— Daniel! Pare de bater! — Ela segurou firmemente o braço dele.— Me solte! — Sua voz era rouca e profunda, com uma autoridade inabalável.— Não solto! — Beatriz falou com firmeza: — Se você quer matá-lo, terá que me matar primeiro!Para acalmar Daniel, ela arriscou tudo. E, de fato, suas palavras o fizeram parar. Ele a olhou com uma expressão sombria e complexa.Ele não disse nada, apenas se levantou e saiu.Afonso continuava tossindo, cuspindo sangue que manchava suas mãos.— O que vocês estão esperando? Levem-no ao hospital!Ninguém ousava chamar a polícia naquela noite. Daniel ter batido em Afonso até deixá-lo quase morto era verdade, mas também era verdade que Afonso tentou cometer um estupro.Mesmo que não tenha conseguido, ainda conta como tentativa de estupro.Enquanto Beatriz observava a figura de Daniel desaparecendo, ela estava ansiosa para segui-lo, mas Afonso subitamente agarrou a barra de sua roupa.Ele a olhou com determinação, apesar da dor extrema e da fraqueza, ainda
Esse beijo tornou-se incontrolável.As mãos de Daniel começaram a se mover de forma imprópria, levantando a barra de sua roupa e tocando-a diretamente. Beatriz percebeu que não se opunha a estar perto dele, mas... certamente não sob essas circunstâncias confusas.Ela se debateu com força: — Daniel, o que você acha que eu sou! Agora, você é diferente de Afonso em quê?Ela gritou, sentindo-se extremamente injustiçada, com lágrimas nos olhos. Daniel ficou rígido ao ouvir isso, seu coração doendo como se estivesse sendo cortado.Ele não deveria ser o agressor! Ele rapidamente voltou ao seu assento e abriu a janela para deixar o vento da noite soprar.Beatriz, se sentindo indefesa, ajustou suas roupas, cobrindo seu corpo exposto.— Desculpe. — Após um longo tempo, Daniel finalmente falou. — Fui eu quem perdeu o controle, não deveria ter agido assim com você!— Então, você sempre pensou isso de mim, não importa o quanto eu diga que não amo Afonso, você sempre acha que estou mentindo, que ain
— Quantas vezes eu preciso dizer para você entender que eu realmente não amo mais o Afonso. Eu o odeio, eu não o suporto! Você precisa encontrar um jeito, me ajudar a me livrar disso, por favor, eu imploro, eu imploro...Beatriz estava prestes a ter um colapso nervoso.— Você realmente quer se livrar dele? — Daniel segurou seus ombros, olhando profundamente em seus olhos, com um olhar ardente como fogo.Beatriz assentiu com força.— Feche os olhos. — Essas palavras pareciam ter um poder mágico, e ela obedientemente fechou os olhos.Nesse momento, o que se apresentava diante de Daniel era um corpo perfeito. Em seu coração, Beatriz era pura, intocada pela sujeira.Se ele tivesse qualquer pensamento indecente agora, seria uma falta de respeito para com ela.Ele observou as marcas de mordidas em seu pescoço e lentamente se inclinou para frente, cobrindo-as com seus lábios. A ponta de sua língua quente e úmida gentilmente circulava sobre elas.Beatriz estremeceu, inicialmente sentindo um po
Ao ouvir isso, Beatriz segurou a cabeça, sentindo-se exausta.— É isso aí.— Isso é um grande prejuízo, esse tipo de situação, não importa como você explique, sempre haverá suspeitas. Esse Afonso realmente não é um homem de verdade, te deixou numa situação difícil.— Eu também não sabia que ele seria tão obsessivo.— Mas pensando bem, Daniel é tão tolerante assim? Ele acha que você o traiu, e ainda consegue te aceitar?Ao ouvir isso, Beatriz suspirou: — O que mais poderia ser, ele não tem sentimentos por mim, somos apenas um casamento de conveniência, o que ele poderia se importar. Eu te digo, mesmo se eu ficasse nua na frente dele, ele não se mexeria.— Como ele pode suportar? Nossa Bia é tão linda e tem um corpo maravilhoso, como ele pode resistir?Franciely estava um pouco desequilibrada. Se ela fosse um homem, acordaria sorrindo de seus sonhos.— Quem sabe? De qualquer forma, eu confio nele completamente.Nesse momento, ouviu-se uma batida na porta. — Hora de trocar os curativos.B
— Analgésicos, acabaram.— Vou pedir ao médico para trazer alguns.Ele pegou o celular para ligar, mas ela o impediu.— Não precisa, é muito tarde, o médico também precisa descansar, não vale a pena por causa de um pouco de analgésico. Eu vou à farmácia amanhã e compro.Uma noite só, não era como se ela não pudesse aguentar.— Dói muito?Beatriz, não querendo que ele se sentisse culpado, mentiu: — Não é tão ruim...Enquanto falava, Daniel de repente levantou a mão, tocando levemente sua ferida. Havia uma camada de gaze, ele tocou muito suavemente, mas ela ainda se contorceu de dor.Dói demais!Vendo-a assim, Daniel franzia a testa.— Tem outro tipo de analgésico, você quer tentar?— Tem? Onde? Qualquer um serve, contanto que alivie a dor. — Ela perguntou ansiosamente.Ouvindo isso, Daniel deu um passo à frente, uma mão segurando a nuca dela, a outra apertando sua cintura, puxando-a para si.Ela arregalou os olhos, ainda sem reagir, quando seus lábios finos cobriram os dela. A ponta da
— Fui comprar, dirigir é muito fácil.— É só que eu não queria incomodar ninguém, por isso...— Eu não sou um estranho, e não me importo de ser incomodado. Tome o medicamento e tente dormir logo.Ele também trouxe um copo de água morna, o que aqueceu o coração de Beatriz.Daniel era extremamente atencioso e tratava-a incrivelmente bem, mas tudo isso se baseava no fato de ela ser a Sra. Dias, sua esposa legalmente reconhecida, tendo ele o direito e o dever de cuidar bem dela.Daniel era um homem de princípios legais e morais elevados. Por isso agia assim.Talvez ele não percebesse, mas ela realmente lutava contra a tentação de se entregar.Quem poderia recusar um homem que a salvou do abismo, que lhe deu dignidade e respeito? Sempre aparecendo como um anjo salvador nos momentos de crise que ela precisava?As mulheres são assim, confundindo sentimentos com gratidão, mas o que mais poderiam fazer? As mulheres são seres emocionais.Mesmo sabendo que Daniel tinha Bruna em seu coração, e sab
— Você está tão ferido, devemos adiar nosso casamento?— Não precisa, o médico disse que até lá eu poderei andar. Desde que eu não beba álcool, não haverá problema.Ouvindo isso, Débora imediatamente se sentiu aliviada, ela estava ansiosa para se tornar a legítima Sra. Silva, e seu desejo estava prestes a se realizar.— Como está indo a confecção do vestido de noiva?Débora sentia que nenhum designer de sua equipe estava à altura de criar seu vestido de noiva, ela queria que Desenhista Nara fizesse o design, mas para sua surpresa, Afonso disse que já havia escolhido um designer e que ela não deveria se preocupar.Ela queria dizer algo, mas Afonso já havia decidido, então ela não insistiu.— Vou checar, não se preocupe, eu vou fazer de você a noiva mais deslumbrante do mundo. — Afonso apertou sua mão firmemente.Débora sorriu timidamente.Débora saiu para pegar algo para ele, deixando Afonso sozinho. Com relutância, ele pegou o celular e contatou Beatriz, usando a desculpa de que precis
No fim das contas, Afonso não conseguia aceitar que ela tivesse retirado seu afeto tão rapidamente, tratando-o como se ele não existisse.Beatriz tinha certeza que, no fundo, ela não significava tanto para ele quanto Débora, mas o que se tinha e o que não se tinha eram duas coisas diferentes.Era apenas o orgulho de Afonso falando, uma insatisfação interna que o levava a agir assim com ela.Beatriz tinha uma clara percepção desse relacionamento; se ela se voltasse para ele, Afonso apenas a acharia fácil demais e perderia o interesse.Ela o enfrentou calmamente, soltando seus dedos um a um, sentindo uma satisfação interna. Mas ela não podia expressar isso.Para Afonso, ódio e amor tinham o mesmo peso no coração; só se odiava alguém que importava.Não o amar, nem o odiar, era a maior dor para ele. Mesmo que odiasse ou ressentisse, ela tinha que se manter calma naquele momento.— Sr. Silva, você entendeu errado. Eu já não te amo mais, espero que você e Débora tenham uma boa vida juntos. N