KURT— Genevieve! — Até onde eu sei, ela é minha amiga e não é nada sua. Afinal, você a rejeitou. Logo, primo, eu tenho mais direito de colocar apelidos nela do que você. Eu vi o pomo-de-adão dele subir e descer, como se ele estivesse com dificuldade de engolir o que eu tinha acabado de dizer. Ele merecia.— Ela estava nos meus braços. Ela me queria! Daí, ela disse não! E sabe por que, primo? — Ele mostrou os dentes, mas não eram presas. Zairo não estava ali, era óbvio — Ela quer que eu ceda às suas exigências. — Darius, eu não pedi nada a Gini, mas…— Genevieve!— … você tendo a sua fêmea, pode ter bebês seus. Por que me prender num casamento infeliz? Eu também quero poder amar a minha companheira! Ter os meus filhotes com ela!Eu ignorei a interrupção dele. Eu a chamaria de Gini e pronto! Ela queria ser chamada assim, já que se apresentou para mim daquela maneira. E eu respeitava mais a ela do que a ele. — Não terei bebês com uma bruxa — Ele disse fazendo careta e eu revirei os
KURTEu falei baixinho. Sendo quase um anfitrião, também, eu não podia torcer abertamente por ela. Darius não retornou. Onde raios ele poderia ter se metido?Havia um momento, quando os barcos deveriam ser atracados, que os participantes precisariam nadar. E ali era a última parte da prova. Sobreviver sem a carcaça do barco. Gini estava quase lá e eu percebi como o barco dela não estava sendo atingido por nada, mas era sempre quase. Darius não mexia com água, não que eu soubesse. Então… Para mim, era óbvio que alguém estava livrando a bruxa de problemas, mas como?Ela atracou o barco e pulou na água. Mais um animal. Atrás dela. Rosa me disse que não teria coragem de assistir aquilo, por isso, ficou no quarto. E eu estava com o coração na boca. — Vai logo! Ela foi puxada para baixo. Gini… Foi… Puxada para baixo. Ela tinha sumido!*** *** *** ***GINIAquela prova estava muito estranha! Eu via as coisas se aproximando de mim, mas… Nada me atingia! O meu barco ainda estava intacto e,
KURT“— É ela!” — Thorin despertou, e ele estava ficando mais do que agitado. “— Mate! Nossa companheira, nossa mate, está aqui!”“— Calma!” — eu o alertei, sendo que eu tinha que dizer aquilo para mim mesmo. Rosa era, sim, a minha companheira! Mas… E se eu a visse? “— Temos que sair daqui.” Se eu não me afastasse enquanto ainda tinha controle sobre mim mesmo, eu poderia colocar tudo a perder. Rosa era preciosa demais para que eu fodesse com tudo. “— Não!” — Thorin gritou, chorando. “—Marque a nossa companheira. Mate o rei. Mate todos!” “—Não! Eu não quero uma guerra! Calma. Tudo no seu tempo. E Rosa me pediu para não começar uma chacina.”Usando o que ainda me restava de juízo, eu saí dali pela porta dos fundos, em meio a vários funcionários reclamando sobre a minha presença onde não me cabia. Eu corri o mais rápido possível de volta para o castelo. Eu não assistiria mais droga de prova nenhuma! Aquilo não era o meu tipo de diversão, de todos os jeitos! Eu só fui ali para tentar
DARIUSEstranha e atrevida! Mas ela me passou uma calma tão grande. Quem era ela? A competição era apenas de humanos, logo, não tinha motivos para uma loba estar ali. — Hey! — Eu a chamei e ela parou. Eu andei até ela. A aura de força que ela emanava era diferente de tudo o que eu já tinha presenciado. Não era exatamente uma ameaça para mim, mas… Era muito poderosa — O que fazia ali?— Majestade, eu vim apenas visitar a minha amiga — Ela respondeu humildemente. A voz dela também era tranquila. — Qual o seu nome? De qual bando você é? — Amiga? Quem diabos era ela? Ah… Calma aí… Ela, que esteve com a cabeça baixa, levantou os olhos. Sim, quase vermelhos. Aquilo estava apitando uma espécie de sino na minha cabeça, mas eu não conseguia captar o motivo. — Rosamund Gibson. Sou originalmente do Midnight Pack, porém, não moro mais lá. Rosamund… Rosa!Aquela coisinha era a fêmea do Kurt! Bom, eu podia afirmar que ele tinha uma queda por cabelos avermelhados e corpo de pilão. Não que eu po
DARIUSGenevieve estava sem calcinha, o que muito me agradou. Olhando nos olhos dela, enfiei dois dedos molhados com os fluidos dela na minha boca. Puta que o pariu! Não esperei por resposta nenhuma. Se ela não quisesse, bastaria falar. Eu jamais a forçaria a nada. Mas ela não me pediu para parar, pelo contrário. Eu deslizei para baixo e, assim que minha boca tocou na intimidade dela, Genevieve puxou meus cabelos, mas para me aproximar. Ela era tão linda… Bem vermelha, estava brilhando de prazer e inchada. O cheiro parecia que era uma droga e eu queria me afundar nela! Mas ela ainda não me deixaria e eu com certeza não iria ter nosso acasalamento naquele lugar. Numa maldita cama de hospital improvisado! A primeira lambida me levou ao paraíso. Não demorou para Genevieve mover os quadris, rebolando. Eu coloquei a perna dela o meu ombro, para que não forçasse o tornozelo. Saber que a minha Genevieve estava gostando tanto quanto eu me dava ainda mais tesão! — Ah, Darius! — Isso… Hm
KURTA competição tinha sido postergada para a manhã seguinte, uma vez que Gini estava incapaz de correr. Teoricamente, isso não impediria os jogos de continuarem, porém Darius jamais permitiria que a fêmea dele se esforçasse assim. E ela se recusou a usar magia para se curar. Eu estava confortável na cama, quando Darius entrou sem bater na minha porta. Nenhuma novidade. — Muito bem, você conseguiu o que queria! — Ele disse, batendo a porta com força e me fuzilando com o olhar. Eu fiquei sem entender nada. — Do que diabos está falando, Darius? — Eu perguntei, cansado, e ele passou a mão pelos cabelos. — Vai conseguir o seu divórcio. Eu vou me reunir com o Conselho assim que esse torneio acabar e mandarei o pedido da anulação. Você disse que não dormiu com ela, não foi?Eu ainda estava meio desnorteado, mas concordei. — É, não…— Excelente! Casamento não consumado, vamos pedir anulação. Eu peço que você espere eu falar com o Conselho. Não vá até Rosamund, ok?Eu já estava até de p
KURTDarius não estava brincando e eu sabia bem. De fato, se aquele homem machucasse Gini, Darius mataria todos aqueles humanos. Ele ficaria com um ódio absurdo e eu sei qual o sentimento. Lembrei de Gabriel e do que fiz com ele. Ainda fui muito bonzinho. Gini entrou e mesmo de longe, era possível ver a diferença de tamanho dela para o homem que a enfrentaria. Ela devia ter pouco mais de um e sessenta de altura, enquanto aquele homem chegava fácil aos um e noventa. Mas ela não parecia com medo. O apito soou e cada um pegou uma vareta de madeira. — Darius, tem certeza disso? — Eu perguntei e vi que os nós dos dedos dele estavam brancos de tanto apertar a cadeira. O segundo apito soou e pronto, eu sabia que daria merda. O homem girou o taco e tentou acertar Gini. Ele usou bastante força, porque ela quase voou ao tentar se defender. Ela mancava e isso não facilitava. Aparentemente, o homem não tinha levado Darius à sério e investiu novamente contra Gini, mas dessa vez, ele agiu mai
ROSAela implorou e me doeu sentir a dor dela, pois era a minha, também. O cheiro estava se tornando mais e mais forte, o que significava que ele estava por ali. Eu tinha que ir para longe. Kurt deve ter vindo saber de Gini e eu não podia vê-lo. Não ainda. “— Thorin!” — Kina gritou em minha mente, como se pudesse se comunicar com ele. “— Ele… Ele é tão PERFEITO!” E eu não sabia disso? Se Kurt era perfeito, o lobo dele também era, claro! — Rosa? — Eu ouvi aquela voz rouca de longe, mas era ele. O meu Kurt! Eu não conseguia ouvir mais nada, pois o meu coração batia tão forte que tudo o que chegava aos meus ouvidos, me deixando quase que surda, era o tum-dum do sangue bombeando. Virei-me lentamente e lá estava ele. Ainda longe de mim. A minha visão começou a ficar embaçada e eu sabia que estava chorando. Ele chegou a mim rápido como uma flecha e no próximo segundo eu estava em seu colo. — K-Kurt! — Eu nem conseguia reconhecer a minha voz. Ele estava ali, a pele dele enviando choque