POV: ClaireNão compreendi bem o que estava a acontecer com aquela chamada que tinha recebido enquanto me preparava para dormir, uma vez que o pouco que conseguia compreender era que parecia que o Dominic estava em apuros.Sem parar para pensar ou opor-me ao que tinha acontecido, preparei-me para ir para onde me tinham dito para ir, parecia que o lugar onde eu estava era outra discoteca que ele frequentava habitualmente.Minutos depois, vi a rapariga que tinha visto antes, a mesma com quem tinha saído do restaurante.-Você é a Claire, certo? -Sim, e você?-O meu nome é Helen, sou amiga de Dominic, mas ele está desfeito, não deixou de beber e de lhe telefonar.-Tens a certeza que sou eu, não tens?-Não de todo, vá lá, ajuda-me a tirá-lo de lá.Ver o estado em que ele se encontrava, bem como o facto de estar a perder o equilíbrio quando se levantou, fez-me apressar a segurá-lo.-Temos de o tirar daqui o mais depressa possível.Como se fizesse parte dos efeitos do álcool ou algo do gén
POV: ClairePensei que tinha cortado laços com pessoas que só tem estado ao meu lado para me humilhar já que no final da última relação que tive com Chris, pensei ter dado um passo em frente para evitar esse tipo de tratamento, mas não foi assim, nem sequer a nível sexual poderia destacar-me perante eles, já que mesmo ali fui criticado por não ter tido experiência suficiente para manter um laço dessa natureza, eu diria que a única pessoa que não se referiu a tais detalhes foi Dominic, uma personagem que é apenas uma fachada para o resto.Lidando com os meus pensamentos e aquela pequena vozinha interna que só me reclamou por não dar uma lição a cada um deles por me tratarem como fizeram, o meu telefone foi alertado uma chamada, que eu respondi com raiva, de modo que quando pensei que era Dominic, respondi com uma má atitude.-Não insista porque não vou voltar ao seu jogo, foi a pior pessoa que já conheci na minha vida...-Claire! O que se passa contigo? Eu sou Tifanny, porque me respo
POV: DominicAbatido por tudo o que se tinha passado, chegou mais uma funcionária para se encarregar do meu cuidados pessoais, desde que tinha despedido aquela rapariga não me dei bem com nenhuma das que estavam ao meu serviço, da minha apreciação todas as que vieram ocupar o papel de maquilhadora não se enquadravam nas minhas exigências, que com dificuldade esta última cumpria.Encontrando-me no camarim pronta para o trabalho que teria de fazer, uma vez que tinha novamente uma agenda preenchida, Marc, o meu agente pessoal, apareceu. Eu tinha-lhe pedido que viesse procurar uma alternativa para convencer a minha mãe da sua decisão de partir. Devido ao seu atraso, não hesitei em fazer a minha primeira repreensão por este facto.-Pensei que não virias, reparaste nas horas?-Claro que vinha e também reparei nas horas, se te esqueceste, sou um homem ocupado.-Assim sendo, porque te atrasaste, tenho de lhe perguntar.. -Domínic, temos um assunto a resolver, caso contrário a tua imagem, qu
-Claire, não me estás a ouvir?" disse Bob, que parecia estar a falar comigo enquanto eu estava absorto.-Desculpa, estou um pouco distraído com tudo isto.-Queria falar contigo sobre uma coisa, embora gostasse que fosse em privado.-Compreendo, pode ser depois disto, concordas?-Está bem, acho que é apropriado.-Assim sendo, vemo-nos mais tarde Bob, a Claire vai posar comigo nas fotografias.-Tifanny, não tenho jeito para isso - disse eu enquanto nos dirigíamos para a multidão de jornalistas.-Claro que sim, esqueceste-te que estivemos os dois em academias de modelos? Tu eras boa nisso.-Isso foi há muito tempo e eu nem sequer me consigo comparar a ti.-Chega disso, não te rebaixes, vais posar e vais fazê-lo de forma excelente.Depois destas palavras, um sorriso falso saiu de mim, pois os flashes sobre nos nossos rostos não tardaram a aparecer. A minha irmã tinha trabalhado muito para conseguir a sua identidade pessoal, por isso, onde quer que fosse, toda a gente sabia quem ela era.
De uma forma favorável, consegui pô-lo no carro, pois disse-me que não tinha motorista nessa noite, pois eu tinha-lhe dado o dia de folga.Para evitar que a minha irmã ficasse preocupada por não me encontrar, deixei uma mensagem no telemóvel dele, para que quando estivesse livre tivesse notícias minhas.Apesar do estado de embriaguez de Dominic, decidi levá-lo ao seu apartamento. Durante a viagem, ele permaneceu consciente e silencioso, como se realmente concordasse que eu tomasse conta dele.Alguns minutos depois de chegarmos a casa, subimos as escadas para que eu pudesse ter a certeza de que ele não teria problemas. Depois de o ter ajudado a subir para o sofá, como ele me tinha pedido, tencionava ir-me embora, mas o seu argumento fez-me parar e olhar para ele.-Não vás já, o Fénix deve estar a dormir e gostaria muito de ter a companhia de alguém.-Suponho que Fénix é a tua gato.-É uma gata, quis chamar-lhe assim porque de alguma forma os nomes que lhe podiam servir tendiam a não
Passaram-se dois anos infelizes, o medo e a minha incapacidade de agir como devia tornaram-me vulnerável, o que levou a que os danos continuassem, desta forma, Cinthia e muitas das suas amigas faziam o que queriam comigo. As suas agressões, queimaduras e mordidelas eram marcas que me perturbavam mentalmente. Na minha perspectiva, comecei a ver o sexo oposto como um género nojento, aberrante e perverso.Felizmente, no meio da minha desgraça, cheguei ao conhecimento do homem que tem sido o meu agente até aos dias de hoje. Marc tornou-se esse salvador que, através da proposta que me apresentou, poderia estar numa academia de modelos onde eu participaria se concordasse, de modo a poder completar os meus estudos à distância, fazendo com que Cinthia e os restantes perdessem todo o contacto comigo. Tendo estipulado que isso aconteceria, não hesitei em aceitar. Aos dezassete anos, com o consentimento da minha mãe, fiz a minha primeira viagem para fora da Escócia, o meu país natal, um lugar
POV: DominicO som do telefone assim como o som da porta fez-me acordar abruptamente, sem saber o que se passava levantei-me da cama deixando o telemóvel a tocar e depois saí do quarto. Com uma ligeira dor de cabeça que começava a aumentar a cada passo que dava, decidi abrir a porta sem sequer me aperceber de quem poderia ser, com isto verifiquei que era o Marc, que ao ver-me decomposto devido à doença que me afectava, começou imediatamente a dar a sua opinião sobre o assunto. -Dominic, o que se passa contigo?-Não fales tão alto, minha cabeça....-Pelo que vejo, voltaste a beber, ainda não percebi porque o fazes. Vai preparar-te, temos um voo para Itália daqui a uma hora.-Itália...? Ah, dói! -disse eu enquanto procurava um remédio que pudesse aliviar a minha doença.-Esqueci-me de te dizer que o trabalho em Milão começaria a partir desta semana, mas como tenciono descansar-te devido ao esforço da viagem, partiremos antes da data.-Porque te esqueceste? Lembro-te que tens de me avi
Devido ao desconforto que senti, empurrei-o para longe de mim, a sua atitude confusa era evidente, no entanto, de alguma forma ele compreendeu e começou a vestir-se tal como eu.Sem sequer dizer o que me tinha acontecido, peguei nos meus pertences e saí. Caminhando apressadamente para o meu quarto, por momentos pensei que ele me seguiria para pedir explicações, mas não o fez. Ao encontrar-me na minha suite, consegui acalmar-me depois da adrenalina que tinha experimentado. Apesar de ter encorajado o que se tinha passado e de estar aberto a tudo o que pudesse acontecer, a realidade era diferente.Nunca me tinha acontecido antes e, naquele momento, um sentimento de culpa apoderou-se do meu ser, como se de alguma forma estivesse a agir de forma errada, mas porquê? A que se devia? Era suposto eu ter aceite o Bob como meu parceiro, mas parecia que essa decisão só tinha saído da minha boca, não do meu coração ou da minha mente. Em suma, estava perturbado.Durante o resto da noite, não tive