— Eu disse amor, não é nada, vamos voltar você deve estar congelando.— Eu sei, mas ainda me assusta tudo isso, gosto de ver as coisas, gosto de ter certeza onde piso e onde ando.Voltamos para dentro, não quero mais voltar para a piscina.— Vêm, vamos para a cozinha quero tentar cozinhar alguma coisa.Murilo fala e rio, ele nunca nem pisou em uma cozinha.— Haha, Murilo Tavares na cozinha, essa eu quero ver.— O quê senhora Tavares, eu sei fazer sanduíches e sanduíches e sanduíches...Ele fala rio mais ainda.— Vamos ver o que tem eu faço.Quando criança passei uma boa parte do meu tempo na cozinha ajudando a Sel, então ela me ensinou muito, não uso porque não preciso, mas sei cozinhar apesar da minha vida corrida.Havia macarrão, camarão, molho pesto, ela deixou tudo organizado, não tinha dificuldades então foi fácil cozinhar.— Olha só, minha esposa fez um excelente trabalho.Murilo me abraça enquanto colocava os camarões nos pratos.— Me ajuda arrumando a mesa.Ele se vira e vai a
Abro os meus olhos e meu corpo está todo dolorido, sinto minhas mãos pesadas e minha boca está tampada, me desespero quando percebo que estou sentada em uma cadeira e estou amarrada, tento sair mas os nós da corda são bem fortes, tento gritar mas é impossível com uma fita na minha boca, olho onde estou e não consigo enxergar nada, escuridão é tudo que vejo...Tento controlar minha respiração e meu corpo, não sei onde estou e nem o que vai acontecer, lembro de ouvir a voz do Murilo antes de apagar, não...deva estar delirando... Murilo onde está, faço sons com a boca para ver se ele também está aqui e nada, silêncio e escuridão, Mariane em que momento da noite eu ouvi sua voz." Calma.. Controla". Penso, me lembro das sessões com Bernard, o pânico é o meu pior pesadelo, ele me trava e me deixa vulnerável.Puxo o ar e solto devagar...Céus estou pirando, minha síndrome do pânico é mais forte, nem toda a terapia e ajuda me deixaram melhor.Um tempo depois ouço alguém andando e logo vejo u
— Pelo que vejo, vocês está bolando um ano a muitos anos, então fale tudo, vou morrer, mas antes de morrer quero saber tudo.Você matou minha mãe? Trajano se levanta da cadeira e acende um charuto, tenho pavor desse cheiro, ele está impregnado em meu subconsciente desde que fui sequestrada a primeira vez. — Foi fácil comprar alguns médicos e laboratórios...Sua mãe estava descobrindo que eu roubava a empresa tive que agir rapidamente. — DESGRAÇADO. Grito tentando arrancar a dor que ele fez, minha mãe era uma mulher incrível, bondosa, carinhosa. — Seu pai foi fácil, o whisky que dei para ele com um bom boquete o fez ter uma parada cardíaca na hora. Mariane fala como se tivesse feito algo incrível. Tum..tum..tum..tum Assim são as batidas do meu coração na minha cabeça, viro o rosto e vômito com tudo isso — Vaca... Olho para eles com espanto e decepção, Murilo levanta algo que não imaginava. Meu colar. — Haha... Você acha que não sei sobre ele... — Seu desgraçado de pinto pequen
ALGUNS MINUTOS ANTES.— Terminei vamos entrar. Murilo fala limpando a mão em uma estopa.— Já não era sem tempo, assim que conseguir pegar a grana toda dos Guerreiros quero vender essa montanha, lugar inútil. Trajano fala enquanto acendia um charuto.— Eu odeio frio, quero ir para o Caribe, Porto Prince. Mariane fala tremendo de frio.Eles entram para dentro e vão até o porão onde Maya estava presa.— Cadê ela ? Os três ficam paralisados ao ver que ela não estava mais amarrada a cadeira.— NÃO...a vadia sumiu. Mariane fala com sua voz esganiçada.— As cordas foram cortadas, ela não tinha nenhum objeto cortante nas mãos.Eles olham de um lado para o outro e Trajano saca sua arma.— Tem alguém aqui... Eles olham de um lado para o outro e saem do quarto, em silêncio, somente os passos dos três são ouvidos, a casa havia somente três quartos, sala, cozinha e banheiros em cada quarto, não era uma ca
— Bravo na escuta.— Objeto se aproximando à 5h.92d.Observo com a mira da minha arma, a dizer pelo vento, a posição do sol e a umidade, organizo e ajusto minha mira.— Cinco.— Quatro.— Três.— Dois.Atiro assim que o alvos saem do carro e cai morto na frente dos seus aliados, vejo todos feitos como baratas, olhando e atirando a esmo.— Bravo, objeto aniquilado, fim da missão.Arrumo minha arma e saio do local onde me encontrava, um prédio no subúrbio de Washington capital, ali estava um dos donos de cartéis mais poderoso da máfia russa, Dom Plavova, ele estava proibido de vir até os Estados Unidos e quem eles chamam para terminar o que nenhum político se atreveu a fazer, sim eu? Quem sou?Meu nome é Adam Jones, tenho 32 anos, sou um Navy- SEALS E-9 especialista em armas, munições, busca e salvamento do exército americano, minha missão aqui era extra oficial, apenas uma bala para acabar com um tra
Abro meus olhos e uma dor dilacerante me acerta, olho na direção da dor e me lembro do que aconteceu.— Por que Bernard? Penso ainda com meu coração doendo, ainda mais que minha barriga.Olho de um lado para o outro e vejo que tem soro em meu braço, arranco não sei o que é.— Porra...isso dói...Me levanto, custo a ficar de pé olhando atentamente onde estou, um quarto pequeno e apertado, com várias caixas, uma cama de casal minúscula e um guarda roupa pequeno.— Droga...onde estou. Olho pela janela e vejo árvores a minha frente.Escuto passos no corredor e me assusto.— merda...merda....merda..Digo baixinho... Percorro o olho pelo quarto e tento pegar algo para me defender, pego o suporte do soro e fico atrás da porta. Quando abre, eu acerto o desgraçado em cheio.— MAS QUE PORRA...Enquanto ele grita eu tento sair correndo, mas a dor começa a ficar forte no meu abdomem.— Aí.....merda...merda...agora não....Antes que eu chegue a porta uma mão grossa e forte me pega pelo pescoço.—
— Então, me conta tudo novamente como aconteceu, eu sinto que tudo que penso, tudo que tinha certeza, tudo na vida, foram somente mentiras.Falo sem resistir, estou começando a sentir o efeito dos remédios, me deito no travesseiro e olho para ele.— Maya, sei que tudo ficou esquisito para você, mas te asseguro que Bernard somente te ajudou, seu sangue é precioso para eles, e amanhã irei te trazer os jornais sobre seu caso, eles acham que você morreu e nesse momento é melhor.Ele não grita comigo, não fala alto, apenas acompanha a sensação que estou tendo de calma e relaxamento.Fechou meus olhos que estão pesados.— Bernard, não me machuque.Falo quase dormindo.— Ele não vai te machucar patricinha e nem eu, Bernard te ama como a filha que ele perdeu.Sinto as cobertas sendo colocadas em mim e depois sinto sua mão em meu rosto, parecia que eu estava em um sonho bom, ele retira uma mecha do meu cabelo.— Bons sonhos patricinha.Eu durmo não sei por quanto tempo, o efeito do remédio me
— Por que Bernard nunca me falou sobre você?Pergunto olhando para um ensopado que estava no fogo que fazia meu estômago apertar com a fome.— No nosso trabalho, não podemos falar muito.Ele fala e o olho ainda mais intrigada, sua destreza para picar legumes demostrava que estava habilitado a facas e cortes.— "Nosso trabalho".Falo enfatizando suas palavras.— Também sou das forças armadas.Eu o olho, quero mesmo saber mais sobre ele.— O que faz nas forças armadas?Ele para de picar um tomate e me olha depois volta a picar novamente.— Posso lhe informar que não respondo perguntas e não vai saber nada sobre minha vida patricinha.Reviro meus olhos.— Cara, ser chato é de família, Bernard não me conta nada da vida dele, você não vai me contar nada da sua vida, e sabe o que é engraçado, vocês sabem tudo sobre a minha vida.Falo irritada, me viro arrastando o suporte do soro que virou meu amigo.— Preciso tomar banho, onde está o banheiro e onde tem roupas limpas para usar.Ele para de