CEDRICK— Soube que Vincent te falou sobre o que estava acontecendo com a tomada de poder. Não sei exatamente o que ele te disse...— Ele me falou a verdade, aquela que você não teve os colhões de me contar — me interrompe.— E sua querida companheira também estava na conversa, envenenando tudo com sua língua podre. Rei Alfa, desde já te aviso que se veio falar do passado, vai perder seu tempo.— Não importa o que tenha acontecido, se passaram anos e é óbvio que cada um tomou sua decisão. Você e eu tínhamos um acordo, eu apenas o cumpri, sua companheira...— Aquele acordo era uma merda! Não fale comigo como se o que vivemos não tivesse significado nada, não minimize o nosso amor!— Você é minha fêmea, o amor da minha vida, sempre foi. Te entreguei meu coração, como você me entregou o seu! Raven... — dou um passo à frente, desesperado, porque não vejo nenhum avanço.— Nunca marquei aquela mulher, jamais a reconheci, e rompi o laço assim que você desapareceu. Nunca duvidei de você por c
RAVEN— Três palavrinhas bonitas não vão me convencer, Rei Alfa. E é claro que vou ter seu precioso trono, então quando chegar a hora, esteja preparado pra deixá-lo de forma pacífica… ou na marra.Afasto sua mão e o empurro com força pra que me solte.Ele fica parado me observando, e milhares de emoções passam por dentro daqueles olhos azuis turbulentos.Não quero mais olhar pra ele, porque isso só me traz dor e arrependimento.Me faz questionar minhas decisões, e agora não penso só por mim.Sou mãe, e meu filhote não vai sofrer todas as humilhações e desprezos que eu passei, nem mesmo estando ao lado dele.Ninguém nunca me considerou à altura do incrível Alfa Cedrick, muito menos do Rei Alfa.Caminho para longe e viro de costas, pra que ele não perceba minhas dúvidas nem minha fraqueza.— É por causa do filhote? — ele diz de repente, e eu me tensiono.Não pode ser… desde quando ele me espiona pra já ter visto Aidan?— Eu sei, você tem um filho. Quer o trono pra ele? Quem é o pai dess
NARRADORA— Já não encontrou a pessoa que procurava? O que mais deseja fazendo ronda por uma fortaleza cheia de Centurias guerreiras?— Preciso vê-lo. Já que seus feitiços me separaram dele por tantos anos, ao menos me dê a oportunidade de conhecê-lo. E, de verdade, espero que saiba reverter esse feitiço horrível que lançou.Cedrick respondeu às suas costas, e uma centelha brilhou nos olhos de Dalila. Um sorriso de canto surgiu em sua boca.Cada vez mais ela gostava daquele lobo de neve.— Não sei de que feitiço está falando, Rei Alfa. Tem alguns minutos extras, aproveite bem — ela nem sequer se virou para encará-lo."Estou apostando em você, homem do inverno… não me decepcione."*****Uma sombra enorme entrou de repente no quarto mais seguro da fortaleza.Passo a passo, Cedrick se aproximou da caminha onde um pequeno roncava suavemente, abraçado a um lobinho de pelúcia.O Rei Alfa se ajoelhou na beirada da cama, e seus olhos brilhantes e emocionados observavam seu tesouro.O fruto do
NARRADORA— É o Rei Alfa…— Ele vai lutar?…— Alfa, não suje suas mãos com esse homem, deixe ele pra nós…— Quem se atrever a tocá-lo morre na hora! — Raven se virou e rosnou com os caninos à mostra.Todas abaixaram a cabeça com respeito. O lobo de fogo ao lado de sua Alfa não estava ali de enfeite.Essa mulher poderosa as tirou de uma vida de miséria e banditismo.As conduziu a uma vitória atrás da outra, e todas a respeitavam e admiravam profundamente.Ninguém se mexeu, apenas esperavam suas ordens.Raven voltou a virar a cabeça na direção de Cedrick, que vinha caminhando sozinho, sem tirar os olhos dela.“Cedrick, o que você está tramando?”, pensou, e também começou a avançar para encontrá-lo longe dos ouvidos curiosos das Centurias.O coração de Raven se apertava no peito. Ela não queria lutar com ele, de verdade rezava para que não precisasse chegar a esse ponto.Ela não queria o trono por idealismos tolos, já tinha entendido muito bem que ninguém a aceitaria pacificamente. Por i
NARRADORACedrick não estava facilitando as coisas, pra dizer o mínimo.Depois de tanto tempo tentando aniquilar os sentimentos por aquele lobo, cada passo que ela dava a levava, inevitavelmente, até ele.— Quero ficar ao seu lado, custe o que custar. Não me afaste de você. Eu não vou te trair, Raven, não estou tramando nada. Nem poder nem glória me interessam mais. Só desejo… estar ao seu lado — ao lado do nosso filho, que sejamos uma família.— Você disse que não quer ser minha sombra, então eu serei a sua. Enquanto estivermos juntos, me deixe proteger suas costas, minha Rainha. Eu, Cedrick Walker, me rendo a você, por vontade própria.O coração de Raven batia feito louco, descontrolado. Ela sabia que devia dizer não sem hesitar.Como se curaria da obsessão por Cedrick se o mantivesse ao seu lado?Sua mente gritava que não deveria permitir isso, que estar tão perto desse amor só a faria cair de novo nas suas redes.Mas, como sempre, quem mandava era o coração…— Aceito. Aceito que f
NARRADORA— Espera, pra onde está me levando? Espera, Anastasia, eu tô bem. Dalila, não vou pra esse lugar, só preciso de um dia de descanso, por fav…— Você está se consumindo, Raven!! Nos trouxe até aqui pra morrer no dia seguinte?!— Onde ficou todo aquele espírito de querer devorar o mundo? Você tem um filhote pra criar!! Se não liga nem um pouco pra sua vida, então faz isso por ele! Seu orgulho vale mais do que viver ao lado do seu filho?!— Se te acontecer algo, acha mesmo que vamos entregar o trono, como se nada tivesse acontecido, pra um homem do inverno? Se seu filhote está seguro no meio de tantas Centurias, é por causa do seu poder, porque você é a mais forte da matilha. No momento em que te virem fraquejar, alguma delas vai te desafiar, isso eu posso garantir!— Possivelmente até a Anastasia queira te cortar em pedaços…!— Sacerdotisa! — Anastasia me grita, chocada, e diz pra Raven que isso não é verdade.Galinha burra… em vez de me apoiar.— Tá bom, me ajuda um pouco, Ana
CEDRICKA vejo tirar o robe, desamarrando o cordão da frente, e apesar da camisola branca e folgada, consigo ver por baixo a silhueta daquele corpo sensual que conheço tão bem.Ela se inclina um pouco e abaixa até os pés uma calcinha torta de vovó… que eu daria tudo pra cheirar feito um pervertido doente.Raven sobe na cama com certa dificuldade, e acho tão adorável ela tentar se fazer de indiferente, quando o corpo inteiro está tremendo e a doce feromona que escapa de entre suas pernas está me deixando louco.— Coloque as mãos segurando no encosto da cama. Você não tem permissão pra me tocar tanto. Só preciso que você ejacule e nada mais — tenta me ordenar, se posicionando entre minhas pernas semiabertas.— Ejacular? Entendi. Acho que não vou ter nenhum problema com isso — respondo debochado, rindo de canto.— Só que… onde exatamente você quer que eu faça isso? Porque, na distância que estamos, acredita em mim: não dá pra fazer mágica. Eu sei que o negócio aqui é grande e tal, mas da
CEDRICKEla agora se agarra nos ferros atrás das minhas costas e se inclina completamente sobre mim, sentada sobre minhas coxas com as pernas abertas.Posso sentir a pele dela bem perto da minha, as doces feromonas fazendo cócegas no meu nariz, e ela vira o rosto para o lado, escondendo-o no meu pescoço pra que eu não veja.Quero beijá-la, mas não vou forçar. Isso tem que acontecer naturalmente.Acaricio suas coxas, fazendo a pele se arrepiar, subindo devagar sua camisola até chegar na bunda, que eu aperto, amasso e acaricio, gemendo por dentro ao sentir de novo esse prazer sob minhas mãos.O pescoço dela ficou ao alcance da minha boca, então abaixo a cabeça e começo a beijá-la, mordiscando e lambendo a veia frenética que pulsa na clavícula delicada.— Nnnnmmm — sinto ela morder os lábios pra não gemer alto.Abro as nádegas dela e desço pela fenda. Contorno com a ponta do dedo aquele buraquinho apertado, que a faz se tensionar.Hoje talvez não, pequena… mas em breve, você vai ter que