Lori dormira na casa de Ash na noite de sábado para domingo, algo bem comum entre as duas. Todo final de semana uma delas dormia na casa da outra. No dia seguinte as meninas tinham dormido até onze as da manhã, acordando apenas quando Debbie batera à porta do quarto, informando que o almoço logo estaria pronto.
Almoçaram na sala, junto com os pais e o irmão de Ash enquanto assistiam um DVD antigo de Bart, do filme Os Sem Floresta. Era uma comédia em animação, um filme divertido e familiar, perfeito para aqueles momentos em que todos esqueciam os problemas e riam juntos. Após o almoço, Robert saíra com Bart para assistirem uma partida de futebol em um campo não muito longe da casa onde agora moravam e as garotas ajudaram Debbie a arrumar a cozinha, deixando tudo em ordem.
Ashley levara a loira até o ponto de ônibus era pouco mais que uma da tarde, pois
Depois que a mãe saiu, Ash trancou a porta, se deitou em sua cama e chorou. Não podia desabar na frente de Lori, pois sabia que a amiga esperava que ela fosse forte pelas duas, mas dentro de si, imaginava o que aconteceria se aquele boato se estendesse. Debbie estava amena, entretanto, ela não acreditava realmente que rolasse algo entre a filha e a afilhada.Pensara em ligar para Lori e explicar o que sua mãe havia lhe falado. Acabara desistindo, lembrando-se de que a loira e a mãe iriam assistir a um filme naquela tarde, apenas as duas. Talvez Sarah deixasse para falar com a filha depois do filme. Tudo que podia fazer era confiar que a namorada não cederia, independentemente do que a mãe dissesse.Elas tinham um acordo, resistir não importava o que fosse até que pudessem assumir seus sentimentos para todos. E aquele não era o momento.O som de mensagem no WhatsApp a tirara de seus pensamentos
Ash estremecera. Naquele momento lhe parecia que todo seu mundo estava caindo. Duas pessoas tinham lhe procurado para falar sobre seu relacionamento com a amiga. Como aquilo poderia estar acontecendo? O que elas tinham feito de errado? Vinham se vigiando nos últimos meses, tomando cuidado com cada detalhe…Ela poderia ter controlado a situação com a mãe, mas se outros alunos começassem a falar logo os boatos chegariam ao ouvido de seu pai e aos pais da namorada. E agora Jim Sullivan surgira em sua frente, meses depois que a rejeitara afirmando saber sobre elas.—Como… – começou a dizer a menina chorando – Como você sabia?O rapaz colocara as mãos nos bolsos da calça jeans. Parecia incomodado em falar sobre aquilo com ela. Talvez ele também não aprovasse a relação, talvez por isso não tivesse falado antes. Tudo que Ash temia que pudesse
Ash ficara alguns segundos em silêncio absorvendo as palavras do garoto, captando o que ele tinha acabado de dizer. A proposta realmente fazia sentido sobre tirar os outros de sua cola, mas como ficariam ela e a namorada verdadeira com isso?—Por que você faria isso por mim? Digo, você poderia namorar uma menina para valer, de verdade. Se fizer isso as suas chances com outras vão sumir. E mais, não costumamos sair, não temos fotos juntos nem nada. Nunca colaria – respondeu Ashley.—Se alegarmos que é começo de namoro não precisamos de nada disso. Nem fotos nem nada. E podemos conseguir fotos juntos depois, sem precisar de contato íntimo. Eu não vou me aproveitar de você, pode continuar como está. Ninguém vai saber sobre vocês de mim e não vão ter o que falar mais – explicou o rapaz.—Eu preciso falar com a Lori, mas tenh
Pode entrar! – gritou a garota ao ouvir a mãe bater à porta do quarto. Quando Debbie entrou o som de One of Us, da cantora Joan Osbourne preenchia o aposento. Ash apanhou o controle do aparelho ao seu lado e apontou-o baixando o volume sem sequer se mexer na cama.A morena e Lori estavam deitadas lado a lado olhando para o teto. O ventilador da luminária girava devagar, sem nem mesmo produzir qualquer vento mais forte.—Acabei de chegar e trouxe o jantar. Venham comer, tem aquela macarronada que você adora – disse Deborah – Vocês vão sair?—Vamos ao cinema, mas estávamos esperando você chegar. Como foi no trabalho? – Ash parecia receptiva, mas no fundo queria apenas a atenção da mãe.Havia se passado duas semanas desde o boato do namoro entre as duas na biblioteca e após a conversa entre Debbie e Ash, a mãe da menina tinha f
—Sarah é uma das mulheres mais inteligentes que eu conheço. E apesar de ela não falar muito, ela está sempre atenta a tudo – respondeu Debbie – Acho que ela só quer ver vocês duas em uma faculdade, esse é o sonho dela. E pessoalmente, acho que ela já vive ocupada com as tarefas da comunidade na vizinhança.—Vocês duas levam jeito para lidar com pessoas, sempre admirei isso – elogiou a filha – Não consigo imaginar alguém que não goste de você e de tia Sarah – disse dirigindo-se à mãe.—E falando em pessoas, se demorarmos mais vamos nos atrasar para a sessão – comentou Lori lembrando a amiga de que iriam ao cinema.—Eu levaria vocês, mas estou exausta e amanhã vou ter que levantar cedo – disse Debbie – Vão e se divirtam por mim.Nenhuma das duas contest
Havia uma grande caminhonete F-250 com cabine dupla cor de chumbo parada em frente à casa de Ashley. Pertencia ao estudante Aaron Barnes, do colégio Delphine Spencer. Naquela noite haveria uma festa de aniversário na casa de Jackeline De’la Ventura, uma das alunas do colégio e Aaron seria a carona de Jackson, Anna, Julia, Ashley e Lori, que havia conhecido a aniversariante em seu próprio aniversário no Black Night Hip Hop Clube.Robert falava com o garoto enquanto as meninas ficavam prontas. O sujeito não costumava interrogar os amigos das filhas, mas era sempre bom quando algum aparecia em sua casa saber que o pai de Ash era um grande advogado de um escritório respeitado na cidade. Aaron tinha vinte anos e era filho de um velho amigo de Robert, o que deixava a ambos mais tranquilos.Dentro de casa, Lori falava com a mãe ao celular fazia vinte minutos enquanto Ash recebia outra aula de Debbie
Quando chegaram à frente da casa, Ash e Lori quase babaram. A julgar pelas pessoas do lado de fora que entravam e saíam deveria haver mais de quinhentos convidados. Do lado de dentro era possível ver as luzes e o som que contagiavam a todos. Não apenas do lado de dentro, uma vez que Anna já estivesse dançando apenas por ouvir a música.—Vamos dançar? – propôs Aaron para a menina, estendendo a mão para ela.—Com certeza – respondeu a garota, sorrindo e seguindo o rapaz.—Podem nos seguir, dançar conosco ou andar por aí se quiserem conhecer a casa – disse o mesmo para Ash e a amiga – Se preferirem mais tarde posso lhes mostrar tudo, já estive aqui algumas vezes com eles – comentou apontando para Jackson e a namorada.—Fiquem à vontade se quiserem beber, mas não exagerem – disse Jackson voltando-s
O garoto aproveitara a deixa para levar Anna para casa também, pois a morena morava um pouco mais longe que as duas e seria caminho. Quando se despediram do rapaz e desceram da caminhonete faltava ainda vinte minutos para o prazo estipulado. Fora Robert quem viera para lhes abrir a porta com um meio sorriso estampado no rosto.—Se divertiram? – perguntou.—Demais – responderam as duas, dizendo ainda que estavam exaustas.Robert explicara que Debbie estava cansada e tinha dormido mais cedo e ao ouvir Aaron estacionando não quis acordar a esposa, portanto, só falariam com ela após o amanhecer. Beijou as duas em suas faces e disse que também precisava dormir, pois tinha tido um dia cansativo no trabalho. Desejou bom final de noite, pois o dia nasceria em poucas horas e se retirou.Em seguida as garotas subiram, se trocaram e deitaram. Sequer ficaram acordadas cinco minutos após se diz