Depois da conversa que tive com o meu pai em que me esquivei às suas perguntas, propus-me nessa noite discutir o assunto com o Bob. Compreendi a questão da confiança e, por isso, concordei com um encontro repentino.Quando nos encontrámos no restaurante, a confiança que eu tinha tido ao marcar o encontro começou a vacilar, sobretudo quando iniciámos a conversa.-Bob, estou grato por teres aceite a minha proposta, sei que foi repentina e...-Não tens nada que me agradecer, este tipo de convite agrada-me, mostra que tens iniciativa, às vezes o repentino é mais divertido do que o planeado, não achas? o seu comentário fez parar a bebida que estava a tomar, para o que ia dizer preferia o planeado, embora de ser mãe também não o queria como um plano desse tipo. Claire, estás bem? Pareces estranha, tiveste outra tontura? -Não, sinto-me bem, felizmente não voltou a acontecer, mas é que... o assunto de que tenho de falar não é fácil.-De que é que se trata?-Há algum tempo tivemos uma conve
-Dominic, o que se passa contigo?" Perante esta pergunta, libertei-me do aperto em que me encontrava, fingindo fugir à situação, a atitude de Dominic deixou-me perplexo.-Estávamos só a falar, Bob, há algum problema?-Sim, não gosto da forma como tratas a Claire, mas compreendo o que queres...-Como vejo que já sabes, tens de compreender que a ligação que vamos manter agora nos vai obrigar a falar muitas vezes.-Falar muitas vezes? Estás doido? Não tenciono partilhar o meu filho consigo, sabe-o perfeitamente.-Não vou discutir isso, até logo", vê-lo partir fez crescer a raiva que me invadia.-Como é que ele pode ser tão cínico, duvida da minha gravidez e agora...?-Acalma-te, não te vai servir de nada ficares zangada.-Bob, não percebo a atitude dele, até há pouco tempo não queria saber desta gravidez, até duvidava que fosse ele o pai.-Claire, não quero estar do lado dele, mas sendo ele uma pessoa como ele, é lógico que duvide.-Como? Porque dizes isso?-Conheço o Dominic há alguns a
Não saberia o que tinha acontecido nem quanto tempo tinha passado depois daquela situação trágica em que estávamos envolvidos. Pouco a pouco abri os olhos e com isso tomei consciência do que me rodeava, parecia que estava num hospital ou algo semelhante, pois os móveis e tudo o que lá se encontrava assim o indicavam. Tentando sentar-me na cama onde estava deitado, fiquei surpreendido ao ver a minha mãe, que soluçava, mas que quando começou a reagir, veio ter comigo, envolvendo-me num abraço que a reconfortou. -Oh, Domingos! Por um momento pensei que te ia perder da mesma forma que o teu pai, mas felizmente tu reagiste. -Mãe, o que é que aconteceu? Onde é que ela está? Estão os dois bem? -Referes-te à Claire e ao bebé, não é? -Sabes? Eles estão...? -Conseguiram estabilizá-la, mas ela continua sem reacção, de acordo com os médicos o bebé está bem, aparentemente os danos foram causados a ela, razão pela qual ainda não reagiu. -Assim sendo, tenho de a ver... -De forma alguma, es
-Muito bem, não quero problemas, vamos resolver isto de uma forma correcta.-Assim sendo, proponho que se reveja o contrato que o Dominic assinou, dessa forma chegaremos a um acordo, gostas da ideia? Embora eu notasse que Marc não estava à vontade com o que a minha mãe estava a propor, o seu aceno de cabeça indicava-me que a minha mãe tinha conseguido o seu objectivo.-Dominic, só vais demorar uns minutos, vou ter com o teu agente para resolver a situação.-Agora? Não, prefere outra hora, Sra. Andressen.-Não, quanto mais cedo resolvermos isto melhor será para si e para o meu filho.-Muito bem, sigam-me, vamos para o meu escritório. Vemo-nos mais tarde, Dominic.Depois da partida dos dois e daquele apoio da minha mãe, senti-me aliviado, pelo menos não estava tudo mal para mim. Ao pensar nisso, ela veio-me novamente à cabeça e com isso a minha angústia fez-se sentir, não saber nada sobre a sua recuperação e não poder vigiá-la era uma agonia. No meio desse sentimento, a voz de Helen
POV: DominicIgnorando as palavras de Frank, Helen regressou como tínhamos combinado, a sua expressão de estranheza estava presente.-Helen, a visita está de saída, conseguiste resolver o que tínhamos combinado? -Não me vou embora sem uma resposta tua.-Não há resposta, o que tivemos felizmente acabou e não tenciono voltar a esse erro.-Erro? -Então queres dizer que...?-Exactamente, graças a alguém descobri que não sou gay, lamento desapontar-te, mas não vou mudar a minha nova perspectiva e muito menos por alguém como tu.Depois de um olhar furioso da sua parte, virou-se imediatamente para sair da sala, não sabia como tinha conseguido manter aquelas palavras na boca quando não se achava preparado para as proferir, mas via que ele parecia estar preparado, pois não havia qualquer hesitação.-Bem, se eu não tivesse estado lá não teria acreditado, reparaste na expressão...-Está mesmo a acontecer? Não estou mesmo?-Claro que não, a não ser que te sintas atraído por mulheres e homens.
POV: Claire.Com tudo o que tinha acontecido com o Dominic e a minha rápida recuperação, tive logo alta do hospital. O Bob, devido ao meu estado deu-me uma longa licença para que eu não tivesse problemas com o meu trabalho na agência.Apesar de não ter tido problemas para trabalhar durante este período, no início dos oito meses o meu corpo não resistiu à minha rotina habitual. Parecia que ser uma das melhores maquilhadoras de Nova Iorque estava a começar a trazer-me problemas, especialmente nesta fase de gravidez que estava a atravessar.Da mesma forma que a minha família estava presente para me apoiar, com excepção da minha mãe que se tinha mantido afastada, permiti que Dominic me visitasse com frequência desde decidi seguir o conselho do meu pai, assim poderia manter a calma no meu estado, no entanto, na sua presença e na de Bob, que também me visitava, parecia que estavam a competir pela minha companhia, pois quando estavam juntos eu conseguia ver a antipatia que ambos tinham um
"Ser profundamente amado dá-nos força, enquanto amar alguém profundamente dá-nos coragem". (Lao-Tse) ****************************************** POV: Dominic Depois de uma longa espera, recebemos a tão esperada notícia, que agradou a todos os presentes, e logo chegámos ao local onde os dois se encontravam. Embora soubesse que tinha de agir com naturalidade, continuava a sentir-me aterrorizado, sobretudo quando o observava à distância, assim se comprova o seu aspecto pequeno e frágil. Contemplando essa cena, que do meu ponto de vista era inteiramente comovente, ouvi logo a voz do pai de Claire, que ao mesmo tempo me tocava no ombro, dizendo-me para me aproximar e abraçá-lo nos meus braços. -Não tenho a certeza, não sei como o fazer. -Vais fazer bem, vais ver, é uma coisa que vais aprender pouco a pouco, vai com eles, o teu filho tem de te conhecer. Seguindo as suas palavras, aproximei-me lentamente até chegar a ela, que olhava para mim e ao mesmo tempo me indica
"Ele é bonito... Ele é cativante... Ele é alguém que é simplesmente impossível"POV: ClaireMais uma vez me tinha ocorrido convidar os meus pais para aquele café que costumávamos visitar antes, o propósito, bem... de tentar dar-se bem e comunicar-me notícias importantes.-Por que me fizeste vir, Claire, se eu soubesse que estaria lá, não teria ido.Após o divórcio, os meus pais, especialmente a minha mãe, referem-se ao meu pai dessa forma, como se nunca tivessem vivido juntos para chegar a esse ponto.-Madeleine, por favor, não comeces, se a nossa filha tivesse....-Minha filha e Tifanny são só minhas! Não vou partilhar esse laço com alguém como tu, seu desavergonhado! -Apenas porque a nossa relação terminou por causa das minhas preferências sexuais não significa que já não sou o pai de ambos!-Já chega! Chega, mãe. Quando é que vais ultrapassar tudo o que aconteceu?Acha que é fácil? Vivi num casamento durante vinte e cinco anos com alguém que não sabia que gostava de homens, e depo