— Vera viu Rodrigo. Ela olhou para a menininha ao lado dele e rapidamente desviou o olhar. Érica, que já estava montada no carrossel, também viu Rodrigo junto com Samuel. Érica gritou alegremente: — Papai! Rodrigo estava com uma expressão péssima, como se tudo estivesse fora de controle. Ele lançou um olhar frio para Vera. Vera percebeu a insatisfação de Rodrigo, mordeu o lábio vermelho, querendo explicar, mas Rodrigo não lhe deu a menor oportunidade de falar. Rodrigo se curvou e pegou Andrea no colo. — Andrea, vamos primeiro andar no trenzinho. Andrea olhou com relutância para o carrossel e assentiu: — Tudo bem. Ela gostava tanto do trenzinho quanto do carrossel. Érica, montada no cavalo, viu Rodrigo levando outra menininha e se virou, deixando cair lágrimas de tristeza. O carrossel ainda não havia parado, então Vera teve que esperar até que ele parasse para pegar Érica no colo e consolá-la. A babá tirou Samuel do colo. O irmão não chorou, mas a irmã chorou.
— Beatriz estava sentada no carro, observando a filha se debatendo enquanto abraçava o cavalo de madeira, seus olhos eram gentis. — Presidente, chegamos. — Gonçalo se virou para avisar. — Hum. — Beatriz guardou o celular. Beatriz e Gonçalo entraram no campo de golfe. Lúcia viu Beatriz. — Senhora Correia. Chris havia falecido há pouco tempo, e essa senhorita Silva ainda tinha ânimo para vir aqui. Beatriz respondeu: — Senhor Leal. Fabio também estava ali, ele lançou um olhar rápido para Beatriz. Embora sua impressão sobre ela não fosse boa, ainda assim, cumprimentou-a com educação: — Presidente Silva. Hoje, mais algumas pessoas vieram jogar golfe. Beatriz estava ali principalmente para encontrar a senhora Louisa da última festa. Ela jogou algumas partidas com a Presidente Louisa e conversaram sobre uma possível colaboração. Quando terminou a conversa, Beatriz se preparou para sair. Ao passar por Fabio, ela parou e perguntou educadamente: — Presidente Reis, temos a
— Você diz! O que eu tenho que não seja como ela? É o peito dela que é maior que o meu? Eu também posso fazer silicone! Fabio fechou os olhos, com uma expressão de raiva. A súbita ação de Vera a fez não ter tempo de reagir. Ele contraiu o abdômen e se sentou, fazendo Vera perder o equilíbrio e cair para trás. Fabio teve que abrir os olhos e segurá-la pela cintura para não deixá-la cair. Ele rapidamente vestiu Vera de volta com a roupa. Os dois puxavam as roupas um do outro. Um queria vestir, o outro queria despir, e houve uma confusão. Fabio não esperava que uma pessoa bêbada fosse tão difícil de lidar. — Eu quero tomar banho. — Vera disse, com um tom melancólico. — Vai, vai. Fabio já havia perdido a paciência. Ele a ajudou a ir até o sofá do quarto, entrou no banheiro e encheu a banheira com água. Depois de encher, ele saiu e ajudou a bêbada a entrar no banheiro. Ele não a ajudou a tirar a roupa, segurou-a e a colocou diretamente na banheira. Ele estava pre
— Gonçalo bateu na porta e entrou no escritório, com uma expressão levemente estranha. — Presidente, aquele engenheiro chegou. Beatriz estava fixada na tela do computador e não percebeu a expressão sutil de Gonçalo. Ela disse: — Hum, peça para ele ir direto à sala de reuniões e avise os chefes dos departamentos de tecnologia, produtos, design, vendas, operações e dados para se reunirem. Ela admirou secretamente o senhor Santos por ter enviado alguém tão rapidamente. — Sim. Gonçalo saiu para avisar os chefes dos departamentos, que receberam a notificação e rapidamente foram para a sala de reuniões. Beatriz entrou na sala de reuniões e encontrou o engenheiro enviado por Rodrigo... O homem à sua frente usava uma peruca castanha encaracolada, usava óculos de armação preta e estava com uma máscara, ele estendeu a mão para Beatriz de forma afetada. — Presidente Silva, olá. Beatriz respondeu: — … Olá. — Eu estou com um leve resfriado, então estou usando a máscara para proteg
— Ela deixou o copo de suco de lado e exclamou: — Madrinha, eu realmente acho que você fica ótima de vestido, tem muito charme. A senhora Reis sorriu. — Só você sabe falar. Vamos. — Eu só falei a verdade. — Vera piscou e sorriu. A apresentação do teatro aconteceu no museu de arte. Quando o espetáculo terminou e elas saíram do teatro, Vera mexeu na bolsa. — Madrinha, espera um momento, vou pegar meu celular. Enquanto Vera voltava para pegar o celular, ela colocou a garrafinha de água que a senhora Reis havia usado dentro de um saco plástico e a guardou na bolsa. — Achei o celular, vamos. * Às cinco da tarde, Beatriz ia se encontrar com Fabio. Ela entrou no carro e viu que Rodrigo também estava lá, levantou uma sobrancelha. Rodrigo estava programando, a peruca castanha já havia sido retirada, e ele ainda usava os óculos de armação preta. Ele parou de digitar e perguntou: — Beatriz, o que vamos jantar? — Não posso jantar com vocês hoje, marquei um encontro com Fabio
— Ao sair do restaurante, Beatriz sentou-se no carro, pensando no que realmente significava Fabio. Aquele homem apenas lhe dissera que Rodrigo havia internado Vera em um hospital psiquiátrico por causa dela. Ele queria avisá-la? Antes que ela pudesse entender o que Fabio queria dizer, o carro já havia chegado à sua casa. Gonçalo desceu para abrir a porta, e Beatriz saiu do carro, levantando os olhos e vendo o senhor Santos parado na entrada. Beatriz se aproximou, e Rodrigo a abraçou naturalmente pela cintura, ele agradeceu a Gonçalo e entrou com Beatriz em casa. — Por que você estava me esperando na porta? — Estava preocupado que você tivesse bebido, preparei-me para te ajudar a sair do carro. Beatriz pensou consigo mesma: “Eu não beberia tanto assim fora de casa, não precisava que você me esperasse na porta.” Ela levantou os olhos e viu o olhar carinhoso dele. Beatriz não continuou a pensar. Entrando em casa, trocou de sapatos, lavou as mãos e foi sentar-se no so
— Vera olhou com expressão sombria para o resultado do teste de paternidade. Beatriz era, na verdade, a filha perdida do casal Reis. Ela foi a uma loja de conveniência e comprou um isqueiro, em uma grande cidade, não se podia queimar papel à toa. Ela pediu ao motorista que a levasse até a igreja. Ela queimou o resultado do teste no altar de Deus, para que os deuses pudessem ver. Enquanto ela estivesse presente, Beatriz não teria chance de voltar para os Reis. Agora, essa informação era apenas dela, nem mesmo Cristina sabia quem eram os verdadeiros pais de Beatriz. Ela ainda precisava fazer outros planos, por precaução. Nesse momento, seu celular tocou, Vera olhou para o identificador de chamadas e, com um olhar suave, atendeu: — Madrinha... estou livre, já estou indo. * Na Cidade J. Laura não sabia que Beatriz havia retornado, foi somente ontem que Aaron lhe contou. Ela planejava voltar para a Cidade A depois de amanhã. De qualquer forma, ela ainda precisava ped
— Quando Bruno partiu, Laura chorou por muito tempo,ela pensou nele todos os dias, de maneira desesperada e indesejada. Durante o dia, ela fingiu que estava sorrindo e vivendo a vida, e à noite, saiu para se divertir, também fingindo sorrir. Por mais intensa que fosse a emoção, com o passar do tempo, ela se tornou mais fraca. Bruno esperou todos aqueles anos e não poderia desistir facilmente,ele a abraçou. Seus olhos vermelhos estavam fixos na janela, onde Laura não podia vê-los. — Laura, me dê mais uma chance,eu vou provar que somos o par perfeito. Surpreendida pelo abraço repentino, Laura arregalou levemente os olhos. Ele a apertou demais,ela se sentiu como um pintinho, incapaz de escapar de seus braços. — Me solta! — Não vou. Laura tentou beliscá-lo, mas ele parecia ter olhos nas costas, segurando suas mãos com uma única mão. O carro chegou ao lugar onde Laura morava agora. Bruno viu Aaron esperando embaixo do prédio. Aaron também viu Laura dentro do carro,