quis dizer com isso? Ele apenas a mordeu algumas vezes, era para tanto? Até para estar envolvido todos os dias?Beatriz rapidamente se deu conta e ficou paralisada. Ela olhou para Daniel, tremendo, justamente quando ele também olhava para ela.Os olhares de ambos se encontraram no meio do ar, e ela imediatamente entendeu que Daniel havia entendido errado. Ela rapidamente tentou explicar: — Não... não é isso, nada aconteceu entre nós, Daniel... você tem que acreditar em mim.— kkkkkk... — Afonso riu. — Daniel, olha só, ela está tão desesperada para te agradar que até inventa essas mentiras.Daniel ficou com uma expressão sombria, sem dizer uma palavra, e a levou até o carro. O capô estava amassado, era difícil imaginar o quão desesperado Daniel estava, a ponto de usar o carro para arrombar o portão de ferro.Ele abriu a porta do carro, acomodou-a no assento do passageiro e até mesmo se deu ao trabalho de apertar o
— Daniel! Pare de bater! — Ela segurou firmemente o braço dele.— Me solte! — Sua voz era rouca e profunda, com uma autoridade inabalável.— Não solto! — Beatriz falou com firmeza: — Se você quer matá-lo, terá que me matar primeiro!Para acalmar Daniel, ela arriscou tudo. E, de fato, suas palavras o fizeram parar. Ele a olhou com uma expressão sombria e complexa.Ele não disse nada, apenas se levantou e saiu.Afonso continuava tossindo, cuspindo sangue que manchava suas mãos.— O que vocês estão esperando? Levem-no ao hospital!Ninguém ousava chamar a polícia naquela noite. Daniel ter batido em Afonso até deixá-lo quase morto era verdade, mas também era verdade que Afonso tentou cometer um estupro.Mesmo que não tenha conseguido, ainda conta como tentativa de estupro.Enquanto Beatriz observava a figura de Daniel desaparecendo, ela estava ansiosa para segui-lo, mas Afonso subitamente agarrou a barra de sua roupa.Ele a olhou com determinação, apesar da dor extrema e da fraqueza, ainda
Esse beijo tornou-se incontrolável.As mãos de Daniel começaram a se mover de forma imprópria, levantando a barra de sua roupa e tocando-a diretamente. Beatriz percebeu que não se opunha a estar perto dele, mas... certamente não sob essas circunstâncias confusas.Ela se debateu com força: — Daniel, o que você acha que eu sou! Agora, você é diferente de Afonso em quê?Ela gritou, sentindo-se extremamente injustiçada, com lágrimas nos olhos. Daniel ficou rígido ao ouvir isso, seu coração doendo como se estivesse sendo cortado.Ele não deveria ser o agressor! Ele rapidamente voltou ao seu assento e abriu a janela para deixar o vento da noite soprar.Beatriz, se sentindo indefesa, ajustou suas roupas, cobrindo seu corpo exposto.— Desculpe. — Após um longo tempo, Daniel finalmente falou. — Fui eu quem perdeu o controle, não deveria ter agido assim com você!— Então, você sempre pensou isso de mim, não importa o quanto eu diga que não amo Afonso, você sempre acha que estou mentindo, que ain