Helena
Acordo no meio da noite perdida e sonolenta, o barulho de respiração pesada me chama a atenção e passo a mão na cama em busca de Jonathan sentido seu lado vazio.
Me sento esfregando os olhos e me espreguiço sentindo meu corpo leve e dolorido, consequências da nossa rodada de sexo intensa.
Jonathan não quis conversar sobre o assunto, ele apenas me tomou de todas as formas possíveis e me arrancou diversos orgasmos. Depois disso tomamos um banho juntos, jantamos e viemos dormir, eu estava cansada e bom ele também parecia estar.
A luz fraca do corredor chama a minha atenção, então me levanto vestindo uma camiseta larga e soltinha que usava como camisola. Ao passar pelas portas e caminhar até a sala encontro Jonathan em uma seção de exercícios intensos.
Ele usava apenas uma calça de
JonathanApoio a mão na cintura de Helena deixando seu corpo próximo ao meu, tento ao máximo manter meu foco no que está acontecendo a minha volta e não no fato de André estar descaradamente a comendo com os olhos.Distraída ela conversa animada com suas primas que me observam desconfiadas, mas não comentam nada sobre nosso namoro.Elas ainda não acreditam que Helena está namorando o dono da Construtora e Designer Magoga e sinceramente não sei onde elas veem problema nisso. Sou humano como elas, mas parece que por ter um nome e status, tudo se torna uma catástrofe e motivos de murmúrios, sinceramente agradeço por Helena não ser assim.Como esperado a noiva está vinte minutos atrasada, observo Evandro no altar e ele só falta desmaiar tamanho o seu nervosismo e nesse momento sinto compaixão por ele, pois se eu estivess
Tento ao máximo conter minhas lágrimas, mas algumas rolam por meu rosto no exato momento em que tio Valdir entrega a mão da filha para o noivo.Jonathan que está ao meu lado colhe suavemente minhas lágrimas com seus dedos beijando minha cabeça em conforto e carinho. Aquele ato podia ser tão simples, mas para mim é tão singelo que só faz meu coração transbordar de amores por ele e neste momento procuro não pensar que hoje era nossa última noite juntos, pois havia decidido que curtiria ao máximo nossos momentos e o futuro simplesmente não me pertencia, então para que sofrer antecipadamente?Aprendi que"O agora é uma dádiva e por isso se chama presente",então quero focar ao máximo meus pensamentos nisso ou apenas estou tentando enganar meu coração que sangra em desespero pela sua possív
Assim que terminamos de contar o dinheiro do sapatinho e da gravata que foi bem gorda para sorte dos noivos, sigo para o banheiro no interior da casa que foi alugada para os padrinhos passarem a noite já que amanhã terá festa o dia todo, mas John e eu decidimos que ficaríamos em um hotel aqui perto, pois para ser bem sincera não queria ficar no mesmo ambiente que André, então o hotel foi a melhor escolha que fizemos, além disso essa será nossa última noite juntos, então não queríamos ninguém atrapalhando. Foco meus pensamentos em outros fatos, pois saber que minhas horas com Jonathan estavam contadas está me matando em silêncio. Chateada e deprimida entro no banheiro fazendo minhas necessidades, arrumo meus cabelos que estão se soltando e demoro mais do que deveria me observando no espelho, na falha tentativa de acalmar o mar de sentimentos que domina meus pensamentos e só saio quando finalmente me sinto mais calma, mas dou de cara com André assim que abro a porta.
JonathanVejo as mulheres reunidas em uma roda, mas não encontro Helena, o ambiente está movimentado, música rolava solta e mesmo a festa sendo ao ar livre fazia calor.Converso um pouco com o pai de Helena que está levemente alterado pelas cervejas que bebeu e acabo rindo com seus comentários desconexos. Senhor Gustavo é um homem engraçado e lembra muito meu pai, por isso sua companhia me faz tão bem.Vendo que Helena não volta sigo até Kátia que me informa que ela havia ido ao banheiro, assim que dou o primeiro passo em direção a porta sinto uma mão sobre meu peito e dou um passo para trás quebrando o contato.-Olá Magoga. – A mulher a minha frente da qual sei ser acompanhante de André diz com uma voz melosa. –Sou Bruna, que tal caminharmos um pouco está calor não acha, um lugar mais reservado
Helena-O que foi John? Está tão quieto. –Questiono o observando enquanto ele dirigia em silêncio concentrado na rua.Ele não havia bebido muito e o hotel não era longe, mas John estava sério demais e não sei se é por conta de André ou por qualquer outro motivo que não me vem à mente.- Não é nada. –Sorri me observando, mas aquele sorriso não chega aos seus olhos.-Você está bem? Aconteceu alguma coisa John? Fale comigo por favor.O seu silêncio parte meu coração e a expressão de tristeza que toma sua face me preocupa.-É por causa do André? –Pergunto preocupada. -Me desculpe, não achei que ele fosse ser tão babaca, por favor me desculpe.-Não Lena, nós precisamos conversar, mas não é sobre André. &ndash
-O que quer que eu faça Jonathan, você acha que me sinto como? Me fechei para o amor por mais de dois anos e abri meu coração para você. Acha que não me dói saber que está noivo? Que estou te perdendo para sempre? Acha que me sinto como? E o que mais dói é saber que você está sendo egoísta demais para ver que está sacrificando o que sentimos por orgulho, mas eu te entendo, foi uma promessa que fez ao seu pai e eu sei que dói quando nos sentimos culpados de algo e não podemos mais ver a pessoa para dizer o que quanto nos arrependemos.-Eu não posso cancelar o casamento, pois então ele teria morrido em vão. -Sussurra pensativo.-Então saia e vá embora, sua missão aqui acabou, está completa e você está levando tudo de mim Jonathan. –Caminho até a porta a abrindo. –Vá embora, n&a
HelenaDepois de minutos encolhida no chão imersa em meu próprio desespero, consegui levantar e me arrastar para cama.A dor é sufocante e a tristeza parecia me rasgar por dentro.-Helena sou eu, abre a porta por favor. -Ouço a voz de Brenda.- Ele está aí? Mande ele ir embora. -Falo entre as lágrimas.-Ele me ligou, disse que cometeu o maior erro da vida dele em te machucar e mentir para você, disse que estava preocupado, que tinha medo de você estar machucada, abra a porta amiga estou desesperada.Me levanto sem um pingo de vontade e rastejo até a porta desanimada, assim que abro, Brenda entra e me jogo em seus braços, sua bolsa cai no chão e ela me ampara acariciando com meus cabelos com carinho.Não sei o que falar ou fazer, a única coisa que sei é soluçar e chorar toda a dor
Jontahan.Chego no meu apartamento jogando meu celular e as chaves do carro sobre o aparador ao lado da porta.Jogo o terno e a gravata em minhas mãos na poltrona e vejo eles caírem ao chão, sem animo para cata-los apenas deixo ali, a única coisa que quero é beber, então caminho até o bar deixando meus sapatos no meio do caminho.Pego a primeira garrafa que encontro na frente e viro a vodka no primeiro copo que encontro. Tomo puro, um bom gole para afogar minhas magoas enquanto me martirizo por ser o filha da puta que sou.A dor que sentir é tão sufocante que nem a bebeda alivia. Abro alguns botos da camisa e deixo a garrafa deVodkado lado para abraçar meuUísque.Não estou me importando com nada, nem com o fato de que em poucas horas Thalissa estaria desembarcando no Brasil é isso pouco me importa, nã