Horas antes:Miguel estava em seu quarto se preparando para mais uma sessão de tortura contra Medson, quando ele ia sair, seu telefone toca e ao ver que é sua irmã, ele bufa."O que quer, Lorena?"— Miguel diz ao atender. "Fala logo que não tenho tempo a perder com você.""Quem é a garota e por que ela está no quarto da mamãe?""Não te interessa, já disse para não se meter nos meus assuntos.""Miguel, o que você está fazendo? Você não é assim. Por que no quarto da mamãe?""Porque eu quero me lembrar de toda a surra que recebi do seu pai. Estar ali, eu consigo ver nossa mãe traindo o nosso pai, e tendo Medson ali, é uma forma de punição.""Você enlouqueceu. O que essa garota fez de errado?""Surgiu no meu caminho! Lorena, minha querida irmãzinha, não se faça de boazinha, porque sei que estava me assistindo enquanto eu estava fodendo minha mulher. Então corta essa que esse papel não combina com você."— Miguel fala com deboche. Lorena revira os olhos e sorri."Pensei que ia acreditar ness
O grupo de resgate liderado por Caio e Fabrício estava preparado para invadir a mansão de Miguel. Com a segurança desfalcada, eles conseguiram realizar a invasão sem surpresas. Luana, a amiga de Caio, tinha conseguido a planta da mansão, o que permitiu que Caio memorizasse cada canto daquele lugar. Seu único objetivo era resgatar Medson daquele pesadelo.Julian, um dos capangas de Fabrício, abordou Miguel na porta do escritório.— Olha, o rato saiu da toca. — Julian falou com deboche.Miguel encarou, sentindo o cano gelado da arma encostando na sua testa. Ele analisou o rosto de Julian e sorriu.— Sabe qual é a pior pessoa que existe no mundo?— Miguel perguntou sem tirar o sorriso dos lábios.— Existem várias. E você está no primeiro lugar do meu tópico.— Pode ser! Não discordo com sua opinião sobre mim. Mas para mim, a pior pessoa que existe nesse meio em que vivo é aquela que acredita ter vencido uma luta sem ao menos lutar.— Como assim?Antes de Julian perceber, Miguel sacou a ar
Fabrício diz assim que fica próximo a Miguel, encostando a arma na sua cabeça.— Seu merda!— Miguel debocha rindo— Você não tem coragem de atirar nem em uma mosca.— Ele diz virando de frente para o Fabrício e o olhando fixamente.— So me pergunto, como é que o seu pai foi confiar a Espanha nas suas mãos? Um mafiosinho merda!— Tem razão!— Fabrício sorri sem humor.— Nunca atirei em nenhum inseto, porém, considerando que te acho um nada, vou praticar em você.Fabrício diz atirando nas pernas de Miguel sem dó.— Ah, seu desgraçado. Eu juro que eu te mato.— Miguel grita sentando na cama.— Se eu não te matar antes! —Seus olhos vão para o Caio no chão em cima de uma poça de sangue, ele se aproxima e vê que a ferida está bem feia. Fabrício o coloca sentado, tentando acorda-lo.— Caio, acorda! Cadê a Medson? — Medson...— Caio sussurra recobrando a consciência.— Senhor todos foram mortos, alguns dos nossos homens estão feridos e três... infelizmente morreram.— Oliver diz com seu olhar fixo em
Mauro sai rapidamente e volta praticamente puxando o médico para ver a filha.— Oi, Medson, sou o Raul, seu médico e amigo do seu pai. Que bom ver que já recobrou a consciência.— Oi, doutor. Obrigada.— Minha filha vai ficar bem, Raul?— Sim, ela é uma garota forte, precisamos continuar com os medicamentos e as vitaminas. Tirando as marcas em seu corpo, algumas escoriações, aparentemente está tudo bem. Vou ter uma resposta mais precisa quando saírem os resultados dos exames, logo estarão prontos, assim que estiver com eles em mãos retorno para falar com vocês.— Tudo bem, doutor, obrigada. — Medson diz aliviada.— Está sentindo alguma coisa, tontura ou enjoos?— Não, doutor, só a dor no corpo...— Vamos aplicar mais um medicamento no soro para diminuir a dor. Doi mais em algum lugar?Medson desvia o olhar e abraça o travesseiro.— O senhor tem algum remédio para a dor da alma? Acredito que ela é o que mais dói. — Ela diz, sentindo as lágrimas escorrerem.— Minha menina... sinto muito
Fabrício sentiu que seu coração iria saltar a qualquer momento, ele a olhou com carinho sentindo todo aquele sentimento de anos atrás gritar em seu peito.— Nunca diga que não é ninguém, não tem ideia do quanto é especial, Medson. Espero que possamos nos reencontrar em breve.— Fabrício diz próximo ao seu ouvido com a voz soando rouca e calma.— Sim... isso não seria um problema, quando quiser, apareça. Vou ficar feliz em ter sua companhia. Medson sorri genuinamente. Por alguns minutos ela conseguiu esquecer tudo que passou, era até estranho para ela aquela sensação de cuidado e segurança que teve desde o primeiro encontro com Fabrício. — Bom, cara. Não queria atrapalhar, mas preciso levar Medson para descansar. Ela ainda está fraca. — Eu estou bem, Caio. Não se preocupe. — Sempre vou me preocupar não importa o que aconteça.— Caio diz analisando as bochechas coradas de Medson com a aproximação de Fabrício.— Não demore para aparecer. Pelo jeito tem alguém que ficará muito feliz em t
Foi preciso apenas algumas horas para chegarem ao apartamento. Medson estava exausta, seu corpo ainda doía e sua cabeça estava a mil, pensando no que fazer com o bebê.Depois de conhecer os cômodos, Caio a levou para o quarto, deixando-o exatamente como ela gostava, com as janelas abertas para que o vento e os raios de sol entrassem. Medson tomou um banho e se preparou para deitar. Apesar de cansada, o sono não vinha e tudo o que ela queria naquele momento era dormir para esquecer que dentro dela crescia o fruto do seu pior pesadelo. No entanto, as palavras de Raul não paravam de martelar em sua mente.— Meu Deus, o que vou fazer? — sussurrou ela, tocando em seu ventre. Lágrimas escorriam sem esforço por seu rosto. — Por que tive que te gerar dessa maneira?Uma batida na porta a tirou de seus pensamentos.— Medson, sou eu — disse Caio, aguardando ela responder. — Trouxe seu lanche.— Oi Caio, entra! — respondeu ela, sentando-se na cama e limpando rapidamente o rosto.— Está tudo bem?
Na manhã seguinte, Fabricio chegou ao apartamento de Caio e se deparou com uma cena emocionante. Ele viu Medson com seu pai e Caio, eles estavam se dedicando ao máximo para fazer com que ela esqueça pelo menos por algumas horas o terror que viveu. Ele encosta na parede e observa a forma como Caio sempre cuidou e demonstrou carinho por ela.Fabrício sabe que Caio é irmão de Medson, ele revelou isso a Fabrício no dia em que Miguel a sequestrou. Ver a mulher que ele guardou tantos sentimentos sorrindo daquele jeito só fazia com que Fabricio tivesse a vontade de protegê-la do mundo, como se pudesse guardá-la em uma caixinha.Observando-os se abraçarem, Fabricio reconhecia o quanto Caio era um cara incrível, que não desistiu até encontrar Medson por nenhum segundo. Ele sentia receio de se aproximar dela novamente. Fabrício havia guardando seus sentimentos por tantos anos, que para ele era triste perceber que Medson não se lembrava dele.Fabricio esperou anos para poder falar com ela, e quan
Com a provocação de Miguel, Fabrício cansa de ouvir seus insultos e da um sinal para Oliver.— Até que enfim, pensei que não ia ter a chance de brincar um pouquinho.— Oliver diz levantando Miguel do chão e levando para a sala de tortura.— Me mata de uma vez. — Miguel grita tentando se soltar das amarras.Se fosse somente pela vontade de Fabrício, Miguel iria sofrer uma morte lenta e dolorosa, mas Caio havia feito Fabrício prometer que isso era ele quem iria fazer.Quando ele estava saindo do galpão, Oliver o chama.— Senhor, a irmã de Miguel está o procurando, ela andou investigando sobre você e descobriu que estamos com ele aqui na Espanha, toma cuidado, ela está jurando destruir qualquer pessoa que machucar Miguel. Recomendo falar para Caio cuidar da sua segurança e da Medson.— Obrigado Oliver, qualquer novidade me avisa, e fique de olho nos homens daqui, o único que confio minha vida é em você, o resto qualquer suspeita tem carta branca para acabar com ele, mas depois limpe a bag