Uma coisa é certa: Beatriz não tem falta de grana. Nos últimos anos, o Blue, sob a gestão de Miguel, faturou o suficiente pra Beatriz levar a vida numa boa. E o Rodrigo também não era alguém com problemas de dinheiro. Os dois tinham a mesma ideia: manter distância do Chris. Mesmo ele já estando morto.— Não vou aceitar as ações, e o fundo fiduciário também não vai ser aceito pela minha filha.— Para Beatriz, essas coisas eram uma bomba prestes a explodir.O casal Correia estava um tanto chocado com as decisões do filho e, por dentro, cheio de dúvidas. Eles tinham só o Chris, e se o filho não estava mais ali, quem cuidaria das ações do Grupo Correia? Eles nem se importariam em saber.O advogado tirou duas cartas completamente lacradas da sua pasta de couro: — Uma carta é do senhor Chris para a senhora Beatriz, e a outra é para a senhora Correia.Dona Correia pegou a carta apressadamente e abriu. [Mãe, quando você estiver lendo isso aqui, já fui dessa pra melhor. Pensa em ter outro filh
Vera saiu da prisão com um sorriso de canto. Se tinha alguém que Cristina odiava, esse alguém era Beatriz.Ela dirigiu de volta para a casa dos Pereira. Duarte abriu a porta e, ao ver que era Vera, fechou a porta na cara dela com uma expressão fria.Os dedos de Vera tremeram levemente. Ela colocou um presente na porta:— Pai, comprei um presente pra vocês, deixei na porta.Duarte fingiu não ouvir, foi até a cozinha, pegou uma tigela de mingau e voltou ao quarto.Sofia estava completamente fora de si, mexendo no xixi que tinha acabado de fazer no chão. Duarte, com a tigela na mão, olhou para o estado em que a esposa estava, e, furioso, se virou, abriu a porta e arremessou o presente da Vera na direção do elevador.Vera esperava o elevador quando algo acertou seu pé. Ela gritou e se afastou. — Pai... — Não me chama de pai!— Duarte fechou a porta de novo, com força. Ele não sabia o que a filha tinha feito para irritar tanto o Rodrigo, mas toda a ruína do clã Pereira tinha começado por ca
— Fiquei numa ilha isolada do mundo por cinco anos, treinando todos os dias ao acordar, aprendendo línguas, negociação, administração, e várias outras habilidades.— Beatriz aprendeu muitas coisas nesses cinco anos. Mas, na verdade, a ilha não era nada segura, e ela nem gostava de tocar nesse assunto.Chris havia arranjado apenas professores homens para ela. E na ilha, ela era a única mulher. Isso tornava a situação perigosa para ela. Chris a ensinou a ser intimidadora.Beatriz deu um gole na bebida, com um sorriso nos lábios:— Chris, o plano original dele era me fazer voltar e destruir o Grupo Santos, e te destruir ao mesmo tempo. Ele queria ver nós dois nos matando.Infelizmente para ele, não viu.Rodrigo abaixou a cabeça e beijou a nuca dela:— Depois de amanhã, vamos tirar as fotos do casamento.— Ele estava mesmo incomodado com aquelas fotos de casamento que tinham sido mostradas na festa um tempo atrás.Beatriz riu. Rodrigo estava com ciúmes.Ela segurou um gole de bebida na boca,
Na sala de reuniões.Beatriz falou de forma educada: — Presidente Araújo, este é o documento sobre o preço de aquisição proposto para o Grupo Correia, as condições de pagamento, benefícios para os funcionários, etc. Por favor, dê uma olhada, e se houver algum problema, podemos discutir.Gonçalo entregou os documentos ao time que Diego trouxe.Diego, além de trazer sua equipe, também trouxe o consultor jurídico da empresa. Ambas as partes estavam negociando as condições que consideravam inadequadas. O Grupo Correia tinha oferecido boas condições de aquisição, e o progresso estava sendo tranquilo. Após acertarem o acordo, à tarde precisariam imprimir o contrato formal.Na hora do almoço, Beatriz levou Diego e sua equipe para almoçar no restaurante do Grupo Correia.Diego notou o anel no dedo anelar de Beatriz e suspirou por dentro. Chris, tão jovem, tinha partido tão cedo.Simon, ninguém sabia como ele conseguiu entrar na empresa, foi direto até onde Beatriz estava, mas Gonçalo imediatam
Rodrigo ficou instantaneamente comportado. Decidiram comer cada um o seu, sem mais brincadeiras.— Mamãe, a Andrea quer ir ao banheiro.— Andrea falou com o biquinho fofo, enquanto limpava os lábios com um guardanapo. Ela queria descer da cadeira, mas era alta demais, então ficou piscando os olhos para o pai.— Papai, me pega no colo.Rodrigo a pegou e colocou no chão. — Obrigada, papai.— A garotinha era tão doce. Rodrigo sorriu.Beatriz ia levar Andrea ao banheiro, mas recebeu uma ligação. — Eu levo a Andrea.— Rodrigo disse. Ele só precisaria esperar do lado de fora do banheiro feminino.Beatriz assentiu e atendeu o telefone. Rodrigo ficou esperando Andrea do lado de fora.Andrea terminou de usar o banheiro e lavou as mãozinhas, mas não conseguia alcançar o papel para secar. A senhora Reis saiu do banheiro e viu uma garotinha tentando se esticar para pegar o papel com suas perninhas pequenas e mãos estendidas. A cena era adorável.A senhora Reis pegou um papel e entregou para Andre
Vera olhou para o carro que já tinha ido embora, e abaixou o olhar para esconder a expressão pensativa que passou por seu rosto. Depois de levar os gêmeos de volta à casa dos Santos, Vera voltou para sua própria casa. Após se lavar e se arrumar, foi ao quarto, abriu a gaveta e pegou um cartão. Esse cartão era o número de telefone que aquela mulher tinha dado para ela. A mulher disse que era funcionária do Chris.Agora, com Chris morto e tendo deixado as ações do Grupo Correia para Beatriz, Vera pensava em ligar para a mulher para perguntar sobre a filha da Beatriz, mas sentia receio. E se fosse uma armadilha para ela?Vera jogou o cartão de volta na gaveta. Sem pressa, sem pressa.O mais importante agora era conseguir uma mecha do cabelo de Beatriz.Na noite anterior, Rodrigo mal conseguiu se controlar. Ele não deixou nenhuma marca em Beatriz. Durante o sexo, foi tudo com muita delicadeza, com calma. Tudo para garantir que, ao fotografar o casamento hoje, Beatriz pudesse usar o vestido
No dia do aniversário de casamento, Beatriz Silva foi sozinha ao ginecologista. No hospital, ela encontrou seu marido abraçando seu amor. Ela estava encostada no peito do homem e, com uma voz suave, disse:— Lucas, obrigado por me acompanhar ao hospital para ver minha cólica menstrual.O marido, cheio de carinho da sua amor, então pediu a Beatriz para comprar chocolate. Beatriz de repente sorriu. Sua mão se afastou da barriga. Que coincidência, ela estava pensando em mudar de hospital para fazer um aborto.Beatriz estava no hospital para abortar. Ela esperou na fila para ser chamada por doutor. Ao redor, havia vários casais sentados, esposas grávidas acompanhadas por seus maridos. Isso fazia ela, sozinha ali para abortar, parecer um pouco triste.Dois meses atrás, ela havia acompanhado Lucas Moreno em uma viagem de negócios. Participaram de uma festa e ela acabou bebendo demais. Quando acordou na manhã seguinte, estava sozinha na suíte do hotel. O quarto era bagunçado, indicava o sexo
Beatriz estacionou o carro à beira da estrada. Quanto à questão da gravidez de Lucas, ela negou com calma:— Não estou grávida, só tive alguns desconfortos intestinais nos últimos dias.Lucas, apoiado no guarda-roupa, olhou com indiferença e zombou: — Beatriz, é melhor você não tentar me enganar. Hoje em dia, estar grávida para garantir uma posição de esposa rica não está na moda.O coração de Beatriz deu um leve solavanco com o que ele estava pensando dela. Ela tocou suavemente sua barriga ainda plana e disse com serenidade: — Presidente Lucas, como eu poderia estar grávida? Usamos preservativo naquela noite, deve ser de boa qualidade, sem falhas.Lucas arqueou a sobrancelha e ficou em silêncio.Pela manhã, houve uma reunião na empresa que durou metade do dia. Ao meio-dia, Beatriz levou café preparado para o escritório. Ela colocou os documentos pedidos por Lucas sobre a Brasiluxe Entretenimento na mesa.Seus olhos passaram pelos documentos da Brasiluxe. O Grupo Moreno nunca havia e