- Não faz parte do processo em questão, mas Amélia Rodrigues e Arantes Humberto, os dois possuem um caso afetivo?
A negação de ambos foram efetivas.
Aquele jogo de conspiração contra o centro acadêmico estava acontecendo, não seria possível dar continuidade nesse instante, jogaram baixo com ambos, sabiam dos sentimentos de tais em questão, golpe baixo que o antigo mestre dos dois alegou, estar sendo movida a interesses afetivos e parciais.
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Depois que Arantes Humberto, ouviu a trajetória de Amélia expondo na mídia nacional, ficara conhecida rapidamente, porém trouxe inúmeros inimigos, a então advogada, esperava o estudo de caso se concluir, sem um escritório que pudesse ter privacidade, se encontravam em soverterias e lanchonete.
Humberto ouvia as palavras de Amélia com um êxtase indescritível.
Contara sua jornada, após ter abandonado seu sonho na carreira jurídica, conseguiu estudar jornalismo, aos poucos criou um web canal, que fora sensação trazendo riqueza e conforto, mas aquela pedra no caminho não tinha esquecido, deveriam lutar por dilemas de igualdade, não seria vingança, mas justiça que seria feita.
Já estava montando a peça para apresentar, e com a carteira da ordem em mãos, quando notou sua irmãzinha, triste, a dois dias não saía do quarto, mal se alimentava, muito inteligente igual a irmã, seguindo os mesmos passos, resolveu perguntar o motivo da tristeza, já que ela era bolsista em colégio particular.
Ouviu uma história da irmã, que chamou um amigo de classe de bonito, porém ele respondeu: “- Carvão só no churrasco”.
A irmã advogada, calou engolindo aquela desavença em seco.
Nosso país nem educação digna oferta aos seus pupilos, era o desejo dela, cuspindo fogo, fora até a direção do colégio, alegando o fato, desconversaram, alegando não estar sabendo dos fatos, de forma impulsiva ela pediu a transferência da criança.
Na volta do colégio, encontrou o jornalista no caminho, com dois refrigerantes, ofertou um à ela, que aceitou passivamente, contou o ocorrido.
- Dá vontade de desistir, como o sistema se formou nessa cadeia de preconceito.
- Amélia, existe um ótimo colégio perto da sua casa, eles fazem um serviço ótimo para a sociedade, o ensino és excelente, vamos lá?
- Não sei, tenho que levar minha irmãzinha para conhecer.
Se sentaram em um ponto de ônibus, ele ligou o celular em um vídeo de cinco minutos, Centro Educacional Libertador.
Era um vídeo que mostrava, crianças com problemas de inclusão social, sendo inserida na sociedade, da alfabetização até o ensino médio, era voltada a sociedade carente, ótimas aprovações em vestibulares, abriu mais dois ou três vídeos de cinco minutos, mostrando discursos de garotos vencendo no mercado de trabalho, na academia, graças a esse projeto, de Mãe Munita, que também sofreu grande carga de preconceito, tinha até grandes nomes da escala empresarial da cidade, colocando seus filhos em aulas complementares, para passar uma visão de dignidade.
Por um momento Amélia, pôs a perguntar, que homem é esse?
Pegou a lata de refrigerante vazia, na mão dela, jogou juntamente com a dele no lixo.
- Se quiser vamos lá conhecer?
- Agora não.
Estava muito confusa, era o estudo de caso dele que estava sendo montando, a irmã tão nova sofrendo racismo, a mãe doente, a incerteza do pão de amanhã.
Chegou em sua casa, tirou os saltos altos, deixando na entrada de casa, folgou os nós do vestido azul.
Explicou para sua irmã, brevemente, sobre a maldade dos senhores da casa grande, sobre os escravos, passando de geração em geração. Que iria estudar em uma nova escola, até brincando com as palavras, onde as pessoas não nos vejamos como carvão.
A irmã aceitou de imediato, entendeu pelas palavras delas, que teriam pessoas iguais, ao menos pelo fato da cor da pele, algo tão inocente para as crianças.
Ligou para o Jornalista.
- Posso tirar uma fotografia sua?
Falou rapidamente, sem saber o que se era preciso ouvir do lado de lá.
- Claro que pode, mas pra quê?
- Só para ficar olhando, quando perceber que nesse mundo não existe nada mais belo, que sua beleza.
Ela se acanhou, se sentiu tímida, os homens davam pouco em cima dela, não sabia lidar com isso.
Apareceu um lançamento de carro elétrico, dos mais caros na porta da casa dela, chamou-a, ela atendeu.
Ficou supressa.
Quis saber, por especulação.
- Este carro é seu?
- Sim.
Então não é questão financeira que ele está a correr do processo, és honra mesmo.
Deram uma volta pela cidade, no veículo, a irmãzinha ficava estupefata com qualquer fato, Amélia prestou atenção em uma coisa, por de trás dos vidros escuros do carro.
- Estão a nos olharmos de forma igual.
Como uma transmissão de pensamento, a irmãzinha ia falar, quando ela completou.
- Sim meu anjo, somos iguais.
A fotografia que ele desejava, não saiu exatamente como queria, depois de ter visito o centro educacional e as irmãs ter amado a instituição, de forma desprevenida, até covarde mas no ato fotográfico, ele presenciou uma demonstração de afeto, entre irmãs, sutilmente ele mostrou para Amélia Rodrigues, que achou linda a fotografia, já tinha resolvido a questão, mas algo a intrigava, como a particularidade daquele homem, adentrou em sua vida, a tornando íntima, seu pai sempre lutou pela dignidade e futuro das filhas, queria dar o que não teve aos filhos, pressionava as crianças para ter boas notas, mas fazia de forma educada, a mãe técnica de enfermagem, contraiu um vírus em um desses tratamentos com um paciente, ela não conseguia ainda entender a ligação entre aquele empresário na mídia, com ideias inovadoras, mostrando a verdadeira cara da nação, com uma simples mulher de auto estima baixa.
- No máximo daqui dois dias, darei entrada na papelada para o processo, deve demorar um pouco até o resultado final.
- Seja feita a vontade do Senhor e não a nossa. Redarguiu com esperança e fé Arantes Humberto.
Íris Guilhermina, estava fascinada com o novo ambiente pedagógico, nem sabia ao certo o sentido dessa palavra, mas estava fascinada com o novo colégio, se sentia igual aos demais, cansou, de ter que sentar em um canto da sala de aula, ter pouco direito de voz, na perguntas e nas dúvidas escolares, o ensino era agregado para as maiorias dominantes, teve suas primeiras aulas de computação e já inserindo o conceito de programação, o ideal do colégio era inovador, a menina mesmo em um colégio com bom amparo financeiro, se sentia excluída, nunca sobrava um computador na aula de informática, rara as vezes que sobrava, dividia com um amigo, Everton, que não deixava nem tocar no mouse, tão menos no teclado, aquele ambiente em que fora crescendo, de egoísmo, não enquadrava em seu amparo, o pão, com mortadela e margarina que levava ao colégio com suco de maracujá instantâneo, era por demais satirizada pelos amigos, mas aquele estopim de ser chamada de “carvão”, cortou o coração da criança.
As palavras, que ouviram do Juíz, deixou intrigada, apesar desse tempo todo, ela não tinha se declarado para Humberto, que por sua vez, se aventurava com Eduarda Gomes, que era tudo aquilo contra o que eles estavam lutando naquele momento. Eduarda Gomes, pele clara, conta bancária exorbitante, sentiu atraída pela ascensão de Arantes Humberto nos meios da mídia, ele não queria vincular o teatro a sua empresa, porém estava mudando de opinião, depois de ter conhecido essa mulher, que roubou um beijo inesperadamente, sabia-se pouco sobre ela, só que sua família era dona de uma cervejaria, Amélia Rodrigues, fora se acanhando, achava até o processo dele muito utópico quando se sentiu distanciada por um possível amor na vida dele, ela que já havia confessado de seu amor para mãe, não iniciou o namoro de ambos a tempo, agora sentia-se constrangida, em ver Eduarda Gomes, esperando Arantes na porta do fórum. Ela observa, atentamente, Arantes vem em sua direção. - Sabe,
Nos perguntamos nos contos de fadas, o que acontece, depois do viveram felizes para sempre. Realmente eles viveram felizes para sempre? Eduarda Gomes, perseguia seu irmão, ele nunca contou nada a respeito de ser um possível irmão, a possibilidade de ter dado um beijo em um sentimento conturbado o incomodava, porém eles nunca viveram essa paixão, Arantes só tinha olhos para sua esposa, que tivera uma filha, com nome de Esmeralda. Eduarda Gomes, sentia-se incomodada, perseguiu o colégio de Mãe Munita, colocaram pessoas para denegrir a imagem daquela escola formidável, em sua sabedoria, sabia que estava sendo vítima de perseguição, fizeram campanha contra ao canal web de Humberto, estava encurralando a todos, Amélia Rodrigues, não conseguia provar uma possível conspiração, vindo da família negada de seu marido, guardava segredo incondicional, até que sem muitas opções resolveram se abrir ao diálogo e a chave era a diretora do colégio. Se encontrou com a sogra.
Época de retrocesso, épocas ao qual senhores ditos superiores, possuíam forças escravas para a elaboração de suas tarefas, seja as domésticas, ou latifundiárias, não seriam eles os submissos, eras os explorados pelo sangue de gerações e gerações, o suor o sangue de seu corpo, eram seres cruéis os que ordenavam a elaboração dessas mesmas tarefas, quando alguém a diz a ser, subserviço, nos tempos atuais, romperam o elo meritocráticos, conseguem sua posição, com o mesmo suor e sangue, posição essa cada vez mais de brilho na sociedade, que tem por respaldo a retórica grosseira do preconceito, um homem de tempos atrás, próxima a abolição dos escravos em mil novecentos e oitenta e oito, no Brasil, um ser ao qual deve como codinome Hariel. Aos treze anos de idade, comemorava, não ia existir mais no Império a escravidão, a princesa Isabel, dera um passo importante para a evolução da nação, evolução como seres, eram nas r
Raimundo ou Ariel, deve suas batalhas, assim como o marco do dircuso de Martin Luther King, tal qual segue:"Estou feliz por estar hoje com vocês num evento que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país.Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.
Quantas emissões de satisfações teremos que emitir para respeitarmos adequadamente o próximo. " Declaração Universal dos Direitos Humanos PreâmbuloConsiderando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humanae dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz nomundo;Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do Homem conduziram a actos debarbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os sereshumanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a maisalta inspiração do Homem;Considerando que é essencial a proteção dos direitos do Homem através de um regime de direito,para que o Homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão;Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre as
Raminundo, também Ariel ou Hariel, homem que ascendeu a escala evolutiva dos anjos, também era Abolicionista, e nos trechos tais quais o de Castro Alves, semeeou o amor e a luta pelos direitos, depois da surra que o deram, sentiu escolhido por Deus, o sangue de gerações passadas, seria também seu sangue derramado para gerações futuras, e se confortava nos trechos da poesia de Castro Alves, tal qual:"A Maria CandinhaQUANW EU leio o teu nome embalsamadoDas magnólias do sul sinto o perfume,Ouço a harmonia do violão magoado,Vejo a luz singular do vaga-lume!A Mãe do Cativo
Raimundo Correia, assim como ficara conhecido, o parnasianista, do estilo clássico, também em suas lutas, defrontou com a verdade do sistema."AMOR E VIDAEsconde-me a alma, no íntimo, oprimida,Este amor infeliz, como se foraUm crime aos olhos dessa, que ela adora,Dessa, que crendo-o, crera-se ofendida.A crua e rija lâmina homicidaDo seu desdém vara-me o peito; embora,Que o amor que cresce nele, e nele mora,Só findará quando findar-me a vida!Ó meu amor! como num mar profundo,Achaste em mim teu álgido, teu fundo,Teu derradeiro, teu feral abrigo!E qual do rei de Tule a taça de ouro,Ó meu sacro, ó meu único tesouro!Ó meu amor! tu morrerás comigo! &nbs