Nicole
Ademir parece gostar de nos ver acanhados, sem qualquer tipo de proteção.
— Pensei que fosse Afonso? — Otávio tenta manter uma conversa tranquila, mas sinto a raiva nas suas palavras.
— Foi fácil enganar todos vocês!
— Imagino que sim... Agora me diz, o que quer com a Nicole?
— Você faz perguntas demais. Por que não responde para ele Nicole?
— Para com isso, Ademir! Vamos embora! Essa família não fez nada a você. — Tento tomar a frente, mas Otávio me segura e fala:
— Você não vai sair daqui!
Ademir gargalha e meu sangue todo some d
NicoleEu o quero e quero muito, nunca me senti tão pronta, tão faminta por algo.Suas mãos estão por todos os lugares: me apertando, me alisando, me torturando. Ele desce deslizando pela lateral do meu corpo até chegar nas minhas coxas, toca a pele nua por baixo do vestido, subindo ousadamente até na bunda... aperta e me ergue, automaticamente minhas pernas abraçam a sua cintura.Com alguns passos ele se aproxima da cama e senta sem desgrudar os lábios dos meus, me deixando sobre ele, meu quadril se mexe sozinho buscando por alívio, se esfregando em sua ereção enlouquecidamente.Ele ergue a barra do vestido até sair pela minha cabeça, nos sep
OtávioEstou viciado em sua pele, não consigo parar de toca-la e isso não é bom. Acreditava que assim que transasse com ela desencanaria de vez, mas a quero muito mais depois de prova-la. Talvez precise de outra rodada e esqueço. Deve ser porque esperei por muito tempo, em compensação valeu cada segundo da minha tortura eterna.Gostei de ser o primeiro a tomá-la nos braços, no entanto, confesso que estou super curioso para saber o motivo dela ter casado com meu avô. Nicole é cheia de mistérios e só não estou enchendo ela de perguntas, pelo fato de querer transar novamente, não quero estragar isso entre em nós,
NarradorAntônio passou a noite acordado, só se ausentou para tomar banho. Não estava se sentindo bem, mesmo assim, voltou para sala.Já era manhã e todos foram embora, somente os seguranças caminhavam por ali, vez ou outra, dando notícias sobre o paradeiro de Otávio e Nicole.Emma se aproxima acanhada, retorcendo as mãos no avental.— Bom dia, senhor, quer que lhe traga um café?— Por favor!Ela sabe que tem algo errado com Antônio, há um tempo vem reparando no seu rosto cansado e ultimamente pálido, a tristeza em seu olhar. Só o via sorrir ao lado de Nicole.<
NicoleQuando o Alex chegou, eu já estava lá fora esperando por ele. Não alarmei ninguém, vai que eles querem ir atrás. Antônio não quer que ninguém saiba ainda.— Rápido Alex... — me sinto aflita e gelada.Meu coração está apertado e as lágrimas não param de descer.— Serei o mais breve possível, Nicole.Nunca vi Alex pisar no acelerador como ele está fazendo agora, sinto até os solavancos da estrada de terra e ele continua sem olhar a velocidade. Pelo visto está tão preocupado quanto eu estou.Rapidamente chegando no hospital.Alex esta
NicoleO trânsito está intenso e mesmo assim o carro voava pelas ruas. Otávio desvia dos obstáculos com precisão, passando sinais, fazendo curvas perigosas e nos colocando em risco de um acidente grave.Inesperadamente ele entra no estacionamento de um hotel e para. Ainda estou em choque e tremendo muito.— Otávio, tem certeza que eles não seguiram a gente? — olho para todos os lados.— Tenho, deixei eles para trás a um bom tempo. — sua voz é baixa e está ofegante.— Era o Ademir.— Sim.Ele não vai cansar até me pegar.— Quem esse ca
O ar some e o coração dispara, todo meu corpo reage de uma forma estranha, e nem estou tocando a sua pele. Ele se vira para mim e sorri.— Não precisa ter medo, estou aqui...Tenho medo é de mim mesma, medo da minha reação, medo de perder o controle e fazer loucuras.— Obrigada!O clima está tão pesado que me sufoca. Levanto e vou até à janela, olho no horizonte, os prédios, a lua subindo lindamente para clarear a noite...— O que foi? — para atrás de mim. — Não quer mesmo dormir?— Tem muita coisa acontecendo... — coloca as mãos nos meus ombros, o ar falta outra vez, estremecendo todo o meu corpo.Seu toque é como brasa quente, é como se tocasse meus ossos me energizando, eriçando todos os pelos do meu corpo.— Nicole, olha para mim.—
NarradorEnquanto Nicole descansa, do lado de fora as coisas estão pegando fogo.Ademir bate no volante com raiva, desesperado e completamente fora de controle.— Calma aí irmão...— Ela fugiu de novo, fugiu bem embaixo do meu nariz... Preciso achar ela agora....— Não vai adiantar.— Eu vou lá naquela fazenda, revirar aquela porra toda até achar a maldita Nicole.— Para e pensa primo, já tentamos ir lá, está chovendo segurança. Nunca passaria da primeira porteira...Soca o painel do carro outra vez, abre a porta e fecha com uma batida estrondosa, acende um cigarro com as mãos tr
NicoleSinto o chão sumir sob meus pés e caio de joelhos, Otávio me abraça.A dor rasga a minha alma, me sinto sufocada. Minha mãe se foi, ela está morta e a culpa é toda minha.Não! Ela não pode me deixar, não pode. Empurro Otávio, que acaba caindo de bunda no chão. Antônio me grita, mas já estou correndo em direção a saída da casa. Preciso chegar até a minha mãe.Alex está do lado de fora e não me vê entrar no carro, assim que percebe ele tentar me impedir, mas como deixa a chave no contato, consigo dar partida