Rodrigo dirigiu rápido para casa. Ao entrar na sala, viu Beatriz sentada no sofá com uma expressão séria, como se uma tempestade estivesse prestes a cair. Ele sentiu um estar angustiado.Durante o volto, Alan já havia ligado para o gerente do Restaurante B&R e explicado o que havia acontecido. Rodrigo sabia dos eventos gerais, mas só de pensar em Vera e Érica, já sentia uma leve dor de cabeça.O homem se sentou ao lado de Beatriz, tentando medir suas palavras:— Minha Bea, cadê a Andrea? O que houve? Você tá com uma cara tão chateada.Beatriz deu um sorriso forçado, olhou para ele de lado e respondeu friamente:— Andrea tá dormindo. Você ainda pergunta o que aconteceu? Eu já não te falei pelo telefone? A Andrea disse que a Érica a empurrou, mas, curiosamente, a Érica falou que foi a Andrea que esbarrou nela e caiu!Ela se levantou, olhando para Rodrigo com uma raiva contida, e continuou em tom baixo para não acordar a filha:— Rodrigo! Você acredita na Andrea ou Érica?Rodrigo ficou su
Beatriz cobriu rapidamente os olhos de Andrea e disse para Laura:— Continuem, não precisam se preocupar conosco.Com um sorriso no rosto, Beatriz segurou a pequena Andrea e saiu do lugar.Laura empurrou Bruno, com o rosto completamente vermelho. Ser pega por Beatriz numa situação dessa, era vergonhoso demais.Bruno, com seu semblante delicado e gentil, lambeu o canto do lábio que tinha sido mordido. Ele arrumou o cabelo de Laura com calma e disse, como se fosse o mais natural do mundo:— Tô morando no apartamento ao lado agora. Se precisar de algo, ou se ficar com medo à noite, é só me chamar.Laura lançou um olhar furioso para ele:— Sai.Bruno passou o dedo de leve no canto avermelhado do olho dela, mas, antes que Laura pudesse explodir, ele rapidamente se mandou.Ainda ruborizada, Laura massageou o rosto e pegou o telefone para ligar para Beatriz.Beatriz e Andrea voltaram e entraram no quarto, enquanto os seguranças colocavam as malas e saíam discretamente.Laura olhou para as mal
Afinal, esse tipo de explosão e xingamento não seria bom se ouvido por outras pessoas.— Papai!A voz doce e fofa de Andrea atravessou o celular e chegou aos ouvidos de Rodrigo.No instante em que ouviu a filha, o rosto sempre sério de Rodrigo se iluminou com um sorriso caloroso. Sua voz suavizou imediatamente:— Querida.Andrea disse com seriedade infantil:— Boa noite, papai! Beijinho!A voz dela era tão inocente que derretia qualquer coração.Rodrigo perguntou, com preocupação de Beatriz:— Beijinho, boa noite. E sua mamãe, onde está?— Mamãe tá trabalhando.— Ajuda o papai e pede para mamãe dormir cedo, tá bom? Não trabalha demais, viu? Andrea respondeu animada, balançando a cabeça:— Tá bom, vou cumprir a missão!Pedro, que observava a cena de longe, ficou intrigado. Ele olhou para o filho, que falava ao telefone, como se tivesse visto um fantasma.Rodrigo conversou com a filha por apenas cinco minutos, já que era hora dela dormir. Quando desligou, sentiu-se dividido entre a tris
— Mandar para o exterior?— Sim, é melhor você se preparar. Ele não vai facilitar para você ver a Érica e o Samuel de novo.Vera agradeceu à Gabrielle pelo aviso do outro lado da linha antes de encerrar a ligação.Com o telefone ainda na mão, Vera apertava-o com tanta força que seus dedos ficaram pálidos. Seu rosto estava sombrio, e os olhos faiscavam de raiva.De repente, ela jogou o celular sobre a mesa e varreu todos os objetos para o chão.Sua voz transbordava indignação:— Rodrigo quer mandar a Érica e o Samuel para o exterior!Lágrimas escorriam pelo rosto dela, cheias de mágoa e fúria:“Esse homem é mesmo cruel comigo! E aquela vadia da Beatriz... por que ela tinha que voltar?”Vera murmurou para si mesma, rangendo os dentes:— Espere e veja... não vou deixar eles terem uma vida tranquila. Eles querem ser felizes? Nunca!...Na manhã seguinte, Vera apareceu na casa da família Reis com o rosto visivelmente abatido.Ao abrir a porta e ver sua afilhada naquele estado, Juliana ficou
Que crueldade.Juliana pegou o celular e ligou para Fabio. Sua voz carregava uma evidente irritação:— Fabio, preciso que me faça um favor. Ligue para Beatriz e marque um encontro comigo amanhã.Fabio fiou um pouco surpreso, perguntou sem pensar muito:— Tia, por que quer encontrar Beatriz?Juliana soltou uma risada fria e respondeu diretamente:— Rodrigo quer mandar Érica e Samuel para o exterior. Ele está apenas defendendo Beatriz e a filha dela.— Rodrigo e Beatriz?Fabio ficou confuso, pois estava completamente focado nos assuntos da empresa e não sabia nada sobre o ocorrido. Como tinha uma reunião em breve, não conseguiu aprofundar o assunto.E falou rapidamente:— Senhora, assim que eu terminar aqui, ligo para ela.Beatriz recebeu a ligação de Fabio com certo estranhamento. Ela escutou atentamente enquanto ele explicava a situação.Por que Juliana, de repente, queria encontrá-la?Após verificar sua agenda com a ajuda de assistente, Beatriz aceitou o encontro no horário e local su
Rodrigo sentiu o peito apertar por um instante ao ver Beatriz fingir que não o conhecia. Instintivamente, lançou um olhar para o homem ao lado dela e o reconheceu de imediato: era Ayque, o CEO do Grupo Y.Ayque também notou a presença de Rodrigo e, também surpreso, cumprimentou-o com naturalidade:— Boa tarde, Sr. Rodrigo.— Boa tarde, Sr. Ayque.Eles trocaram um aperto de mãos.Rodrigo e Ayque já haviam colaborado anteriormente, e por isso eram velhos conhecidos. No entanto, Beatriz não fazia ideia de que ambos se conheciam.Com um sorriso amigável, Rodrigo estendeu a mão para Beatriz:— Sra. Beatriz. Que coincidência!Aparentemente um gesto educado, mas o polegar de Rodrigo deslizou de leve pelo dorso da mão dela, enviando um calor que a incomodou.Beatriz manteve o sorriso profissional, mas por dentro soltava um palavrão contra Rodrigo. Ele só podia estar brincando.Sua voz era calma e formal:— Sr. Rodrigo.O jantar, que originalmente seria apenas entre Beatriz e Ayque, acabou vira
Quando Ayque entrou, Beatriz sorria enquanto conversava casualmente com Rodrigo, com uma atmosfera aparentemente tranquila e agradável.No entanto, debaixo da mesa, sua mão apertava com força a coxa dele. A dor irradiava direto para o cérebro de Rodrigo, uma sensação tão intensa quanto agridoce.Apesar da dor, ele manteve o rosto inalterado, apenas um leve sorriso surgindo em seus lábios, como se nada estivesse acontecendo.Após terminar o jantar, Ayque disse que voltaria ao hotel com o motorista. Antes de sair, ele se dirigiu a Beatriz:— Amanhã, na reunião com o Grupo Correia, espero que possamos concretizar nossa parceria.O significado era claro: ele já havia decidido avançar com os negócios com o grupo.Beatriz respondeu com um sorriso genuíno:— Até amanhã.Quando o carro de Ayque partiu, Rodrigo permaneceu ao lado de Beatriz. Ele abaixou a voz, quase num tom sedutor:— Querida, se você não quer ir para casa comigo, tudo bem. Mas e se eu for com você? Pode ser?Beatriz ergueu as
Beatriz chegou na empresa logo pela manhã e recebeu uma ligação do assistente de Ayque.Originalmente, Ayque viria ao escritório hoje para discutir os detalhes de uma parceria, mas o assistente informou que a reunião foi cancelada.Beatriz achou isso um pouco estranho e perguntou o motivo. No entanto, o assistente não deu uma resposta clara.Ela franziu as sobrancelhas, percebendo que algo estava errado.Normalmente, ao cancelar um compromisso, seria marcada uma nova data, mas dessa vez não houve nada.Ela perguntou educadamente:— O Sr. Ayque está disponível agora? Gostaria de falar com ele.O assistente hesitou por um momento, afinal, Beatriz é o presidente do Grupo Reis, e respondeu:— Por favor, aguarde um momento.Depois de um instante, a voz grave levemente de Ayque veio do outro lado da linha:— Bom dia, Sra. Beatriz.Ela manteve um tom calmo ao perguntar:— Sr. Ayque, a reunião de hoje foi cancelada. Pretende remarcar para discutirmos o projeto?Após uma breve pausa, Ayque resp