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Entre anéis e taras

Nina estava se divertindo em família, com o seu amor aquela tarde, David seguia seus olhos que não paravam de olhar para o relógio e para a porta, ele a sentia apreensiva.

— Está tudo bem?

— Sim, obrigada por trazê-los aqui. Significa muito para mim, ter quebrado essa barreira, ver como eles são legais, me senti bem-vinda a sua família!

— Não sentiu isso em dezembro, no Natal?

— Claro! Eles são muito gentis, me trataram com muita educação, mas é diferente quando se é estranha e foi logo depois de todos aqueles escândalos, você sabe. Eu amei ter podido participar de uma celebração tão intima em família, ver de perto as tradições de uma família inglesa. Não tem preço!

— Estou sentindo que você não consegue relaxar... É por causa da mamãe?

— Sim.

— Eu já disse, ela adorou você! Ela é boa Nina, tem o coração esplendoroso! É simplesmente fantástica! Quando a conhecer melhor vão tornar-se melhores amigas. Relaxa! — Ao que David pronuncia a última palavra a campainha toca.

Nina caminha trêmula até a porta, pálida como uma vampira nos filmes, respira fundo e recebe a mãe dele com um abraço caloroso e um beijo no rosto, isso a fez lembrar o quão raro o ano de 2020 foi, quando não se abraçava mais as pessoas aleatoriamente devido à pandemia.

Rebeca, a mãe dos homens presentes naquela casa, retribuiu o afago com reciprocidade. David a ajudou a entrar e fez as honras da casa, que a mãe já conhecia antes da reforma, ela ficou maravilhada com as mudanças e finalmente Nina pode “respirar aliviada”, após de ouvir tantos elogios.

O jantar foi servido do jeito que todos ali estavam acostumados, cada um em sua cadeira em volta da mesa, a comida quente pontualmente nos pratos. Nina escolheu magret de pato ao molho de arandos, regado a vinho rosé e servido com legumes fritos ao molho frutado.

— Amor, conta como você preparou esse jantar magnífico!

— Ah não, é chato falar dessas coisas.

As mulheres presentes retrucaram na hora, afirmando que ela não só contaria, mas também teria que escrever a receita passo a passo. David viu sua face iluminar ao ver que os convidados tinham aprovado sua culinária, ela havia preparado no mínimo duas vezes antes aquela semana, para ter certeza de que tudo iria sair perfeito nesse dia.

A família ficou reunida na sala de estar até cair a madrugada ,eles relembravam histórias da infância, contavam um pouco de suas rotinas e situações engraçadas regados ao vinho rosé que sobrara do jantar, conhaque, cerveja etc. A anfitriã era a única que bebia minimamente, para não fazer nada de errado que pudesse se arrepender no dia seguinte.

David volta a sala depois de ter sumido por alguns minutos, seu irmão baixa o volume da música e todos percebem a formalidade de ambos:

— Primeiramente, eu quero agradecer a presença de cada um de vocês na nossa casa, nada me dá mais alegria do que desfrutar o meu tempo com minha família! E aproveitando que todos estão aqui; mamãe, papai, eu quero formalmente oficializar o meu compromisso com a mulher mais incrível e fantástica que já conheci na vida... — Nina perde todos os sentidos racionais nesse instante, ela o olha apavorada, tentando sinalizar para ele não continuar, mas foi em vão...

— Eu dei a ela um anel de compromisso quando a pedi para morar comigo, como símbolo da nossa união e fidelidade, mas hoje quero fazer o mesmo. Quero dar a ela esse outro anel, na presença das pessoas mais importantes da minha vida, para que ela saiba que minhas intenções são as mais verdadeiras possíveis. Eu quero dizer para vocês, família, que pretendo dar uma festa formal de noivado, e pretendo casar e ter cinco filhos com essa mulher! — Todos riram do suspiro que Nina deu.

— Nina, aceite esse anel como mais uma prova do meu amor por você! Eu quero fazer tudo direito, o próximo anel que receberá será o anúncio do nosso noivado para o mundo, não temos que esconder, eu quero que todo mundo saiba que vamos ficar juntos para sempre. Eu amo você mulher! — David coloca o anel junto ao outro que ela já comportava em seu dedo anelar. Ela estava catatônica, segurando a respiração, contendo as lágrimas e o choro descontrolado que estava prestes a emergir de suas entranhas... — Os outros a insuflavam para que dissesse algo.

— Eu não tenho palavras para descrever esse momento, foi tão lindo ou igual ao dia que você me deu esse primeiro anel! Eu amo a sua gentileza, a sua delicadeza e o modo como você faz questão de demonstrar como as pessoas são importantes em sua vida. Eu sou a mulher mais sortuda do mundo por ter conhecido alguém tão especial! Ainda que vivesse mil vidas e não te conhecesse, não teria vivido por completo. Eu amo mesmo você, de verdade, está vendo o que você me faz fazer? Tô chorando e fazendo declarações de amor em alto e bom som... — Disse tentando impedir que lágrimas rolassem em suas bochechas rosadas.

A família comemorou com eles, os encheram de perguntas sobre quando iriam oficializar o noivado, quando iriam se casar, como seria o casamento e as mulheres estavam eufóricas, logo se ofereceram para ajudá-la no que fosse preciso. Depois de muita conversa sobre altar, igreja etc., todos se retiraram para seus aposentos. Inclusive os quase noivos.

No quarto os dois logo haviam caído na cama e estavam prontos para dormirem o sono dos anjos. Nina usava uma camisola transparente longa, arrastando no chão e cheia de detalhes sensuais, ele observava suas curvas naquele vestuário, uma peça sexy, enaltecendo sua cintura cavada e definida, favorecendo seu bumbum redondo e empinado.

Nina logo sentiu uma mão grande e pesada deslizando em seu vestido, ele encaixou-se na silhueta dela de costas e ela pôde sentir o tamanho e a rigidez de seu membro, a segurou com força, envolvendo seu braço entre seus seios. Ela revirara os olhos sussurrando um não, algo que fazia com ele delirasse ainda mais de prazer.

— Por que não?

— Sua família está aqui Dave! Deus me livre a sua mãe ouvir os nossos gritos. Amor, por favor, só hoje...

— Então me beija! — Nina virou-se para ele e percebeu a determinação em seduzi-la, beijos violentos de língua, mais encaixados, impossível! A barba dele deixava a boca dela ainda mais inchada, ele ofegava e a movia para cima dela.

— Dave, para! Você sabe que não nos vemos há dias, amor... não vou conseguir segurar essa excitação. Nem você!

— Eu sei! Não vou conseguir dormir, quero sentir você por dentro. Só um pouquinho Nina, por favor...

—Oh! Shit! Não me pede assim...

 David afasta sua calcinha para o lado e a encaixa em seu membro, tapando imediatamente a sua boca que solta um gemido estrondoso amenizado pela mão dele. Ele a abraça, beija e a faz rolar para baixo dele, ela põe a mão dele novamente em sua boca e não hesita em movimentos circulares com os quadris em volta dele.

Ele era habilidoso, irresistível e a fazia se sentir extremamente desejada, a ponto de liberar vários pequenos orgasmos logo após sentir a penetração, assim ele soubesse que ela estava em êxtase. David sentia pequenas mordidas vaginais em seu pênis, dando sensação de que uma boca quente e úmida estava o mamando! Os dois não tinham como se conter, uma vez que começavam, podia durar a noite inteira.

Eles tiveram vários orgasmos rápidos, tentavam dormir, mas acordavam pouco tempo depois possuídos de desejos e efervescência. A lubricidade exposta em suas partes íntimas, permitia ao se encostarem que tivessem fácil acesso ao restante de suas profundidades, o que resultou num estado de frenesi sexual do sono, onde os dois nem abriam os olhos para se possuírem, começavam e terminavam como se estivessem entre um sonho e a realidade.

Ao longo de 1 ano e meio de namoro, eles haviam provado as mais diversificadas fantasias sexuais entre casais, as mais comuns, pois ambos estavam seguros e cientes de que não queriam uma terceira pessoa entre eles, principalmente na cama, nem um dos dois conseguia se quer imaginar a cena quando falavam no assunto, poiso ciúme, a dor e o desconforto logo se faziam presentes.

Eles brincavam de submissão e dominação, nada muito exibicionista ao extremo, como um strip-tease; praticavam o uso de alguns brinquedos eróticos, mas nunca conseguiam usar de verdade, sempre os deixavam de lado e preferiam se possuir com desespero no final.

Era sempre Nina que trazia essas inovações entre eles, velas, lingerie comestível, géis quentes/frios, anéis penianos e vibradores. Ela era curiosa! David era um taurino que gostava mais do sexo tradicional, gostava de seduzi-la e cortejá-la, quase não continha sua excitação em lugares onde ele não podia possui-la, como em festas públicas importantes, estreias de filmes com muitos olhares e holofotes em cima dos dois. Era justamente nesse tipo de evento, onde Nina caprichava no look, que ela se tornava um objeto de desejo quase que incontrolável para ele.

Ela sempre tentava fugir dele, nessas ocasiões, havia o risco de algo dar errado, tinha receio e um medo apavorador de que alguém pudesse flagrar, filmar, ou até mesmo contactar as autoridades. A fantasia de transar em lugares exóticos e arriscados, diferentes do comum, o estimulava e desencadeava uma espécie de incitação, da qual ele tinha que relutar muito para resistir à tentação.

 E também era assim quando estavam em casa, em seu quarto, ela tentava o negar tal satisfação sexual. O fato dela estar deitada ao seu lado, entrançada em seu corpo, emitindo calor com seus cabelos exalando um leve cheiro de pecado vindo de seu shampoo, enfeitiçador, um aroma doce que o embriagava, sua pele que revelava a maciez dos óleos essenciais que ela costumava usar, tudo isso junto a voz que ela emitia ao dizer não a ele, não como uma bruxa malvada que o causaria desconforto emocional, mas com doçura e sinceridade, todas essas coisas juntas, o estimulava ao máximo.

Ele sabia que ela nunca estava fazendo um jogo, nada era um faz de conta, agia naturalmente e era o que mais o prendia a ela.

No dia seguinte, por exemplo, eles tomaram café da manhã com a família, trocavam olhares e sorrisos céticos. As cunhadas de David os enchiam de insinuações, os irmãos faziam gracinhas com os dois e todos se recomponham em segundos quando a matriarca da família se sentava a mesa com o pai deles.

 David queria persuadi-la a aventuras sexuais, em meio aquele aglomerado de pessoas que possuem relação de parentesco, partilhando a mesma habitação. A casa era enorme! Os casais se espalhavam entre os três andares da mansão, que possuíam sofás capitonê entre um sobrado e outro dos cômodos da residência.

Ele a seguia toda vez que ela ia ao banheiro, a pegava desprevenida , o ato sexual não durava mais que alguns minutos, às vezes pela intensidade com que eles se devoraram, outras por que Nina saia correndo e o deixava de membro duro na mão, ou, porque ela estava monitorando o almoço dos hóspedes e até para deixá-lo ainda mais louco por ela.

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