Quando Dorothy desceu para ir até a casa do ferreiro, viu uma moça chorando desesperada em frente à porta da igreja.
― Pobrezinha! Trata-se da senhorita Olivia Edgell, filha do padeiro. ― disse o senhor Culbert.
― O que será que aconteceu com a moça? ― perguntou Dorothy tomada de compaixão.
― Soube que ela foi fazer uma entrega de pão, na volta um sujeito se aproveitou dela e ela engravidou, a família ficou com vergonha de ter uma filha desonrada em casa e a expulsou.
― Minha nossa, que horror! A coitada não tem culpa, é uma vítima.
― Mês passado a criada de um lorde, cuja identidade estão tentando ocultar, tirou a própria vida por conta disso. As pobres moças se sentem perdidas, a sociedade as vê como escória.
― Eu vou ali conversar com a moça.
Enquanto Dorothy dirigia-se ao encontro de Olívia, se deparou
― Venha, é Christine, está sentindo muita dor!Dorothy foi limpando as lágrimas, para ver sua criada e amiga.― Ela está se queixando de dor na barriga do lado direito, está um pouco quente, e quando mexe a perna a dor aumenta, até já vomitou! ― disse a senhora Carter esboçando muita preocupação.― Eu tenho quase certeza do que se trata, já tive os mesmos sintomas.A senhora Carter conduziu Dorothy para fora do quarto.― Faz alguma coisa por ela.― É muito grave, eu não vou conseguir ajudar. Mas sei quem pode, vou precisar da sua ajuda. Providencie mais um vestido e bolsas grandes senhora Carter por gentileza.Dorothy foi até o quarto pegar um remédio para dor e pediu para a senhora Carter cuidar dela, enquanto ia buscar ajuda.Pegou o colar e voltou para o seu apartamento em Nova York. Pegou o celular descarregado, colocou
― Aconteceu alguma coisa? ― perguntou Dorothy em tom seco.― Sim aconteceu, os rebeldes invadiram um vilarejo próximo daqui a vila dos Lírios Dourados, colocaram fogo nas plantações, queimaram as casas, houve muitos mortos, uma carnificina, mas os soldados disseram que tem alguns sobreviventes muito feridos, a senhorita pode ir conosco? ― perguntou Vincent.Cassie levantou-se imediatamente, esquecendo-se do cansaço.― A senhorita Moor vem conosco, precisamos de toda ajuda, soube que a senhorita é curandeira também.Cassie disse:― Claro, vamos logo, quanto mais tempo demorarmos, menos se poderá fazer pelos feridos.― Então a minha amiga que não pode ver sangue, volta no tempo e se torna curandeira, não sei o que intriga mais, viagem no tempo ou você ser uma curandeira. ― disse Cassie cochichando para Dorothy.― Com toda certeza curandeira é surre
Mais tarde, Vincent foi até aos aposentos de Dorothy.― Vamos acordar, sua dorminhoca.Deixa eu dormir, não dormi quase nada.― Vamos, já passa das quinze horas, dormiu direto.Dorothy deu um pulo assustada.― Eu marquei com as senhoras na igreja, preciso ajudar Cassie, não podia ter dormido tanto... e Christine!― Calma, respira, vamos por partes, as senhoras foram até a igreja e começaram a ajudar com os feridos, montaram um verdadeiro hospital, outra parte está providenciando para abrigar os que perderam as suas casas. Cassie veio mais cedo aqui e viu Christine, que está se recuperando dentro do esperado e aproveitou para se limpar, estava de sangue dos pés à cabeça, e me proibiu de te acordar.― Nossa, me senti desnecessária agora.― Todas essas pessoas estão trabalhando juntas porque a senhorita as inspirou.― Que bom, sinto-m
― Não acredito que hoje eu vou dormir em uma cama, não encostada em qualquer lugar! Vou descansar, amanhã eu volto para a igreja. ― disse Cassie.Conforme os dias foram passando, o estado dos pacientes havia melhorado, as mulheres estavam revezando para cuidar dos que ainda estavam internados.Christine também estava se recuperando perfeitamente bem.Era tarde da noite, Dorothy e Cassie não paravam de conversar, desde que se reencontraram não haviam tido tempo de conversar, contar tudo o que aconteceu enquanto estavam separadas.Vincent chegou tarde da noite, não foi até o quarto de Dorothy para não acordá-la, entrou e foi até a biblioteca, precisava escrever para o rei contando que a cidade havia sido conquistada e que os soldados só estavam lá para garantir a segurança num primeiro momento, quando foi selar a carta com seu sinete, ele caiu no ch&atild
― Com licença? ― disse Vincent em tom muito sério.Dorothy falou quase sem voz:― Pensei que era um…― Fantasma. ― Vincent interrompeu.― Como você sabe que eu pensei que era um fantasma?― Preciso falar com a senhorita, venha até meus aposentos.― Estou cansada, pode ser amanhã?― Senhorita Moor me perdoe a indelicadeza, mas poderia nos dar licença um instante? Preciso falar a sós com a senhorita Denzel.Dorothy viu que Vincent estava com um ar muito sério e não iria desistir de falar com ela naquele momento, então achou melhor não criar atritos na frente da amiga que estava exausta por conta dos dias que passou cuidando dos feridos, o que fosse que Vincent tinha para lhe dizer era melhor falar em outro lugar e deixar a amiga descansar...― Não precisa sair, eu vou.― Melhor assim. ― disse Vincent muito sério.
Mais tarde, o capitão Landon foi até a igreja buscar Dorothy e dar uma carona para casa.― Cassie, eu vou voltar com o capitão Landon precisamos conversar, o senhor Culbert vem te buscar logo mais, não se importa de voltar sozinha?― Claro que não amiga, vai até porque você tem que se arrumar para o jantar na casa da sua mãe.― Minha mãe é a senhora Abigail. Mas tem razão, eu preciso me arrumar.No caminho o capitão Landon parou para conversar embaixo de uma árvore.― Acredito que teve tempo o suficiente para me dar uma resposta, já que não foi embora. - disse Landon.― Na verdade não se trata mais de tempo, a situação tomou outro rumo.― Espero que esse novo rumo te traga até a mim. - disse Landon.― Eu não fui embora porque estou grávida.― É de Vincent?― Com t
― O senhor juiz solicitou a presença de minha noiva, gostaria de saber do que se trata? ― perguntou Vincent, segurando o punho de sua espada ainda em sua cintura.― Que bom que vossa alteza veio, sua noiva anda causando tumulto na cidade, exigiu que um pai de família fosse detido sob a acusação de colocar ordem na própria casa, trata-se de um homem trabalhador que paga seus impostos, não vou de maneira alguma condená-lo.― Excelência, eu não duvido de que se trata de um trabalhador que cumpre com seus compromissos, porém é um homem demasiadamente violento, e ninguém está acima da lei. ― disse Dorothy.― Sinto muito, mas não tem capacidade para falar sobre leis comigo, sou um magistrado e nem a lei deve se meter entre um casal, tirando a autoridade de um marido. ― respondeu o juiz Forton, usando um tom áspero na voz.― A excelência como um magistra
― Eu trouxe a minha melhor amiga, a senhorita Moor.Seja muito bem vinda senhorita Moor, se é amiga de nossa filha é nossa amiga também. ― disse a condessa para Cassie.― Muito obrigada, condessa.― agradeceu Cassie.Tomaram chá, riram...― Minha filha, o motivo de eu te convidar é que eu quero dar-te um presente. Rosemary está noiva, mas o casamento é só daqui uns meses, então ela quer lhe dar o enxoval e o vestido de casamento que ela comprou na viagem que fez a Paris. Esperamos que aceite o presente.― Eu aceito, ando tão atarefada que nem pensei nessas coisas e está muito em cima. Eu também tenho um pedido para fazer ao conde. Gostaria de saber se o conde me conduz até o meu noivo no casamento.― É uma honra casar minha filha! Fico feliz que me convidou eu e o duque somos muito amigos.― Então imagino que está tudo resolv