— Gosto sim. — Beatriz colocou a comida que não gostava muito no prato de Rodrigo, com um sorriso nos lábios: — Gosto muito mesmo de você, Rodrigo.Rodrigo baixou o olhar, observando a comida em seu prato.Comentou distraidamente: — Você diz que gosta de mim enquanto coloca no meu prato a comida que não quer comer.Beatriz imediatamente se arrependeu, fazendo biquinho com seus lábios vermelhos: — Me dá um beijinho.Rodrigo riu baixinho ao ver ela fazendo bico como um pica-pau.Estendeu a mão, puxou-a para perto e beijou-a.Seu olhar profundo fixou-se no rosto dela enquanto ria suavemente: — Rodrigo também gosta da Beatriz.Na noite anterior, Beatriz havia analisado os documentos que o detetive lhe dera.Agora tinha algumas ideias em mente.Mas ainda estava um pouco hesitante sobre elas.Ultimamente, Beatriz ia trabalhar sempre acompanhada por um segurança.Aaron não veio trabalhar hoje, e Beatriz, com os olhos brilhando, mandou uma mensagem para Laura.[Laura, você está em casa?][Est
— Não, ninguém vai tirar o Rodrigo de mim. — Vera murmurou, baixando o olhar.Depois de desligar o telefone com Vera, Vitória saiu para pagar, mas descobriu no caixa que a conta já havia sido quitada, obviamente por Beatriz.Ao chegar em casa, encontrou o marido já lá.Diogo notou o visual dela: colar, brincos e uma maquiagem imponente.Colocando sua xícara de chá na mesa, perguntou: — Querida, participou de algum evento hoje?Vitória sentou-se ao lado de Diogo e decidiu não esconder nada, contando sobre seu encontro com Beatriz.Mal terminou de falar, Diogo a repreendeu: — Que absurdo! Por que não me falou sobre isso antes?Vitória o encarou: — Por que está bravo?Diogo baixou a voz: — Você sabe quem é o namorado da Beatriz? É o Rodrigo.— O quê? — Vitória exclamou baixinho, chocada: — Mas há alguns dias, conversando com a cunhada, ela me disse que Vera e Rodrigo estavam se dando muito bem?Diogo quis massagear as têmporas de frustração: — Da última vez, o Rodrigo me chamou pra jantar
Rodrigo desligou o telefone, era Diogo ligando para pedir desculpas. Ele entrou na cozinha.Posicionou-se atrás dela, abraçando sua cintura: — Diogo acabou de ligar pedindo desculpas.Rodrigo olhou para os ovos na panela pequena e arqueou as sobrancelhas: — Bia, você não estava satisfeita?Eles tinham acabado de jantar.Sua mão grande deslizou pela borda da blusa, acariciando sua barriga: — Ainda está com fome?O calor da palma da mão em sua barriga era reconfortante.— Não estou com fome. — Beatriz tossiu levemente, sentindo-se um pouco boba.Mas continuou explicando: — Rodrigo, essa água começou fria, agora está morna, daqui a pouco vai ferver, e então a gema do ovo vai ficar cozida.Beatriz sentiu-se envergonhada depois de falar.Rodrigo, ouvindo aquela explicação aparentemente filosófica, logo entrou no clima e elogiou: — A Bia é muito esperta, né?Beatriz ficou sem graça.— Rodrigo, você nunca se declarou pra mim, né? — Perguntou Beatriz.Rodrigo, ao ouvir isso, abraçou Beatriz e
Sara voltou ao camarim com a maquiadora.Ela esperou Camila terminar a maquiagem e a maquiadora sair para contar que Mafalda era a convidada especial desta edição.Queria preparar Camila psicologicamente.— Você precisa controlar suas emoções durante a gravação.Antes Sara não precisaria fazer esse tipo de recomendação à Camila, mas nos últimos dias seu humor estava muito instável.Estava se irritando facilmente.Camila fechou a cara, como se tivessem tocado num ponto sensível: — Por que ela veio participar deste programa também? Em todo programa que participo a vejo. Blue está fazendo isso de propósito para me provocar?Igual à Beatriz, sempre aparecendo como uma assombração.— Fala baixo.O camarim não tinha isolamento acústico.Camila fechou os olhos, abriu-os novamente e já mais calma, murmurou: — Desculpa.Não havia pressa, nem Mafalda, nem Beatriz ririam por muito tempo.Margarida entrou no camarim ao lado e aproximou-se de Mafalda, sussurrando algo em seu ouvido.— Dá pra ouvir
Mafalda costumava fazer videochamadas com os pais a cada dois ou três dias, quando tinha tempo livre.No segundo dia de internação de Danilo, Mafalda ligou para uma videochamada com a mãe.Quando percebeu que o ambiente não parecia ser em casa, perguntou: — Mãe, vocês não estão em casa?Linda decidiu não esconder mais de Mafalda: — Seu pai sofreu um acidente com a moto elétrica, mas não se preocupe, ele está bem, só precisa se recuperar.Ela virou a câmera para mostrar Danilo na cama do hospital.Danilo sorriu: — Filha, o pai está bem.Os olhos de Mafalda ficaram vermelhos instantaneamente: — Mãe, da próxima vez que acontecer algo em casa, precisa me contar. Estou indo agora mesmo ver o pai.— Tá bem, tá bem, da próxima vez vou te contar, não precisa se apressar, seu pai está bem. — Linda pediu que Mafalda dirigisse com cuidado, sem pressa para voltar.Beatriz ficou sabendo do acidente do pai de Mafalda através do segurança que havia designado para protegê-la.Por se tratar do pai de M
O carro de Camila parou em frente ao portão de Alphaville.Ela permaneceu sentada no carro.Com olhos cheios de rancor, fitava intensamente Alphaville iluminada.Então era isso.Ele estava morando em Alphaville.Nesse momento, Camila teve que admitir que todos os seus planos haviam fracassado.Ela não aceitava.Por que tinha que ser assim?Camila abriu a porta do carro, desceu e caminhou até o portão.— Abra o portão.O segurança conhecia Camila.Camila gritou furiosa: — Estou mandando abrir o portão! Não ouviu?O segurança, vendo a postura de Camila, percebeu que vinha problema.Rapidamente ligou para o mordomo.O mordomo responsável por Alphaville ainda era o mesmo da época da avó de Lucas.— Mordomo, a Senhora Moreno veio procurar o Senhor Moreno, está aqui fora do portão.O segurança lamentou sua má sorte de estar de plantão justo quando acontecia uma crise familiar.Na internet não diziam que Camila e Lucas eram um amor verdadeiro?Não parecia nada amoroso.O mordomo suspirou inte
O segurança franziu a testa enquanto falava com Beatriz ao telefone: — Hoje às seis da manhã, Mafalda e a mãe voltaram para casa para cozinhar.— Estávamos vigiando embaixo, por volta das sete, não as vimos descer. Calculamos o tempo que levariam cozinhando e ligamos para verificar.O segurança tinha sido bem atento.Elas estavam bem em casa e de repente desapareceram.— Provavelmente ainda estão em algum apartamento deste prédio. Já chamamos a polícia.O segurança não era policial, não podia simplesmente entrar nas casas das pessoas para procurar.E durante o tempo de espera para verificar cada apartamento, algo ruim poderia acontecer com Mafalda.O prédio tinha trinta e seis apartamentos no total.Beatriz, sentada no carro, embora ansiosa, forçou-se a manter a calma: — Vão falar com o porteiro e batam em cada porta perguntando se sentiram cheiro de queimado.Com o porteiro presente, a maioria dos moradores abriria a porta, embora nesse horário alguns já deviam ter saído para trabalha
Linda olhou para o apartamento ao lado. A porta estava fechada. Antes que pudesse dizer algo, um jovem apareceu com um spray e borrifou em seu rosto.Mafalda saiu da cozinha para ver com quem sua mãe estava conversando e também foi atingida pelo spray.Depois disso, não se lembrava de mais nada.— Rápido, tirem a roupa dela e filmem tudo. — Ordenou o jovem de aparência simples, agora com uma expressão ameaçadora.Esse homem se chamava Paulo Mendes.Antes, quando trabalhava normalmente, ganhava apenas alguns trocados por mês, mal dava para sobreviver.Por acaso, conheceu alguém que vendia substâncias ilícitas, e acabou entrando nesse tipo de atividade criminosa.— Pode deixar comigo, mano. — Disse o outro homem, aproximando-se de Mafalda.Mafalda percebeu as intenções deles.Tentou se debater, mas era inútil. As cordas em seus pulsos e corpo estavam muito apertadas.Sentia mãos brutas tocando seu corpo.Suas calças foram arrancadas com violência.Mafalda não conseguia mais manter a calm