Damian Volkov O ar cheirava a queimado e sangue quando atravessei a porta de casa.— CELESTE! — Minha voz ecoou pelas paredes.O chão estava rachado, a energia mágica vibrando como se o próprio espaço estivesse pronto a se partir. No meio da sala, Celeste segurava nosso filho nos braços, seus olhos brilhando com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes.E diante dela… a bruxa.— Então é isso — murmurou a maldita, os lábios se curvando em um sorriso venenoso. — O filho da linhagem das bruxas e do lobo imortal. Ele é a chave…Meu lobo rugiu dentro de mim. Ela não tocaria em nenhum dos dois.— Se der mais um passo, eu arranco sua cabeça.Celeste me olhou, sua expressão era de desespero e desespero ao mesmo tempo
Damian VolkovO intervalo pelo bebê estará seguro durando menos de uma hora.Assim que Nosferatu foi levado para preparar feitiços de proteção, senti um arrepio percorrendo minha espinha. Um instinto profundo, uma inspiração na escuridão, avisando que algo estava errado.Sai para fora da cabana, com Nick e Sienna logo atrás. A floresta ao redor estava silenciosa demais. Nenhum som de animais, nenhum vento entre as árvores.A lua estava alta no céu, mas sua luz parecia fraca... distorcida.— Você está sentindo isso? — Nick murmurou, a mão já indo para a arma na cintura.Assenti, fechando os olhos por um segundo para me concentrar nos cheiros ao nosso redor.E então eu senti.Um cheiro doce e podre ao mesmo tempo. Como flores murchas misturadas com carne em sobremesa. Magia Negra.Ela estava aqui.— Entrem agora! — rosnei para Nick e Sienna.Mas antes que pudéssemos reagir, a floresta explodiu em sombras.Algo nos atingiu como uma onda de escuridão líquida, nos jogando contra as árvores
Celeste MoreauEu senti o mundo diferente.O ar ao meu redor parecia vibrar de uma forma que nunca havia sentido antes. Como se estivesse vivo. Como se responde a cada batida do coração do bebê em meus braços.Meu filho.Ele estava calmo agora, mas eu sabia o que tinha acontecido.A bruxa desapareceu. O chão a engoliu.E foi ele quem fez isso.A mente de um recém-nascido deveria ser um oceano tranquilo… mas quando olhei nos olhos do meu filho, vi tempestades. Vi estrelas cadentes rasgando o céu, vi universos colidindo, vi poder.Vi um destino que eu ainda não entendia.E isso me apaixonou.— Celeste…A
Celeste MoreauA madrugada avançava, e o silêncio era apenas uma ilusão. Meu corpo estava exausto, mas minha mente não me deixava descansar. Lúcian dormia tranquilo entre Damian e eu, sua respiração leve e ritmada, completamente alheio ao peso do destino que carregava.Damian ainda estava acordado, seu olhar fixo no teto como se esperasse algo. Como se sentisse que algo estava prestes a acontecer.— Você não consegue relaxar, não é? — Sussurrei, virando-me para ele.Ele suspirou, seus olhos negros encontrando os meus na penumbra.— Não posso. Não depois de tudo.Passei os dedos por sua mandíbula, tentando aliviar a tensão ali.— Nós estamos seguros… pelo menos por agora.Damian soltou um riso baixo e seco.— Você realmente acredita nisso, Celeste?Mordi o lábio. Não. Eu não acreditava. Mas queria acreditar.Foi então que aconteceu.O ar ao nosso redor ficou pesado, denso, como se uma sombra invisível se arrastasse pelas paredes do quarto. Lúcian, que dormia tranquilamente, franziu a t
Celeste MoreauO silêncio no quarto era pesado, mas dentro de mim, o caos rugia como uma tempestade. Minhas mãos tremiam ao segurar Lúcian contra o peito, o calor de sua pele contrastando com o frio cortante que a bruxa deixou para trás. Damian ainda segurava a espada, seus olhos fixos na escuridão além da janela.— Ela voltará. — Ele disse, sem rodeios.Eu sabia que ele estava certo.A bruxa nos encontrou. E agora que viu Lúcian… ela nunca mais nos deixaria em paz.— O que vamos fazer? — Minha voz saiu mais fraca do que eu gostaria.Damian desviou o olhar da janela e veio até nós. Ele passou os dedos suavemente pelo rosto de Lúcian, que ainda exalava aquele brilho dourado estranho. Seu olhar era uma mistura de fascínio e preocupa&c
CELESTE MOREAUO carro balançava suavemente enquanto eu segurava Lúcian contra o peito. Seu corpinho quente era a única coisa que me mantinha firme no meio daquele caos. Meus olhos estavam fixos na escuridão além da janela, tentando enxergar qualquer sinal de Damian, Nick ou Sienna.O tempo parecia se arrastar como uma agonia silenciosa.Nosferatu estava ao meu lado, seu olhar afiado como lâminas, vigiando cada sombra.— Eles vão voltar. — Ele murmurou.— Eu sei. — Minha voz saiu fraca.Mas eu não sabia.O que aconteceria se eles não voltassem?O que aconteceria se a bruxa levasse um deles?Meu coração acelerou com o pensamento.— Abrace sua magia, Celeste. — Nosferatu disse, seus olhos vermelhos faiscando. — Você pode sentir, não pode? O sangue da criatura dentro de você está reagindo a tudo isso.Eu engoli em seco.Sim, eu podia sentir.Desde que Lúcian nasceu, algo dentro de mim mudou. Minha magia parecia mais intensa, mais viva… como se não pertencesse apenas a mim.Era ele.Meu fi
Damian VolkovO chão sob nossos pés ainda tremia quando ergui minha lâmina, pronto para qualquer ameaça que surgisse. Mas não havia nada além da escuridão, do vento cortante e do sussurro espectral que parecia se dissipar no ar.Lúcian chorava em meus braços, seu pequeno corpo tremendo, e meu coração apertou ao sentir o quanto aquela energia o afetava. Segurei Celeste e nosso filho com firmeza, como se pudesse protegê-los apenas com minha presença.— Nosferatu, o que diabos foi isso? — minha voz saiu grave, carregada de tensão.O vampiro ancestral não respondeu de imediato. Seus olhos rubros estavam fixos na noite, avaliando… sentindo.— Isso foi um aviso.Nick se aproximou, as mãos fechadas em punhos, seu semblante tão sombrio quanto o m
Damian VolkovO cheiro de sangue e magia impregnava o ar. Eu podia sentir a presença deles se aproximando, se espalhando pela floresta como uma doença prestes a se espalhar.Nosferatu e Magnus estavam posicionados na linha de frente, seus olhos afiados e prontos para o combate. Celeste segurava Lúcian com força, enquanto Sienna e Nick protegiam os flancos.Então, eles surgiram.Sombras se contorcendo, figuras encapuzadas saindo da neblina. A bruxa liderava o ataque, seus olhos famintos cravados em meu filho.— Entreguem-no, e pouparei suas vidas. — sua voz ecoou fria e cortante.Avancei um passo à frente, puxando minha espada.— Venha buscar.Ela sorriu. E então tudo explodiu em caos.Lâminas se chocaram, feitiços cortavam o ar. O chão tremia com o impacto das batalhas individuais. Eu me lancei contra a bruxa, minha lâmina encontrando resistência contra sua magia.Mas eu não ia ceder.Porque desta vez, não era apenas minha vida em jogo. Era a de Celeste. A de Lúcian.E eu lutaria até