Cláudia estava no banheiro feminino quando ouviu duas garotas conversando do lado de fora.— Eu vi com meus próprios olhos o Lucas e a ex-mulher dele fazendo amor no carro na outra noite.— No carro? Meu Deus, bem ousados!As duas riram e saíram do banheiro.Cláudia enxugou as mãos, intrigada. O que significava aquilo? Será que falavam do filho dela? Ou seria outro Lucas? Se fosse realmente seu filho, então Beatriz estaria traindo Rodrigo! Ela, porém, não deu tanto crédito à conversa e seguiu para a mesa com o grupo, mas aquela ideia permaneceu rondando sua mente.Quando terminou o chá da tarde, Cláudia e Larissa decidiram ir com Vera para um jantar no restaurante novo. No reservado, Larissa estava sentada ao lado esquerdo de Aaron. Quando ele tentou pegar uma taça de vinho, Larissa foi mais rápida e segurou a garrafa primeiro. Suas mãos se tocaram, e ela ficou com as orelhas avermelhadas de vergonha. Aaron, notando, retirou a mão.— Quer beber vinho, Aaron? Eu sirvo pra você.— Oferece
— Bia, eu te amo.Beatriz acordou com os olhos cheios de lágrimas, sem nem perceber. Ela tocou o próprio ouvido, ainda sentindo o sussurro de Rodrigo em seu sonho. Puxou o cobertor até cobrir o rosto e chorou em silêncio ali embaixo. Um mês se passou, e novamente ela notou o homem, que dormia no quarto ao lado, diferente do seu Rodrigo. Que situação miserável.No quarto ao lado, Chris observava a mulher encolhida sob as cobertas, batendo os dedos levemente no celular, pensativo. Estranho... como é que ela começou a desconfiar de novo? Antes do hipnotismo, ela já tinha sido destruída psicologicamente pelos experimentos com a organização de órgãos. Depois, em Cidade B, ela tinha certeza de que sofria de paranoia. Com todo esse trauma, era pra ela estar completamente sob controle depois da hipnose.Chris ligou para Jason:— Jason, vem a Cidade B de novo amanhã.Ao desligar, ele saiu do quarto e foi até o de Beatriz. O clique da maçaneta a fez estremecer. Ela rapidamente puxou o cobertor e
Chris lançou um olhar para Beatriz e foi tomar banho primeiro. Quando saiu do banheiro, viu Beatriz mexendo nas gavetas:— Bia, o que você tá procurando?— Colírio, estranho, eu tinha certeza que deixei aqui. Não tô achando... que coisa.— Tá no quarto. Vou pegar pra você.— Chris arqueou as sobrancelhas e seguiu para o quarto.Beatriz pausou e o observou pelas costas. Como ele sabia onde estava o colírio? Era como se soubesse onde cada coisa ficava naquela casa…Francisca terminou de arrumar a cozinha e apareceu na sala:— Senhora Silva, estou indo embora. Tarde já venho direto do mercado.— Tudo bem. Obrigada.Chris voltou do quarto segurando o colírio:— Esse aqui tá vencido. Vou comprar um novo. Quer aproveitar e pedir mais alguma coisa?Beatriz pensou um instante, depois balançou a cabeça:— Não, obrigada.Foi então que Chris comentou:— Amanhã o Jason vai vir aqui para sua sessão de terapia.Ele disse e foi para o quarto novamente.Beatriz franziu a testa. Terapia o quê? Com a cara fe
Grupo Moreno.Jean estava atualizando Lucas sobre o incidente no restaurante. — As duas garotas foram contratadas por alguém para dizer aquelas coisas no banheiro.Um truque grosseiro e mal executado. Era algo fácil de rastrear, o que tornava a situação bem estranha, parecia intencionalmente misterioso. — Elas foram contatadas pela internet, então não conseguimos descobrir quem está por trás disso.Mas quem seria essa pessoa e qual seria a motivação? Toda ação tem um motivo. Lucas estreitou os olhos. As garotas mencionaram ele e Beatriz; ou seja, o alvo era ele ou Beatriz. Decidiu telefonar para sua mãe, Cláudia, e contar o que haviam descoberto, só para evitar que ela passasse por algo semelhante no futuro.Quando Cláudia desligou, imediatamente ligou para Gabrielle para desabafar. — Pode uma coisa dessas? Alguém veio me dizer que o Lucas e a ex-mulher estão juntos de novo! Só pode ser piada, né?— Mãe, você acha que eu deveria dar um empurrãozinho para ele encontrar uma
Se Maria e filhodeles ainda estivessem vivos, ele certamente faria isso todos os dias.Chris esboçou um sorriso frio, que logo se desfez.Beatriz sempre ficava sonolenta quando o ouvia ler aqueles complexos livros de medicina.Laura fez uma videochamada justo quando Beatriz estava prestes a adormecer.Beatriz fez sinal para Chris se retirar e, só depois que ele saiu, atendeu Laura com um sorriso.Laura examinou Beatriz minuciosamente:— Bia, seu rosto parece ter ficado um pouco mais redondo.— Tenho comido muito bem ultimamente e não tenho me exercitado.— Respondeu Beatriz.Era inevitável engordar com uma vida de comer e dormir.— Olha só, o clã Santos já distribuiu convites para todas as pessoas importantes comparecerem à festa de aniversário dos gêmeos no próximo mês. Estão fazendo algo bem grandioso.Laura fez uma careta, dizendo irritada: — Por que o Rodrigo não impede isso?Essa questão também intrigava Beatriz:— Vou perguntar a ele sobre isso depois.— Você deveria mesmo esclarece
Sofia passava seus cremes enquanto perguntava à filha: — O convite já foi entregue à Beatriz. Você acha que ela virá à festa?Vera, ninando a filha com a mamadeira, respondeu com um sorriso: — Fique tranquila, mamãe. Se ela não vier por bem, darei um jeito de fazê-la vir.— Que boazinha a Érica." Sofia primeiro elogiou a neta, depois assentiu. — Confio totalmente em você. Já preparou o vestido para a festa?— Gabrielle me ajudou com tudo.— Disse Vera sorrindo.Vera havia percebido que Gabrielle era muito habilidosa em lidar com as pessoas, não era à toa que Pedro a tratava tão bem.— Mamãe, Larissa vem de boa família e, tirando ser um pouco ingênua, não tem vícios. Você acha que ela combina com Aaron?Sofia hesitou por um momento:— Vitória quer uma nora bem educada, de boa família, inteligente e elegante.Sofia terminou sua fala com expressão de desprezo.Vera baixou a mamadeira:— Mamãe, você poderia conversar com a tia sobre isso.Sofia entendeu a intenção da filha e pensou um pouco:—
No dia do aniversário de casamento, Beatriz Silva foi sozinha ao ginecologista. No hospital, ela encontrou seu marido abraçando seu amor. Ela estava encostada no peito do homem e, com uma voz suave, disse:— Lucas, obrigado por me acompanhar ao hospital para ver minha cólica menstrual.O marido, cheio de carinho da sua amor, então pediu a Beatriz para comprar chocolate. Beatriz de repente sorriu. Sua mão se afastou da barriga. Que coincidência, ela estava pensando em mudar de hospital para fazer um aborto.Beatriz estava no hospital para abortar. Ela esperou na fila para ser chamada por doutor. Ao redor, havia vários casais sentados, esposas grávidas acompanhadas por seus maridos. Isso fazia ela, sozinha ali para abortar, parecer um pouco triste.Dois meses atrás, ela havia acompanhado Lucas Moreno em uma viagem de negócios. Participaram de uma festa e ela acabou bebendo demais. Quando acordou na manhã seguinte, estava sozinha na suíte do hotel. O quarto era bagunçado, indicava o sexo
Beatriz estacionou o carro à beira da estrada. Quanto à questão da gravidez de Lucas, ela negou com calma:— Não estou grávida, só tive alguns desconfortos intestinais nos últimos dias.Lucas, apoiado no guarda-roupa, olhou com indiferença e zombou: — Beatriz, é melhor você não tentar me enganar. Hoje em dia, estar grávida para garantir uma posição de esposa rica não está na moda.O coração de Beatriz deu um leve solavanco com o que ele estava pensando dela. Ela tocou suavemente sua barriga ainda plana e disse com serenidade: — Presidente Lucas, como eu poderia estar grávida? Usamos preservativo naquela noite, deve ser de boa qualidade, sem falhas.Lucas arqueou a sobrancelha e ficou em silêncio.Pela manhã, houve uma reunião na empresa que durou metade do dia. Ao meio-dia, Beatriz levou café preparado para o escritório. Ela colocou os documentos pedidos por Lucas sobre a Brasiluxe Entretenimento na mesa.Seus olhos passaram pelos documentos da Brasiluxe. O Grupo Moreno nunca havia e