— Mandar para o exterior?— Sim, é melhor você se preparar. Ele não vai facilitar para você ver a Érica e o Samuel de novo.Vera agradeceu à Gabrielle pelo aviso do outro lado da linha antes de encerrar a ligação.Com o telefone ainda na mão, Vera apertava-o com tanta força que seus dedos ficaram pálidos. Seu rosto estava sombrio, e os olhos faiscavam de raiva.De repente, ela jogou o celular sobre a mesa e varreu todos os objetos para o chão.Sua voz transbordava indignação:— Rodrigo quer mandar a Érica e o Samuel para o exterior!Lágrimas escorriam pelo rosto dela, cheias de mágoa e fúria:“Esse homem é mesmo cruel comigo! E aquela vadia da Beatriz... por que ela tinha que voltar?”Vera murmurou para si mesma, rangendo os dentes:— Espere e veja... não vou deixar eles terem uma vida tranquila. Eles querem ser felizes? Nunca!...Na manhã seguinte, Vera apareceu na casa da família Reis com o rosto visivelmente abatido.Ao abrir a porta e ver sua afilhada naquele estado, Juliana ficou
Que crueldade.Juliana pegou o celular e ligou para Fabio. Sua voz carregava uma evidente irritação:— Fabio, preciso que me faça um favor. Ligue para Beatriz e marque um encontro comigo amanhã.Fabio fiou um pouco surpreso, perguntou sem pensar muito:— Tia, por que quer encontrar Beatriz?Juliana soltou uma risada fria e respondeu diretamente:— Rodrigo quer mandar Érica e Samuel para o exterior. Ele está apenas defendendo Beatriz e a filha dela.— Rodrigo e Beatriz?Fabio ficou confuso, pois estava completamente focado nos assuntos da empresa e não sabia nada sobre o ocorrido. Como tinha uma reunião em breve, não conseguiu aprofundar o assunto.E falou rapidamente:— Senhora, assim que eu terminar aqui, ligo para ela.Beatriz recebeu a ligação de Fabio com certo estranhamento. Ela escutou atentamente enquanto ele explicava a situação.Por que Juliana, de repente, queria encontrá-la?Após verificar sua agenda com a ajuda de assistente, Beatriz aceitou o encontro no horário e local su
Rodrigo sentiu o peito apertar por um instante ao ver Beatriz fingir que não o conhecia. Instintivamente, lançou um olhar para o homem ao lado dela e o reconheceu de imediato: era Ayque, o CEO do Grupo Y.Ayque também notou a presença de Rodrigo e, também surpreso, cumprimentou-o com naturalidade:— Boa tarde, Sr. Rodrigo.— Boa tarde, Sr. Ayque.Eles trocaram um aperto de mãos.Rodrigo e Ayque já haviam colaborado anteriormente, e por isso eram velhos conhecidos. No entanto, Beatriz não fazia ideia de que ambos se conheciam.Com um sorriso amigável, Rodrigo estendeu a mão para Beatriz:— Sra. Beatriz. Que coincidência!Aparentemente um gesto educado, mas o polegar de Rodrigo deslizou de leve pelo dorso da mão dela, enviando um calor que a incomodou.Beatriz manteve o sorriso profissional, mas por dentro soltava um palavrão contra Rodrigo. Ele só podia estar brincando.Sua voz era calma e formal:— Sr. Rodrigo.O jantar, que originalmente seria apenas entre Beatriz e Ayque, acabou vira
Quando Ayque entrou, Beatriz sorria enquanto conversava casualmente com Rodrigo, com uma atmosfera aparentemente tranquila e agradável.No entanto, debaixo da mesa, sua mão apertava com força a coxa dele. A dor irradiava direto para o cérebro de Rodrigo, uma sensação tão intensa quanto agridoce.Apesar da dor, ele manteve o rosto inalterado, apenas um leve sorriso surgindo em seus lábios, como se nada estivesse acontecendo.Após terminar o jantar, Ayque disse que voltaria ao hotel com o motorista. Antes de sair, ele se dirigiu a Beatriz:— Amanhã, na reunião com o Grupo Correia, espero que possamos concretizar nossa parceria.O significado era claro: ele já havia decidido avançar com os negócios com o grupo.Beatriz respondeu com um sorriso genuíno:— Até amanhã.Quando o carro de Ayque partiu, Rodrigo permaneceu ao lado de Beatriz. Ele abaixou a voz, quase num tom sedutor:— Querida, se você não quer ir para casa comigo, tudo bem. Mas e se eu for com você? Pode ser?Beatriz ergueu as
Beatriz chegou na empresa logo pela manhã e recebeu uma ligação do assistente de Ayque.Originalmente, Ayque viria ao escritório hoje para discutir os detalhes de uma parceria, mas o assistente informou que a reunião foi cancelada.Beatriz achou isso um pouco estranho e perguntou o motivo. No entanto, o assistente não deu uma resposta clara.Ela franziu as sobrancelhas, percebendo que algo estava errado.Normalmente, ao cancelar um compromisso, seria marcada uma nova data, mas dessa vez não houve nada.Ela perguntou educadamente:— O Sr. Ayque está disponível agora? Gostaria de falar com ele.O assistente hesitou por um momento, afinal, Beatriz é o presidente do Grupo Reis, e respondeu:— Por favor, aguarde um momento.Depois de um instante, a voz grave levemente de Ayque veio do outro lado da linha:— Bom dia, Sra. Beatriz.Ela manteve um tom calmo ao perguntar:— Sr. Ayque, a reunião de hoje foi cancelada. Pretende remarcar para discutirmos o projeto?Após uma breve pausa, Ayque resp
Mas, ela recusou:— Então, Sra. Juliana, a senhora me procurou hoje apenas por isso? Se for esse o caso, não poderei ajudar.A resposta foi clara e direta, sem rodeios ou concessões.Juliana lançou um olhar frio para Beatriz, esboçando um leve sorriso de desdém:— Sra. Correia, você também tem uma filha. Se fosse a sua menina, tão pequena assim, você teria coragem de mandar ela para outro país, longe de todo mundo?Nesse momento, o garçom chegou com o café que Beatriz havia pedido. Ela tomou um gole do líquido amargo, depois respondeu com calma:— Minha filha? Não, claro que não. Agora, sobre Érica e Samuel, lamento. Sou apenas uma estranha para eles. Essas questões são responsabilidade da Vera. Afinal, eu não sou mãe deles.As palavras de Beatriz foram cruas e impiedosas. O tom frio e distante não deixava espaço para contestação.Juliana ficou sem palavras por alguns segundos, percebendo que a conversa havia chegado a um impasse. Ela se levantou devagar, pegou sua bolsa e, antes de sa
Na casa de Reis.Vera estava ansiosamente esperando Juliana na sala de estar.Assim que Juliana entrou, ela imediatamente foi ao seu encontro, mas ao ver o rosto carrancudo de Juliana, seu coração afundou instantaneamente.— Não conseguimos convencer Beatriz. — Disse Juliana, franzindo a testa. — Melhor tentarmos conseguir a guarda de Érica e Samuel.Vera deu um sorriso amargo e, com um tom resignado, disse em voz baixa:— Pedro não vai concordar.Juliana suspirou, deu um tapinha na mão de Vera e a confortou:— Vamos tentar. Rodrigo nunca foi um bom pai, podemos usar isso a nosso favor e contratar um advogado para os processar. Vamos ter chance.As palavras de Juliana deram um pouco de esperança a Vera.Na verdade, Vera sabia que os Santos jamais permitiriam que ela levasse os gêmeos. Afinal, se fosse para analisar bem, ela era apenas uma barriga de aluguel, e os verdadeiros pais das crianças já haviam falecido.Agora, ela só precisava mostrar para Juliana que queria a guarda dos gêmeo
Rodrigo a ajudou a relaxar no banheiro.Ele estendeu a mão e pegou a toalha, a enrolando na cintura.Beatriz levantou as sobrancelhas, o olhando com certa surpresa.Ele a ajudou, mas não tomou a iniciativa de avançar para o próximo passo.A voz do homem era extremamente rouca. Ele disse baixinho:— Você está muito cansada, depois do banho, é melhor dormir cedo.O homem, demonstrando carinho, fez com que Beatriz aceitasse a situação com tranquilidade.*Andrea acordou pela manhã.Virou a cabeça para a esquerda e viu sua mãe, virou para a direita e viu seu pai.A pequena sorriu de boca aberta.Ela se virou silenciosamente e se levantou.Rodrigo já estava acordado quando Andrea se mexeu, mas ele fingiu estar dormindo, com os olhos fechados, tentando ver o que a pequena faria.Andrea não queria acordar a mamãe, então sua mãozinha gordinha se aproximou lentamente do nariz do pai.Ela apertou o nariz de Rodrigo.Na primeira vez, ele não reagiu.Andrea sorriu ainda mais e apertou novamente o