Amante Substituta se Tornou Esposa do Amigo
Amante Substituta se Tornou Esposa do Amigo
Por: Susana Almeida
Capítulo 0001
Uma mulher nas mãos de sequestradores, qual será o seu destino? Beatriz Rocha estava vivenciando esse pesadelo. Aquele grupo queria transformá-la em uma prostituta.

Ela estava vendada e com a boca selada por fita adesiva, amarrada em um canto como um animal. Seu corpo estava coberto de cicatrizes, sem um pedaço de pele intacto. A corda que a prendia era curta, tinha menos de um metro. Se ela se movesse um pouco mais para a frente, a corda apertaria seu pescoço. Várias vezes, Beatriz lutou inutilmente, ficando sem ar, o rosto roxo, a voz sufocada.

Ela não podia escapar...

Do lado de fora, ela ouvia os sequestradores xingando furiosamente. Eles tentaram violentá-la, mas ela reagiu mordendo a garganta de um deles. Se tivesse um pouco mais de força, teria quebrado sua traqueia, matando-o.

Por isso, Beatriz foi brutalmente espancada e amarrada ali. Drogada, sua resistência foi reduzida a quase nada.

De repente, lá fora, algo aconteceu. O barco em que estavam colidiu violentamente, e ela caiu ao chão de forma desajeitada.

O som de tiros ecoou.

Gritos de dor preencheram o ar.

Finalmente, tudo ficou quieto.

Um estrondo: a porta se abriu com um chute.

O som de botas no chão, pesado e lento.

Beatriz se encolheu, sabendo o que viria a seguir. Ela sabia que, em breve, perderia a consciência devido à droga, mas, mesmo assim, implorava a qualquer homem por salvação.

Não... não podia ser assim. Ela não podia trair Afonso Silva.

Foi então que arrancaram a fita da sua boca, e ela finalmente pôde falar.

— Não... não me toque! Senão... senão Afonso não vai te deixar em paz! Eu sou... sou a mulher do Afonso... ele já está a caminho, ele vai me salvar.

— Afonso Silva não virá.

A voz era grave e rouca, diferente dos sequestradores de antes.

Talvez esse fosse o líder deles.

— Não, ele virá. Ele não me deixaria para trás.

Beatriz lembrou do momento em que Afonso foi sequestrado, e ela veio sozinha com o resgate para salvá-lo. Os sequestradores disseram que o liberariam se ela ficasse em seu lugar. Para proteger seu amado, ela se colocou em perigo. Quando Afonso foi libertado, ele pediu que ela esperasse. Ele prometeu que voltaria com ajuda para salvá-la em segurança. Ele avisou os sequestradores que, se fizessem algo a ela, estariam declarando guerra à família Silva, e não descansariam até vingar-se. Assim, ela acreditava que Afonso viria, sem dúvida.

O líder dos sequestradores não disse nada, apenas reproduziu uma gravação.

— Afonso, admito minha derrota. Não acredito que Beatriz Rocha realmente se entregaria por você. Aqui estão os dez milhões da aposta, transferidos para você.

— Quem não sabe que Beatriz é a pessoa que ama Afonso mais! Afonso foi sequestrado, sim, mas quem disse que precisava dela para resgatá-lo? Essas pessoas nem ousariam tocar em Afonso.

— Pronto, hoje é o aniversário de Débora, não vamos falar dela.

Era a voz de Afonso.

Tão agradável como sempre, cheia de um carinho infinito. Ela sempre achou que Afonso era gentil com ela, mas nada comparado a esse momento.

— Isso mesmo, hoje é o aniversário da minha cunhada. Afonso reservou todo o clube para a festa dela. Que amor profundo e leal.

— Afonso, você realmente não vai salvar a Srta. Rocha?

— Hoje é seu aniversário, não há pressa. Faça um pedido, seja o que for, eu realizarei para você.

— Eu quero ficar para sempre com você, Afonso.

Por um momento, pareceu que Afonso hesitou antes de responder com indulgência:

— Claro, eu não poderia desejar nada melhor.

Assim, tão desejável...

O corpo de Beatriz começou a esquentar, mas seu coração estava gelado. Rapidamente, ela se agarrou à esperança de que aquilo fosse apenas um áudio manipulado. Talvez fosse apenas um truque dos sequestradores para fazê-la se submeter. — É falso... tem que ser falso...

— Tola ao extremo.

A voz do líder dos sequestradores era gelada, em seguida, ele segurou seu queixo.

Quando o homem se aproximou, sua respiração tornou-se. Ela engoliu em seco, sentindo um vazio interior, uma necessidade instintiva por algo.— Você sabe o que eles te deram? Se nenhum homem te salvar, você morrerá.

— Morrer... melhor morrer do que trair Afonso.

— Se ele realmente te ama, mesmo que você não esteja mais pura, ele não suportaria te perder. Se não te ama, morrer por ele seria apenas desperdício de vida. Mas você só precisa ceder a mim, e eu te deixarei ir. Apenas eu, ninguém mais vai tocar me você. Pense bem. As mãos do homem deixaram o queixo dela, surpreendendo-a ao deslizar em direção ao colarinho rasgado de sua roupa. Beatriz já estava quase perdendo o controle, e com esse ato, ela não teve mais forças para resistir, muito menos para recusar. A razão a abandonou completamente. Ela nem sabia mais se queria viver ou se era apenas a loucura causada pela droga que não conseguia superar.

As cordas que a prendiam foram soltas, e o homem segurava seu corpo frágil. Suas pernas presas na cintura dele, enquanto ele a apoiava com suas mãos grandes mais profundo, um envolvimento mais completo. — Ah...

A invasão forçada rompeu sua última barreira de proteção.

— Virgem? Você não é a mulher do Afonso?

O homem estava claramente surpreso.

Talvez a dor tenha trazido um pouco de lucidez a Beatriz. Ao ouvir isso, ela se sentiu envergonhada. Para sobreviver, ela havia se entregado ao chefe dos sequestradores, e aquela era a sua primeira vez.

Mesmo que Afonso a perdoasse, ela não teria mais coragem para ficar ao lado dele.

Com esse pensamento, ela não conseguiu evitar seu choro. Inesperadamente, o homem inclinou-se para beijar suas lágrimas. — Relaxe, caso contrário, vai doer muito.

A voz do chefe dos sequestradores sussurrou ao pé de seu ouvido. Mesmo agora, Beatriz o odiava profundamente. Odiava por ter sido sequestrada, por ele ter tomado sua primeira vez e por tentar criar uma discórdia entre ela e Afonso. Assim que fosse resgatada, ela definitivamente faria de tudo para que ele pagasse por isso!

Com o ódio acumulado em seu coração, Beatriz mordeu fortemente o ombro dele. O gosto metálico do sangue se espalhou por sua boca, e o homem grunhiu de dor. Beatriz fechou os olhos, tensa, esperando pelo golpe dele. Mas ele não reagiu, apenas a possuía com ainda mais intensidade. Embora não pudesse vê-lo, Beatriz sentia que ele era alto e musculoso, com os músculos tensionados pelo esforço físico intenso. Ela sentia um pouco de medo ao perceber a força dele. Sendo apenas ele, deveria ser fácil de lidar, mas ela não esperava que esse ato durasse tanto. Ele a tomou várias vezes. Por um momento, ela não conseguiu distinguir quem realmente estava sob o efeito da droga, se era ela ou ele. No final, ela adormeceu, exausta.

Em seu sono, tudo o que ela podia sentir eram os movimentos dele, que quase a fizeram perder a vida.

Depois de dormir confusamente por um tempo, ela acordou novamente, ainda naquele navio. Agora, apenas ela estava no quarto, nua, mas com suas feridas tratadas e cobertas de medicamentos. Na mesa de cabeceira, Beatriz encontrou roupas limpas, exatamente do seu tamanho.

Quando ela terminou de se vestir e saiu da cabine, não viu ninguém, era como um navio fantasma.

Ela queria convencer a si mesma que era apenas um sonho, um pesadelo. Mas as marcas de dentes e beijos por todo o corpo, e o desconforto entre suas pernas, lembravam-na dolorosamente da realidade. Beatriz desembarcou e pegou um táxi na estrada.

Ela deveria voltar para casa e dar uma surpresa a Afonso, imaginando que ele deveria estar desesperado, tentando encontrar uma maneira de salvá-la.

Mas, por alguma razão, um endereço veio à sua mente.

— Motorista, para o Clube de Viena.
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