Samanta andava em silêncio ao lado de Rafaela, ficou verdadeiramente irritada com Hêilel, a forma como queria dominá-la, como pensava conhecer ela, a deixava louca. Quem afinal ele pensava que era? Se acalmou e acendeu mais um cigarro no caminho, isso não era importante agora, Alec ser localizado e saber o que ele pretendia, sim.
Passaram por um jardim bonito, cheio de flores e arbustos, andaram no passeio de pedras, os passos ecoando no silêncio da noite, depois do jardim, havia um prédio que parecia ainda mais antigo do que o restante, colunas largas na frente, e portas imensas, duplas, sem absolutamente nenhuma fechadura ou puxador, não era qualquer um que conseguia entrar lá, aquele era um local sagrado, protegido pela própria Deusa, na verdade, era onde armas especiais eram guardadas, e onde havia a tal sala, em que você poderia ir para
Não haveria descanso enquanto a escolhida não estivesse segura, por outro lado, era primordial que ninguém soubesse a seu respeito, mas também que estivessem preparados para ataques, nenhum dos guerreiros era ingênuo, e assim que soubessem de perigos maiores do que os habituais, desconfiariam de algo. Era preciso ter cuidado, e pensar bem a respeito do que fazer, mas primeiro, Rafaela queria conhecer a tal Cátia.Mandou chamá-la, a ela e Gabriel, na sala de portas vermelhas e fechadura estragada. Sentou junto de Samanta e Hêilel e aguardou. Enquanto conversavam sobre o que fazer, pois Samanta seria essencial nestes planos, conhecia locais e pessoas que ajudavam os inimigos, tinha contatos também, pois apesar de ter trocado de lado, ainda tinha a simpatia de muitos vampiros.-Você acha que ele n&
Samanta andou pelo pátio grande, era cedo ainda, ninguém estava treinando, sentou em um banco embaixo de uma árvore, e ficou contemplando as flores bem cuidadas que cercavam aquela parte da fortificação, era bonito e tranquilo, como a praia onde foi encontrar Alec. Pensou sobre o que viu na mente dele, tudo parecia como o habitual, todo mal, as mortes e a paixão com que ele parecia se dedicar a tudo o que era de seu interesse. Também viu o que ele sentia por ela, não era nenhuma novidade, não o deixou por falta de amor, de nenhum deles. Amor eles sempre tiveram de sobra, mas não foi suficiente. Quando foi chamada por Miguel, para que assumisse tudo, escondeu a reunião fundo em sua mente, e tentou convencer Alec a desaparecerem juntos, segui-la para uma vida sem matança, apenas o suficiente para se alimentarem.Claro,
-Porra! - Samanta piscou sem acreditar, andou até a beira da água azul iluminada pela lua cheia, e sorriu contemplando o mar. - Você tinha razão Ben, eu vou gostar muito daqui. - Se virou para ele com um sorriso aberto no rosto.-Que bom. - Ele parou na frente dela e arrumou seus cabelos que voavam com o vento forte. - Preciso ir, há instruções para vocês dentro da casa, volto em algumas semanas, talvez antes…Ela acenou concordando, tentando impedir, com a força do pensamento, o beijo que ele certamente daria nela. Mas ao contrário do que imaginou, Hêilel apenas sorriu lhe dando um beijo na testa, depois acenou para Gabriel e Cátia, e desapareceu. Samanta não olhou para Gabriel, virou novamente para o mar, e ficou ali olhando as ondas nascerem e virem com forç
Samanta e Gabriel correram até a cozinha, ele pegou Cátia no colo e a levou para o sofá, checou se respirava, e ficou mais tranquilo quando viu que era apenas um desmaio. Samanta pegou um pano úmido e colocou na testa dela, limpou o sangue de seus olhos, e tentou acordá-la, mas sem sucesso. Depois de algum tempo, a menina abriu os olhos e suspirou, os fechando em seguida. Mas dessa vez pareceu pegar no sono, estava exausta.-Foi muito esforço, não deveria ter insistido, esqueço que ela é apenas uma menina humana. - Samanta sentou em uma poltrona fumando um cigarro, preocupada.-Calma Sam, ela é mais forte do que pensamos, mas não tão forte, precisamos pegar mais leve sim, mas ela não está mal, é apenas cansaço. - Ele tocou a testa de Cátia e de
Hêilel soube que algo estava errado na ilha, havia segurança além do que contaram para eles, ela foi instalada para que ninguém entrasse ou saísse de lá, radares no fundo do mar, e escondidos nas árvores, davam conta da movimentação. Rafaela estava responsável pelo controle deles, mas precisou se ausentar, em missão dada pela Deusa, negociava com líderes religiosos amigos da Deusa, as coisas ficavam cada dia piores para quem conhecia a verdade.Foi um dia inteiro de não conferência, Hêilel recebeu o aviso de seu assistente, dizendo que houvera movimentação estranha, conferiu e saiu correndo com um esquadrão de demônias guerreiras, avisou Rafaela e ela também levou suas meninas anjas.Chegaram na praia e encontraram sinais
Cátia estava impressionada consigo mesma, não estava com medo, aceitava tranquilamente ser levada pelos vampiros de Alec, como se nada pudesse lhe acontecer. Era como um instinto, uma premonição ou esperteza, qualquer dos nomes serviria, mas fato era que eles não a machucaram, não pareciam dispostos a acabar com ela. Queria se certificar disso, então, quando o vampiro forte que a carregava se descuidou, ela virou o corpo soltando seu braço das mãos dele, chutou atrás de seu joelho e passou os braços pelo pescoço largo.Ninguém apontou nenhuma faca para ela, apenas se afastaram como se deixassem que fizesse aquilo, apertou com mais força, queria tentar arrancar a cabeça dele, um dos vampiros se aproximou com cuidado, e fez algo inacreditável. Enfiando sua mão de unhas longas e afiadas
Samanta interrompeu a comunicação com Cátia quando Alec entrou no quarto novamente, ele trazia uma taça grande cheia de sangue.-Você deve estar com fome…-Onde está a fonte?-Imagino que você estivesse bebendo sangue velho há bastante tempo, mas caso não tenha notado, não está de férias, vai tomar este, ou nenhum.-Vai me envenenar? - Sorriu apertando os olhos, ele bebeu um gole generoso e entregou para ela logo depois, Samanta bebeu tudo de uma vez, estava mesmo com fome, já se sentia estranhamente fraca antes da comunicação com Cátia. - Obrigada, e então? Meus castigos iniciarão quando, meu amor? Samanta andava pelo castelo que um dia foi seu, com um misto de estranhamento e familiaridade, conhecia cada pequeno canto da construção, ao mesmo tempo em que sentia não pertencer mais aquele lugar. Entrou no escritório grande e cheio de livros, uma pintura de Alec ao seu lado - antiga como seu amor - pendurada na parede em frente a janela, parecia olhar para ela. Lembrá-la de um passado mais simples, em que tinha tudo o que queria, porque queria pouco da vida.-Lembra-se quando pintaram ele? - Alec a olhava curioso, ela entrou e não se deu conta dele. - Você me beijava a cada dois minutos, e o pintor ficava uma fera!-Só parou quando eu mostrei meus dentes para ele, e disse que fizesse seu trabalho em silêncio. - Riu sentando no sofá longe da mesa, mas em frente ao quadro. - Eu era insuport&aSE VOCÊ FOSSE MINHA